DECRETO N.º 9.596 DE 19 DE DEZEMBRO DE 2011.



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Transcrição:

DECRETO N.º 9.596 DE 19 DE DEZEMBRO DE 2011.. DISPÕE SOBRE AS CONSIGNAÇÕES EM FOLHA DE PAGAMENTO DOS SERVIDORES, FUNCIONÁRIOS, AGENTES PÚBLICOS, APOSENTADOS E PENSIONISTAS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA DO MUNICÍPIO DO NATAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. A PREFEITA MUNICIPAL DE NATAL, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o que dispõe o artigo 55, inciso IV, da Lei Orgânica do Município do Natal, CONSIDERANDO a necessidade de implantar um sistema de controle nas operações de consignações facultativas em folha de pagamento do servidor, para maior controle destas; CONSIDERANDO a necessidade de oferecer orientação ao conjunto dos servidores públicos municipais relacionada aos assuntos financeiros, com destaque para o papel da administração pública municipal como agente estimulador da estabilidade econômica e financeira do seu corpo funcional; CONSIDERANDO que o propósito é contribuir para que servidores e suas famílias entendam as relações que influenciam suas vidas na área da economia e das finanças; CONSIDERANDO a necessidade de fornecer noções sobre as causas e efeitos do endividamento excessivo, bem como sobre como os servidores podem e devem agir para evitá-lo; CONSIDERANDO a importância de se desenvolver um programa consistente de educação financeira e propiciar ao corpo funcional acesso aos serviços oferecidos pelos agentes financeiros; DECRETA: Art. 1º. A realização de consignações na folha de pagamento dos servidores, funcionários, agentes públicos, aposentados e pensionistas da administração direta e indireta do Município de Natal, é disciplinada por este Decreto. Art. 2º. Considera-se, para fins deste Decreto: I - SISTEMA DE CONSIGNAÇÕES o conjunto de informações e procedimentos para o controle efetivo das averbações que são consignadas em folha de pagamento, em ambiente virtual, na rede mundial de computadores - internet; II CONSIGNATÁRIO - pessoa física ou jurídica de direito público ou privado destinatária dos créditos resultantes das consignações compulsória ou facultativa, em decorrência de relação jurídica estabelecida por contrato com o consignado; III CONSIGNANTE - órgão ou entidade da administração pública municipal, que efetua os descontos em favor da consignatária;

IV CONSIGNADO - servidor integrante da administração pública municipal direta ou indireta, aposentado ou beneficiário de pensão, que por contrato tenha estabelecido com o consignatário relação jurídica que autorize o desconto da consignação; V - CONSIGNAÇÃO OBRIGATÓRIA - desconto incidente sobre a remuneração, subsídio ou provento efetuado por força de lei ou mandado judicial; VI - CONSIGNAÇÃO FACULTATIVA - desconto incidente sobre a remuneração, subsídio ou provento, mediante autorização prévia e formal do interessado, na forma deste Decreto. VII SEGELM - Secretaria de Gestão de Pessoas, Logística e Modernização Operacional do Município do Natal. VIII SEMPLA - Secretaria Municipal de Planejamento, Fazenda e Tecnologia da Informação. IX EMPRESA CONTRATADA Empresa selecionada mediante processo licitatório a ser conduzido pela SEGELM para operacionalizar o sistema de consignações previsto neste decreto. Art. 3º. As consignações em folha de pagamento dos servidores e seus pensionistas serão processadas, exclusivamente, através de Sistema de Consignações definido e administrado pela Secretaria de Gestão de Pessoas, Logística e Modernização Operacional - SEGELM. 1º - O sistema de consignações trata as averbações que são efetuadas em folha de pagamento de servidores efetivos e temporários, ativos e inativos e pensionistas, da administração direta ou indireta, autárquica, fundacional e de empresas públicas. 2º - A contratação do sistema de consignações, necessariamente precedida de licitação do tipo adequado para definir o melhor preço (tarifa de inserção), não poderá representar qualquer ônus financeiro ao Município do Natal, cabendo às entidades consignatárias arcarem com o custeio do processamento, capacitação, treinamento e manualização da operacionalização do sistema. 3º - A empresa contratada deverá trabalhar para promover a educação financeira dos servidores públicos da ativa, aposentados e pensionistas, através de ações sociais de conscientização do uso do crédito, apresentando cursos, seminários e palestras, devendo ainda desenvolver trabalhos especiais para o aconselhamento dos servidores, notadamente aqueles com grau de endividamento elevado e recorrente, bem como outras ações materiais que busquem o bem-estar dos servidores em geral. 4º - As Consignatárias deverão patrocinar e dar suporte financeiro para a promoção da educação financeira que serão desenvolvidas nos termos do 3 deste artigo. Art. 4º. Após a publicação deste Decreto, as entidades representativas de classe somente poderão consignar em folha os valores relativos à contribuição mensal dos servidores associados, desde que precedida da devida autorização dos mesmos e cadastramento no Sistema. Art. 5º. Compete à SEGELM, direta ou indiretamente, efetuar o cadastramento das consignatárias de que trata este Decreto.

