C 8 E/396 Jornal Oficial da União Europeia 14.1.2010 IVA aplicável a serviços financeiros e de seguros* P6_TA(2008)0457 Resolução legislativa do Parlamento Europeu, de 25 de Setembro de 2008, sobre uma proposta de directiva do Conselho que altera a do Conselho relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado no que diz respeito aos serviços financeiros e de seguros (COM(2007)0747 C6-0473/2007 2007/0267(CNS)) (2010/C 8 E/49) (Processo de consulta) O Parlamento Europeu, Tendo em conta a proposta da Comissão ao Conselho (COM(2007)0747), Tendo em conta o artigo 93. o do Tratado CE, nos termos do qual foi consultado pelo Conselho (C6-0473/2007), Tendo em conta o artigo 51. o do seu Regimento, Tendo em conta o relatório da Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários (A6-0344/2008), 1. Aprova a proposta da Comissão com as alterações nela introduzidas; 2. Convida a Comissão a alterar a sua proposta no mesmo sentido, nos termos do n. o 2 do artigo 250. o do Tratado CE; 3. Solicita ao Conselho que o informe, se entender afastar-se do texto aprovado pelo Parlamento; 4. Solicita nova consulta, caso o Conselho tencione alterar substancialmente a proposta da Comissão; 5. Encarrega o seu Presidente de transmitir a posição do Parlamento ao Conselho e à Comissão. Alteração 1 Considerando 1 (1) O sector dos serviços financeiros contribui consideravelmente para o crescimento, a competitividade e a criação de emprego, mas só pode desempenhar o seu papel em condições neutras de concorrência num mercado interno. É necessário prever um quadro que propicie segurança jurídica no que diz respeito ao tratamento do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) dos produtos financeiros, bem como da sua comercialização e gestão. (1) O sector dos serviços financeiros contribui consideravelmente para o crescimento, a competitividade e a criação de emprego, mas só pode desempenhar o seu papel em condições neutras de concorrência num mercado interno. É necessário prever um quadro que propicie essas condições neutras relativamente ao tratamento do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) dos produtos financeiros, bem como da sua comercialização e gestão.
14.1.2010 Jornal Oficial da União Europeia C 8 E/397 Alteração 2 Considerando 2 (2) As actuais disposições que regem as isenções de IVA aplicáveis aos serviços financeiros e de seguros previstas na do Conselho, de 28 de Novembro de 2006, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado estão ultrapassadas e deram azo a interpretações e aplicações díspares. A complexidade das regras e a disparidade das práticas administrativas traduzem-se em insegurança jurídica para os operadores económicos e as autoridades fiscais. Esta insegurança saldou-se por numerosos litígios e fez aumentar os encargos administrativos. É, por conseguinte, necessário clarificar quais os serviços financeiros e de seguros que estão isentos, a fim de criar mais segurança jurídica e reduzir os encargos administrativos dos operadores económicos e das autoridades. (2) As actuais disposições que regem as isenções de IVA aplicáveis aos serviços financeiros e de seguros previstas na do Conselho, de 28 de Novembro de 2006, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado estão ultrapassadas e deram azo a interpretações e aplicações díspares. A complexidade das regras e a disparidade das práticas administrativas traduzem-se em insegurança jurídica para os operadores económicos e as autoridades fiscais e não asseguram condições de concorrência equitativas na UE. Esta insegurança saldou-se por numerosos litígios e fez aumentar os encargos administrativos. É, por