Sumário. Redes e Protocolos



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Transcrição:

Sumário Protocolos e Redes... 4 Introdução... 4 Distribuição geográfica de uma rede... 4 LAN ( Local Area Network )... 4 WAN ( Wide Area Network )... 4 MAN ( Metropolitan Area Network )... 4 Topologias... 5 Recursos... 5 N.O.S... 6 Cabeamento... 6 Tipos de cabos... 6 Cabo de par trançado... 9 Anatomia do conector RJ45... 11 Pinagem do conector RJ-45... 12 Ligações para o cabo UTP Ethernet a 10Mbps (PC - Hub):... 12 Ligações para o cabo UTP Ethernet a 10Mbps (PC - PC ou hub - hub):... 12 Trocas de polaridade:... 12 Como confeccionar os Cabos... 13 Testar o Cabo... 16 Fibra óptica... 16 Atenuadores para fibra ótica.... 17 Redes de energia x Redes telefônicas... 18 Placas de Rede... 19 Hubs... 20 Switch... 20 Conectando Hubs ou switch... 20 Crescendo junto com a rede... 21 10BaseT... 21 Bridges e Roteadores... 22 Bridges (pontes)... 22 Como funcionam os Bridges?... 22 Roteadores (routers)... 22 Wireless... 23 Características... 24 I WLAN (Wireless Local Area Network)... 24 II WMAN (Wireless Metropolitan Área Network)... 24 III WWAN (Wireless Wide Área Network)... 25 VANTAGENS... 25 EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS... 27 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS... 27 MÉTODOS DE CONEXÃO... 28 2

Segurança da rede sem fio... 29 TECNOLOGIAS EMPREGADAS... 30 F U T U R O... 31 3G... 31 5G... 31 Arquiteturas de rede... 32 Topologias Lógicas... 32 Pacotes... 34 Redes Token Ring... 34 Ponto a ponto x cliente servidor... 35 Cliente servidor... 35 Servidores de arquivos... 36 Ponto a ponto... 36 Servidores não dedicados... 36 Impressoras de rede... 36 Protocolos... 38 Camadas da rede... 38 NetBEUI... 38 IPX/SPX... 39 TCP/IP... 39 Segurança na Internet... 40 Como são feitas as invasões... 40 Endereçamento IP... 41 Máscara de sub-rede... 42 Máscaras complexas... 42 Usando o DHCP... 46 Defaut Gateway... 47 Servidor DNS... 47 Redes Virtuais Privadas... 47 Como fazer esta conexão?... 47 Instalando a placa de rede... 48 Protocolos e serviços de rede... 48 Configurando uma rede ponto a ponto... 48 Configurações... 50 Logando-se na rede... 52 Compartilhando recursos... 52 Acessando Discos e pastas compartilhados... 53 Acessando impressoras de rede... 54 Compartilhamentos ocultos... 55 Compartilhando a conexão com a Internet... 55 3

Protocolos e Redes Esta disciplina foi desenvolvida de forma a familiarizar o aluno com as tecnologias atualmente utilizadas nos diversos tipos de redes de microcomputadores hoje existentes. Além de habilitá-lo, por meio de aulas práticas, a instalar uma rede local no que se refere a parte física dos equipamentos envolvidos. Introdução A partir do momento em que passamos a usar mais de um micro, seja dentro de uma empresa, escritório, ou mesmo em casa, fatalmente surge a necessidade de transferir arquivos e programas, assim como compartilhar periféricos de uso comum entre os micros. Certamente, comprar uma impressora, um drive de CD- ROM para cada micro e ainda por cima, usar disquetes para trocar arquivos, não é a maneira mais produtiva, nem a mais barata de se fazer isso. A melhor solução na maioriados é ligar todos os micros em rede. Montar e manter uma rede funcionando, tem se tornado cada vez mais fácil e barato. Cada placa de rede custa em média 25 reais temos que comprar ainda cabos, conectores e uma switch que custa em torno de 90 reais para interligar até oito computadores. Distribuição geográfica de uma rede As redes de computadores são normalmente classificadas por tamanho, distância abrangida ou estrutura. Embora as diferenças estejam diminuindo rapidamente, os tipos de redes mostrados a seguir são normalmente utilizados: LAN ( Local Area Network ) Uma rede local, também denominada de LAN (Local Área Network), é uma rede com uma reunião de recursos de computação, periféricos e informações, em uma região geográfica não muito extensa, de modo que esses recursos possam ser compartilhados pelos diversos usuários. WAN ( Wide Area Network ) Também definida como rede remota, a WAN conecta usuários distantes uns aos outros, em geral atravessando limites geográficos de cidades e países. Geralmente os meios de comunicação utilizados são as linhas telefônicas, canais de satélites, cabos ópticos submarinos, etc. MAN ( Metropolitan Area Network ) Uma MAN é considerada uma rede metropolitana situada geralmente dentro de uma cidade. As MAN's por definição são menores que as redes de longa distância (ou WAN's), porém maiores do que as locais ou LANs. Os meios de comunicação geralmente utilizados nas MANs são as linhas telefônicas, os serviços de TV a cabo ou a comunicação sem fio (wireless). 4

