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Transcrição:

A INSERÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO DO DISTRITO FEDERAL MARÇO 20 MARÇO - 2017 A presença feminina no mercado de trabalho do Distrito Federal 2016 Entre 2015 e 2016, o nível de ocupação no Distrito Federal apresentou comportamento desfavorável para ambos os sexos, registrando retração de 1,8% ou menos 23 mil postos de trabalho. O total de ocupados em 2016 foi estimado em 1.283 mil pessoas, sendo 47,7% de mulheres e 52,3% de homens. A taxa de desemprego total aumentou de 13,6% para 17,8%, e o contingente de desempregados foi estimado em 277 mil pessoas, acréscimo de 72 mil em relação ao ano anterior. Esse resultado decorreu da redução na ocupação (23 mil) e do aumento da População Economicamente Ativa PEA (48 mil pessoas entraram na força de trabalho da região). A taxa de participação indicador que estabelece a proporção de pessoas de 14 anos e mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas passou de 64,8% para 65,2%. O objetivo desse Boletim Especial Mulheres é atualizar esses e outros indicadores sobre a inserção feminina no mercado de trabalho do Distrito Federal, utilizando como fonte de informações a base de dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal PED-DF, realizada pela Secretaria de Estado do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do Distrito Federal, CODEPLAN, DIEESE, em parceria com a Fundação SEADE e com o apoio do MTb/FAT.

2 Taxa de participação feminina cresce em 2016 1. A proporção de mulheres com catorze anos ou mais de idade inseridas no mercado de trabalho, na situação de ocupadas ou de desempregadas Taxa de Participação Feminina aumentou de 58,2% para 59,1%, entre 2015 e 2016. Entre os homens, a taxa apresentou ligeira redução passando de 72,6% para 72,3% (Gráfico A). Gráfico A Taxas de Participação por Sexo Distrito Federal 2015 e 2016 Em % 2015 2016 64,8 65,2 72,6 72,3 58,2 59,1 Total Homens Mulheres Fonte: Convênio: DIEESE/SEADE-SP/MTb-FAT/SEATRAB-GDF/CODEPLAN. PED-DF - Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal. 2. Segundo os atributos pessoais, o aumento na taxa de participação feminina foi mais intenso entre as mulheres de 16 a 24 anos (3,2%), entre as responsáveis pela de família (3,1%) e entre as mulheres negras (1,8%) (Tabela 4 Anexo Estatístico). Para os homens a redução na taxa foi mais intensa entre os maiores de 60 anos (-4,8%) e entre os chefes de família (-1,7%).

3 Tabela A Estimativa da População em Idade Ativa (PIA), População Economicamente Ativa (PEA), Ocupados e Desempregados Distrito Federal 2015 e 2016 Condição de Atividade 2015 2016 Variação Absoluta 2015-2016 Total Mulheres Homens Total Mulheres Homens Total Mulheres Homens População em Idade Ativa 2.332 1.259 1.073 2.394 1.292 1.102 62 33 29 População Economicamente Ativa 1.512 733 779 1.560 763 797 48 30 18 Ocupados 1.306 620 686 1.283 612 671-23 -8-15 Desempregados 205 112 93 277 151 126 72 39 33 Inativos com 10 anos e mais 820 526 294 834 529 305 14 3 11 Fonte: Convênio: DIEESE/SEADE-SP/MTb-FAT/SEATRAB-GDF/CODEPLAN. PED-DF - Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal. Em 1.000 pessoas 3. O contingente de desempregadas teve acréscimo de 39 mil pessoas, sendo estimado em 151 mil mulheres, em 2016. Esse resultado deveu-se à redução na ocupação feminina (menos 8 mil postos de trabalho) e ao ingresso de 30 mil mulheres no mercado de trabalho. Para os homens, o aumento de 33 mil desempregados decorreu da diminuição de 15 mil postos de trabalho e a entrada de 18 mil homens na força de trabalho (Tabela A). Do total de desempregados (277 mil pessoas), em 2016, as mulheres eram 54,4% e os homens 45,6%. 4. O tempo médio despendido pelos desempregados na procura de trabalho, entre 2015 e 2016, aumentou em 5 semanas para mulheres (passando de 42 para 47 semanas) e, em 6 semanas para os homens (passando de 34 para 40 semanas) (Tabela 10 - Anexo Estatístico). Taxa de desemprego cresceu mais para os homens do que para as mulheres 5. Entre 2015 e 2016, a taxa de desemprego total feminina aumentou de 15,3% para 19,7%, a taxa de desemprego aberto subiu de 12,8% para 17,0% e de desemprego oculto apresentou relativa estabilidade ao passar de 2,5% para 2,7%. Entre os homens, a taxa de desemprego total passou de 12,0% para 15,8%, a de desemprego aberto de 8,9% para 12,2% e a de desemprego oculto de 3,1% para 3,6% (Gráfico B e Tabela 6 - Anexo Estatístico).