conseguinte, necessário clarificar quais os serviços financeiros e de seguros que estão isentos, a fim de criar mais segurança jurídica e condições de concorrência equitativas na UE e de reduzir os encargos administrativos dos operadores económicos e das autoridades. Alteração 3 Considerando 5 (5) Os serviços financeiros e de seguros requerem os mesmos tipos de intermediação. Afigura-se, por conseguinte, adequado que a intermediação nos seguros e a intermediação nos serviços financeiros sejam objecto de um tratamento idêntico. (5) Os serviços financeiros e de seguros requerem os mesmos tipos de intermediação. Afigura-se, por conseguinte, adequado que a intermediação nos seguros e a intermediação nos serviços financeiros sejam objecto de um tratamento idêntico, incluindo a intermediação por agente sem vínculo contratual ou qualquer outro contacto directo com qualquer das partes numa transacção de seguros ou financeira para cuja celebração tenha contribuído. Nesse caso, a isenção fiscal deve abranger uniformemente todas as actividades típicas de um mediador de seguros ou financeiro, incluindo todas as actividades preparatórias e subsequentes à celebração de um contrato. Alteração 4 Considerando 5-A (novo) Alteração 5 Considerando 7 (5-A) É adequado que as actividades de gestão de fundos de investimento continuem a ser abrangidas pela isenção quando forem exercidas por operadores económicos terceiros. (7) Os prestadores de serviços financeiros e de seguros estão cada vez mais em condições de afectar com exactidão os custos do IVA pago a montante ao produto a tributar. Quando os serviços prestados se baseiam numa taxa, é fácil determinar o valor tributável desses serviços. Por conseguinte, é adequado alargar a esses operadores económicos a possibilidade de opção de tributação. (7) Os prestadores de serviços financeiros e de seguros estão cada vez mais em condições de afectar com exactidão os custos do IVA pago a montante ao produto a tributar. Quando os serviços prestados se baseiam numa taxa, é fácil determinar o valor tributável desses serviços. Por conseguinte, é adequado alargar a esses operadores económicos a possibilidade de opção de tributação, impedindo quaisquer problemas de dupla tributação eventualmente causados pela coordenação dessa tributação com os impostos nacionais sobre os serviços de seguros e financeiros.
C 8 E/398 Jornal Oficial da União Europeia 14.1.2010 Alteração 6 Considerando 8-A (novo) (8-A) Ao tomar medidas nos termos da Directiva 2006/112/CE para regular o direito de optar pela tributação, o Conselho deve assegurar a aplicação uniforme dessas regras no mercado interno. Enquanto se aguarda a aprovação dessas regras pelo Conselho, os Estados-Membros devem poder estabelecer as regras de exercício do direito de opção. Os Estados- -Membros devem notificar a Comissão dos projectos de medidas neste âmbito seis meses antes da sua aprovação. Durante esse período, a Comissão deve proceder à apreciação dos projectos de medidas e emitir uma recomendação. Alteração 7 Artigo 1. o ponto 1 alínea a) Artigo 135. o n. o 1 alínea a) a) O seguro e resseguro; a) O seguro, incluindo o resseguro; Alteração 8 Artigo 1. o ponto 1 alínea a) Artigo 135. o n. o 1 alínea d) d) O câmbio de divisas e provisão de numerário; d) O câmbio de divisas, a provisão de numerário e as transacções relativas a créditos; Alteração 9 Artigo 1. o ponto 1 alínea a) Artigo 135. o n. o 1 alínea e) e) O fornecimento de valores mobiliários; e) As transacções relativas ao comércio de valores mobiliários; Alteração 10 Artigo 1. o ponto 1 alínea a) Artigo 135. o n. o 1 alínea g-a) (nova) g-a) Todo o tipo de derivados.