Topologias Temos em seguida, a topologia da rede, ou seja, de que forma os micros são interligados. Como quase tudo em computação, temos aqui uma divisão entre topologias físicas e topologias lógicas. A topologia física é a maneira como os cabos conectam fisicamente os micros. A topologia lógica, por sua vez, é a maneira como os sinais trafegam através dos cabos e placas de rede. As redes Ethernet, por exemplo, usam uma topologia lógica de barramento, mas podem usar topologias físicas de estrela ou de barramento. As redes Token Ring, por sua vez, usam uma topologia lógica de anel, mas usam topologia física de estrela. Temos três tipos de topologia física, conhecidas como topologia de barramento, de estrela e de anel. A topologia de barramento é a mais simples das três, nela um único cabo coaxial interliga todos os micros. Na topologia de estrela, os micros não são ligados entre sí, mas sim a um hub, usando cabos de par trançado. O Hub permite que todos os micros conectados se vejam mutuamente. Finalmente temos a topologia de anel, onde apenas um cabo passa por todos os micros e volta ao primeiro, formando um anel fechado. A topologia de anel físico é praticamente apenas uma teoria, pois seria complicado e problemático demais montar uma rede deste tipo na prática. Sempre que ouvir falar em uma rede com topologia de anel, pode ter certeza que na verdade se trata de uma rede Token Ring, que usa uma topologia de anel lógico, mas que ao mesmo tempo usa topologia física de estrela. Recursos Tudo que é compartilhado através da rede, seja um arquivo, um CD-ROM, disco rígido ou impressora, é chamado de recurso. O micro que disponibiliza o recurso é chamado de servidor ou host, enquanto os micros que usam tal recurso são chamados de clientes, ou guests. Talvez o tipo mais conhecido (e mais obsoleto) de rede cliente-servidor, sejam as antigas rede baseadas em mainframes e terminais burros, onde todo o processamento era feito no servidor, enquanto os terminais funcionavam apenas como interfaces de entrada e saída de dados. Num conceito mais moderno, existem vários tipos de servidores: servidores de disco (que disponibilizam seu disco rígido para ser usado por estações sem disco rígido, mas com poder de processamento), servidores de arquivos (que centralizam e disponibilizam arquivos que podem ser acessados por outros micros da rede), servidores de fax (que cuidam da emissão e recepção de faxes através da rede), servidores de impressão (que disponibilizam uma impressora) e assim por diante. Dependendo do seu poder de processamento e de como estiver configurado, um único micro pode acumular várias funções, servindo arquivos e impressoras ao mesmo tempo, por exemplo.existem também servidores dedicados e servidores não-dedicados. A diferença é que enquanto um servidor dedicado é um micro reservado, um servidor não dedicado é um micro qualquer, que é usado normalmente, mas que ao mesmo tempo disponibiliza algum recurso. Se você tem 5 micros numa rede, todos são usados por alguém, mas um deles compartilha uma impressora e outro disponibiliza arquivos, temos dois servidores não dedicados, respectivamente de impressão e de arquivos. 5

Outro vocábulo bastante usado no ambiente de redes é o termo estação de trabalho. Qualquer micro conectado à rede, e que tenha acesso aos recursos compartilhados por outros micros da rede, recebe o nome de estação de trabalho. Você também ouvirá muito o termo nó de rede. Um nó é qualquer aparelho conectado à rede, seja um micro, uma impressora de rede, um servidor ou qualquer outra coisa que tenha um endereço na rede. N.O.S. Qualquer sistema operacional que possa ser usado numa rede, ou seja, que ofereça suporte às redes pode ser chamado de NOS. Temos nesta lista o Windows 3.11 for Workgroups, o Windows 95/98, Windows NT, Windows 2000, Novell Netware, Linux, Solaris, entre vários outros. Cada sistema possui seus próprios recursos e limitações, sendo mais adequado para um tipo específico de rede. Cabeamento Até agora tivemos apenas uma visão geral sobre os componentes e funcionamento das redes. Vamos agora estudar tudo com mais detalhes, começando com os sistemas de cabeamento que você pode utilizar em sua rede Tipos de cabos Como já vimos, existem três tipos diferentes de cabos de rede, os cabos coaxiais, cabos de par trançado e os cabos de fibra óptica. Cabo coaxial Os cabos coaxiais são cabos constituídos de 4 camadas: um condutor interno, o fio de cobre que transmite os dados; uma camada isolante de plástico, chamada de dielétrico que envolve o cabo interno; uma malha de metal que protege as duas camadas internas e, finalmente, uma nova camada de revestimento, chamada de jaqueta. Se você envolver um fio condutor com uma segunda camada de material condutor, a camada externa protegerá a primeira da interferência externa. Devido a esta blindagem, os cabos coaxiais (apesar de ligeiramente mais caros que os de par trançado) podem transmitir dados a distâncias maiores, sem que haja degradação do sinal. Existem 4 tipos diferentes de cabos coaxiais, chamados de 10Base5, 10Base2, RG-59/U e RG-62/U O cabo 10Base5 é um tipo mais antigo, usado geralmente em redes asseadas em mainframes. Esta cabo é muito grosso, tem cerca de 0.4 polegadas, ou quase 1cm de diâmetro e por isso é muito caro e difícil de instalar devido à baixa flexibilidade. Outro tipo de cabo coaxial pouco usado atualmente é o RG62/U, usado em redes Arcnet. Temos também o cabo RG-59/U, usado na fiação de antenas de TV. Além da baixa flexibilidade e alto custo, os cabos 10Base5 exigem uma topologia de rede bem mais cara e complicada. Temos o cabo coaxial 10Base5 numa posição central, como um backbone, sendo as estações conectadas usando um segundo dispositivo, chamado transceptor, que atua como um meio de ligação entre elas e o cabo principal. Os transceptores perfuram o cabo 10 base 5, alcançando o cabo central que transmite os dados, sendo por isso também chamados de deriva dores vampiros. Os transceptores são conectados aos encaixes AUI das placas de rede (um tipo de encaixe parecido com a porta de joystick da placa de som, encontrado principalmente em placas antigas) através de um cabo mais fino, chamado cabo transceptor. Além de antiquada, esta arquitetura é muito cara, tanto a nível de cabos e equipamentos, quanto em termos de mão de obra. 6

