Encontro com as ENS Região Madeira A experiência da Internacionalidade e a vivência da fé em Casal Vede como eles se amam Act 2, 42-47 Queridos amigos, casais e conselheiros espirituais, Em nome da Supra-Região queremos agradecer ao casal Provincial Sul e Ilhas, Rita e David Duque, à Cecília e ao João Cachucho, ao Sr. Bispo D. António Carrilho e a todos os sacerdotes conselheiros espirituais, e a todos vós, o caloroso acolhimento com que nos receberam na vossa região. O acolhimento antes de ser uma tarefa é uma atitude que brota do coração, e foi isso sentimos ao longo destes dias, em que tivemos a honra de ser acolhidos pelos equipistas da Região Madeira. Sentimo-nos acolhidos nas condições normais da vossa vida, a partir daquilo que sois e daquilo que fazem. Bem-hajam! Queremos dar graças a Deus por estarmos convosco hoje aqui e de termos connosco dois casais da ERI: o casal responsável internacional, Maria Carla e Carlo Volpini, e o casal responsável pelas equipas satélites, Tó e Zé Moura Soares. Para eles pedimos uma grande salva de palmas, símbolo da nossa alegria e reconhecimento porque deixaram o conforto da sua casa para estarem hoje aqui connosco, e porque nos trazem também um pouco da Internacionalidade das ENS. Sejam bem-vindos à Madeira, este pedaço português de mundo e de vidas à beira mar plantados! É uma honra podermos receber de vós a seiva que alimenta o nosso Movimento, e a experiência que nos permite manter as portas abertas, para desenvolver a mais autêntica fraternidade, com vista à realização plena do sentido da vocação universal das ENS. Escolhemos para este encontro, falar-vos um pouco da Internacionalidade do Movimento e da forma como habitamos a nossa casa, como casa de Deus. Da primeira parte ocupar-nos-emos nós, da segunda, a Maria Carla e o Carlo Volpini a quem pedimos que nos testemunhasse a sua vivência de fé como casal, no quotidiano.
Teremos oportunidade de viver hoje uma pequena experiência de Internacionalidade e de aproveitarmos em conjunto aprender nas diferenças de costumes e de tradições, a unidade na fidelidade ao carisma fundador, numa fé vivida no dia-a-dia, em cada um dos nossos lares, células de evangelização, por excelência. Viver a Internacionalidade nas ENS Qual o significado da Internacionalidade? O Movimento das ENS nasceu em Paris, em 1939, por iniciativa de quatro casais e do Padre Caffarel, mas apenas em 1947 foram criadas as estruturas de apoio, com a publicação da Carta. As ENS expandiram-se gradualmente nos países vizinhos. A partir de 1950, difundem-se pelo Brasil, Luxemburgo, Ilhas Maurícias, Senegal, Espanha, Portugal, Canadá, Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos, Áustria, Itália, Austrália, Colômbia, Madagáscar, Vietname, Líbano, Irlanda, Japão e Índia, tornando-se assim um Movimento único e Internacional. O sentido de Internacionalidade começa a esboçar-se. A crescente internacionalização do Movimento conduziu à criação de uma Equipa Responsável Internacional (ERI) em 1985, e, em 2001, adquire a configuração que conhecemos hoje. Esta equipa tem um casal responsável, um conselheiro espiritual, um casal responsável pelas equipas satélite, e os casais responsáveis por todas as zonas de ligação no Movimento:
Zona Euráfrica: constituída pelas SR de Portugal, Itália, Espanha, África Francófona e R Síria; o Zona de Eurásia: constituída pelas SR Transatlântica, Oceania e R Índia; o Zona Centro-Europa: constituída pelas SR França, Bélgica e as R Germanófona, Líbano, Ilhas Maurícias e Polónia; o Zona América: constituída pelo SR E.U.A., Brasil, Hispano-América e R Canadá. Como se vive a Internacionalidade nas equipas satélites na ERI? A Tó e o Zé Moura Soares deram-nos o seu testemunho Experiências de Internacionalidade na SR (imagens) Encontros Nacionais (com a participação de casais de outras SR ou da ERI) Colégios Internacionais Reuniões de Zona Encontros Internacionais Em 2010, as ENS (10.311 equipas) estão presentes nos cinco continentes, em mais de 70 países. A ideia de Movimento Internacional foi-se construindo pouco a pouco, e ainda se encontra em fase de desenvolvimento. Há muito o que fazer neste campo para que se compreenda todo o potencial de sua beleza e significado.