14.1.2010 Jornal Oficial da União Europeia C 8 E/399 Alteração 11 Artigo 1. o ponto 1 alínea b) Artigo 135. o n. o 1-A 1-A. A isenção prevista no n. o 1, alíneas a) a e), é aplicável à prestação de qualquer elemento constituinte de um serviço financeiro ou de seguros que constitua um conjunto distinto e possua o carácter específico e essencial do serviço isento em causa. 1-A. A isenção prevista nas alíneas a) a f) do n. o 1, é aplicável à prestação de qualquer elemento constituinte de um serviço financeiro ou de seguros que constitua um conjunto distinto e possua o carácter específico e essencial do serviço isento em causa. Alteração 12 Artigo 135. o -A ponto 1 1) «Seguro e resseguro», o compromisso mediante o qual uma pessoa é obrigada, em contrapartida de um pagamento, a prestar a outra pessoa, em caso de ocorrência de um risco, a indemnização ou prestação prevista no compromisso; 1) «Seguro», o compromisso mediante o qual uma ou várias pessoas se obrigam, em contrapartida de um pagamento, a prestar a uma ou várias outras pessoas, em caso de concretização de um risco, a indemnização ou prestação prevista no compromisso; Alteração 13 Artigo 135. o -A ponto 8 introdução 8) «Fornecimento de valores mobiliários», o fornecimento de instrumentos negociáveis, com exclusão dos títulos representativos de mercadorias ou dos direitos referidos no n. o 2 do artigo 15. o, que representem um valor financeiro e reflictam um ou mais dos seguintes elementos: 8) «Transacções relativas ao comércio de valores mobiliários», a compra e venda de instrumentos negociáveis, com exclusão dos títulos representativos de mercadorias ou dos direitos referidos no n. o 2 do artigo 15. o, que representem um valor financeiro e reflictam um ou mais dos seguintes elementos: Alteração 14 Artigo 135. o -A ponto 8 alínea c) c) uma posição de participação em organismos de investimento colectivo nos valores mobiliários referidos nas alíneas a) ou b), noutros instrumentos financeiros isentos referidos no n. o 1, alíneas a) a d), do artigo 135. o ou noutros organismos de investimento colectivo; c) uma posição de participação nos fundos de investimento definidos no ponto 10 ou em organismos de investimento colectivo noutros organismos de investimento colectivo;
C 8 E/400 Jornal Oficial da União Europeia 14.1.2010 Alteração 15 Artigo 135. o -A ponto 8 alínea c-a) (nova) Alteração 16 Artigo 135. o -A ponto 9 c-a) A propriedade de derivados financeiros, de derivados de crédito e de derivados sobre mercadorias, liquidados em dinheiro, e respectivas opções; 9) «Intermediação em operações financeiras e de seguros», a prestação de serviços fornecida por terceiros intermediários a uma parte contratante, e remunerada por esta, como actividade de mediação distinta em relação às operações financeiras e de seguros referidas no n. o 1, alíneas a) a e), do artigo 135. o ; 9) «Intermediação em operações financeiras e de seguros», a prestação directa ou indirecta de serviços fornecida por terceiros intermediários como actividade de mediação distinta em relação às operações financeiras e de seguros referidas no n. o 1, alíneas a) a e), do artigo 135. o, desde que nenhum dos intermediários seja uma contraparte nessas operações financeiras ou de seguros; Alteração 17 Artigo 135. o -A ponto 10 10) «Fundos de investimento», os organismos de investimento colectivo nos instrumentos financeiros isentos referidos no n. o 1, alíneas a) a e), do artigo 135. o e em bens imóveis; 10) «Fundos de investimento», os veículos de investimento especialmente constituídos com o objectivo único de reunir activos de investidores para os investir num agrupamento diversificado de activos, incluindo fundos de pensões e veículos usados para implementar e executar regimes colectivos de pensões; Alteração 18 Artigo 135. o -A ponto 11 11) «Gestão de fundos de investimento», as actividades destinadas à realização dos objectivos de investimento do fundo de investimento em questão. 11) «Gestão de fundos de investimento», as actividades destinadas à realização dos objectivos de investimento do fundo de investimento em questão, abrangendo, no mínimo, a gestão estratégica e táctica de activos e a afectação de activos, incluindo serviços de consultadoria, bem como a gestão de divisas e de riscos. Alteração 19 Artigo 1. o ponto 3 Artigo 137. o n. o 1 alínea a) 3) No n. o 1 do artigo 137. o é suprimida a alínea a). Suprimida
