Prof V Vargas, Instituto Superior Tecnico IP 15/09/10, Pg 1/5. IP {IP.doc}

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Prof V Vargas, Instituto Superior Tecnico IP 15/09/10, Pg 1/5 IP {IP.doc} 1. O valor inicial de TTL (Time To Live) no cabeçalho pode ser inferior ao número de saltos (hops) na rede, entre originador e destinatário, de um datagrama-ip? Justifique. R: Não. Se o fôsse, e como ele é decrementado por cada hop, ele chegaria a zero (e em consequência seria descartado) antes de atingir o nó destino. 2. [09E2.9] Suponha que um datagrama IPv4 contendo um pacote de transporte é fragmentado e que um dos fragmentos se perde na rede. 2.1. Na sequência desta perda, diga que acções (se as houver) são executadas ao nível de rede no destinatário do datagrama original. 2.2. Diga se o nível de transporte no destinatário será informado do facto (e de que forma). 2.3. Como será corrigida esta perda de fragmento? R1: a recomposição do datagrama é abortada e fragmentos já recebidos são descartados, quando for excedido o tempomáximo-de-recomposição; R2: Não; R3: No caso do TCP, é feita a retransmissão do pacote em causa, em outro datagrama IPv4. No caso de UDP, a aplicação poderá, ela mesma, provocar essa retransmissão. (Curiosidade: na especificação original do IP, a RFC791, a recomposição do datagrama será abortada quando for excedido o maior entre 1) o tempo-máximo-de-recomposição (por omissão, 15 seg) após se ter recebido o primeiro fragmento, e 2) o Tempo de vida do segmento que apresentar um maior tempo de vida (TTL). Acontece que os nós da Internet real utilizam o TTL como número de hops, e não como tempo - pelo que a decisão de abortar a recomposição considera apenas o tempomáximo-de-recomposição; um valor mínimo realístico para este será da ordem dos 60 segs) 3. [09E3.8] Considere que está envolvido no fabrico de um router para datagramas IPv4 Recorde os campos de um datagrama-ipv4: Versão IHL Tipo de Serviço Comprimento Total Identificação Flags Offset TTL (Tempo de Vida) Protocolo Checksum Endereço de Origem Endereço de Destino Opções Dados 3.1. Quais os campos do cabeçalho de um datagrama que o router deve actualizar antes de o transmitir? 3.2. Eventualmente, em alguns datagramas o router necessita acrescentar uma opção de 4-bytes; quais os campos do cabeçalho que ele tem que actualizar? 3.3. Sucede que a primeira versão do router não processa o campo TTL (TimeToLive). Quais as consequências? Qual é o modo correcto de lidar com o campo TTL? 3.4. Em ordem a poupar nos gastos, decide ignorar a checksum: o router não a testa, nem a actualiza. E, no laboratório, verifica-se que os testes até correm bem. Daí a pergunta: será uma boa decisão? 3.5. Com o intuito de acelerar o processamento do datagrama, decide recolher o endereço de destino nos últimos 4 bytes do cabeçalho. Mas, de vez em quando, o router falha na determinação do endereço correcto. Porquê? 3.6. Qual o comprimento mínimo do cabeçalho? Se o nível superior passar ao nível IP, para serem enviados, 1 Mbyte de dados, mas cada datagrama não puder exceder 40 bytes de comprimento, quantos bytes, no total, terá o nível IP que enviar? 3.7. Admita que o router recebe 5 fragmentos de um datagrama de uma entrada cujo MTU é 60 bytes, e que ele decide fazê-los prosseguir por uma saída cujo MTU é 120. Quantos datagramas, no total, deverá transmitir? R1: TTL e checksum R2: TTL, checksum, comprimento do cabeçalho, comprimento total e opções R3: Alguns dos datagramas poderão ser retransmitidos indefinidamente. O router deveria decrementar de 1 o TTL e, se o resultado fosse 0, descartá-lo e devolver uma mensagem ICMP Time exceeded R4: Não é uma boa ideia. A Internet real corrompe mesmos os pacotes! E routers de outros fabricantes descartariam os datagramas, pois a checksum estaria errada R5: Os datagramas podem ter opções no cabeçalho! Pelo que os tais últimos 4 bytes seriam Opções, não endereço! (A solução é utilizar como endereço de destino os bytes 17-20! Ou então somente utilizar os últimos 4 bytes do endereço se o comprimento do cabeçalho for 20 ) R6: 20 byte; 2 Mbyte. R7: 5, pois o router não procede à recomposição (re-assemble) dos datagramas.

