Metodologia do Ensino de Ciências Aula 11. IMES Fafica Curso de Pedagogia 3º Ano Prof. M.S.c. Fabricio Eduardo Ferreira

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Transcrição:

Metodologia do Ensino de Ciências Aula 11 IMES Fafica Curso de Pedagogia 3º Ano Prof. M.S.c. Fabricio Eduardo Ferreira fabricio@fafica.br

Ambientes naturais No nosso planeta, existem diversos meios naturais, com características muito distintas entre si, onde a vida pode se desenvolver. Esses meios costumam ser classificados em dois grandes grupos: os ambientes terrestres e os ambientes aquáticos. Em ambos, a umidade e as condições de luz e calor variam ao longo do ano. Os seres vivos que sobrevivem nesses ambientes são aqueles que possuem características adaptadas a esses fatores e à quantidade de água e de alimentos disponíveis no lugar onde vivem.

Os ambientes terrestres Os ambientes terrestres se encontram nas terras emersas e se subdividem em tundra e regiões polares, taiga, florestas temperadas, campos, florestas tropicais e desertos. Tundra Campos Taiga Savana Floresta temperada Floresta tropical Deserto

A tundra e as regiões polares As regiões que circundam os pólos são cobertas de gelo. Ao redor do pólo Norte, porém, estende-se uma enorme faixa coberta por uma camada de gramíneas, pequenos arbustos, musgos e líquens, que constituem a tundra. Esse ambiente é muito parecido ao dos picos montanhosos dos climas temperados, constantemente cobertos por neve. Durante o inverno, as temperaturas sempre estão abaixo de 0º C e, no verão, não superam a média de 10º C. No inverno, o solo fica completamente coberto de neve. Somente dois ou três meses por ano, o Sol consegue derreter o gelo e a neve, permitindo o crescimento de algumas plantas. A tundra não possui árvores altas, pois, como o solo permanece coberto de gelo a maior parte do ano, as raízes não têm como se fixar. Portanto, as árvores adaptadas a esse meio possuem raízes muito superficiais, que não podem sustentar uma árvore grande.

A tundra e as regiões polares Os vegetais são, em geral, rasteiros, de folhas pequenas, têm a capacidade de sobreviver a temperaturas inferiores a 0º C e de se reproduzir com rapidez durante o curto período de verão. A tundra se compõe de líquens, musgos, gramíneas e outras plantas herbáceas. Assim como as plantas, os animais que vivem na tundra também são adaptados ao frio extremo. Eles apresentam uma pelagem grossa como forma de proteção, gordura abundante sob a pele, pois a gordura é um ótimo isolante; hibernação durante os meses mais frios, não gastando energia em um período em que é difícil encontrar alimento.

A tundra e as regiões polares Durante o inverno, alguns animais da tundra são capazes de mudar para branco a coloração da sua pele ou plumagem, passando despercebidos na neve, o que os protege contra os predadores. A fauna característica desse ambiente é constituída principalmente pela rena, urso polar, arminho, raposaártica, lemingue e coruja-das-neves. No curto verão ártico, o Sol nunca se põe e o ritmo da vida parece acelerar. Algumas aves levam metade do tempo para se desenvolver em comparação com as do sul, porque, com a luz solar sempre presente durante o verão, passam praticamente 24 horas do dia se alimentando. Dessa forma, logo estarão preparadas para emigrar para zonas mais quentes.

A taiga A taiga é uma vegetação do hemisfério Norte que cruza a Europa e a Ásia, desde a Escandinávia até o Japão, passando pela Rússia. No continente americano, atravessa o Canadá, do Atlântico ao Pacífico. A paisagem da taiga compreende extensas florestas de árvores de folhas perenes, como os pinheiros e os abetos, sendo também conhecidas como florestas de coníferas. Durante o inverno, a neve cobre a floresta, mas o solo não chega a congelar. O verão, que dura entre três e seis meses, ainda é muito frio, mas a neve derrete, aumentando o fluxo dos rios. As folhas dos vegetais costumam ter forma de agulha. Assim por terem uma pequena superfície exposta e, portanto, uma transpiração menor, podem resistir ao frio e à falta de água; as árvores possuem uma forma cônica que impede o acúmulo de neve; os vegetais geralmente crescem próximos uns dos outros, o que dificulta a perda de calor.

A taiga Nesse ambiente, são comuns animais herbívoros, como o alce, o cervo e a lebre, que se alimentam dos pastos nos meses de verão e das folhas das árvores no inverno. Outros animais que habitam a taiga são o lobo, urso, esquilo, aves migratórias e insetos.

As florestas temperadas Na Terra, existem amplas zonas com um clima não muito frio nem muito quente e não muito úmido nem excessivamente seco. Essas zonas são chamadas temperadas. As florestas temperadas, que se localizam nessas zonas, caracterizam-se por uma paisagem que muda em função das estações, que são mais definidas: há uma estação fria, o inverno; uma quente, que é o verão; e as estações temperadas intermediárias, ou seja, a primavera e o outono. Na primavera, as árvores se cobrem de folhas verdes; com a chegada do outono, perdem as folhas, que tornam a nascer na primavera. As florestas temperadas localizam-se na Europa e na América do Norte.