4 Gráfico B Taxas de Desemprego Total por Sexo Distrito Federal 2015 e 2016 Em % 2015 2016 19,7 17,8 13,6 12,0 15,8 15,3 Total Homens Mulheres Fonte: Convênio: DIEESE/SEADE-SP/MTb-FAT/SEATRAB-GDF/CODEPLAN. PED-DF - Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal. 6. Embora a taxa de desemprego total feminina seja superior à masculina, destaca-se que a taxa de desemprego total feminina cresceu 28,8% e a masculina 31,7%, entre 2015 e 2016, o que contribuiu para reduzir o diferencial do patamar de desemprego entre os sexos, ainda que as diferenças permaneçam grandes (Tabela 6 - Anexo Estatístico). Decresce nível de ocupação para mulheres de forma menos intensa do que para os homens 7. No ano em análise, 612 mil mulheres estavam ocupadas no Distrito Federal, 8 mil a menos que no ano de 2015. No contingente masculino, o decréscimo na ocupação foi de 15 mil pessoas, chegando, em 2016, a 671 mil ocupados (Tabela A). Com esse resultado o contingente de mulheres ocupadas passou a representar 47,7% dos postos de trabalho da região e os homens 52,3% (Tabela 3 - Anexo Estatístico). 8. A redução de 1,2% no nível de ocupação das mulheres refletiu, setorialmente, decréscimos da ocupação no Comércio e reparação de veículos automotores e

5 motocicletas (-5,2%) e, em menor intensidade, no setor de Serviços (-0,7%). Haja vista o nível ocupacional feminino ter crescido na Indústria de Transformação (6,3%) e permanecido estável nos Serviços Domésticos. Entre os homens, a retração do nível de ocupação (-2,2%) deveu-se aos decréscimos no setor da Construção (-7,9%), no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-4,4%) e nos Serviços (-1,1). A Indústria de transformação não variou (Tabelas 17 e 18). Tabela B Distribuição dos ocupados por setor de atividade econômica e sexo Distrito Federal 2015 e 2016 Setor de Atividade Total de Ocupados (1) Industria de transformação (2) Construção (3) Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (4) 2015 2016 Total Mulheres Homens Total Mulheres Homens 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 3,3 2,5 3,9 3,4 2,8 4,1 5,2 (6) 9,3 4,8 (6) 8,8 18,0 15,7 20,0 17,5 15,1 19,7 Serviços (5) 72,1 80,1 64,7 72,7 80,6 65,5 Fonte: Convênio: DIEESE/SEADE-SP/MTb-FAT/SEATRAB-GDF/CODEPLAN. PED-DF - Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal. (1) Inclui agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (Seção A); indústrias extrativas (Seção B); eletricidade e gás (Seção D); água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação ( Seção E); organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais (Seção U); atividades mal definidas (Seção V). As seções mencionadas referem-se à CNAE 2.0 domiciliar. (2) Seção C da CNAE 2.0 domiciliar. (3) Seção F da CNAE 2.0 domiciliar. (4) Seção C da CNAE 2.0 domiciliar. (5) Seções H a T da CNAE 2.0 domiciliar. (6) A amostra não comporta desagregação para esta categoria Em porcentagem 9. O setor de Serviços aumentou a sua já significativa importância na ocupação feminina, passando a agregar 80,6% das mulheres ocupadas, frente aos 80,1% que representava em 2015; o Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, diminuiu de 15,7% para de 15,1%, no período; a participação da Indústria de Transformação apresentou um ligeiro aumento passando de 2,5% para 2,8% (Tabela B). 10. As mulheres ocupadas estão inseridas, principalmente, no emprego assalariado, que abrange mais de 70% delas, em 2016. Destaca-se assim, o setor privado com carteira de trabalho assinada, onde estavam 40,5% das mulheres ocupadas. O assalariamento no setor público também tem importância na ocupação feminina e agregou 23,2% das mulheres ocupadas. No ano em análise, o emprego doméstico e a ocupação autônoma, representaram 12,2% e 10,1%, respectivamente (Tabelas 19 e 21 do Anexo Estatístico).