Os cabos 10Base5 foram praticamente os únicos utilizados em redes de mainframes no início da década de 80, mas sua popularidade foi diminuindo com o passar do tempo por motivos óbvios. Atualmente você só se deparará com este tipo de cabo em instalações bem antigas ou, quem sabe, em museus. Finalmente, os cabos 10Base2, também chamados de cabos coaxiais finos, ou cabos Thinnet, são os cabos coaxiais usados atualmente em redes Ethernet, e por isso, são os cabos que você receberá quando pedir por cabos coaxiais de rede. Seu diâmetro é de apenas 0.18 polegadas, cerca de 4.7 milímetros, o que os torna razoavelmente flexíveis. Os cabos 10Base2 são bem parecidos com os cabos usados em instalações de antenas de TV, a diferença é que, enquanto os cabos RG-59/U usados nas fiações de antena possuem impedância de 75 ohms, os cabos 10Base2 possuem impedância de apenas 50 ohms. Por isso, apesar de os cabos serem parecidos, nunca tente usar cabos de antena em redes de micros. O 10 na sigla 10Base2, significa que os cabos podem transmitir dados a uma velocidade de até 10 megabits por segundo, Base significa banda base e se refere à distância máxima para que o sinal pode percorrer através do cabo, no caso o 2 que teoricamente significaria 200 metros, mas que na prática é apenas um arredondamento, pois nos cabos 10Base2 a distância máxima utilizável é de 185 metros. Usando cabos 10Base2, o comprimento do cabo que liga um micro ao outro deve ser de no mínimo 50 centímetros, e o comprimento total do cabo (do primeiro ao último micro) não pode superar os 185 metros. É permitido ligar até 30 micros no mesmo cabo, pois acima disso, o grande número de colisões de pacotes irá prejudicar o desempenho da rede, chegando ao ponto de praticamente impedir a comunicação entre os micros em casos extremos. Conectamos o cabo coaxial fino à placa de rede usando conectores BCN, que por sua vez são ligados a conectores T ligados na placa de rede. Usando cabos coaxiais os micros são ligados uns aos outros, com um cabo em cada ponta do conector T. 7

São necessários dois terminadores para fechar o circuito. Os terminadores são encaixados diretamente nos conectores T do primeiro e último micro da rede. Pelo menos um dos terminadores, deverá ser aterrado. Se você não instalar um terminador em cada ponta da rede, quando os sinais chegarem às pontas do cabo, retornarão, embora um pouco mais fracos, formando os chamados pacotes sombra. Estes pacotes atrapalham o tráfego e corrompem pacotes bons que estejam trafegando, praticamente inutilizando a rede. Em redes Ethernet os terminadores devem ter impedância de 50 ohms (a mesma dos cabos), valor que geralmente vem estampado na ponta do terminador. Para prender o cabo ao conector BNC, precisamos de duas ferramentas: um descascador de cabo coaxial e um alicate de crimpagem. O descascador serve para retirar o dielétrico do cabo, deixando exposto o fio de cobre (você pode fazer este trabalho com algum outro instrumento cortante, como um estilete, mas usando o descascador o resultado será bem melhor). O alicate para crimpagem serve para prender o cabo ao conector, impedindo que ele se solte facilmente. O alicate de crimpagem possuirá sempre pelo menos dois orifícios, o menor, com cerca de 1 mm de diâmetro serve para prender o pino central do conector BCN ao fio central do cabo. A maior serve para prender o anel de metal. Para crimpar os cabos coaxiais é indispensável ter o alicate de crimpagem. Não dá para fazer o serviço com um alicate comum pois ele não oferece pressão suficiente. Um alicate de crimpagem de cabos coaxiais custa a partir de 45 reais; entretanto, a maioria das lojas que vendem cabos também os crimpam de acordo com a necessidade do cliente. 8