Prof V Vargas, Instituto Superior Tecnico IP 15/09/10, Pg 2/5 4. [04E1] Quais são os campos, do cabeçalho de um datagrama-ip, que são alterados pelo procedimento de fragmentação? Explique o que acontece com cada um deles. Recorde os campos de um datagrama-ip: Versão IHL Tipo de Serviço Comprimento Total Identificação Flags Offset TTL (Tempo de Vida) Protocolo Checksum Endereço de Origem Endereço de Destino Opções Dados R: Offset: reflectindo a posição do fragmento no datagrama original Flags: excepto o último fragmento da segmentação dum datagrama com MF=0, será MF=1 Opções: algumas das opções podem ser copiadas para os fragmentos IHL: tem que ficar de acordo com o comprimento do Header do fragmento Comprimento total: tem que ficar de acordo com o comprimento do fragmento Checksum: tem que ficar de acordo com o novo conteúdo do fragmento Tempo de Vida: decrementado 1 5. Quais deverão ser os valores da flag MF (More Fragments) e do Offset do Fragmento num datagrama-ip completo, não-fragmentado? R: MF=0, Offset do Fragmento=0 6. [08E3.6] Considere a fragmentação de datagramas no protocolo IP v4. 6.1. Teoricamente, qual o valor máximo de fragmentos que podem resultar de um único datagrama IP? 6.2. Qual o maior datagrama que não pode ser fragmentado? R1: 65535 / 8 2 13 = 8192 fragmentos (Recorde: são aceites datagramas com comprimento até, em teoria, 65535 octetos; e os dados são repartidos em porções terminando em fronteiras de 8 octetos) R2: Datagrama com 60 octetos de cabeçalho e 8 octetos de dados (É aceitável a resposta 20 de cabeçalho + 8 de dados) 7. Suponha que um segmento TCP tem 2048 bytes de dados e 20 bytes de cabeçalho. Este segmento tem que atravessar duas ligações para chegar ao destino. A primeira ligação tem um MTU de 1024 bytes e a segunda um MTU de 512 bytes. Assuma que o cabeçalho de qualquer diagrama IP tem 20 bytes. 7.1. Indique os comprimentos e offsets de todos os fragmentos entregues ao nó após a primeira ligação. 7.2. Indique os comprimentos e offsets de todos os fragmentos entregues à camada IP do destino 7.3. Como é que o destinatário sabe que já recebeu o último fragmento do datagrama? Resolução: Relativamente ao segmento TCP em causa, é passado à camada rede um total de 2068 (=20+2048) bytes. Procedimentos relativos à primeira ligação: sendo MTU=1024 bytes, e havendo que reservar, em cada datagrama-ip, 20 bytes para o cabeçalho, sobram 1004 bytes (=1024-20) para os dados - o que é menos que os 2068 bytes do segmento a transmitir. Há, pois, que o fragmentar As regras a observar são: tentar encher cada datagrama o mais possível, e operar a fragmentação em fronteiras de 8 bytes. Quantos bytes de dados é que cada datagrama irá carregar? Repare-se que 1004/8=125,5; por conseguinte, o maior múltiplo de 8 que não excede 1004 é 8*125=1000. Pelo que as regras acima ficarão cumpridas vertendo, no campo dados de cada datagrama (exceptuando o último), 125 blocos de 8 bytes. - numeram-se 0, 1, 2, os blocos de 8 bytes dos dados do segmento; inicializa-se offset=0, cfr IP01.a; - constroi-se um primeiro datagrama, com 125 blocos de 8 bytes do segmento-tcp, contados a partir de offset=0; offset incrementa de 125; ficam sobrando 2068-1000=1068 bytes - constroi-se um segundo datagrama, com 125 blocos de 8 bytes do segmento-tcp, contados a partir de offset=125; offset incrementa de 125; ficam sobrando 1068-1000=68 bytes - constroi-se o terceiro, e último datagrama, com os últimos 68 bytes do segmento-tcp, contados a partir de offset=250 Sumarizando, as características dos datagramas despachados para a primeira ligação são:

