2006 começa com queda no preço da cesta básica

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Transcrição:

1 São Paulo, 02 de fevereiro de 2006 NOTA À IMPRENSA 2006 começa com queda no preço da cesta básica Em janeiro, o preço do conjunto de gêneros alimentícios essenciais registrou queda em 13 das 16 capitais onde o DIEESE Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos realiza, mensalmente, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. Apenas em Goiânia (1,45%), Belém (0,82%) e Brasília (0,53%), a ração essencial mínima - conforme definida no decreto lei 399, de 30 de abril de 1938 apresentou elevação. As retrações mais expressivas ocorreram em Porto Alegre (-11,02%), Recife (-10,18%) e João Pessoa (-9,05%). Com o comportamento dos preços de janeiro, o maior valor para a cesta básica foi apurado em Brasília, onde os bens de primeira necessidade custaram R$ 178,14. Mais três localidades tiveram preços acima de R$ 170,00: São Paulo (R$ 177,45), Rio de Janeiro (R$ 172,80) e Porto Alegre (R$ 170,22). Os menores preços ocorreram em Recife (R$ 126,03), Natal (R$ 127,67) e Salvador (R$ 128,51). Com base no maior valor apurado para a cesta básica em janeiro, a de Brasília e considerando o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para a manutenção de uma família, suprindo seus gastos com alimentação, moradia, educação, vestuário, transporte, saúde, higiene, lazer e previdência social o DIEESE estima, mensalmente, o valor do salário mínimo necessário. Em janeiro, ele deveria corresponder a R$ 1.496,56, ou seja, 4,99 vezes o valor vigente, de R$ 300,00. Este valor é bem inferior ao exigido em dezembro de 2005, quando chegava a R$ 1.607,11. Em relação a janeiro de 2005 (R$ 1.452,28), o valor atual é maior, mas o número de salários mínimos a que corresponde diminuiu (era 5,59). Em 12 meses entre fevereiro de 2005 e janeiro de 2006 quatro capitais registraram queda no valor da cesta básica: Natal (-6,87%), Recife (-4,75%) João Pessoa (- 1,56) e Goiânia (-0,33%). Somente em Belo Horizonte a elevação, em 12 meses, supera 10%, chegando a 12,25%. Nas demais cidades o aumento varia entre 0,52%, em Salvador e 5,57%, em Fortaleza.

2 Jornada de trabalho Para adquirir a cesta básica o trabalhador brasileiro necessitou dedicar, em janeiro, na média das 16 capitais, 112 horas e 05 minutos de sua jornada mensal, um tempo de trabalho menor que o exigido em dezembro quando chegava a 117 horas e 29 minutos e, principalmente, inferior à requisitada em janeiro de 2005, que atingiu 126 horas e 35 minutos. Quando se considera o salário mínimo líquido após o desconto da parcela referente à Previdência Social verifica-se que, em janeiro o trabalhador que ganha salário mínimo comprometeu 55,17% de seu rendimento líquido para realizar a mesma compra que, em dezembro comprometia 57,83% de seus ganhos e em janeiro de 2005 requisitava 62,31%. CAPITAL TABELA Pesquisa Nacional da Cesta Básica Custo e variação da cesta básica em dezesseis capitais Brasil Janeiro 2006 MENSAL VALOR DA CESTA (R$) PORCENTAGEM DO SALÁRIO MÍNIMO LÍQUIDO TEMPO DE TRABALHO NO ANO ANUAL GOIÂNIA 1,45 151,28 54,60 110h 56min 1,45-0,33 BELÉM 0,82 158,06 57,05 115h 55min 0,82 3,85 BRASÍLIA 0,53 178,14 64,30 130h 38min 0,53 4,41 VITÓRIA -0,28 165,15 59,61 121h 07min -0,28 4,55 FORTALEZA - 0,65 132,17 47,71 96h 55min -0,65 5,57 RIO DE JANEIRO -2,97 172,80 62,37 126h 43min -2,97 4,85 SÃO PAULO -3,26 177,45 64,05 130h 08min - 3,26 2,65 BELO HORIZONTE -4,45 169,00 61,00 123h 56min -4,45 12,25 SALVADOR - 5,65 128,51 46,39 94h 14min -5,65 0,52 NATAL - 6,07 127,67 46,08 93h 37min -6,07-6,87 ARACAJU - 7,03 135,08 48,76 99h 04min -7,03 3,55 FLORIANÓPOLIS - 7,77 159,21 57,47 116h 45min - 7,77 1,10 CURITIBA - 7,78 163,16 58,89 119h 39min -7,78 1,91 JOÃO PESSOA - 9,05 131,51 47,47 96h 26min -9,05-1,56 RECIFE -10,18 126,03 45,49 92h 25min -10,18-4,75 PORTO ALEGRE -11,02 170,22 61,44 124h 50min -11,02 0,84 Fonte: DIEESE Comportamento dos preços Dois itens tomate e carne foram fundamentais para que, em janeiro o custo da cesta básica fosse, predominantemente, declinante. O preço do tomate caiu em 14 capitais, enquanto o da carne recuou em 13.