Cabo de par trançado O nome par trançado é muito conveniente, pois estes cabos são constituídos justamente por 4 pares de cabos entrelaçados. Veja que os cabos coaxiais usam uma malha de metal que protege o cabo de dados contra interferências externas; os cabos de par trançado por sua vez, usam um tipo de oável proproteção mais sutil: o entrelaçamento dos cabos cria um campo eletromagnético que oferece uma razteção contra interferências externas, como ilustrado na figura ao lado. Além dos cabos sem blindagem, conhecidos como UTP (Unshielded Twisted Pair), existem os cabos blindados conhecidos como STP (Shielded Twisted Pair). A única diferença entre eles é que os cabos blindados além de contarem com a proteção do entrelaçamento dos fios, possuem uma blindagem externa (assim como os cabos coaxiais), sendo mais adequados a ambientes com fortes fontes de interferências, como grandes motores elétricos e estações de rádio que estejam muito próximas. Outras fontes menores de interferências são as lâmpadas fluorescentes (principalmente lâmpadas cansadas que ficam piscando), cabos elétricos quando colocados lado a lado com os cabos de rede e mesmo telefones celulares muito próximos dos cabos. Quanto maior for a interferência, menor será o desempenho da rede, menor será a distância que poderá ser usada entre os micros e mais vantajosa será a instalação de cabos blindados. Em ambientes normais porém os cabos sem blindagem costumam funcionar bem. Existem no total, 5 categorias de cabos de par trançado. Em todas as categorias a distância máxima permitida é de 100 metros. O que muda é a taxa máxima de transferência de dados e o nível de imunidade a interferências. Categoria 1: Este tipo de cabo foi muito usado em instalações telefônicas antigas, porem não é mais utilizado. Categoria 2: Outro tipo de cabo obsoleto. Permite transmissão de dados a até 4 mbps. Categoria 3: É o cabo de par trançado sem blindagem usado em redes, pode se estender por até 100 metros e permite transmissão de dados a até 10 Mbps. A diferença do cabo de categoria 3 (que é praticamente o único tipo de cabo sem blindagem usado atualmente) para os obsoletos cabos de categoria 1 e 2 é o numero de tranças. Enquanto nos cabos 1 e 2 não existe um padrão definido, os cabos de categoria 3 (assim como os de categoria 4 e 5) possuem atualmente de 24 a 45 tranças por metro, sendo muito mais resistente a ruídos externos. Cada par de cabos tem um número diferente de tranças por metro, o que atenua as interferências entre os cabos. Praticamente não existe a possibilidade de dois pares de cabos terem exatamente a mesma disposição de tranças. Categoria 4: Por serem blindados, estes cabos já permitem transferências dedados a até 16 mbps, e são o requisito mínimo para redes Token Ring de 16 mbps, podendo ser usados também em redes Ethernet de 10 mbps no lugar dos cabos sem blindagem. Categoria 5: Este é o de qualidade mais alta, permitindo transferências de dados a até 100 mbps. Apesar de ser um pouco mais caro, este é o cabo mais recomendável, é o único das 5 categorias que permite seguramente transferências de dados a 100 mbps em conjunto com placas de rede Ethernet de 100 mbps, estabelecendo os requisitos mínimos para o cabeamento de telecomunicações dentro dos prédios ou entre os prédios do campus. Ele suporta ambientes com produtos de diferentes fabricantes.atualmente existem alguns aperfeiçoamentos feitos sobre o padrão Categoria 5, originou a Categoria 5 enhanced (CAT5e), que é um padrão com requisitos ligeiramente superiores ao CAT5. Acima da Categoria 5. A Categoria 6 Classe E (CAT6) é o padrão em estudo pela TIA/EIA. Tanto a CAT6 como a Categoria 7 Classe F (CAT7) são apenas propostos não existindo padronização oficial. A CAT6 pode ser considerada como o próximo padrão a ser liberado 9

Nota: Apesar de ainda não ser padronizada, a categoria 6 (CAT 6), já está sendo implantada em algumas instituições como por exemplo a Petrobra s. Independentemente da categoria, todos os cabos de par trançado usam o mesmo conector, chamado RJ-45. Este conector é parecido com os conectores de cabos telefônicos, mas é bem maior por acomodar mais fios. Uma ponta do cabo é ligada na placa de rede e a outra, no hub. Para prender o cabo ao conector, usamos um alicate de crimpagem. Após retirar a capa protetora externa e inserir os fios dentro do conector, basta pressionar os pinos do conector com o alicate. A função do alicate é fornecer pressão suficiente para que os pinos do conector RJ-45, que internamente possuem a forma de lâminas, esmaguem os fios do cabo, alcançando o fio de cobre e, criando o contato. Você deve retirar apenas a capa externa do cabo e não descascar individualmente os fios, pois isto ao invés de ajudar, serviria apenas para causar mau contato,deixado o encaixe com os pinos do conector frouxo. Os alicates para crimpar cabos de par trançado são um pouco mais baratos que os usados para crimpar cabos coaxiais. Os alicates mais simples custam a partir de 40 reais, mas os bons alicates custam bem mais. Existem alguns modelos de alicates feitos de plástico, com apenas as pontas de metal. Estes custam bem menos, na faixa de 15 reais, mas são muito ruins, pois quebram muito facilmente e não oferecem a pressão adequada. Como no caso dos coaxiais, existe também a opção de comprar os cabos já crimpados. Existe uma posição certa para os cabos dentro do conector. Note que cada um dos fios do cabo possui uma cor diferente. Metade tem uma cor sólida enquanto a outra metade tem uma cor mesclada com branco. Para criar um cabo destinado a conectar os micros ao hub, a seqüência tanto no conector do micro quanto no conector do hub será o seguinte (usando o padrão AT&T258A): 1 - branco com verde 2 - verde 3 - branco com laranja 4 - azul 5 - Branco com azul 6 - laranja 7 - branco com marrom 8 - marrom. É possível também criar um cabo para ligar diretamente dois micros, sem usar um hub, chamado de cabo cross over. Logicamente, este cabo só poderá ser usado caso a sua rede tenha apenas dois micros. Neste tipo de cabo, a posição dos fios é diferente nos dois conectores: 10

Anatomia do conector RJ45 Tomada de parede RJ45. Conector RJ45 visto de topo e de frente. 11