Prof V Vargas, Instituto Superior Tecnico IP 15/09/10, Pg 3/5 Cabeçalho Dados Offset MF-Flag Comprimento do datagrama 20 1000 0 1 1020 20 1000 125 1 1020 20 68 250 0 88 Procedimentos relativos à segunda ligação: sendo MTU=512 bytes, e havendo que reservar, em cada datagrama-ip, 20 bytes para o cabeçalho, sobram 492 bytes para os dados. O primeiro datagrama recebido da primeira ligação transporta 1000 bytes de dados - o que excede esses 492 bytes. Há, pois, que o fragmentar Quantos bytes de dados é que cada fragmento irá carregar? Repare-se que 492/8=61,5. Pelo que em cada fragmento (exceptuando o último), deverão ser colocados 61 blocos de 8 bytes. - constroi-se um primeiro fragmento, com 61 blocos de 8 bytes do datagrama, contados a partir de offset=0; offset incrementa de 61; ficam sobrando 1000-488=512 bytes - constroi-se um segundo fragmento, com 61 blocos de 8 bytes do datagrama, contados a partir de offset=61; offset incrementa de 61; ficam sobrando 512-488=24 bytes - constroi-se o terceiro fragmento, com os últimos 24 bytes do datagrama, contados a partir de offset=122 Para o segundo datagrama proveniente da primeira ligação, o procedimento é análogo. Sumarizando, tem-se o seguinte, à chegada à camada rede do destino, cfr IP01.b: Cabeçalho Dados Offset MF-Flag Comprimento do fragmento 20 488 0 1 508 20 488 61 1 508 20 24 122 1 44 20 488 125 1 508 20 488 186 1 508 20 24 247 1 44 20 68 250 0 88 Nota: em cada fragmentação, são também alterados os campos TTL e checksum. 8. [2007/09] Considere que uma gateway-ip recebeu um datagrama-ip com os campos seguintes: Id: 314 TL (Total Length)=132 FO (Offset do Fragmento)=29 MF (More Fragments)=0 e que ele deve ser re-enviado, para uma rede cujo MTU Max =128. Em quantos datagramas-ip deve aquele ser segmentado? Quais os valores que aqueles campos deverão passar a deter, em cada um deles? Nota: Admita que o campo Opções do cabeçalho do datagrama-ip está vazio R: IHL=20 [(128-20) / 8] * 8=104 octetos por fragmento; 132 = 20+112 112 / 104 2 datagramas-ip, com os seguintes campos: Id TL FO MF 314 20+104 29 1 314 20+8 42 0

Prof V Vargas, Instituto Superior Tecnico IP 15/09/10, Pg 4/5 9. [07T2] Considere que um computador fonte gerou um datagrama IPv4 em que, no respectivo cabeçalho, Id=345 e o campo Opções está vazio. No caminho até ao computador destino, o datagrama IP sofreu várias fragmentações. Suponha que os nós, quando segmentam os pacotes, agem por forma a encher o mais possível os fragmentos resultantes. Suponha também que, a certa altura, já chegaram ao destino três fragmentos, pela ordem seguinte e com os seguintes campos no cabeçalho: DG1: DG2: DG3: Id 345 345 345 Total Length 140 50 140 Fragment Offset 15 60 30 Flag More Fragments 1 0 1 9.1. Com base na informação contida nos fragmentos já recebidos, qual o número de octetos de dados do datagrama original na fonte? 9.2. Qual o valor mais elevado de MTU (Maximum Transfer Unit) que a Rede mais restritiva (visitada por aqueles três fragmentos) pode ter? 9.3. Qual o Fragment Offset do fragmento que contém o 400º octeto do datagrama original? R1: (60*8)+(50-20)=510 bytes (Nota: como o campo Opções está vazio, o IP-Header tem apenas 20 bytes) R2: MTU Max =140+(8-1)=147 bytes (Nota: a segmentação faz-se em fronteiras de 8 bytes) R3: FO=int (400/(15*8))*15=45 (Nota: cada fragmento comporta 140-20=120=15*8 bytes) 10. [07E2.5] Um emissor envia um datagrama com 900 bytes de dados e com o campo Opções vazio. No caminho até ao destino, o datagrama original foi fragmentado. Suponha que todas as redes atravessadas pelos datagramas (fragmentos) possuem o mesmo MTU (Maximum Transfer Unit). Suponha também que, neste cenário, todos os routers que decidem fragmentar datagramas escolhem sempre o máximo tamanho possível para os fragmentos. Considere que chegaram ao receptor os seguintes datagramas, pela ordem indicada e com o seguinte conteúdo: DG1: DG2: Id 345 345 Total Length (TL) 180 180 Fragment Offset (FO) 