Art. 6º. A habilitação para processamento das consignações facultativas dependerá de prévio cadastramento e/ou recadastramento das consignatárias, a ser realizado a cada doze meses contados da data do cadastramento. 1º - A habilitação das consignatárias é considerada ato discricionário do Município do Natal, cuja emissão é atribuição da SEGELM, que consultará a SEMPLA, considerando a necessidade obrigatória das consignatárias cumprirem os seguintes requisitos: I - as consignatárias devem ter registro e unidade de atendimento com gestão deliberativa no município do Natal, mesmo que sejam filiais estabelecidas; II - contarem com regular cadastro perante o Município de Natal; III - recolherem seus tributos no município do Natal, relativos aos serviços prestados em face deste decreto e todas as demais atividades caracterizadas como fatos geradores de tributos municipais definidos pela legislação aplicável. 2º - as condições estabelecidas neste Decreto, ocorrerão sem prejuízo do estabelecimento de outros requisitos pela SEGELM. 3º - O cadastramento de que trata o caput será pleiteado pela consignatária mediante requerimento dirigido à SEGELM. 4º - Após estarem devidamente habilitadas junto a SEGELM, as consignatárias, deverão firmar com a empresa operadora do sistema de consignações contrato especifico de prestação de serviços que lhes possibilite o acesso para a emissão da margem consignável, autorização, termo de aceitação do servidor para o processamento das consignações na folha de pagamento e todos os demais procedimentos inerentes à sua execução. Art. 7º. As consignações implantadas anteriormente à publicação deste Decreto no sistema da Folha de Pagamento serão mantidas até o cumprimento total das obrigações pactuadas com os servidores e a entidade consignatária, ficando, porém limitadas a 62,5 (sessenta e dois inteiros e cinco décimos por cento) do percentual estabelecido no caput do Art. 9º, reservados os 37,5% (Trinta e sete inteiros e cinco décimos por cento) restantes para novas consignações, entendidas como tal aquelas cujas obrigações tenham sido contraídas posteriormente a publicação deste diploma. Art. 8º. Após a publicação deste Decreto e até o cadastramento das consignatárias ficam suspensas novas implantações de consignação. Parágrafo único: Para que sejam mantidas as consignações implantadas anteriormente à publicação deste Decreto, deverão as consignatárias, após recadastramento e devidamente autorizado pela SEGELM, firmar contrato específico com a empresa contratada para gerir a margem consignável, o qual possibilitará o processamento das consignações em folha de pagamento. Art. 9º. Deduzidas as consignações obrigatórias, a soma mensal das consignações facultativas de cada servidor em folha de pagamento, não excederá ao valor equivalente a 40% (quarenta por cento) do valor do seu rendimento líquido. 1º - Para os efeitos do disposto neste Decreto, considera-se remuneração a soma dos vencimentos com os adicionais de caráter individual e demais vantagens, nestas compreendidas as relativas à natureza ou ao local de trabalho, sendo excluído qualquer auxílio ou adicional que tenha caráter indenizatório e/ou eventual, a exemplo de diárias, ajuda de custo, salário-família,