A dimensão internacional que o Movimento foi assumindo ao longo da sua história, foi crucial para construir a ideia de Internacionalidade. Mas esta não se esgota no simples facto de existirem Equipes de Nossa Senhora em cerca de 70 países nos vários continentes, com 70 anos de história. Qual é então o verdadeiro sentido da Internacionalidade? As ENS são um dom do Espírito Santo, abertas às necessidades dos casais em todo o mundo. Ele é um dom universal. Em qualquer parte do planeta os casais são chamados a penetrar nos mistérios do amor conjugal e encontrar o amor de Deus na própria história pessoal. As diferenças linguísticas, costumes e experiências são recursos que devem ser entendidos como riquezas complementares e que devem estar direccionadas para fortalecer o Movimento. A Internacionalidade consiste em aceitar partilhar, o que significa aceitar os desafios da compreensão, do respeito por cada identidade, para reforçar os dons mútuos de cada um. A Internacionalidade é um convite exigente para uma solidariedade cristã, uma prática de comunhão mútua. Ela é reforçada graças ao conhecimento e às relações entre pessoas, culturas e realidades diferentes. Internacionalidade é também um apelo de abertura à missão. É pela vivência concreta do sentido de um Movimento Internacional que poderemos olhar para fora de nossa casa, do nosso país, e ver que ali ao lado, há um enorme campo a ser semeado com a Boa Nova do matrimónio Cristão. Encontros Internacionais experimentar e viver a Internacionalidade
Os encontros internacionais são os verdadeiros espelhos da vivência da Internacionalidade no Movimento, que marcaram o ritmo do seu rejuvenescimento e de adaptação aos sinais dos tempos, desde a realização do primeiro encontro, em Lourdes, em 1954, sempre centrados na busca da coesão do Movimento, na unidade entre os equipistas do mundo inteiro. Estamos já todos a caminho de Brasília, para participarmos no XI encontro internacional, onde a Internacionalidade do Movimento ganhará um novo fôlego: será a primeira vez que a ERI organiza um encontro fora da Europa. A Internacionalidade marca assim, mais do que nunca, o seu lugar de destaque na história do Movimento, sem limites nas fronteiras do mundo: Cada um de nós poderá experienciar, independentemente do local do mundo onde vive, que a fidelidade ao carisma fundador nas Equipas de Nossa Senhora, não é palavra vã. Caminharemos até Brasília contemplando Jesus na companhia e na escola de Maria, oferecendo ao Senhor um coração de samaritano. Estar lá significa viver profundamente a Internacionalidade do Movimento que terá o rosto sorridente dos milhares de equipistas que, partindo de todos os cantos do mundo, nos quais a Madeira se inclui, se disporão a testemunhar in loco a vitalidade das suas vidas, fruto da presença santificadora de Cristo, no Matrimónio.
Apresentação da Comunicação do Casal Volpini Na diversidade de dons e de carismas, cada casal, participante da Internacionalidade do Movimento, vive e transmite a sua fé de uma forma única e recheada de profundo sentido evangélico. E hoje, Maria Carla e o Carlo Volpini, quiseram partilhar connosco, a sua experiência de fé vivida no dia-a-dia. É pois com muita alegria lhes passamos a palavra, que nos abrirão as portas da sua casa e nos mostrarão como cada recanto seu (a sala de estar, a cozinha, o quarto, a casa de banho e o sótão), como espaço de oração que se faz vida e de vida quotidiana que se faz sacramento de Deus: Habitar a Casa, Habitar a vida - viver a fé no quotidiano.