Pinagem do conector RJ-45 Pino # Função 1 2 Transmissão de dados positivo (Tx+) Transmissão de dados negativo (Tx-) 3 Recepção de dados positivo 4 Não ligado 5 Não ligado 6 Recepção de dados negativo 7 Não ligado 8 Não ligado Explicação Contém o sinal positivo do par diferencial de transmissão. Este sinal contém a cadeia serie de dados de saida que vão sendo transmitidos para a rede. Contém o sinal negativo do par diferencial de transmissão. Este sinal contém a mesma cadeia de dados que o pino 1. Contém o sinal positivo do par diferencial de recepção. Este sinal contém a cadeia de dados de entrada que vão sendo recebidos da rede. Contém o sinal negativo do par diferencial de recepção. Este sinal contém a mesma cadeia de dados que o pino 3. Ligações para o cabo UTP Ethernet a 10Mbps (PC - Hub): Função Pino # Pino # Tx+ 1 liga a 1 Tx- 2 liga a 2 Rx+ 3 liga a 3 Rx- 6 liga a 6 O par laranja deve ser ligado aos pinos 1 e 2 (Transmissão - Tx) O par verde deve ser ligado aos pinos 3 e 6 (Recepção - Rx) O "hub" tem capacidade de internamente comutar (em inglês - fazer o "cross-over") a transmissão com a recepção. Ou seja o circuito de transmissão da placa de rede está ligado ao circuito de recepção do "hub" e viceversa. Ligações para o cabo UTP Ethernet a 10Mbps (PC - PC ou hub - hub): Podemos ligar dois computadores através de um cabo UTP. Neste caso nós teremos de incorporar a função de "cross-over" existente internamente nos hubs. Basta para isso trocarmos o par de transmissão (Tx) pelo par de recepção (Rx), como se pode ver na seguinte tabela: Função Pino # Pino # Função Tx+ 1 liga a 3 Rx+ Tx- 2 liga a 6 Rx- Rx+ 3 liga a 1 Tx+ Rx- 6 liga a 2 Tx- Trocas de polaridade: Um dos problemas mais comuns nas redes 10BASE-T (10 Mbps/ Banda Base/ Twisted Pair) é trocar a fase positiva pela negativa dos respectivos sinais de transmissão ou recepção. Por exemplo iriamos ter problemas na rede se trocassemos o pino 1 pelo pino 2. As placas de rede mais recentes (como por exemplo a Intel EtherExpress) conseguem detectar automáticamente este problema e ajustam-se internamente para corrigir esta falha. De qualquer modo o melhor mesmo é garantir que os pinos do RJ-45 fiquem todos bem prensados e na posição correta. 12

Como confeccionar os Cabos A montagem do cabo par trançado é relativamente simples. Além do cabo, você precisará de um conector RJ-45 de pressão para cada extremidade do cabo e de um alicate de pressão para conectores RJ-45 também chamado de Alicate crimpador. Tome cuidado, pois existe um modelo que é usado para conectores RJ-11, que têm 4 contatos e são usados para conexões telefônicas. Assim como ocorre com o cabo coaxial, fica muito difícil passar o cabo por conduítes e por estruturas usadas para ocultar o cabo depois que os plugues RJ-45 estão instalados. Por isso, passe o cabo primeiro antes de instalar os plugues. Corte o cabo no comprimento desejado. Lembre de deixar uma folga de alguns centímetros, já que o micro poderá posteriormente precisar mudar de lugar além disso você poderá errar na hora de instalar o plugue RJ-45, fazendo com que você precise cortar alguns poucos centímetros do cabo para instalar novamente outro plugue. Para quem vai utilizar apenas alguns poucos cabos, vale a pena comprá-los prontos. Para quem vai precisar de muitos cabos, ou para quem vai trabalhar com instalação e manutenção de redes, vale a pena ter os recursos necessários para construir cabos. Devem ser comprados os conectores RJ-45, algumas um rolo de cabo, um alicate para fixação do conector e um testador de cabos. Não vale a pena economizar comprando conectores e cabos baratos, comprometendo a confiabilidade. O alicate possui duas lâminas e uma fenda para o conector. A lâmina indicada com (1) é usada para cortar o fio. A lâmina (2) serve para desencapar a extremidade do cabo, deixando os quatro pares expostos. A fenda central serve para prender o cabo no conector. (1): Lâmina para corte do fio (2): Lâmina para desencapar o fio (3): Fenda para crimpar o conector 13

Corte a ponta do cabo com a parte (2) do alicate do tamanho que você vai precisar, desencape (A lâmina deve cortar superficialmente a capa plástica, porém sem atingir os fios) utilizando a parte (1) do alicate aproximadamente 2 cm do cabo. Pois o que protege os cabos contra as interferências externas são justamente as tranças. À parte destrançada que entra no conector é o ponto fraco do cabo, onde ele é mais vulnerável a todo tipo de interferência Remova somente a proteção externa do cabo, não desencape os fios. Identifique os fios do cabo com as seguintes cores: 1 Branco com verde 2 Verde 3 Branco com laranja 4 Laranja 5 Branco com azul 6 Azul 7 Branco com marrom 8 Marrom Desenrole os fios que ficaram para fora do cabo, ou seja, deixe-os retos e não trançados na ordem acima citada, como mostra a figura abaix 14

Corte os fios com a parte (1) do alicate em aproximadamente 1,5cm do invólucro do cabo.observe que no conector RJ-45 que para cada pino existe um pequeno tubo onde o fio deve ser inserido. Insira cada fio em seu tubo, até que atinja o final do conector. Lembrando que não é necessário desencapar o fio, pois isto ao invés de ajudar, serviria apenas para causar mau contato, deixado o encaixe com os pinos do conector folgado. Ao terminar de inserir os fios no conector RJ-45, basta inserir o conector na parte (3) do alicate e pressioná-lo. A função do alicate neste momento é fornecer pressão suficiente para que os pinos do conector RJ-45, que internamente possuem a forma de lâminas, esmaguem os fios do cabo, alcançando o fio de cobre e criando o contato, ao mesmo tempo, uma parte do conector irá prender com força a parte do cabo que está com a capa plástica externa. O cabo ficará definitivamente fixo no conector. Após pressionar o alicate, remova o conector do alicate e verifique se o cabo ficou bom, par isso puxe o cabo para ver se não há nenhum fio que ficou solto ou folgado. Certo Errado Uma dica que ajuda bastante e a utilização das borrachas protetoras dos conectores RJ-45 pois o uso desses traz vários benefícios com facilita a identificação do cabo com o uso de cores diferentes, mantém o conector mais limpo, aumenta a durabilidade do conector nas operações de encaixe e desencaixe, dá ao cabo um acabamento profissional. 15