gratificação natalina, auxílio-natalidade, auxílio-funeral, terço de férias, adicional de serviço extraordinário, adicional noturno, adicional de insalubridade, de periculosidade ou de atividades penosas. 2º - As disposições deste artigo aplicam-se, no que couber aos ocupantes de cargos em comissão ou assemelhados que prestem serviços em caráter não efetivo à administração municipal. 3º - As Consignações decorrentes de empréstimos bancários ficam limitadas a 72 (setenta e duas) parcelas mensais, excetuados os financiamentos contraídos com o fim específico de aquisição de imóvel residencial. Art. 10. A Consignatária deverá se resguardar de todas as garantias possíveis, eximindo o Município de quaisquer responsabilidades por perdas ou prejuízos decorrentes da quebra de vínculo do servidor com a Administração Pública. 1º - A consignação em folha de pagamento não implica em co-responsabilidade do Município por dívidas ou compromissos de natureza pecuniária, assumidos pelo servidor público municipal da ativa, efetivo ou comissionado, aposentado e pensionista, junto a Consignatária. 2º - A Administração Pública Municipal não responderá pela consignação nos casos de perda de cargo ou função e de insuficiência de limite da margem consignável. Art. 11. A consignação facultativa poderá ser cancelada: I - Por interesse da Administração Pública Municipal, incluindo: a) Necessidade de adequação a normas legais sobre metodologia de cálculo e uso de margem consignável; b) Desrespeito, por parte de entidade consignatária, de regras estabelecidas quanto ao uso de código de consignação concedido; c) Impontualidade ou inadimplemento tributário; II - Por interesse do consignatário e com anuência do consignado. III - A pedido do consignado mediante requerimento endereçado à empresa contratada para gerir a margem consignável, podendo exigir a anuência da entidade consignatária, no caso de compromisso pecuniário assumido e usufruído, e; IV Por força de determinação judicial. Art. 12. A consignatária que agir em prejuízo do consignado, ou que venha a transgredir as normas estabelecidas em lei, transferir, ceder, vender ou sublocar a rubrica ou código de desconto, sem a anuência da Administração Publica, e observado o contraditório, sujeitar-se-á as seguintes sanções: I - advertência por escrito; II - suspensão de quaisquer consignações em folha de pagamento, pelo prazo de 90 (noventa) dias;

