TRÁFICO_ Foto Promocional Rui Cambraia TRÁFICO - uma tragédia obscena - Uma coprodução Baal17 Companhia de Teatro e AL Teatro ao abrigo do Acordo Tripartido 2015-2016 celebrado entre o Ministério da Cultura/Direção-Geral das Artes, as autarquias de Serpa e Silves e as companhias de teatro Baal17 e AL Teatro. CARREIRA 2016 Serpa - Cineteatro Municipal 19 a 22 Out. 21h30 ESTREIA Silves - Teatro Mascarenhas Gregório Serpa - Cineteatro Municipal 27 a 29 Out. * 4 e 5 Nov. 21h30 19 de Outubro 21h30 30 Out. e 6 Nov. 16h30 Silves - Teatro Mascarenhas Gregório Évora - Teatro Garcia de Resende 27 de Outubro 21h30 15 Nov. 21h30
TRÁFICO_ Foto Promocional Baal17 TRÁFICO Sinopse: Uma mulher obscura, Medeia, dirige um Hotel singular. No Hotel Balneário Olimpo oferecem-se curas de stress a traficantes necessitados de descanso e repouso. Na realidade, o negócio esconde um propósito mais maquiavélico do que a satisfação das necessidades terapêuticas do crime organizado: a vingança, traçada com paixão pela protagonista, contra aqueles que a traíram. Num mundo corrompido pelo poder e pelo dinheiro, traficantes de toda a espécie pululam entre nós. De todo o tipo, de todas as coisas, de muita gente. Com o pano de fundo da crise e da deriva do capitalismo, Tráfico serve-se do humor negro para uma leitura satírica da atualidade mundial (a que Portugal não é alheio). Uma comédia trágica, crua e obscena, onde o sangue flui sem contenção. Coprodução Baal17 (40.ª produção) e AL Teatro (26.ª produção) Texto_ Carlos Santiago Encenação e dramaturgia_ Chiqui Pereira Interpretação_ Bárbara Soares, Filipe Gonçalves, Filipe Seixas, Pedro Ramos e Rui Ramos I Cenografia e figurinos_ Bruno Guerra Desenho de Luz_ Nuno Borda d'água Música_ Tango Paris Fotografia_ Baal17, José Ferrolho e Rui Cambraia Design gráfico_ Ana Rodrigues/Workhouse Vídeo_ VideoPlanos - Produções Audiovisuais Direção de produção_ Sandra Serra Gestão_ Rui Ramos e Pedro Ramos Produção executiva_ Hugo Fernandes Construção de cenário_ Ana Rodrigues e Ivan Castro Classificação_ M/16 anos Duração_ 80 minutos O prejuízo de muitos é o lucro de poucos Medeia in Tráfico
TRÁFICO_ Foto Promocional Baal17 SOBRE A NECESSIDADE DE FAZER ESTE TEXTO O palco é para nós um local de reflexão, de provocação, de análise crítica sobre quem somos e qual é o nosso papel na construção de uma sociedade mais justa e equilibrada. A reflexão social, politica e económica da região, do país e do mundo está subjacente às suas escolhas criativas. É com esse objetivo em mente que a Baal17 procura formar uma equipa de pessoas que pensem teatro, e ao mesmo tempo, que as suas propostas artísticas sejam dialogantes, apelativas, mas também interventivas, plurais e em contacto direto com as populações. Neste sentido, tem vindo a incrementar parcerias de criação e produção, a deixar-se contagiar por várias correntes, a apostar em criadores externos à companhia, a fomentar a criação de textos originais e a difundir textos novos de novos autores. Também aqui tem crescido uma ligação com Espanha, mais concretamente com a Extremadura e a Galiza, comunidades às quais Portugal está ligado por fatores culturais, geopolíticos e económicos. A crítica social e a sátira política, doseadas do humor imprescindível, têm estado presentes nesta reflexão conjunta sobre a sociedade atual. Depois de Miguel Murilo e Cândido Gomez ( Terra de Ninguém, espetáculo em português e castelhano) e Marta Pazos ( Caravan Cabaret, em coprodução com o AL Teatro), a Companhia tem vindo a desenvolver trabalho com o dramaturgo galego Carlos Santiago. Após Ruína, em 2014, levamos à cena, Tráfico, enaltecendo em Carlos Santiago a sua poética marcada por uma visão satírica da realidade e do jogo entre a realidade e a ficção como pano de fundo para uma análise política e filosófica. O leopardo quando morre deixa a sua pele. O homem quando morre deixa a sua reputação Creonte in Tráfico
TRÁFICO_ Foto Promocional Baal17 SOBRE O TEXTO Tráfico - uma tragédia obscena-, é um texto satírico que se situa no género da tragicomédia, e toma por referência irónica a Medeia de Eurípides. Trata-se de uma recreação absolutamente livre, onde os personagens se movem entre o submundo do crime organizado e o mundo das altas finanças de um qualquer país ocidental. Digamos, por exemplo, Portugal. O tom é surreal, misturando material realista com fragmentos mais líricos e outros materiais procedentes de distintos tipos de discursos (psicanálise, mitologia, jornalismo, literatura negra, etc...) com propósitos paródicos. as armas são uma necessidade básica como o pão e o bacalhau Traficante de armas in Tráfico
