Ano começa com alta no preço da cesta básica

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Transcrição:

1 São Paulo, 05 de fevereiro de 2007 NOTA À IMPRENSA Ano começa com alta no preço da cesta básica O preço do conjunto de gêneros alimentícios essenciais começou o ano em alta em 14 das 16 capitais onde o DIEESE Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - realiza, mensalmente, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As maiores elevações foram apuradas em Vitória (6,84%), João Pessoa (3,97%), Recife (3,77%), Aracaju (3,73%) e Rio de Janeiro (3,02%). As duas retrações ocorreram em Fortaleza (-3,57%) e Natal (-2,14%). Apesar de registrar o menor aumento (0,07%) entre as capitais onde a cesta básica teve alta, Porto Alegre registrou, mais uma vez, o maior custo para os bens essenciais, R$ 186,36. Como na capital paulista a elevação foi maior (1,47%), o custo da cesta em São Paulo (R$ 184,72) aproximou-se do apurado para a cidade gaúcha. O menor valor foi verificado em Fortaleza (R$ 128,18), localidade que registrou a queda mais expressiva. Mesmo com aumento de 3,77%, Recife teve o segundo menor custo para a cesta (R$ 137,12). Com base no valor apurado para os itens essenciais em Porto Alegre e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria ser suficiente para cobrir as despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima que o salário mínimo necessário deveria ser, em janeiro, de R$ 1.565,61. Em relação ao valor estimado para dezembro, praticamente não há diferença (R$ 1.564,52), tanto que ambos equivalem a 4,47 vezes o mínimo vigente. Em 12 meses entre fevereiro de 2006 e janeiro último - também apenas duas capitais registraram variação acumulada negativa: Fortaleza (-3,02%) e Brasília (-2,64%). As maiores altas ocorreram em Porto Alegre (9,48%), Recife (8,80%) e Florianópolis (8,03%).

2 Com a alta do custo dos gêneros essenciais na maior parte das capitais, aumentou, na média das 16 cidades, o tempo de trabalho necessário, em janeiro, para a aquisição dos produtos básicos. Se em dezembro quem ganha salário mínimo precisava cumprir uma jornada de 98 horas e 12 minutos, em janeiro foram necessárias 99 horas e 58 minutos para realizar a mesma compra. Há um ano, eram necessárias 112 horas e 05 minutos. A mesma situação pode ser vista quando se considera o salário mínimo líquido após a dedução da parcela referente à Previdência Social. Neste caso, verifica-se que em janeiro eram comprometidos 49,21% dos vencimentos com a cesta. Em dezembro, a mesma compra exigia 48,33% do salário e em janeiro de 2006, 55,17%. Capital TABELA Pesquisa Nacional da Cesta Básica Custo e variação da cesta básica em dezesseis capitais Brasil Janeiro 2007 Variação Mensal (%) Valor da Cesta (R$) Porcentagem do Salário Mínimo Líquido Tempo de Trabalho Variação no ano (%) Variação Anual (%) Vitória 6,84 168,99 52,28 106h 13min 6,84 2,33 João Pessoa 3,97 139,20 43,07 87h 30min 3,97 5,85 Recife 3,77 137,12 42,42 86h 11min 3,77 8,80 Aracaju 3,73 142,74 44,16 89h 43min 3,73 5,67 Rio de Janeiro 3,02 176,57 54,63 110h 59min 3,02 2,18 Belo Horizonte 2,77 176,24 54,53 110h 47min 2,77 4,28 Florianópolis 2,02 172,00 53,21 108h 07min 2,02 8,03 Salvador 1,80 137,24 42,46 86h 16min 1,80 6,79 Belém 1,48 159,49 49,34 100h 15min 1,48 0,90 São Paulo 1,47 184,72 57,15 116h 07min 1,47 4,10 Curitiba 1,38 170,29 52,68 107h 02min 1,38 4,37 Goiânia 1,34 154,48 47,79 97h 06min 1,34 2,12 Brasília 0,92 173,43 53,66 109h 01min 0,92-2,64 Porto Alegre 0,07 186,36 57,66 117h 08min 0,07 9,48 Natal -2,14 137,71 42,60 86h 34min - 2,14 7,86 Fortaleza -3,57 128,18 39,66 80h 34min - 3,57-3,02 Fonte: DIEESE