80 20 Flag More Fragments (MF) 1 1 Quais os campos FO, MF e TL dos fragmentos que ainda não chegaram? R: O número de bytes de dados em cada fragmento é de 180-20=160. Então, a recomposição do datagrama será: DG2 DG1 TL-20: 160 160 160 160 160 100=900-5*160 FO: 0 20 40 60 80 100 DG3: FO=0,MF=1,TL=180; DG4: {40,1,180}; DG5: {60,1,180}; DG6: {100,0,120} 11. [08T2.3] Considere que entre dois computadores, X e Y, existem várias Redes, com a topologia esquematizada na figura ao lado, onde se indicam os respectivos MTU (Maximum Transfer Unit). X gera um datagrama IPv4 com 512 bytes de Dados. Esse datagrama é sujeito a uma primeira fragmentação na rede W. O primeiro fragmento é encaminhado pela Gateway Gnw e os restantes são encaminhados para a Gateway Gsw. Assuma que se enche o mais possível os fragmentos resultantes. Especifique os campos TotalLength, FragmentOffset e MoreFragment dos fragmentos que chegarão a Y. [Nota: Suponha que não haverá perdas nem duplicados, nem os datagramas sofrem loops no trânsito entre X e Y]. R: (Reparo: 256 cobre 20+29*8, 128 cobre 20+13*8) TotalLength 124 124 44 252 68 FragmentOffset 0 13 26 29 58 12. [09T2.2] Considere que entre dois computadores, X e Y, existem várias Redes, com a topologia esquematizada na figura IP05.d, onde se indicam os respectivos MTU (Maximum Transfer Unit). X gera um datagrama IPv4 com 1024 bytes de Dados (e em cujo

Prof V Vargas, Instituto Superior Tecnico IP 15/09/10, Pg 5/5 cabeçalho o campo Opções está vazio). Os fragmentos resultantes de uma primeira fragmentação em X são encaminhados pelas Gateways Gs ou Gnw (e Gen). Ao destino Y, chegam no total cinco fragmentos. Na tabela abaixo, sumarizam-se os dados (TotalLength, FragmentOffset e MoreFragment) já recolhidos desses datagramas. Preencha as quadrículas ainda vazias. Assuma que, no processo de fragmentação, se enche o mais possível os fragmentos resultantes. [Nota: Suponha que não há perdas nem duplicados, nem os datagramas sofrem loops no trânsito entre X e Y]. TotalLength 300 292 172 FragmentOffset 0 MoreFragment 0 R: A fragmentação em X origina três datagramas, {D x1, D x2, D x3 }, com, sucessivamente, 376 (=(400-20)/8*8), 376 e 272 (=1024-2*376) bytes de dados. A fragmentação de D x1 em Gs origina dois datagramas, com 280 (=(300-20)/8*8) e 96 bytes (=376-280) de dados: são o primeiro e segundo (ou quarto) datagramas recebidos; os FragmentOffset são 0 e 280/8=35. A fragmentação de D x2 em Gn origina dois datagramas, com 224 (=(250-20)/8*8) e 152 bytes (=376-224) de dados são o quarto (ou segundo) e quinto datagramas recebidos. Os respectivos FragmentOffset são 47 (=376/8) e 75 (=47+28). D x3 detém MoreFragment=0; é o terceiro datagrama recebido, o seu FragmentOffset será 2*376/8=94. 1ª Fragmentação 1024 = 376 + 376 + 272 2ª Fragmentação D x1 :376=280+9 D x3 :272 D x2 :376=224+15 6 2 TotalLength 300 116 292 244 172 FragmentOffset 0 35 94 47 75 MoreFragment 1 1 0 1 1 (Repare-se: O primeiro datagrama (cujo FragmentOffset=0) e o terceiro (cujo MoreFragment=0) contém respectivamente o primeiro e último bytes de dados do datagrama original. Pois que esses datagramas têm comprimentos que excedem o MTU de N (=256), deduz-se que esses bytes não podem ter transitado por N: o seu trajecto foi X W E Y. Isto é: D x1 e D x3 foram, ambos, encaminhados por Gs. E, quanto a D x2, a sua fragmentação origina um datagrama com 152 bytes de dados valor distinto daqueles {280 e 96} associados à fragmentação de D x1 ; i.e.: a Gateway por que transitou não foi aquela, Gs, por onde viajou D x1, mas Gn. O número de bytes de dados é o valor do TotalLength decrescido de 20, o comprimento do header) 13. Explique os conceitos, e compare as respectivas vantagens e desvantagens, de fragmentação intranet versus fragmentação internet.