EXCERTO DE TRÁFICO Traficante 4 quem são os deuses? Da Nike, da Coca Cola, da Fuji, do Pepe Jeans, da Linic Traficante 4 os deuses, os deuses, sei lá, mas afinal não era uma ninfa? são seres superiores capazes de fulminar-te o cu com os seus raios E é o que é, as ninfas são marionetas nas mãos dos Traficante 4 deuses como quê? Traficante de Armas aqui na wikipédia não diz isso Pois como o Ministério Público, ou a União Europeia, ou a cona do Wall Street e que diz? Traficante 4 ou o FMI? Traficante de Armas ninfa, personificação da graça criativa e fecundadora da natureza ou o FMI, já ouviste esta merda? cada vez que o FMI empresta dinheiro a um país qualquer aumentam os índices de tuberculose no sítio é o que eu digo, a puta de uma marioneta Traficante 4 Traficante 4 que filhos da puta portanto, se estou a perceber o teu raciocínio afinal as marcas é que são os deuses do século XXI esses é que são os deuses do século XXI é isso, ( ) Zara, uma deusa Traficante 4 Ikea, um deus e o Cristiano Ronaldo? Adidas, uma deusa, não me digas que o Cristiano Ronaldo, Volkswagen, uma deusa aldrabona o melhor jogador de futebol do mundo, Colgate, um deus sorridente um spornosexual com um corpo altamente definido Nestlé, uma deusa não é a puta de um deus General Motors, um deus falido Canon, uma deusa Mastercard, um deus de plástico constrói-lhes um estádio de futebol e vais ver como se Telepizza, uma deusa vergam MacDonalds, um deus intragável deixem-se de merdas Marlboro, um deus Cristiano Ronaldo não é deus nenhum Bom petisco, um deus lusitano (.) Traficante 4 Traficante de Armas e o pai de todos os deuses? e o que é? que pergunta, uma marioneta das marcas a puta do dinheiro Traficante de Armas Traficante de Armas e 4 das marcas? in gold we trust! se neste mundo da treta ainda resta alguma coisa de divino é a energia que se concentra num grama de cocaína Dionísio in Tráfico
TRÁFICO_ Foto Promocional Baal17 BIOGRAFIAS TEXTO_ CARLOS SANTIAGO Santiago de Compostela, Galiza, 1966. Licenciado em Filosofia e CC. da Educação pela Universidade de Santiago de Compostela, Carlos Santiago é um escritor, dramaturgo e artista galego que, desde 1990, desenvolve uma prolífica atividade em diversos campos, desde a crítica da cultura e o activismo cultural até à criação literária e artística em distintos formatos e linguagens, com especial destaque para a criação cénica. Foi também cantor e letrista em bandas musicais. Como letrista colaborou com diversos projetos musicais e teatrais na Galiza e em Portugal - Teatro A Barraca ou Trigo Limpo Teatro Acert. Fez parte de projetos artísticos sediados em Santiago de Compostela como A Psicofónica de Conxo, a Compañía de Teatro Chévere e a Nave de Servizos Artísticos -NASA- espaço cultural galego de referência, até ao ano de 2012. Monologuista, guionista de cinema e activista cultural, o seu principal interesse centra-se nas artes cénicas, sendo autor e encenador de mais de vinte peças em variados géneros, entre as quais Ascensão e Queda de Zé Grotewski (2001), Nós temos os pés grandes porque somos muito altas (2001), Abraço de Ferro (2002), Sidecar (2003), O Vegetal (2011), Finlândia (2008), Ruína (2014) ou Cicatriz (2015). Destaca-se por um estilo satírico que desafia os limites entre a realidade e a ficção. Trabalha habitualmente com grupos e artistas tanto da Galiza como de Portugal e é autor de vários livros como Metalurxia (1996), Acantinado (2008) ou "Abraço de Ferro" (2011). ENCENAÇÃO E DRAMATURGIA_ CHIQUI PEREIRA Vigo, Galiza,1975. Diplomado em Trabalho Social, Pós-graduado em Arte Dramática pela Universidade de Santiago de Compostela. Ator e encenador, é atualmente diretor artístico da companhia galega, Berrobambán. Foi, entre 1996 e 2002, diretor artístico da programação familiar de Asteroide B-612, nas cidades de Ferrol e Santiago de Compostela. No sector audiovisual dirigiu seis curtas metragens paródicas sobre a política galega e foi diretor de dobragem para o projecto de animação em 3D Os sextos sentidos da Fundação Menela. Foi assistente de encenação no Centro Dramático Galego e diretor artístico no Ministério de Cultura da Junta da Galiza. Tem vários artigos sobre teatro e programação publicados em revistas da especialidade. A morte de um ser humano pode ser uma tragédia, mas a morte de milhões é só uma estatística Marylin Manson citado por Dionísio in Tráfico
+ INFO: Sandra Serra Cineteatro Municipal de Serpa Apartado 113, 7830-392 Serpa baal.17@mail.telepac.pt 284 549 488 961 363 107 www.baal17.pt Facebook: Baal17teatro