3 A redução no preço do tomate chegou a superar 50% em seis cidades: Recife (-61,62%), Porto Alegre (-59,62%), Curitiba (-59,41%), João Pessoa (-52,40%), Florianópolis (-51,90%) e Natal (-50,28%). Somente em Belém (1,12%) e Fortaleza (0,71%) o produto teve pequena alta. Em comparação com janeiro de 2005, o comportamento é mais diferenciado. Em nove localidades o produto tem hoje preço superior que há um ano, com destaque para Fortaleza (53,26%), Belém (38,78%) e Belo Horizonte (38,74%), enquanto em outras sete atualmente o preço é menor. As principais retrações ocorreram em Recife (-47,22%) e Natal (-46,01%). Muito sol, seguido de chuva abundante em regiões produtoras foram fatores que possibilitaram este comportamento nos preços do produto. A carne que se encontra em período de grande oferta conta ainda com a colaboração, para reduzir o preço no mercado interno, das restrições à compra do produto brasileiro definidas por muitos países, diante dos focos de febre aftosa encontrados no rebanho de alguns estados. Com isso, apenas três capitais apresentaram pequeno aumento: Brasília (1,56%), Belém (1,27%) e Goiânia (0,41%). Dentre as cidades com queda, as mais expressivas verificaram-se em Florianópolis (-9,59%) e Aracaju (-5,49%). Em relação à janeiro de 2005, apenas em Belo Horizonte houve elevação significativa, de 16,37%. Cinco localidades apontaram queda, as principais foram apuradas em Florianópolis (-5,26%) e Goiânia (-5,24%). A manteiga também apresentou predomínio de redução do preço, comportamento verificado em dez cidades, com destaque para Salvador (-4,11%), Brasília (-3,70%), Porto Alegre (-3,54%) e Curitiba (-3,19%). O fato de o verão ser o período de maior produção de leite, produto do qual a manteiga é feita, justifica este comportamento. Onze cidades registraram, também, recuo no preço da manteiga em comparação com janeiro do ano passado, com as principais quedas verificadas em Vitória (-16,59%) e Salvador (-15,34%). Dentre as cinco localidades onde houve elevação, a mais significativa ocorreu em Recife (13,91%). Também o café teve predomínio de taxas negativas, comportamento apurado em nove capitais, com destaque para Curitiba (-6,32%) e Fortaleza (-5,83). Das sete capitais com alta, as mais expressivas foram verificadas em Aracaju (4,35%) e Natal (3,81%). Em doze meses, porém o preço do café registrou alta em 14 capitais, as maiores foram apuradas no Rio de Janeiro (23,04%) e São Paulo (19,53%). Só Brasília (-2,68%) e Fortaleza (- 4,98%) apontaram recuo.