Montar um cabo de rede com esses protetores é fácil. Cada protetor deve ser instalado no cabo antes do respectivo conector RJ-45. Depois que o conector é instalado, ajuste o protetor ao conector. Testar o Cabo Para testar o cabo é muito fácil utilizando os testadores de cabos disponíveis no mercado. Normalmente esses testadores são compostos de duas unidades independentes. A vantagem disso é que o cabo pode ser testado no próprio local onde fica instalado, muitas vezes com as extremidades localizadas em recintos diferentes. Chamaremos os dois componentes do testador: um de testador e o outro de terminador. Uma das extremidades do cabo deve ser ligada ao testador, no qual pressionamos o botão ON/OFF. O terminador deve ser levado até o local onde está a outra extremidade do cabo, e nele encaixamos o outro conector RJ-45. Uma vez estando pressionado o botão ON/OFF no testador, um LED irá piscar. No terminador, quatro LEDs piscarão em seqüência, indicando que cada um dos quatro pares está corretamente ligado. Observe que este testador não é capaz de distinguir ligações erradas quando são feitas de forma idêntica nas duas extremidades. Por exemplo, se os fios azul e verde forem ligados em posições invertidas em ambas as extremidades do cabo, o terminador apresentará os LEDs piscando na seqüência normal. Cabe ao usuário ou técnico que monta o cabo, conferir se os fios em cada conector estão ligados nas posições corretas. Para quem faz instalações de redes com freqüência, é conveniente adquirir testadores de cabos, lojas especializadas em equipamentos para redes fornecem cabos, conectores, o alicate e os testadores de cabos, além de vários outros equipamentos. Mais se você quer apenas fazer um cabo para sua rede, existe um teste simples para saber se o cabo foi crimpado corretamente: basta conectar o cabo à placa de rede do micro e ao hub. Tanto o LED da placa quanto o do hub deverão acender. Naturalmente, tanto o micro quanto o hub deverão estar ligados. Não fique chateado se não conseguir na primeira vez, pois a experiência mostra que para chegar à perfeição é preciso muita prática, e até lá é comum estragar muitos conectores. Para minimizar os estragos, faça a crimpagem apenas quando perceber que os oito fios chegaram até o final do conector. Não fixe o conector se perceber que alguns fios estão parcialmente encaixados. Se isso acontecer, tente empurrar mais os fios para que encaixem até o fim. Se não conseguir, retire o cabo do conector, realinhe os oito fios e faça o encaixe novamente. Fibra óptica Ao contrário dos cabos coaxiais e de par trançado, que nada mais são do que fios de cobre que transportam sinais elétricos, a fibra óptica transmite luz e por isso é totalmente imune a qualquer tipo de interferência eletromagnética. Além disso, como os cabos são feitos de plástico e fibra de vidro (ao invés de metal), são resistentes à corrosão. A distância permitida pela fibra também é bem maior, os cabos usados em redes permitem segmentos de até 1 KM, enquanto alguns tipos de cabos especiais podem conservar o sinal por até 5 KM (distâncias maiores são obtidas usando repetidores). Mesmo permitindo distâncias tão grandes, os cabos de fibra óptica permitem taxas de transferências de até 155 mbps, sendo especialmente úteis em ambientes que demandam uma grande transferência de dados. Como não soltam faíscas, os cabos de fibra óptica são mais seguros em ambientes onde existe perigo de incêndio ou explosões. E para completar, o sinal transmitido através dos cabos de fibra é mais difícil de interceptar, sendo os cabos mais seguros para transmissões sigilosas. 16

As desvantagens da fibra residem no alto custo tanto dos cabos quanto das placas de rede e instalação que é mais complicada e exige mais material. Por isso, normalmente usamos cabos de par trançado ou coaxiais para fazer a interligação local dos micros e um cabo de fibra óptica para servir como backbone, unindo duas ou mais redes ou mesmo unindo segmentos da mesma rede que estejam distantes. O cabo de fibra óptica é formado por um núcleo extremamente fino de vidro, ou mesmo de um tipo especial de plástico. Uma nova cobertura de fibra de vidro, bem mais grossa envolve e protege o núcleo. Em seguida, temos uma camada de plástico protetor chamada de cladding, uma nova camada de isolamento e finalmente, uma capa externa chamada bainha. A luz a ser transmitida pelo cabo é gerada por um LED, ou diodo emissor de luz. Chegando ao destino, o sinal luminoso é decodificado em sinais digitais por um segundo circuito chamado de foto-diodo. O conjunto dos dois circuitos é chamado de CODEC, abreviação de codificador/decodificador. Existem dois tipos de cabos de fibra óptica, chamados de cabos monomodo e multimodo, ou simplesmente de modo simples e modo múltiplo. Enquanto o cabo de modo simples transmite apenas um sinal de luz, os cabos multímodos contêm vários sinais que se movem dentro do cabo. Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, os cabos monomodo transmitem mais rápido do que os cabos multímodo, pois neles a luz viaja em linha reta, fazendo o caminho mais curto. Nos cabos multímodo o sinal viaja batendo continuamente mas paredes do cabo, tornando-se mais lento e perdendo a intensidade mais rapidamente. Ao contrário do que se costuma pensar, os cabos de fibra óptica são bastante flexíveis e podem ser passados dentro de conduítes, sem problemas. Onde um cabo coaxial entra, pode ter certeza de que um cabo de fibra também vai entrar. Não é necessário em absoluto que os cabos fiquem em linha reta, e devido às camadas de proteção, os cabos de fibra também apresentam uma boa resistência mecânica. Atenuadores para fibra ótica. Esses atenuadores são utilizados com cabos e dispositivos de fibra ótica para atenuar a potência do sinal de fibra ótica. Dependendo do tipo de atenuador conectado ao cabo de fibra ótica, consegue-se reduzir a potência do sinal de luz em 2, 5, 10, 15 ou 20 db. Por que reduzir a potência do sinal na fibra ótica? A fibra monomodo foi desenvolvida para conduzir o sinal luminoso a longas distâncias - em alguns casos até 70 km - e os dispositivos de fibra enviam este sinal com grande potência para assegurar que os dados cheguem intactos na outra extremidade. Contudo, quando dois dispositivos conectados com fibra monomodo estão localizados próximos um do outro, o sinal será muito forte. Como resultado, o sinal será refletido de volta para a fibra, podendo corromper os dados e causar falhas na transmissão. Como o afastamento dos equipamentos normalmente não é viável, a melhor solução é a conexão de atenuadores em cada dispositivo de fibra. Assim como os óculos de sol diminuem a intensidade da luz do sol que chegam aos nossos olhos, os atenuadores diminuem a potência da luz dos sinais transmitidos ao longo do cabo de fibra monomodo. Antes de selecionar um atenuador, deve-se checar o tipo de conector do dispositivo de fibra. Existem atenuadores próprios para qualquer tipo de patch panel equipado com conectores FC ou SC com polimento PC ou APC. Além do tipo de conector, deve-se determinar o valor da atenuação necessária, como 5 ou 10 db. Este valor varia dependendo da distância entre os dispositivos de fibra. 17