6 Gráfico C Variação do Nível de Ocupação por Posição na Ocupação, segundo Sexo Distrito Federal 2015/2016 Homens Mulheres 8,7 Em % 5,1 3,7 3,3 0,0 (1) (1) -2,8-3,6-2,7-3,9-5,3 Assal. S. Priv. C/ Carteira Assin. Assal. S. Priv. S/ Carteira Assin. Assal. S. Público Autônomos Domésticos Mensalistas Domésticos Diaristas Fonte: Convênio: DIEESE/SEADE-SP/MTb-FAT/SEATRAB-GDF/CODEPLAN - PED-DF - Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal. (1) A amostra não comporta a desagregação para esta categoria 11. Entre 2015 e 2016, sob a ótica do tipo de vínculo estabelecido com o trabalho, destaca-se variação negativa entre as mulheres assalariadas do setor privado com carteira de trabalho assinada (-2,8%) e daquelas que exerciam suas atividades no setor público (-2,7%). Entre as formas de vínculos mais precários, houve acréscimo das trabalhadoras autônomas (5,1%) e das empregadas domésticas diaristas (8,7%). (Gráfico C). Entre os homens, a redução nas formas de inserção mais protegidas também sofreram reduções, no assalariamento no setor privado com carteira assinada (-5,3%) e aumentou o sem carteira (3,7%). O setor público registrou retração (-3,6%) e o trabalho autônomo aumento (3,3%). 12. Analisando o nível de instrução dos ocupados em 2016, observa-se a manutenção do comportamento histórico das mulheres serem mais escolarizadas que os homens. Elas apresentam maior proporção no nível de escolaridade mais alto, 36,2% no ensino superior completo, enquanto os homens ocupados correspondiam a 30,5%. Mesmo assim quando analisamos a renda identificamos que os rendimentos femininos

7 permanecem inferiores aos masculinos, demonstrando a permanência da desigualdade entre os sexos (Tabela 13 e 14). Rendimento por hora feminino diminui em menor intensidade que o dos homens e passa a equivaler a 79,6% do masculino 13. No período analisado, o rendimento médio real das mulheres ocupadas equivalia a R$ 2.760, enquanto o dos homens a R$ 3.644. Entretanto como a jornada semanal média de trabalho dos homens (41 horas) é maior do que a das mulheres (39 horas), o rendimento médio real por hora torna-se a medida mais apropriada para analisar a diferença de renda entre os sexos (Tabela C). O rendimento médio real por hora para as mulheres ocupadas reduziu (-4,1%), passando a corresponder R$ 16,53, em 2016, enquanto para os homens passou a equivaler R$ 20,77, com redução mais intensa (-5,7%) do que a das mulheres. No histórico de desigualdade de rendimentos entre os sexos, a distância entre o rendimento por hora das mulheres ocupadas em relação aos homens reduziu-se ao passar de 78,3% em 2015, para 79,6% em 2016. É importante ressaltar que a ligeira redução da desigualdade entre os rendimentos por sexo, foi resultado da renda do homem ter reduzido mais do que a da mulher (Tabela C). Tabela C Rendimento médio real mensal e por hora (1) e jornada média de trabalho semanal (2) dos ocupados (3) no trabalho principal, por sexo Distrito Federal 2015 e 2016 Sexo Rendimento médio real (em reais) Jornada semanal média (em horas) Rendimento médio por hora (em reais) Homens 2015 3.866 41 22,03 2016 3.644 41 20,77 Mulheres 2015 2.877 39 17,24 2016 2.760 39 16,53 Variação 2016/2015 (em %) (em horas) (em %) Homens -5,7 0-5,7 Mulheres -4,1 0-4,1 Fonte: Convênio: DIEESE/SEADE-SP/MTb-FAT/SEATRAB-GDF/CODEPLAN. PED-DF - Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal. (1) Inflator utilizado: INPC-DF/IBGE - valores em reais de novembro de 2016 (2) Exclusive os ocupados que não trabalharam na semana. (3) Exclusive os assalariados e os empregados dométicos mensalistas que não tiveram remuneração no mês, os trabalhadores familiares sem remuneração salarial e os empregados que receberam exclusivamente em espécie ou benefício. 14. Em relação aos setores de atividade econômica, em 2016 a desigualdade de renda entre os sexos reduziu em relação ao ano anterior, embora os rendimentos auferidos pelas mulheres permaneçam inferiores aos dos homens em todos os setores de

