NOTA CONJUNTA nº 03/2012. ALEGAÇÃO DE PATERNIDADE E RECONHECIMENTO ESPONTÂNEO DE FILHO Provimento nº 16 do Conselho Nacional de Justiça

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Transcrição:

NOTA CONJUNTA nº 03/2012 ALEGAÇÃO DE PATERNIDADE E RECONHECIMENTO ESPONTÂNEO DE FILHO Provimento nº 16 do Conselho Nacional de Justiça O COLÉGIO REGISTRAL DO RIO GRANDE DO SUL, representado por seu presidente Julio Cesar Weschenfelder; A ASSOCIAÇÃO DOS REGISTRADORES DE PESSOAS NATURAIS do Rio Grande do Sul, representado por seu presidente Newton Cláudio Cheron; e o SINDICATO DOS REGISTRADORES do Rio Grande do Sul, representado por seu presidente Calixto Wenzel; Considerando a publicação do provimento 16 do Conselho Nacional de Justiça, que dispõe sobre a indicação de supostos pais de pessoas que já se acham registradas sem paternidade estabelecida, bem como sobre o reconhecimento espontâneo de filhos; Considerando que a referida norma visa facilitar e agilizar o reconhecimento de paternidade, trazendo algumas regras novas que diferem do que consta atualmente na Consolidação Normativa Notarial e Registral da CGJ/RS; Considerando a relevância social do tema que, inclusive, foi abordado reiteradamente, em programa semanal de televisão, em rede nacional; Considerando, sobretudo, a necessidade de uniformizar os procedimentos pelos Serviços de Registro Civil de Pessoas Naturais do Rio Grande do Sul. ORIENTAM seus associados para que observem as seguintes regras: INVESTIGAÇÃO OFICIOSA DE PATERNIDADE (Lei 8.560/92) No caso de registro de nascimento apenas com a maternidade estabelecida, a qualquer tempo a mãe ou o filho, se maior de idade, poderão comparecer a qualquer Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais e indicar o nome do suposto pai; O Oficial tomará por termo (conforme modelo anexo ao Provimento 16-CNJ) as declarações da mãe ou do filho maior, com a obtenção do maior número possível de elementos para identificação do genitor, especialmente nome, profissão e endereço. Após, remeterá o termo ao Juiz competente da sua comarca, instruído com a cópia da certidão de nascimento que lhe foi apresentada no caso do registro ter sido lavrado em outro Ofício ou, expedirá uma nova certidão se lavrado no próprio Serviço, sem cobrança de emolumentos. RECONHECIMENTO DE FILHO O pai poderá comparecer, a qualquer tempo, perante qualquer Ofício de Registro Civil de Pessoas Naturais, devendo o Oficial providenciar o preenchimento do respectivo termo de reconhecimento (modelo anexo ao Provimento 16-CNJ), que será assinado pelo pai, pelo filho, se maior de idade (art.. 1614 CCB), pelo Oficial ou Substitutos e, preferencialmente, também pela mãe, no caso de filho menor. Deverá ser indagado sobre o nome que passará a assinar o(a) filho(a) reconhecido(a).

