Parte III - Análise de discurso crítica (ADC) como dispositivo analítico

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Transcrição:

Parte III - Análise de discurso crítica (ADC) como dispositivo analítico 10. A intertextualidade como dimensão central da análise de discurso crítica (ADC) Leonardo Fabio Martínez Pérez SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros MARTÍNEZ, LFP. A intertextualidade como dimensão central da análise de discurso crítica (ADC). In: Questões sociocientíficas na prática docente: Ideologia, autonomia e formação de professores [online]. São Paulo: Editora UNESP, 2012, pp. 131-136. ISBN 978-85-3930-354-0. Available from SciELO Books <http://books.scielo.org>. All the contents of this chapter, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution-Non Commercial-ShareAlike 3.0 Unported. Todo o conteúdo deste capítulo, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribuição - Uso Não Comercial - Partilha nos Mesmos Termos 3.0 Não adaptada. Todo el contenido de este capítulo, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative Commons Reconocimento-NoComercial-CompartirIgual 3.0 Unported.

10 A intertextualidade como dimensão central da análise de discurso crítica (ADC) Fairclough (2001a) aponta que o termo intertextualidade foi introduzido por Júlia Kristeva no final da década de 1960 a partir dos trabalhos de Bakhtin, pois esse autor, embora não tivesse usado o termo, já apresentava seu significado em sua obra. A intertextualidade envolve a heterogeneidade de discursos presentes em um determinando texto, e sua correspondente análise busca entender as diferentes maneiras como esses discursos são produzidos, distribuídos e consumidos por determinados atores socais em determinados contextos, de modo que os discursos podem estabelecer relações de cooperação, competição ou dominação. Nesse sentido, um texto pode envolver vários discursos que, em determinados casos, competem e estabelecem relações antagônicas, nas quais um deles se legitima por meio da negação do outro. Intertextualidade é basicamente a propriedade que têm os textos de ser cheios de fragmentos de outros textos, que podem ser delimitados explicitamente ou mesclados e que o texto pode assimilar, contradizer, ecoar ironicamente, e assim por diante. Em termos de produção, uma perspectiva intertextual acentua a historicidade dos textos [...]. Em termos da distribuição, uma perspectiva intertextual é útil na exploração de redes relativamente estáveis em que os textos se movimentam, sofrendo transformações predi-

132 Leonardo Fabio Martínez Pérez zíveis ao mudarem de um tipo de texto a outro [...]. E em termos do consumo, uma perspectiva intertextual é útil ao acentuar que não é apenas o texto, nem mesmo apenas os textos que intertextualmente o constituem, que moldam a interpretação, mas também os outros textos que os intérpretes variavelmente trazem ao processo de interpretação. (ibidem, p.114) As diferenças entre os discursos são importantes porque têm uma base ideológica, na qual a força de uma parte do texto é seu componente acional e a parte de seu significado interpessoal é a parte da ação social que realiza. Tudo isso constitui um elemento fundamental do componente ideológico dos textos. Segundo Bakhtin e Volochínov (1988), o signo é considerado como parte da realidade que a representa e a constitui de formas particulares, de tal forma que pode instaurar, sustentar ou superar determinadas relações de dominação. É por essa razão que todo signo envolve uma conotação ideológica, e, portanto, toda modificação da ideologia desencadeia uma modificação da linguagem. Ao contrário da filosofia psicologista, que interpreta a ideologia em termos de consciência, a filosofia da linguagem a interpreta em termos semióticos, dado que a própria consciência existe mediante sua materialização em signos criados socialmente. O potencial móvel e evolutivo do signo envolve confrontos sociais, pois um grupo ou uma pessoa que toma o lugar de outra pessoa ou grupo é obrigado a usar seus próprios pensamentos, de tal forma que os represente como os únicos razoavelmente válidos, isto é, precisamente a forma como a ideologia opera na sociedade. Bakhtin (2000) entende a ideologia como constituinte das práticas sociais fundamentadas em perspectivas particulares que suprimem contradições em virtude de seus interesses e projetos de subordinação ou dominação. Se entendermos a palavra como signo social, poderemos compreendê-la articulada a todo processo de criação ideológica. Toda refração ideológica do ser em processo de formação, seja qual for a natureza de seu material significante, é acompanhada de uma refra-