3 Comportamento dos preços Apesar do predomínio de alta no preço da cesta básica, apenas três produtos - café, tomate e óleo de soja - registraram alta na maior parte das cidades onde é realizada a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. O café subiu, em janeiro, em 15 capitais. As elevações mais expressivas ocorreram em Fortaleza (18,97%), Vitória (17,15%) e Florianópolis (13,18%). Apenas em Curitiba o preço do produto recuou (-2,96%). Em 12 meses, 11 localidades registraram aumentos, os mais significativos em Vitória (28,15%), Florianópolis (24,95%), Brasília (17,72%), João Pessoa (15,35%) e Fortaleza (10,48%). As principais retrações ocorreram em Goiânia (-7,38%), Rio de Janeiro (-4,79%) e Belém (-4,36%). As fortes chuvas deste início de ano, particularmente no Sudeste, determinaram expressiva alta no preço do tomate. Treze capitais registraram aumento. Em oito delas a alta ficou acima de 30,0%. As taxas mais elevadas foram encontradas em Vitória (53,47%), Rio de Janeiro (44,90%), Belo Horizonte (43,03%) e João Pessoa (39,58%). Em Salvador houve estabilidade, enquanto em Natal (-4,49%) e Fortaleza (-4,83%) ocorreram reduções. Nos últimos 12 meses, o produto teve aumento significativo em 14 regiões, com taxas que variam entre 16,06%, em Aracaju, e 139,47%, em Florianópolis. Em Fortaleza (-2,13%) e Belém (-12,87%) os preços recuaram. O preço do óleo de soja também subiu em 13 capitais, com destaque para Fortaleza (17,61%), Curitiba (7,49%) e Salvador (6,02%). Houve queda em Aracaju (-2,93%) e Belo Horizonte (-11,66%), enquanto em Belém os preços não se alteraram. Em comparação com janeiro de 2006, o produto aumentou em todas as capitais, com variações entre 9,14%, em Goiânia, e 28,11%, em Porto Alegre. A elevação foi determinada pelo aumento da demanda da soja no mercado internacional e pelo uso do óleo como biocombustível. Açúcar, carne e feijão foram os itens que tiveram queda na maior parte das cidades pesquisadas. O preço do açúcar caiu em 14 capitais. As quedas mais significativas foram apuradas em Recife (-10,97%) e Fortaleza (-10,14%). Houve estabilidade em Belém e João Pessoa. Nos últimos 12 meses, porém, o produto teve alta em 14 capitais, particularmente