O reconhecimento de filho por pessoa relativamente incapaz independerá de assistência de seus pais, tutor ou curador. Sendo o filho registrado em outra Serventia o pai deverá apresentar via original da certidão de nascimento ou informar em qual serventia foi realizado o respectivo registro, fornecendo dados para induvidosa identificação do registrado. Neste caso, o Oficial remeterá o termo ao registrador da serventia em que realizado o registro natalício do reconhecido, juntamente com cópia do documento oficial de identificação do declarante e, se apresentada, da cópia por ele conferida da certidão de nascimento (art. 6º e 8º do Prov. 16-CNJ). Ao receber o termo, o Oficial conferirá os documentos e lançará a averbação no respectivo registro e remeterá a certidão de nascimento atualizada ao Serviço Registral de origem. Se houver a anuência escrita do filho maior, ou, se menor, da mãe, a averbação do reconhecimento de filho será realizada pelo Oficial da Serventia em que lavrado o assento de nascimento, independentemente de manifestação do Ministério Público ou decisão judicial. Não havendo anuência, antes de averbar, o termo será apresentado ao Juiz competente (art. 7º do Prov. 16-CNJ). Aplicam-se, no que couber, as mesmas regras para os casos de reconhecimento de maternidade. O reconhecimento de filho poderá, ainda, ser formalizado por todas as demais modalidades legalmente previstas, inclusive por escritura pública, testamento, manifestação expressa e direta perante o Juiz (art. 6º do Prov. 16 CNJ e art. 130 da CNNR/RS). OBSERVAÇÕES FINAIS Havendo suspeita de fraude, falsidade ou má-fé, o Oficial não praticará nenhum ato e submeterá o caso ao magistrado, comunicando, por escrito, os motivos da suspeita (art. 7º, par. 3º do Prov. 16-CNJ).. Se uma das partes não puder, por qualquer circunstância, assinar, far-se-á declaração no termo, firmando a rogo outra pessoa e colhendo-se a impressão dactiloscópica daqueles, à margem do termo. Assinarão o ato também duas testemunhas, além daquela que firma a rogo (art. 62, par. 2º e 3º da CNNR/RS). O reconhecimento de firma fica dispensado em face da fé pública do Oficial do Registro Civil que também assinará os respectivos termos, após a identificação rigorosa das partes. Após conferir o original, o Oficial manterá arquivada cópia do documento oficial de identificação dos interessados, juntamente com os respectivos termos. (art. 8º do Prov. 16-CNJ). Todos os atos praticados em decorrência dos procedimentos acima mencionados são gratuitos, aplicando-se, no Sistema Selo Digital, no caso de filhos menores, o item EQLG04 (Estat. Criança e Adolescente) Art. 74 e par. 4º CNNR- regularização de regist. Nascimento e, no caso de filhos maiores, o item AGNR.

PROVIMENTO N.º 16 Dispõe sobre a recepção, pelos Oficiais de Registro Civil das Pessoas Naturais, de indicações de supostos pais de pessoas que já se acharem registradas sem paternidade estabelecida, bem como sobre o reconhecimento espontâneo de filhos perante os referidos registradores. A CORREGEDORA NACIONAL DE JUSTIÇA, Ministra Eliana Calmon, no uso de suas atribuições legais e regimentais; CONSIDERANDO o alcance social e os alentadores resultados do chamado "Programa Pai Presente", instituído pelo Provimento nº 12, de 06 de agosto de 2010, desta Corregedoria Nacional de Justiça, para obtenção do reconhecimento da paternidade de alunos matriculados na rede de ensino; CONSIDERANDO a utilidade de se propiciar, no mesmo espírito, facilitação para que as mães de filhos menores já registrados sem paternidade reconhecida possam, com escopo de sanar a lacuna, apontar os supostos pais destes, a fim de que sejam adotadas as providências previstas na Lei nº 8.560/92; CONSIDERANDO a pertinência de se disponibilizar igual facilidade aos filhos maiores que desejem indicar seus pais e às pessoas que pretendam reconhecer, espontaneamente, seus filhos; CONSIDERANDO o interesse de se viabilizar o sucesso de campanhas e mutirões realizados para a colheita de manifestações dessa natureza; CONSIDERANDO os resultados do diálogo com a Associação dos Registradores das Pessoas Naturais do Brasil - ARPEN-BR e os esforços encetados em conjunto para a consecução dos relevantes fins sociais almejados; R E S O L V E: Art. 1º. Em caso de menor que tenha sido registrado apenas com a maternidade estabelecida, sem obtenção, à época, do reconhecimento de paternidade pelo procedimento descrito no art. 2º, caput, da Lei nº 8.560/92, este deverá ser observado, a qualquer tempo, sempre que, durante a menoridade do filho, a mãe comparecer pessoalmente perante Oficial de Registro de Pessoas Naturais e apontar o suposto pai. Art. 2º. Poderá se valer de igual faculdade o filho maior, comparecendo pessoalmente perante Oficial de Registro de Pessoas Naturais. Art. 3º. O Oficial providenciará o preenchimento de termo, conforme modelo anexo a este Provimento, do qual constarão os dados fornecidos pela mãe (art. 1º) ou pelo filho maior (art. 2º), e colherá sua assinatura, firmando-o também e zelando pela obtenção do maior número possível de elementos para identificação do genitor, especialmente nome, profissão (se conhecida) e endereço. 1º. Para indicar o suposto pai, com preenchimento e assinatura do termo, a pessoa interessada poderá, facultativamente, comparecer a Ofício de Registro de Pessoas Naturais diverso daquele em que realizado o registro de nascimento. 2º. No caso do parágrafo anterior, deverá ser apresentada obrigatoriamente ao Oficial, que conferirá sua autenticidade, a certidão de nascimento do filho a ser reconhecido, anexando-se cópia ao termo. 3º. Se o registro de nascimento houver sido realizado na própria serventia, o registrador expedirá nova certidão e a anexará ao termo. Art. 4º. O Oficial perante o qual houver comparecido a pessoa interessada remeterá ao seu Juiz Corregedor Permanente, ou ao magistrado da respectiva comarca definido como competente pelas normas locais de organização judiciária ou pelo Tribunal de Justiça do Estado, o termo mencionado no artigo anterior, acompanhado da certidão de nascimento, em original ou cópia (art. 3º, 2º e 3º). 1. O Juiz, sempre que possível, ouvirá a mãe sobre a paternidade alegada e mandará, em qualquer caso, notificar o suposto pai, independente de seu estado civil, para que se manifeste sobre a paternidade que lhe é atribuída. 2. O Juiz, quando entender necessário, determinará que a diligência seja realizada em segredo de justiça e, se considerar conveniente, requisitará do Oficial perante o qual realizado o registro de nascimento certidão integral. 3. No caso do suposto pai confirmar expressamente a paternidade, será lavrado termo de reconhecimento e remetida certidão ao Oficial da serventia em que originalmente feito o registro de nascimento, para a devida averbação. 4. Se o suposto pai não atender, no prazo de trinta dias, a notificação judicial, ou negar a alegada paternidade, o Juiz remeterá os autos ao representante do Ministério Público ou da Defensoria Pública para que intente, havendo elementos suficientes, a ação de investigação de paternidade.

