ESTUDO DE VIABILIDADE DA CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS NO IFPE CAMPUS CARUARU Michael Antão dos Santos 1 Marcelo Tavares Gomes de Souza 2 Guilherme Lúcio da Silva Neto 3 Resumo: Diante da crise hídrica que o estado de Pernambuco vem sofrendo por falta de chuvas ao longo da última década, a população tem que começar a ver o uso da água de forma racional, não somente isso, mas meios de como obter é armazenar a água que até então e perdida no meio urbano durante os períodos de chuva. Este trabalho tem como finalidade um estudo de viabilidade da captação das águas de chuvas do Instituto Federal de Pernambuco Campus Caruaru, através de levantamentos bibliográficos é analises estatísticas obtidos por agências do governo do estado, é possível demonstra alguma economia de água para consumo não potável. Além de uma economia financeira também temos os benefícios ambientais que é de imediato, por preservar os recursos hídricos da região. Palavras-chaves: águas pluviais, captação, sustentabilidade FEASBILITY STUDY OF PLUVIAIS WATER ON IFPE CAMPUS CARUARU Abstract: Faced with the water crisis that the state of Pernambuco has suffered due to lack of rainfall over the last decade, the population has to start to see the use of water in a rational way, not only that, but how to obtain is to store the water that Until then and lost in the urban environment during periods of rain. This work has the purpose of a feasibility study of the rainwater catchment of the Federal Institute of Pernambuco - Campus Caruaru, through bibliographical surveys and statistical analyzes obtained by agencies of the state government, it is possible to demonstrate some water savings for non-potable consumption. In addition to a financial economy we also have the environmental benefits that is immediately, for preserving the region's water resources. Keywords: rainwater, capture, sustainability 1 Mestre em Ciências Geodésicas e Tecnologicas da Geoinformação, Professor do Instituto Federal de Ciências e Tecnologia de Pernambuco, Campus Caruaru / Estrada do Alto do Moura, Km 3,8 S/N, distrito industrial III Caruaru, PE/ michael.santos@caruaru.ifpe.edu.br 2 Especialista em Engenharia de Software pela FAFICA. Técnico em Tecnologia da Informação do Instituto Federal de Ciências e Tecnologia de Pernambuco, Campus Caruaru / Estrada do Alto do Moura, Km 3,8 S/N, distrito industrial III Caruaru, PE/ Discente de Engenharia Civil do Centro Universitário do Vale do Ipojuca UNIFAVIP, marcelomtgs@gmail.com; 3 Discente de Engenharia Civil do Centro Universitário do Vale do Ipojuca UNIFAVIP, guilhermelucio5@hotmail.com;
1. INTRODUÇÃO Segundo a Agencia Nacional de Águas, o Brasil estar entre os países com maior disponibilidade hídrica do mundo, mas segundo Toaz (2001) que descreve que o Brasil detém 12% da água doce do planeta, entretanto esse recurso não estar distribuído uniformemente pelo pais, as regiões que apresentam maiores números de população são as que possuem menores reservas. Além da má distribuição das reservas hídricas pelo pais, a população ainda tem que se preocupar com o uso desenfreado é não racional da água e a falta de chuva, que pode comprometer o reabastecimento dessas reservas. Ao longo dos últimos sete anos o agreste Pernambucano vem passando por um período muito seco, com poucas chuvas e bem abaixa das médias históricas, além do mais as barragens estão entrando em colapso por falta de água, temos como exemplo a barragem do Jucazinho, o terceiro maior reservatório do estado, localizado em Surubim e com uma capacidade total de armazenamento de 327 milhões de metros cúbicos de água. Devido aos colapsos no abastecimento de água a população vem sofrendo com rodízios de água em uma tentativa de racionar a água. O objetivo deste trabalho é um estudo de viabilidade para aproveitar as águas pluviais no IFPE Campus Caruaru, visto a situação de falta de água na cidade, e se essa água tem um volume considerável para que possa ser reaproveitada de forma racional. 2