4 O açúcar, por sua vez, é um dos itens que registraram, em janeiro, comportamento predominantemente altista. Como conseqüência de seu aumento no mercado internacional, o açúcar apresentou elevação em 15 cidades, algumas com taxas bastante significativas, como o que ocorreu em João Pessoa (21,93%), Florianópolis (19,85%), Vitória (16,54%) e Natal (16,10%). A única variação negativa ocorreu em Fortaleza (-0,93%). Em doze meses, a alta foi apurada em 13 cidades, as maiores verificadas no Nordeste: Recife (43,14%), Aracaju (38,73%), João Pessoa (37,62%), Natal (34,31%) e Salvador (22,32%). Em Fortaleza o preço ficou estável e ocorreram retrações em Belo Horizonte (-3,25%) e Belém (-5,29%). O preço do óleo de soja subiu em 12 localidades, principalmente no Rio de Janeiro (5,85%) e Vitória (5,14%). Não houve alteração de preço em Recife e foram apuradas reduções em Porto Alegre (-1,36%), Fortaleza (-1,75%) e Belém (-1,97%). Nos últimos 12 meses, o produto ficou mais barato em todas as 16 capitais, com variações entre -10,00%, em Belo Horizonte e -24,62%, em Belém. Doze regiões registraram alta no preço do arroz, conseqüência do fim do efeito redutor originado na isenção de impostos PIS/Pasep e Cofins. As elevações mais significativas ocorreram em Belo Horizonte (14,75%) e Porto Alegre (11,76%). Em Belém a variação foi nula e o preço teve retração em Brasília (-11,76%), Aracaju (-8,24%) e Curitiba (-2,29%). Em comparação com janeiro de 2005, o preço do arroz ainda reflete o efeito das isenções de impostos, com redução em todas as localidades, variando entre -2,55%, no Rio de Janeiro e -37,05%, em Belém. Onze capitais apresentaram alta no preço do feijão, as mais expressivas apuradas em Belo Horizonte (11,01%), Natal (9,78%), Aracaju (9,47%) e Brasília (8,70%). Houve queda em cinco cidades, em especial em Curitiba (-4,80%), Fortaleza (-3,54%) e Porto Alegre (-3,00%). Na comparação anual, nove localidades tiveram aumento em especial Brasília (21,40%), Florianópolis (20,22%) e Rio de Janeiro (20,17%) seis, redução destaque para Goiânia (-14,96%) e Salvador (-8,25%) e estabilidade em Fortaleza. Como arroz e feijão encontram-se em início de colheita da safra principal, é esperada queda nos preços para os próximos meses. Merece destaque, ainda, o comportamento do preço da batata, produto pesquisado apenas nas nove capitais do Centro-Sul do país e que teve aumento em todas elas. Brasília (49,43%), Goiânia (25,98%) e Curitiba (24,56%) foram os destaques do mês. Em relação ao ano passado, os aumentos variam de 26,98%, em Goiânia a 129,17%, em Belo Horizonte.

5 São Paulo Na capital paulista, a cesta básica apresentou, em janeiro, queda de 3,26%, com seu valor ficando em R$ 177,45. Em comparação com janeiro de 2005, houve alta de 2,65%. Com esse comportamento, o conjunto de bens alimentícios essenciais manteve-se com o segundo maior valor entre as 16 capitais onde o levantamento é realizado. A redução no preço da cesta foi determinada pela queda no custo de apenas quatro itens: tomate (-32,51%), carne bovina de primeira (-4,18%), café em pó (-2,07%) e farinha de trigo (-0,86%). Leite in natura tipo C e pão francês não apresentaram alteração em seus preços. Os outros sete produtos tiveram aumento: batata (17,20%), açúcar refinado (9,16%), banana nanica (4,47%), arroz agulhinha tipo 2 (3,91%), feijão carioquinha (3,10%), óleo de soja (1,67%) e manteiga (1,37%). Para feijão, arroz e batata são esperadas reduções nos próximos meses, uma vez que, atualmente, é período de colheita. Nos últimos 12 meses, dentre os 13 produtos que compõem a cesta básica do paulistano, sete subiram: batata (34,57%), café (19,53%), açúcar (16,26%), leite (4,31%), banana (2,78%), pão (2,54%) e manteiga (1,98%). Os outros seis, ficaram mais baratos no período: óleo de soja (-16,06%), arroz (-6,99%), farinha de trigo (-5,71%), tomate (- 4,65%), feijão (-3,62%) e carne (-0,68%). Em janeiro, a aquisição da cesta básica exigiu, por parte do trabalhador que ganha salário mínimo em São Paulo, o cumprimento de uma jornada de 130 horas e 08 minutos. Em dezembro - 134 horas e 31 minutos, - e em janeiro de 2005 146 horas e 16 minutos o tempo de trabalho necessário era maior. Quando se considera o percentual do salário mínimo líquido comprometido com a compra dos gêneros essenciais, os números são 64,05%, em janeiro, 66,21%, em dezembro de 2005 e 72,00%, há um ano.