5o. Nas hipóteses previstas no 4o deste artigo, é dispensável o ajuizamento de ação de investigação de paternidade pelo Ministério Público se, após o não comparecimento ou a recusa do suposto pai em assumir a paternidade a ele atribuída, a criança for encaminhada para adoção. 6o. A iniciativa conferida ao Ministério Público ou Defensoria Pública não impede a quem tenha legítimo interesse de intentar investigação, visando a obter o pretendido reconhecimento da paternidade. Art. 5º. A sistemática estabelecida no presente Provimento não poderá ser utilizada se já pleiteado em juízo o reconhecimento da paternidade, razão pela qual constará, ao final do termo referido nos artigos precedentes, conforme modelo, declaração da pessoa interessada, sob as penas da lei, de que isto não ocorreu. Art. 6º. Sem prejuízo das demais modalidades legalmente previstas, o reconhecimento espontâneo de filho poderá ser feito perante Oficial de Registro de Pessoas Naturais, a qualquer tempo, por escrito particular, que será arquivado em cartório. 1º. Para tal finalidade, a pessoa interessada poderá optar pela utilização de termo, cujo preenchimento será providenciado pelo Oficial, conforme modelo anexo a este Provimento, o qual será assinado por ambos. 2º. A fim de efetuar o reconhecimento, o interessado poderá, facultativamente, comparecer a Ofício de Registro de Pessoas Naturais diverso daquele em que lavrado o assento natalício do filho, apresentando cópia da certidão de nascimento deste, ou informando em qual serventia foi realizado o respectivo registro e fornecendo dados para induvidosa identificação do registrado. 3º. No caso do parágrafo precedente, o Oficial perante o qual houver comparecido o interessado remeterá, ao registrador da serventia em que realizado o registro natalício do reconhecido, o documento escrito e assinado em que consubstanciado o reconhecimento, com a qualificação completa da pessoa que reconheceu o filho e com a cópia, se apresentada, da certidão de nascimento. 4º. O reconhecimento de filho por pessoa relativamente incapaz independerá de assistência de seus pais, tutor ou curador. Art. 7º. A averbação do reconhecimento de filho realizado sob a égide do presente Provimento será concretizada diretamente pelo Oficial da serventia em que lavrado o assento de nascimento, independentemente de manifestação do Ministério Público ou decisão judicial, mas dependerá de anuência escrita do filho maior, ou, se menor, da mãe. 1º. A colheita dessa anuência poderá ser efetuada não só pelo Oficial do local do registro, como por aquele, se diverso, perante o qual comparecer o reconhecedor. 2º. Na falta da mãe do menor, ou impossibilidade de manifestação válida desta ou do filho maior, o caso será apresentado ao Juiz competente (art. 4º). 3º. Sempre que qualquer Oficial de Registro de Pessoas Naturais, ao atuar nos termos deste Provimento, suspeitar de fraude, falsidade ou má-fé, não praticará o ato pretendido e submeterá o caso ao magistrado, comunicando, por escrito, os motivos da suspeita. Art. 8º. Nas hipóteses de indicação do suposto pai e de reconhecimento voluntário de filho, competirá ao Oficial a minuciosa verificação da identidade de pessoa interessada que, para os fins deste Provimento, perante ele comparecer, mediante colheita, no termo próprio, de sua qualificação e assinatura, além de rigorosa conferência de seus documentos pessoais. 1º. Em qualquer caso, o Oficial perante o qual houver o comparecimento, após conferir o original, manterá em arquivo cópia de documento oficial de identificação do interessado, juntamente com cópia do termo, ou documento escrito, por este assinado. 2º. Na hipótese do art. 6º, parágrafos 2º e 3º, deste Provimento, o Oficial perante o qual o interessado comparecer, sem prejuízo da observância do procedimento já descrito, remeterá ao registrador da serventia em que lavrado o assento de nascimento, também, cópia do documento oficial de identificação do declarante. Art. 9º. Haverá observância, no que couber, das normas legais referentes à gratuidade de atos. Art. 10. Este provimento entrará em vigor na data de sua publicação. Brasília, 17 de fevereiro de 2012. MINISTRA ELIANA CALMON Corregedora Nacional de Justiça (Publicação no Diário da Justiça do CNJ de 23/02/2012 - páginas 31, 32 e 33)