As florestas temperadas A variada e rica vegetação dessas florestas possibilita uma grande diversidade de animais. As aves são muito numerosas, com uma grande quantidade de espécies insetívoras e frutívoras; também existem aves de rapina, como a águia e a coruja. Entre os mamíferos, destacam-se o cervo, o javali, a raposa, o esquilo, o coelho e o camundongo e, nas margens dos rios, a lontra. Como as temperaturas nesses ambientes não são muito baixas, é possível encontrar anfíbios e répteis. Além disso, algumas dessas espécies hibernam no inverno.

Os campos Os campos são as zonas da Terra onde a chuva, irregular e escassa, não é suficiente para possibilitar o desenvolvimento das árvores, predominando os pastos abundantes. Esse ambiente encontra-se na América, Ásia, África e Austrália e apresenta duas estações bem marcadas: durante a estação chuvosa, a vegetação adquire uma coloração verde intensa e, na estação seca, muda para uma coloração parda. Estepes Pradarias Pampas Existem dois tipos básicos de campos. O primeiro caracteriza-se por ter estações muito marcadas devido às mudanças de temperatura. Recebe diferentes denominações, dependendo da região onde se localiza: na Ásia, é chamado de estepes; nos Estados Unidos, são as pradarias; no sul do Brasil e Argentina, são os pampas. A vegetação predominante é formada por gramíneas, como os vários tipos de capim, arbustos isolados e pequenas árvores.

Os campos O segundo tipo de campo possui temperaturas altas durante todo o ano, além de uma estação chuvosa e outra seca. Localiza-se principalmente na África e é chamada savana. No Brasil, esses campos recebem o nome de cerrados. Situam-se nem Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do sul e interior de São Paulo, onde habitam animais como a capivara, o guará, o tamanduá e a anta. Savana Cerrado

Os campos Uma das características desse ambiente é a presença de algumas árvores pequenas, além de gramíneas e dos arbustos. Algumas espécies maiores se adaptaram a esse meio, formando grupos isolados, como o baobá, na África, e a acácia. As plantas predominantes são muito resistentes à seca, às pisadas dos animais e ao sol. Além disso, se desenvolvem com muita rapidez na estação chuvosa o que permite que a reprodução se realize em pouco tempo. Os arbustos se ramificam a partir da sua base; dessa forma, podem sobreviver, apesar de os animais comerem a sua parte superior continuamente. As sementes das diferentes espécies de arbustos são pequenas e leves, e o vento as transporta a grandes distâncias com facilidade. Há inúmeras espécies de animais nesses campos de arbustos. Esses arbustos servem de alimento para uma grande quantidade de herbívoros, como a zebra, o avestruz, o gnu, a gazela, a girafa, o hipopótamo, o rinoceronte e o elefante na África; o bisão na América do Norte; o búfalo na Ásia; o canguru na Austrália; a lhama na América do Sul; a anta, a capivara e outros roedores no Brasil.

Os campos Os animais carnívoros também estão presentes nos campos, onde costumam esperar as suas presas nos poucos bebedouros para surpreendê-las enquanto bebem água. No Brasil, o garaxaim, também conhecido como graxaim (cachorro-do-mato), é um predador dos pampas. Os animais necrófagos, ou seja, que se alimentam de carniça, com o os abutres e as hienas, realizam um papel muito importante ao comerem os restos de animais mortos, auxiliando o trabalho dos decompositores. Nos campos há um grande número de espécies de insetos, que se alimentam das sementes e dos arbustos e, por sua vez, servem de alimento para os répteis, anfíbios e pequenos mamíferos.

As florestas tropicais As florestas tropicais situam-se nas zonas da Terra próximas à linha do Equador, distribuindo-se em partes da África, Ásia, Austrália e América. A floresta amazônica brasileira é um dos exemplos mais ricos e exuberantes. Atualmente, a floresta tropical cobre cerca de 10% da superfície terrestre, porém a sua intensa destruição está diminuindo a sua extensão de forma alarmante nos últimos anos. Uma pequena área da floresta amazônica possui dez vezes mais espécies diferentes de árvores do que a mesma extensão de uma floresta temperada. A pequena zona da floresta tropical da América Central possui quatro vezes mais espécies de aves do que todas as florestas do leste norte-americano juntas.

As florestas tropicais As florestas tropicais são ricas em seres vivos por se situarem nas proximidades da linha do Equador. Devido a isso há uma grande quantidade de luz e calor acompanhados de chuvas constantes e abundantes durante todo o ano. Essa combinação de luz, temperaturas altas e água abundante favorece a existência e o desenvolvimento de uma vegetação densa. As estações do ano não são tão marcadas como nas zonas temperadas (do hemisfério Norte e do hemisfério Sul), mas pode-se perceber a mudança de estação pela quantidade de chuva. Durante os meses mais secos, a produção de flores e frutos tornase mais lenta. Durante todo o ano, as folhas morrem e renascem constantemente; a água, juntamente com o gás carbônico do ar e a luz solar, é de grande importância para a manutenção dos seres vivos.