Redes de energia x Redes telefônicas Duas novas idéias de ambientes de rede, que vêm ganhando espaço conforme têm amadurecido, é o uso das fiações elétricas e extensões telefônicas, que já estão presentes em praticamente qualquer ambiente, como mídia de comunicação no lugar dos cabos de rede tradicionais. Por um lado, isto tornaria a instalação da rede bem mais prática, pois não seria preciso instalar cabos de rede, apenas ligar os micros nas tomadas elétricas ou extensões telefônicas já existentes usando os periféricos necessários. Por outro lado, há várias dificuldades técnicas. Do lado das redes de energia elétrica, temos a taxa de transferência limitada a apenas 350Kbps e riscos de segurança decorrentes de variações de tensão. Nas redes telefônicas a velocidade é um pouco maior, 1 mbps, mas em compensação as placas de rede são mais caras. Em ambos os casos, as transmissões de rede são feitas usando transmissões à freqüências superiores a 2 MHz, não prejudicando o funcionamento normal da rede elétrica ou atrapalhando as conversas telefônicas e mesmo comunicações via modem, que são feitas utilizando freqüências bem inferiores. Apesar dos produtos comerciais ainda serem raros, estas prometem ser mais duas opções de redes domésticas nos próximos anos, apesar de ambas as tecnologias já nascerem com graves limitações técnicas. Exercícios: Responda as questões abaixo 1. Como é dividida geograficamente uma rede de computadores? 2. O que você entende sobre recursos de uma rede? 3. Quais são os principais tipos dte topologia física de uma rede? 4. Qual é o nome do cabo e dos conectores utilizados em uma rede com topologia física em barramento? 5. Para que serve o terminador, em uma rede com topologia física em barramento? 6. Qual é o nome do conector utilizado no cabo par trançado? 7. Quais são as principais mídias utilizadas em redes de computadores? 18

Placas de Rede A placa de rede é o hardware que permite aos micros conversarem entre sí através da rede. Sua função é controlar todo o envio e recebimento de dados através da rede. Cada arquitetura de rede exige um tipo específico de placa de rede; você jamais poderá usar uma placa de rede Token Ring em uma rede Ethernet, pois ela simplesmente não conseguirá comunicar-se com as demais. Além da arquitetura usada, as placas de rede à venda no mercado diferenciam-se também pela taxa de transmissão, cabos de rede suportados e barramento utilizado. Quanto à taxa de transmissão, temos placas Ethernet de 10 mbps e 100 mbps e placas Token Ring de 4 mbps e 16 mbps. Como vimos na trecho anterior, devemos utilizar cabos adequados à velocidade da placa de rede. Usando placas Ethernet de 10 mbps por exemplo, devemos utilizar cabos de par trançado de categoria 3, 4 ou 5, ou então cabos coaxiais.usando uma placa de 100mbps o requisito mínimo a nível de cabeamento são cabos de par trançado blindados nível 5. No caso de redes Token Ring, os requisitos são cabos de par trançado categoria 2 (recomendável o uso de cabos categoria 3 para placas de rede de 4 Mbps, e cabos de par trançado blindado categoria 4 para placas de 16 mbps. Devido às exigência de uma topologia em estrela das redes Token Ring, nenhuma placa de rede Token Ring suporta o uso de cabos coaxiais. Cabos diferentes exigem encaixes diferentes na placa de rede. O mais comum em placas Ethernet, é a existência de dois encaixes, uma para cabos de par trançado e outro para cabos coaxiais. Muitas placas mais antigas, também trazem encaixes para cabos coaxiais do tipo grosso (10Base5), conector com um encaixe bastante parecido com o conector para joysticks da placa de som. Placas que trazem encaixes para mais de um tipo de cabo são chamadas placas combo. A existência de 2 ou 3 conectores serve apenas para assegurar a compatibilidade da placa com vários cabos de rede diferentes. Naturalmente, você só poderá utilizar um conector de cada vez. As placas de rede que suportam cabos de fibra óptica, são uma exceção, pois possuem encaixes apenas para cabos de fibra. Estas placas também são bem mais caras, de 5 a 8 vezes mais do que as placas convencionais por causa do CODEC, o circuito que converte os impulsos elétricos recebidos em luz e viceversa que ainda é extremamente caro. Finalmente, as placas de rede diferenciam-se pelo barramento utilizado. Atualmente você encontrará no mercado placas de rede ISA e PCI usadas em computadores de mesa e placas PCMCIA, usadas em notebooks e handhelds. Existem também placas de rede USB que vêm sendo cada vez mais utilizadas, apesar de ainda serem bastante raras devido ao preço salgado. Naturalmente, caso seu PC possua slots PCI, é recomendável comprar placas de rede PCI pois além de praticamente todas as placas PCI suportarem transmissão de dados a 100 Mbps (todas as placas de rede ISA estão limitadas a 10 Mbps devido à baixa velocidade permitida por este barramento), você poderá usá-las por muito mais tempo, já que o barramento ISA vem sendo cada vez menos usado em placas-mãe mais modernas e deve gradualmente desaparecer das placas-mãe novas. A nível de recursos do sistema, todas as placas de rede são parecidas: precisam de um endereço de IRQ, um canal de DMA e um endereço de I/O. Bastando configurar os recursos corretamente. O canal de IRQ é necessário para que a placa de rede possa chamar o processador quando tiver dados a entregar. O canal de DMA é usado para transferir os dados diretamente à memória, diminuindo a carga sobre o processador. Finalmente, o endereço de I/O informa ao sistema onde estão as informações que devem ser movidas. Ao contrário dos endereços de IRQ e DMA que são escassos, existem muitos endereços de I/O e por isso a possibilidade de conflitos é bem menor, especialmente no caso de placas PnP. 19