2. MATERIAL E MÉTODOS Foi escolhido para a concepção deste trabalho o Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de Pernambuco IFPE, campus Caruaru, localizado na rua Estrada do Alto do Moura, Km 3.8, Distrito Industrial III, Caruaru-PE, e foi tomada como principal embasamento teórico a NBR 15527/2007. Figura 01 IFPE Campus Caruaru Para realizar a análise de viabilidade, foi necessário realizar alguns levantamentos de dados, primeiramente foram escolhidos os quatros blocos principais do campus e calculado as áreas de captação de chuva conforme mostrado na tabela 01. Tabela 1 Área do telhado Edificação Área (m 2 ) Bloco Administrativo 886 Bloco A 886 Bloco B 886 Bloco F 700 Total 3358 A análise dos índices pluviométricos do ano de 2016, foram obtidos pela Estação Meteorológica da Agência Pernambucana de Águas e Clima APAC, estação essa que estar localizada na rua dos Milagre, no Alto do Moura, próximo ao IFPE- Campus Caruaru, conforme figura 02 temos as seguintes médias mensais. 3
Preciptação (mm) 80 74,4 70 65,1 60 50 40 46,1 38,5 40,1 49,2 30 20 10 0 23,5 11,4 18 3,2 0 10,5 Figura 02 Média da Precipitação Mensal 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Segundo a NBR 15527/2007, temos que para se chegar a um volume de água da chuva aproveitável, temos a seguinte equação: V = P A C η (Equação 1) Onde: (P) é a precipitação média anual; (A) área coletada; (C), fator de escoamento; (η) fator de capitação. O fator de escoamento adotado é o coeficiente de Runoff, que é correlacionado ao tipo de material, como as cobertas possuem uma telha corrugadas de metal, foi adotado o valor de 0,9. E foi adotado que o fator de capitação tenha um aproveitamento de 90%. Assim aplicando os valores de 380mm que é a média anual de precipitação, e 3.358m 2 que é a área da coberta, vamos com isso obter que o valor do volume anual de águas pluviométrica é de 918748,8 L/ano. 4
4. CONCLUSÕES A utilização da água de chuva deve ser considerada essencial para um desenvolvimento sustentável, pois traz benefícios financeiros em médio prazo, pois é um volume de água, que será utilizado de forma racional é não será pago esse fornecimento a companhia de abastecimento de água. Hoje a companhia de abastecimento de água COMPESA, cobra que até 10 metros cúbico de água o valor de R$ 52,95 e o excedente R$ 8,04 por m 3, ou seja, a economia financeira que o campus pode fazer com o reaproveitamento deste volume é de aproximadamente R$ 7.360. Fora o benefício financeiro temos também os benefícios ambientais que é de imediato, por preservar os recursos hídricos da região. A captação desse volume de água deve ser realizado através de sistemas de calhas, onde deve ser efetuados estudos e dimensionar corretamente as dimensões das calhas e os condutores verticais, para que possam receber com folga a vazão de água que as cobertas geram, os condutores horizontais já existem, mas não estão completos, pois necessitam de dois ajustes, o primeiro e cobrir o condutores que hoje são aberto, podendo assim contaminar a água, e o outro ajuste e a interligação desses condutores e direcionar o volume de água, para algum um reservatório, que pode ser o lago existente no campus. 5
5. REFERÊNCIAS ANA. Agência Nacional de Águas. Disponível em: < http://www2.ana.gov.br/paginas/default.aspx > acessado em 2017. APAC. Agência Pernambucana de Águas e Clima. Disponível em: < http://www.apac.pe.gov.br> acessado em 2017. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15257: Água de chuva - Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2007. CARVALHO, Raquel Saravy de. POTENCIAL ECONÔMICO DO APROVEITAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS: ANÁLISE DA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA PARA A REGIÃO URBANA DE LONDRINA. 2010. Monografia (Título de especialista em Construção de Obras Públicas no Curso de Pós Graduação em Construção de Obras Públicas) - Universidade Federal do Paraná, 2010. MARINOSKI, Ana Kelly. APROVEITAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL PARA FINS NÃO POTÁVEIS EM NSTITUIÇÃO DE ENSINO: ESTUDO DE CASO EM FLORIANÓPOLIS SC. 2007. Trabalho de conclusão de curso (Título de Engenheiro Civil) Universidade Federal de Santa Catarina. TOMAZ, Plinio. Aproveitamento de água de chuva para área urbana e fins não potáveis. Ed 2º: NAVEGAR, 2003. cap.5. 6