14.1.2010 Jornal Oficial da União Europeia C 8 E/401 Alteração 20 Artigo 137. o -A n. o 1 1. A partir de 1 de Janeiro de 2012, os Estados-Membros concederão aos seus sujeitos passivos o direito de opção de tributação dos serviços referidos no n. o 1, alíneas a) a g), do artigo 135. o 1. A partir de 1 de Janeiro de 2012, os Estados-Membros concederão aos seus sujeitos passivos, em cada caso individual, o direito de opção pela tributação de um dos serviços referidos nas alíneas a) a g-a) do n. o 1, do artigo 135. o, prestados a outro sujeito passivo estabelecido no mesmo Estado-Membro ou em qualquer parte do território da Comunidade. Alteração 21 Artigo 137. o -A n. o 1-A (novo) 1-A. A Comissão informa o Parlamento Europeu e o Conselho sobre o exercício do direito de opção previsto no n. o 1 até... (*). Se for caso disso, a Comissão apresentará uma proposta legislativa que estabeleça regras específicas para o exercício desse direito de opção e altere no mesmo sentido a presente directiva. (*) Três anos após a entrada em vigor da Directiva / / CE. Alteração 22 Artigo 137. o -A n. o 2 2. O Conselho tomará as disposições necessárias à execução do n. o 1 em conformidade com o procedimento previsto no artigo 397. o. Enquanto o Conselho não tomar as referidas disposições, os Estados-Membros podem determinar as regras de exercício do direito de opção previsto no n. o 1. 2. O Conselho tomará as disposições necessárias à execução do n. o 1 em conformidade com o procedimento previsto no artigo 397. o. Enquanto o Conselho não tomar as referidas disposições, os Estados-Membros podem manter as actuais regras específicas de exercício do direito de opção previsto no n. o 1. Alteração 23 Artigo 137. o -B ponto 1 1) O agrupamento e todos os seus membros estão estabelecidos ou são residentes na Comunidade; 1) O agrupamento estar estabelecido na Comunidade;
C 8 E/402 Jornal Oficial da União Europeia 14.1.2010 Alteração 24 Artigo 137. o -B ponto 3 3) Os membros do agrupamento prestam serviços isentos por força do disposto no n. o 1, alíneas a) a g), do artigo 135. o ou outros serviços relativamente aos quais não são considerados sujeitos passivos; 3) Os membros do agrupamento prestarem serviços isentos ao abrigo do disposto nas alíneas a) a g-a) do n. o 1, do artigo 135. o ou outros serviços relativamente aos quais não são considerados sujeitos passivos; Alteração 25 Artigo 137. o -B ponto 4 4) Os serviços são prestados pelo agrupamento unicamente aos seus membros e são necessários para que estes últimos possam prestar serviços isentos por força do disposto no n. o 1, alíneas a) a g), do artigo 135. o ; 4) Os serviços prestados pelo agrupamento serem necessários para que os seus membros possam prestar serviços isentos ao abrigo do disposto nas alíneas a) a g-a) do n. o 1, do artigo 135. o ; Alteração 26 Artigo 137. o -B ponto 5 5) O agrupamento limita-se a exigir dos seus membros o reembolso exacto da parte que lhes corresponde nas despesas comuns, com exclusão de eventuais regularizações dos custos da transferência realizadas para efeitos de tributação directa. 5) O agrupamento limitar-se a exigir dos seus membros o reembolso exacto da parte que lhes corresponde nas despesas comuns; as regularizações dos custos da transferência realizadas para efeitos de tributação directa não afectam a isenção de IVA do agrupamento. Alteração 27 -A (novo) Artigo 169. o alínea c) 4-A) A alínea c) do artigo 169. o passa a ter a seguinte redacção: c) Operações isentasao abrigo das alíneas a) a g-a) do n. o 1 do artigo 135. o, quando o destinatário se encontre estabelecido fora da Comunidade ou quando tais operações estejam directamente ligadas a bens que se destinem a ser exportados para fora da Comunidade.
14.1.2010 Jornal Oficial da União Europeia C 8 E/403 Alteração 28 Artigo 2. o n. o 1 parágrafo 1 1. Os Estados-Membros porão em vigor as disposições legislativas, regulamentares e administrativas necessárias para dar cumprimento à presente directiva, o mais tardar em 31 de Dezembro de 2009. Os Estados-Membros comunicarão imediatamente à Comissão o texto das referidas disposições, bem como um quadro de correspondência entre essas disposições e a presente directiva. 1. Os Estados-Membros porão em vigor as disposições legislativas, regulamentares e administrativas necessárias para dar cumprimento à presente directiva assegurando, ao mesmo tempo, que os consumidores finais beneficiem da reestruturação do actual regime de IVA. Os Estados-Membros comunicarão imediatamente à Comissão o texto das referidas disposições, bem como um quadro de correspondência entre essas disposições e a presente directiva.