ANEXO I (PROVIMENTO Nº 16) TERMO DE INDICAÇÃO DE PATERNIDADE Qualificação completa (nome completo, nacionalidade, naturalidade, data de nascimento, estado civil, profissão, RG, CPF, endereços e telefones) da pessoa que faz a indicação (filho maior ou mãe de filho menor): Qualificação completa do filho menor (se o caso): Dados do suposto pai: A) De preenchimento obrigatório: Nome: Endereço: B) De preenchimento tão completo quanto possível (mas observando-se que a falta dos dados abaixo não obstará o andamento do pedido): Profissão: ; endereço do local de trabalho: ; ; telefones fixos (residencial e profissional): ; telefone(s) celular(es): ; outras informações (inclusive RG e CPF):. Declaração da pessoa que faz a indicação: DECLARO, sob as penas da lei, que o reconhecimento da paternidade não foi pleiteado em juízo. Local:, data: Assinaturas: (pessoa que faz a indicação) (Oficial de Registro de Pessoas Naturais, com identificação e carimbo) Obs.: o Oficial deverá anexar certidão de nascimento, original (Prov. 16, art. 3º, 3º) ou por cópia conferida (art. 3º, 2º).

ANEXO II (PROVIMENTO Nº 16) TERMO DE RECONHECIMENTO DE FILHO(A) Qualificação completa da pessoa que comparece espontaneamente para reconhecer filho (nome completo, nacionalidade, naturalidade, data de nascimento, estado civil, profissão, RG, CPF, endereços, telefones e filiação, com especificação dos nomes completos dos respectivos genitores, para constarem como avós do reconhecido): Dados para identificação induvidosa do filho(a) reconhecido(a), em especial seu nome completo e indicação do Ofício de Registro de Pessoas Naturais em que realizado seu registro de nascimento, que poderá ser diverso daquele em que preenchido o presente termo (sem prejuízo de outros elementos que seja possível consignar, tais como nome da mãe, endereços desta e do filho(a), respectivos telefones, identificação e localização de outros parentes etc.): Declaração da pessoa que realiza o reconhecimento: DECLARO, sob as penas da lei, que a filiação por mim afirmada é verdadeira e que RECONHEÇO, nos termos do art. 1.609, II, do Código Civil, meu(minha) FILHO(A) BIOLÓGICO(A) acima identificado(a). Por ser expressão da verdade, firmo o presente termo. Local:, data: Assinaturas: pessoa que reconhece o(a) filho (a) filho(a) maior ou mãe de filho(a) menor, caso compareça simultaneamente para anuência (com qualificação no campo acima) Oficial de Registro de Pessoas Naturais, com identificação e carimbo Obs.: o Oficial deverá anexar cópia da certidão de nascimento se apresentada nos termos do art. 6º, 2º, do Prov. nº 16