De qualquer forma, mudar o endereço de I/O usado pela placa de rede (isso pode ser feito através do gerenciador de dispositivos do Windows) é uma coisa a ser tentada, caso a placa de rede misteriosamente não funcione, mesmo não havendo conflitos de IRQ e DMA. Todas as placas de rede atuais são PnP, tendo seus endereços configurados automaticamente pelo sistema. Placas mais antigas por sua vez, trazem jumpers ou DIP switches que permitem configurar os endereços a serem usados pela placa. Existem também casos de placas de rede de legado que são configuráveis via software, sendo sua configuração feita através de um programa fornecido junto com a placa. Para que as placas possam se encontrar dentro da rede, cada placa possui também um endereço de nó. Este endereço de 48 bits é único e estabelecido durante o processo de fabricação da placa, sendo inalterável. O endereço físico é relacionado com o endereço lógico do micro na rede. Se por exemplo na sua rede existe um outro micro chamado Micro 2, e o Micro 1 precisa transmitir dados para ele, o sistema operacional de rede ordenará à placa de rede que transmita os dados ao Micro 2, porém, a placa usará o endereço de nó e não o endereço de fantasia Micro 2 como endereço. Os dados trafegarão através da rede e será acessível a todas as os micros, porém, apenas a placa do Micro 2 lerá os dados, pois apenas ela terá o endereço de nó indicado no pacote. Sempre existe a possibilidade de alterar o endereço de nó de uma placa de rede, substituindo o chip onde ele é gravado. Este recurso é usado algumas vezes para fazer espionagem, já que o endereço de nó da rede poderá ser alterado para o endereço de nó de outra placa da rede, fazendo com que a placa clonada, instalada no micro do espião também receba todos os dados endereçados ao outro micro. Hubs Numa rede com topologia de estrela, o Hub funciona como a peça central, que recebe os sinais transmitidos pelas estações e os retransmite para todas as demais. Existem dois tipos de hubs, os hubs passivos e os hubs ativos. Os hubs passivos limitam-se a funcionar como um espelho, refletindo os sinais recebidos para todas as estações a ele conectadas. Como ele apenas distribui o sinal, sem fazer qualquer tipo de amplificação, o comprimento total dos dois trechos de cabo entre um micro e outro, passando pelo hub, não pode exceder os 100 metros permitidos pelos cabos de par trançado. Um Hub ativo por sua vez, além de distribuir o sinal, serve como um repetidor, reconstituindo o sinal enfraquecido e retransmitindo-o. Enquanto usando um Hub passivo o sinal pode trafegar apenas 100 metros somados os dois trechos de cabos entre as estações, usando um hub ativo o sinal pode trafegar por 100 metros até o hub, e após ser retransmitido por ele trafegar mais 100 metros completos. Apesar de mais caro, este tipo de hub permite estender a rede por distâncias maiores. Switch Além dos hubs comuns, que apenas distribuem os sinais da rede para os demais micros conectados a ele, existe uma categoria especial de hubs, chamados de switch. Este tipo de hub incorpora um processador e softwares de diagnóstico, sendo capaz de detectar e se preciso desconectar da rede estações com problemas, evitando que uma estação faladora prejudique o tráfego ou mesmo derrube a rede inteira; detectar pontos de congestionamento na rede, fazendo o possível para normalizar o tráfego; detectar e impedir tentativas de invasão ou acesso não autorizado à rede e outros problemas em potencial entre outras funções, que variam de acordo com a sofisticação do Hub. Conectando Hubs ou switch A maioria dos hubs ou switch possuem apenas 8 portas podendo chegar a 40 portas, mas sempre existe um limite. E se este limite não for suficiente para conectar todos os micros de sua rede? Para quebrar esta limitação, existe a possibilidade de conectar dois ou mais hubsentre sí. Quase todos os hubs possuem uma porta chamada Up Link que se destina justamente a esta conexão. Basta ligar as portas Up Link de ambos os hubs, usando um cabo de rede normal para que os hubs passem a se enxergar. Como para toda a regra existe uma exceção, alguns hubs mais baratos não possuem a porta Up Link, mas nem tudo está perdido, lembra-se do cabo cross- over que serve para ligar diretamente dois micros sem usar um hub? Ele também serve para conectar dois hubs. A única diferença neste caso é que ao invés de usar as portas Up Link, usaremos duas portas comuns. 20