Questões sociocientíficas na Prática docente 133 ção ideológica verbal como fenômeno obrigatoriamente concomitante. (Bakhtin; Volochínov, 1988, p.38) Para Bakhtin, a comunicação verbal entrelaça-se a outros tipos de comunicação e, devido a isso, ela sempre é acompanhada de atos sociais de caráter não verbal, dos quais às vezes ela é apenas um complemento. A contribuição de Bakhtin para a ADC é fundamental, em termos de estudarmos os atos de fala (enunciações) de forma coletiva e isolada em permanente interação, isto é, atos de fala na vida e na criação ideológica. Assim, Bakhtin nos propõe uma concepção dialógica e polifônica da linguagem, segundo a qual mesmo os discursos aparentemente não dialógicos, tais como os monólogos ou textos escritos, sempre são parte de uma cadeia dialógica, na qual respondem a discursos anteriores e antecipam discursos posteriores da várias formas. A interação discursiva é, antes de qualquer coisa, uma operação polifônica que retoma vozes anteriores e antecipa vozes posteriores (Resende; Ramalho, 2006). A intertextualidade em termos dos processos de produção discursiva alude à historicidade dos textos na medida em que eles conformam acréscimos das cadeias verbais estudadas por Bakhtin (2000). Para ele, todas as esferas da vida social estão relacionadas com a língua, que se manifesta por meio das enunciações não só por seu conteúdo temático, estilo verbal (recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais), mas também por sua composição que se funde no enunciado. Para Bakhtin e Volochínov (1988), o ato de fala, ou exatamente seu produto, que seria a enunciação, não pode ser considerado somente em termos das condições psicofisiológicas do sujeito falante, pois, apesar de não podermos prescindir dessas condições, a enunciação é de natureza social, e para compreendê-la é necessário entender que ela sempre acontece em uma interação. Assim, a linguagem é constituída fundamentalmente pelo fenômeno social da interação verbal, realizada por meio das enunciações. A linguagem vive e evolui historicamente na comunicação social concreta e abrange uma verdadeira totalidade da vida humana, e seu estudo não pode ser reduzido somente aos aspectos linguísticos, é necessário incorporar os aspectos contextuais.

134 Leonardo Fabio Martínez Pérez Em termos da distribuição de textos, a intertextualidade é interessante para estudar a forma como os textos se movimentam sofrendo determinadas transformações de um para outro. E, em termos de consumo de textos, a intertextualidade ajuda a entender que o significado não está constituído apenas pelo texto interpretado, mas também pelos outros textos que o(s) intérprete(s) utiliza(m) para dar sentido ou interpretar o(s) texto(s) em questão. Fairclough (2001a) diferencia intertextualidade manifesta da intertextualidade constitutiva ou interdiscursividade. A intertextualidade manifesta implica a constituição heterogênea de textos que são claramente diferenciáveis entre si, enquanto a interdiscursividade implica tipos de discurso que estão envolvidos em práticas sociais ou discursivas. Na intertextualidade manifesta, outros textos estão implicitamente presentes no texto objeto de análise, de tal maneira que estão manifestamente marcados ou indicados por marcas tais como as aspas. Já a interdiscursividade é configurada de convenções discursivas (por exemplo, ordens de discurso), que entram em sua produção e não estritamente em outros textos explícitos, o que pode abranger processos particulares de tradução entre os textos envolvidos. A ADC apropria a ideia de ordem de discurso proposta por Foucault (1987; 1996) para estudar os processos de interdiscursividade, sugerindo que as ordens de discurso têm primazia sobre os tipos particulares de discurso que são analisados na ordem societária e institucional, bem como em suas próprias particularidades discursivas. No entanto, de acordo com a concepção gramsciana da ADC, as ordens de discurso são reinterpretadas como elementos internamente heterogêneos, intertextuais e instáveis, o que permite pensar que as ordens do discurso podem ser desarticuladas ou rearticuladas nos processos de luta hegemônica. Pode-se considerar uma ordem de discurso como a faceta discursiva do equilíbrio contraditório e instável que constitui uma hegemonia, e a articulação e rearticulação de ordens de discurso são, consequentemente, um marco delimitador na luta hegemônica. Além disso, a prática discursiva, a produção, a distribuição e o consumo (como também a interpretação)