8 atividade. A desigualdade ficou praticamente estável, tanto no setor de Serviços, onde a mulher recebe 84,3% do salário do homem, quanto no do Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas que equivalia a 84,8%. No período em análise, a redução das distâncias dos rendimentos entre os sexos foi resultado da estabilidade nos rendimentos das mulheres, uma vez que o rendimento masculino apresentou intensa redução nos setores citados Gráfico D. Gráfico D Proporção do rendimento médio real no trabalho principal das mulheres, em relação ao dos homens, por setor de atividade Distrito Federal 2015/2016 (%) 74,4 75,7 2015 2016 84,8 84,3 76,3 77,9 (1) (1) Total de ocupados Indústria de transformação Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas Serviços Fonte: Convênio: DIEESE/SEADE-SP/MTb-FAT/SEATRAB-GDF/CODEPLAN. PED-DF - Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal. O inflator utilizado foi o INPC/DF-IBGE; valores em reais de novembro de 2016. Tabela D Rendimento médio real (1) dos ocupados e assalariados, por sexo, por posição na ocupação Distrito Federal 2015-2016 Rendimentos (em reais de novembro de 2016) Posição na ocupação Variação (%) 2015 2016 2016/2015 Rendimento das mulheres em relação ao dos homens (%) Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens 2015 2016 Total de ocupados 2.877 3.866 2.760 3.644-4,1-5,7 74,4 75,7 Assalariados Total (2) 3.213 3.789 3.170 3.621-1,3-4,4 84,8 87,5 Setor Privado 1.637 2.082 1.640 1.910 0,2-8,3 78,6 85,9 Com carteira 1.668 2.090 1.657 1.963-0,7-6,1 79,8 84,4 Sem carteira 1.416 2.035 1.518 1.594 7,2-21,7 69,6 95,2 Setor Público (6) 7.025 8.221 6.880 7.922-2,1-3,6 85,5 86,8 Autônomos 1.550 2.283 1.286 2.111-17,0-7,5 67,9 60,9 Fonte: Convênio: DIEESE/SEADE-SP/MTb-FAT/SEATRAB-GDF/CODEPLAN. PED-DF - Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal. Nota: O inflator utilizado foi o INPC/DF-IBGE; valores em reais de novembro de 2016. (1) Exclui os assalariados que não tiveram remuneração no mês e os empregados domésticos e inclui os estatútários e osceletistas que trablaham em instituições públicas ( Governo Municipal, Estadual, Federal, empresa de economia mista, autarquia, fundação, etc) e os que não sabem a que setor pertence a empresa em que trabalham.(2) Exclui os assalariados que não tiveram remuneração no mês e os empregados domésticos e inclui os estatutários e os celetistas que trabalham em instituições públicas (Governos Municipal, Estadual, Federal, empresa de economia mista, autarquia, fundação, etc.) e os que não sabem a que setor pertence a empresa em que trabalham. (6) Englobam empregados nos Governos Municipal, Estadual e Federal, nas empresas de economia mista, nas autarquias, etc.

9 15. Entre 2015 e 2016, a distância entre o rendimento de homens e de mulheres assalariados reduziu no setor público (de 85,5% para 86,8%) e, de forma mais intensa, no setor privado (de 78,6% para 85,9%). No setor privado, reduziu entre os com carteira assinada (de 79,8% para 84,4%) e, mais intensamente, entre os sem carteira de trabalho assinada pelo empregador (de 69,6% para 95,2%).

10 Metodologia Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados Seade Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos DIEESE. Convênio Regional Secretaria de Estado do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do Distrito Federal Companhia de Planejamento do Distrito Federal (CODEPLAN) Apoio Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/ Fundo do Amparo ao Trabalhador FAT