III - cancelamento de concessão de rubrica ou código de desconto. 1º - Configurada denúncia de grave irregularidade, assim considerada em análise preliminar feita pela SEGELM, esta poderá suspender as consignações preventivamente, por período não superior ao previsto no item II deste artigo, 2º - Da aplicação das sanções previstas nos itens II e III deste artigo, caberá pedido de reconsideração sem efeitos suspensivos no prazo de 15 (quinze) dias, contados da ciência por parte da consignatária; 3º - Em caso de aplicação da penalidade prevista no inciso III, a entidade ficará impedida de obter novo credenciamento pelo período de 2 (dois) anos, contados a partir da aplicação definitiva da sanção. Art. 13. Nos casos de descontos indevidos constatados pelo servidor e devidamente considerados pela empresa contratada para gerenciar a margem consignável, esta deverá ressarcir ao servidor integralmente os valores indevidamente descontados no prazo máximo de quinze (15) dias contados da constatação da irregularidade. Art. 14. As entidades representativas de classe, constituídas exclusivamente por servidores públicos, deverão disponibilizar, quando solicitados pela SEGELM, a qualquer tempo, seus cadastros de associados/filiados, sob pena de impossibilidade cadastral. Art. 15. Os créditos oriundos de empréstimos ou financiamento devem ser creditados preferencialmente em conta corrente ou conta poupança onde o consignado recebe sua remuneração. Art. 16. As Consignatárias devem informar o custo efetivo total da operação, expresso na forma de taxa percentual anual, calculada nos termos da regulamentação expedida pelo Banco Central do Brasil. Art. 17. A consignatária deve disponibilizar uma via do contrato de consignação para o consignado em letra legível e ampliada, em conformidade com as normas definidas pela SEGELM. Art. 18. O servidor interessado em renegociar seu empréstimo com consignatária, diversa daquela com a qual tem contrato deve eleger os contratos a serem renegociados, por intermédio do Sistema, e poderá fazê-lo, utilizando sua senha pessoal junto à consignatária compradora a qualquer tempo. Art. 19. A consignatária deve fornecer, em até quatro (04) dias úteis, contados a partir do dia seguinte à solicitação registrada no Sistema, o saldo devedor do contrato objeto de negociação para quitação antecipada, calculado nos termos da regulamentação expedida pelo Banco Central do Brasil, vedada a cobrança de taxa de liquidação antecipada. 1º - O saldo devedor fornecido deve ser quitado em até quatro (04) dias úteis, contados a partir do dia seguinte a informação registrada no Sistema Eletrônico de Consignações. 2º - Nos casos em que a consignatária substituída informar valor maior, em virtude de descompasso entre o desconto realizado na remuneração do servidor e o repasse dos recursos, caberá a ela ressarcir ao servidor o valor cobrado a maior, no prazo máximo de quatro (04) dias úteis após a comunicação do fato.

3º - A liquidação antecipada só pode ser efetivada através de pagamento de boleto bancário emitido pela consignatária, nos termos regulamentados pelo Banco Central do Brasil. Art. 20. A consignatária substituída, após o recebimento do crédito específico, estará obrigada, no prazo máximo de quatro (04) dias úteis, contados a partir do dia seguinte ao da informação do pagamento do saldo devedor registrada no Sistema, liquidar o contrato com o servidor. Art. 21. As entidades consignatárias deverão contribuir mensalmente para a promoção das ações de educação financeira que serão promovidos pela Escola Municipal de Gestão Pública do Município de Natal EGESP, a título de ressarcimento dos custos operacionais, os seguintes percentuais sobre as consignações efetuadas em montante mensal equivalente a R$ 1,50 (um real e cinquenta centavos) por linha de inserção, garantindo-se o pagamento mensal mínimo de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) a esse título para a entidade mencionada, ficando assegurada uma carência mínima para esse pagamento de 120 (cento e vinte) dias a partir da implantação do sistema, sendo que essa obrigação deverá constar na termo de credenciamento. Parágrafo Único O Município e a Escola Municipal de Gestão Pública do Município de Natal EGESP, celebrarão convênio para realização das atividades acima mencionadas. Art. 22. As entidades consignatárias deverão, ainda, efetuar o pagamento pelos serviços realizados pela Empresa contratada nos termos a serem negociados entre estas, sendo que a Prefeitura Municipal do Natal restará isenta de qualquer responsabilidade decorrente da relação a ser mantida entre as partes mencionadas. Art. 23. A consignação em folha de pagamento não implica em responsabilidade solidária ou subsidiária dos órgãos e entidades da Administração Estadual Direta, Autárquica, Fundacional, Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista, por dívidas ou compromissos de natureza pecuniária assumidos pelo servidor junto às entidades consignatárias. Art. 24. A permanência dos atuais consignatários no sistema de consignação condiciona-se a requerimento e atendimento das obrigações previstas neste Decreto no prazo de 10 (dez) dias do início de sua vigência. Parágrafo único. O não atendimento de quaisquer das obrigações sujeita o consignatário à suspensão do direito de consignar, mantidas as averbações ocorridas até a data da publicação deste Decreto. Art. 25. A SEGELM expedirá as instruções complementares necessárias à execução deste Decreto. Art. 26. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação. Palácio Felipe Camarão, em Natal/RN, 19 de dezembro de 2011. MICARLA DE SOUSA Prefeita