Questões sociocientíficas na Prática docente 135 de textos são uma faceta de luta hegemônica que contribui em graus variados para a reprodução ou a transformação não apenas da ordem de discurso existente (por exemplo, mediante a maneira como os textos e as convenções prévias são articuladas na produção textual), mas também das relações sociais e assimétricas existentes. (Fairclough, 2001a, p.123) Dado que a intertextualidade abrange a identificação da diversidade de textos existentes em um texto, a ADC foca em caracterizar os níveis e as relações simples e complexas que são estabelecidas entre esses textos. Da mesma forma, as relações intertextuais podem ser difusas ou ocultas, o que pode indicar a ambivalência dos textos, na medida em que diferentes sentidos podem coexistir, e em determinados casos resulta bastante difícil determinar o sentido do texto como um todo. Em um texto constituído no decorrer de uma interação verbal, as falas dos agentes secundários, com respeito ao locutor principal, podem ser representadas por meio do discurso indireto, o que pode denotar ambivalência. Por exemplo, na frase os ambientalistas do Greenpeace disseram o quanto eles concordam com o desenvolvimento sustentável existe uma ambiguidade, pois não se pode afirmar se as palavras podem ser atribuídas realmente aos ambientalistas do Greenpeace que são representados ou se representam a voz de outro ator social interessado em mostrar que os ambientalistas concordariam com o desenvolvimento sustentável. Esse exemplo nos mostra que os elementos de um texto podem ser escritos ou ditos de determinadas formas para ser interpretados de diferentes modos, o que constitui uma característica da intertextualidade manifesta e da interdiscursividade. Uma forma de estudar a representação de um discurso direto consiste em analisar a forma como são estabelecidos os relatos por parte de autores de textos ou interlocutores de uma conversação, particularmente quando estão se referindo a relatos que outros disseram. Também é útil caracterizar o tipo de intertextualidade manifesta no texto ou conversação objeto de análise, a qual pode ser sequencial, na medida em que diferentes textos ou tipos de discursos se alternam de diferentes formas.

136 Leonardo Fabio Martínez Pérez O caso em que em um texto o discurso esteja claramente contido dentro (da matriz) de outro texto se denomina intertextualidade manifesta encaixada, ou também pode ser mista, quando os textos ou tipos de discurso estão fundidos de forma mais complexa e, portanto, são dificilmente separáveis, o que pode ser interpretado de melhor forma em termos de interdiscursividade. Fairclough (ibidem), embasado em Bakhtin, considera que as vozes ou textos presentes em um texto envolvem relações dinâmicas do discurso representado e do discurso representador. Em alguns casos as vozes se fundem, se sobrepõem ou permanecem diferenciadas. Por essa razão, é importante analisar até que ponto estão definidos os limites entre o discurso representador e o discurso representado, ou em que extensão o discurso é traduzido na voz do discurso representador. A pressuposição é outro elemento para analisar a maneira como se incorporam os textos de outros em um texto. Consiste em proposições tomadas pelo produtor do texto como estabelecidas ou dadas, o que pode ser interpretado em termos de textos prévios do produtor do texto. Essas pressuposições podem ser estabelecidas de forma sincera, desonesta ou com a intenção de manipular. As pressuposições podem ser formas efetivas de manipular as pessoas, porque são difíceis de desfiar. Também requerem sujeitos interpretantes com experiências e suposições particulares em textos anteriores, de tal forma que contribuem na construção ideológica das pessoas. Finalmente, podemos dizer que a interdiscursividade e a intertextualidade manifesta possibilitam constituir novos âmbitos de ação, os quais podem ser caracterizados como fragmentos das práticas sociais que contribuem para constituir e configurar o marco social do discurso.