4 em Brasília (17,31%), Fortaleza (16,98%) e Belém (16,77%). Duas cidades tiveram, no mesmo período, retrações: Florianópolis (-4,29%) e Recife (- 5,48%). A última safra da cana foi muito boa e, apesar de o produto já estar na entressafra, seu preço caiu em janeiro. No entanto, quando se considera o período anual, verifica-se aumento em quase todas as cidades. A carne, produto de maior peso na cesta, teve o preço reduzido em 10 regiões. As maiores quedas foram anotadas em João Pessoa (-6,05%), Belo Horizonte (-5,04%) e Florianópolis (-3,03%). Em outras seis, houve alta, mas apenas em Aracaju (2,30%) e Vitória (4,17%) a taxa foi superior a 1,0%. No período anual, porém, a carne apresentou elevação em 14 capitais, com destaque para Porto Alegre (15,71%), Recife (9,42%), Florianópolis (8,96%), Natal (8,33%) e Aracaju (8,25%). Houve redução em João Pessoa (-1,22%) e estabilidade em Brasília. O produto está em plena safra, mas com o aquecimento das exportações, o período com preços mais baixos pode ficar menor. Há um ano, vários países tinham suspendido a importação da carne brasileira, o que permitia que os preços internos fossem inferiores aos atuais. O feijão ficou mais barato em 10 capitais, em especial em Fortaleza (-12,71%), Porto Alegre (-7,07%) e Vitória (-4,37%). Em Natal, os preços não se alteraram e aumentos foram verificados em cinco cidades, os mais expressivos em Recife (7,63%) e Belo Horizonte (3,39%). Em comparação com janeiro de 2005, 15 localidades registraram queda no preço do produto, com destaque para Vitória (-37,71%), Porto Alegre (-36,52%), Florianópolis (-36,23%), Brasília (-36,00%) e Rio de Janeiro (-35,98%). A única alta ocorreu em Salvador (7,87%). O feijão encontra-se em época de safra e com boa produtividade. No entanto, a chuva em regiões produtoras pode prejudicar a colheita. Também em período de safra, o arroz teve seu preço reduzido em oito capitais, em especial em Fortaleza (-6,72%), Florianópolis (-3,95%), e Porto Alegre (-3,65%). O preço permaneceu inalterado em Goiânia e Curitiba. Houve alta em outras seis cidades, especialmente em João Pessoa (8,95%), Aracaju (6,29%) e Salvador (6,17%). Em 12 meses, o produto aumentou em 15 capitais, com destaque para o comportamento apurado em Belém (36,24%), Curitiba (25,00%) e João Pessoa (23,43%). A única retração foi verificada em Goiânia (-0,70%). Deve ser esperada redução no preço do arroz nos

5 próximos meses, com a melhora das condições climáticas, o que facilita a colheita e o transporte do produto. São Paulo Na capital paulista, o custo da cesta básica teve, em janeiro, aumento de 1,47%, chegando a R$ 184,72. Foi o segundo maior valor entre as 16 capitais onde o DIEESE realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. Em relação a janeiro de 2006, a alta é de 4,10%. Apesar de o custo total da cesta ter aumentado, sete dos 13 produtos que a compõem registraram queda: banana nanica (-7,01%), carne bovina de primeira (-2,76%), arroz agulhinha tipo 2 (-2,00%), açúcar refinado (-0,67%), manteiga (-0,42%), feijão carioquinha (-0,35%) e pão francês (-0,20%). O leite in natura tipo C não teve alteração. Outros cinco itens subiram, com destaque para o tomate (28,14%). Também aumentaram o óleo de soja (5,29%), a batata (3,54%), o café em pó (3,12%) e a farinha de trigo (1,21%). Na comparação com janeiro de 2006, o número de produtos com elevação é maior do que o daqueles que tiveram redução de preço: tomate (55,49%), óleo de soja (19,67%), arroz (10,53%), farinha de trigo (8,66%), banana (6,91%), carne (5,16%), açúcar (4,20%) e pão (3,72%). O preço do leite manteve-se o mesmo e quatro itens registraram queda: batata (-46,33%), feijão (-4,09%), café (-2,11%) e manteiga (-1,10%). A alta dos preços, em janeiro, foi influenciada pelo excesso de chuva, o que afetou, por exemplo, a produção do tomate. No caso do óleo de soja, está ocorrendo a internalização do preço da soja no mercado internacional. Tomate, arroz, carne, batata são itens cujos preços tendem a diminuir nos próximos meses, tanto pelo período de safra quanto pelas melhores condições climáticas. O trabalhador paulistano remunerado pelo salário mínimo comprometeu, em janeiro, 116 horas e 07 minutos da jornada mensal para adquirir os alimentos essenciais. Em dezembro, a jornada ficava em 114 horas e 26 minutos, enquanto em janeiro de 2006 correspondia a 130 horas e 08 minutos.

6 Resultado semelhante é encontrado quando se compara o valor da cesta com o salário mínimo líquido. Em janeiro último, o custo da cesta representava 57,15% do mínimo líquido, pouco mais do que era necessário em dezembro (56,32%), mas bem menos do exigido em janeiro de 2006, quando chegava a 64,05%.