As florestas tropicais Atualmente, estão classificadas milhares de espécies de árvores no nosso planeta, e apenas a floresta amazônica abriga cerca de 2.500. Entre as de maior porte, destacam-se a seringueira, a castanheira-dopará, o ipê, o jacarandá e diversas palmeiras. A altura que podem alcançar é de cerca de 30 metros, mas há algumas árvores, chamadas emergentes, que se sobressaem das demais. Os galhos das árvores se entrelaçam, formando uma camada densa que dificulta a passagem da luz solar para o solo. Abaixo das copas mais altas, estão outras árvores mais baixas, de cerca de 20 metros de altura, que se adaptam à sombra.

As florestas tropicais Com a escassez de espaço e de luz solar, só sobrevivem os seres vivos que possuem determinadas adaptações. Os cipós trepam pelos galhos das árvores, conseguindo luz; algumas plantas, como as orquídeas e bromélias, se alojam nos troncos e galhos das árvores, fixando aí as suas raízes. A fauna da floresta é muito rica, tanto em mamíferos (onça, macaco, gambá, anta, ariranha) quanto em répteis (jacaré, cobra, tartaruga), aves (arara, flamingo, tucano), insetos, etc.

A mata atlântica Da mesma forma que a Amazônia, a Mata Atlântica é uma floresta tropical úmida e densa. É considerada um dos ambientes naturais com mais diversidade de espécies do mundo. Na época do descobrimento, se estendia praticamente ao longo de todo o litoral brasileiro; no entanto, atualmente só resta 5% de toda a mata original. Sua destruição ocorreu devido a diversos fatores: em primeiro lugar, o corte do pau-brasil para sua comercialização; posteriormente, grandes extensões foram derrubadas para o aproveitamento agrícola do solo, e nos últimos tempos sua madeira serviu de matéria-prima na produção de papel e como fonte de energia na indústria.

Os desertos Os desertos ocupam cerca de 15% da superfície terrestre e, ao contrário do que muitas pessoas pensam, nem sempre são zonas onde não há vida. Apesar de serem grandes extensões secas, abrigam inúmeros animais e plantas perfeitamente adaptados às duras condições ambientais caracterizadas por uma grande escassez de água durante longos períodos de tempo. A chuva no deserto costuma surgir como uma única tempestade depois de anos de seca. A existência de vida nesse ambiente torna-se clara nesses raros momentos de chuva. Os desertos estão presentes na América, Ásia, África e Austrália. Os maiores do mundo são o do Saara, ao norte da África; o de Kalahari, ao sul da África; o de Gobi, na Ásia; e o deserto do centro da Austrália.

Os desertos A paisagem desértica é constituída por dunas ou por grandes planícies cobertas de pedras. As temperaturas nos desertos são extremas: durante o dia o calor é intenso e à noite a temperatura baixa de forma brusca, fazendo frio. Essas mudanças tão bruscas ocorrem devido á falta de vegetação e de umidade, que impedem que o calor do Sol possa ser retido durante a noite. As tempestades de areia são frequentes e ocorrem quando o vento é muito forte e atravessa a zona de dunas. Nos desertos, existem pequenos trechos férteis, denominados oásis, onde há água subterrânea que sai para a superfície. Nos oásis, a vegetação e os animais são abundantes. Entre os vegetais, destacam-se as tamareiras, as oliveiras e as figueiras.

Os desertos A vegetação dos desertos possui adaptações que evitam a perda de água. As plantas desérticas mais comuns são os cactos: durante seu desenvolvimento, as folhas se convertem em espinhos e toda a superfície da planta é espessa, dura e revestida por uma película, reduzindo a transpiração, o que evita a perda de água. Depois de uma tempestade, o solo do deserto torna-se repleto de flores, que, na sua maioria, só vivem alguns dias. Durante esse curto espaço de tempo, elas se desenvolvem, crescem e produzem sementes que irão resistir à longa seca até a próxima tempestade. Os animais também são adaptados ao deserto, com características que evitam a perde de água dos seus corpos. Geralmente, caçam e se alimentam de noite, escondendo-se durante o dia. Poucas espécies se atrevem a sair do seu refúgio nas horas mais quentes do dia.

Os desertos Os lagartos e as serpentes têm seus recursos para se movimentarem durante as horas mais quentes: enterram-se na areia, o que esfria seus corpos, e possuem a pele coberta de escamas, o que evita a desidratação. Animais característicos dos desertos são o camelo e o dromedário. Esses mamíferos são capazes de armazenar grandes quantidades de gordura nas corcovas e, dessa forma, podem permanecer sem água e alimento durante semanas.