RELIGIÃO E MORAL ESPÍRITA

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Transcrição:

Casa Espírita Francisco de Paula Vítor RELIGIÃO E MORAL ESPÍRITA ESPIRITISMO: QUESTÃO DE FUNDO E NÃO DE FORMA Lambari, MG setembro de 2015 Por Antônio Carlos Guimarães

Evolução do Princípio Inteligente

Humanização do Princípio Inteligente

O complexo humano: ser trino Espírito Substância, essência Perispírito A forma, a organização Corpo A manifestação material do SER

De potência a ato

Evolução é conscientização

A realidade visível e a invisível

Esclarecimento espiritual progressivo V E R T I C A L I D A D E Transformação interior: De uma forma de crer/ver/viver para outra Conversão DES-CRENTE CRENTE CIENTE Crenças, igrejas, seitas, doutrinas Descrença, agnosticismo. Analfabetos do mundo espiritual Materialismo filosófico e psicológico. Viver no mundo, sem ser do mundo. Unir VERTICALIDADE (metafísico-mística) com HORIZONTALIDADE (ético-social) Tarefas no mundo: Cada um tem uma missão na Terra: instruir os homens, ajudá-los a avançar, melhorar suas instituições por meios diretos e materiais. (LE Q. 573) Escapismos: ascetismo, salvação pessoal Caminhos da salvação, e não a própria salvação Baseado em Huberto Rohden H O R I Z O N T A L I D A D E Bens materiais, prazeres sensoriais, vaidades sociais, poder mundano

Lá como cá O ESPIRITISMO nos ensina a integração ao mundo, não a fuga A MORTE não transforma ninguém. Somos os mesmos, tanto lá, como cá. A diferença é somente de dimensão (material e espiritual) A GENTE NÃO SE SALVA, EVOLUI. O ESPÍRITO evolui e se educa constantemente NA TERRA encarnado NO ESPAÇO emancipado NA ERRATICIDADE desencarnado

O Espiritismo em face das religiões cristãs O Espiritismo postula uma interpretação compreensiva, sem apego e sem prevenção O Espiritismo não surgiu de mais uma interpretação da Bíblia. Surgiu do FENÔMENO, DA OBSERVAÇÃO, EXPERIMENTAÇÃO E DA ANÁLISE E DEDUÇÕES LÓGICAS. O Espiritismo traz os elementos básicos para compreensão dos problemas evangélicos. [O Espiritismo] nada suprime do Evangelho: completa-o e elucidao. Com o auxílio das novas leis que revela, reunidas às da Ciência, faz compreender o que era ininteligível... (A Gênese, XVII, n. 40)

O Espiritismo de outras crenças espiritualistas O Espiritismo possui pontos de contato com outras crenças espiritualistas (além das igrejas cristãs) O REENCARNACIONISMO, por exemplo, é postulado também de: Religiões orientais: Vedismo, Taoísmo, Confucionismo, Mazdeísmo, Xintoísmo, Bramanismo, Budismo, etc. E de escolas espiritualistas: Rosa-Cruz Teosofia, Cabala, etc. A COMUNICAÇÃO COM OS ESPÍRITOS, por exemplo, é admitida pelo Racionalismo Cristão e por religiões oriundas do SINCRETISMO AFRO-CATÓLICO-BRASILEIRO: Umbanda, Candomblé, etc.

Missão do Espiritismo ALLAN KARDEC JÁ ADVERTIRA QUE O ESPIRITISMO ERA UM ALIADO PODEROSO DAS RELIGIÕES, E PODERIA AJUDÁ-LAS A ENFRENTAR A DESCRENÇA E O MATERIALISMO. Ao Espiritismo cabe retificar os erros da história e apurar a religião do Cristo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo. Os erros que nele se enraizaram são de origem humana. ESPÍRITO DE VERDADE

Salvação ou Evolução?

Lei de Adoração Questões de O LIVRO DOS ESPÍRITOS LE Q 653 - A adoração necessita de manifestações exteriores? A verdadeira adoração é a do coração. (Em todas as vossas ações... O Senhor vos observa...) LE Q 653a A adoração exterior é útil? Sim, se não for um fingimento. É sempre útil dar um bom exemplo LE Q 654 Deus tem preferência pelos que o adoram desta ou daquela maneira? Deus prefere os que o adoram do fundo do coração, com sinceridade, fazendo o bem e evitando o mal.

O PROFETA Gibran Khalil Gibran Fala-nos da Religião... E eu tenho falado de outra coisa hoje? Não é a religião todas as nossas ações e reflexões? E tudo o que não é ação nem reflexão, mas aquele espanto e aquela surpresa sempre brotando na alma, mesmo quando as mãos talham a pedra ou manejam o tear? Quem pode separar sua fé de suas ações ou sua crença de seus afazeres? Quem pode espalhar suas horas perante si, dizendo: Esta é para Deus, e essa é para mim; esta é para minha alma, e essa é para o meu corpo?

RELIGIÃO ESPÍRITA? (1) Para nós, o Espiritismo não deve tender para nenhuma forma religiosa determinada. Ele é e deve permanecer como uma filosofia tolerante e progressiva, abrindo seus braços a todos os deserdados, qualquer que seja a nacionalidade e a convicção a que pertençam. (ALLAN KARDEC, Revista Espírita, junho 1869). O Espiritismo não é propriamente uma religião instituída, mas uma religião natural, que nasce naquele que leu os seus princípios e entendeu a natureza divina, tornando-se, assim, uma pessoa religiosa. (L. PALHANO JR.).

RELIGIÃO ESPÍRITA? (2) A chamada RELIGIÃO ESPÍRITA vem de uma consequência dos aspectos científicos, filosóficos e morais da Doutrina Espírita. Não se deve substituir o aspecto moral do Espiritismo pelo aspecto religioso, pois que não é a mesma coisa. Moral é lei e regra do bem proceder e Religião é relação com a divindade. (L. PALHANO JR.)

Para que a Moral Espírita, se ela é igual à do Cristo? Porque ela (a Moral do Cristo) é a melhor que existe (AG Cap. I, nº 56) Os Espíritos a confirmam e mostram sua utilidade prática Tornam inteligíveis e patentes o que havia sido ensinado de forma alegórica Ao lado da Moral, vêm definir-nos abstratos problemas de Psicologia (LE Conclusão VIII)

Lei de Justiça, Amor e Caridade (1) Essa lei é a mais importante..., porque resume todas as outras (LE Questão 648) Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Mateus 22, 38) Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei (João 15, 12) O amor é o pleno cumprimento da Lei (Romanos 13, 8-10)

Lei de Justiça, Amor e Caridade (2) Há na vida privada uma infinidade de atos que são de competência exclusiva do tribunal da consciência (LE Q. 875a) Critério da verdadeira justiça: Querer para os outros o que quereis para vós mesmos Caridade: Benevolência para com todos, indulgências para com as imperfeições alheias, perdão das ofensas (LE Q. 886)

Espiritismo: questão de fundo e não de forma (1) A relação espírita não é FORMAL, mas SUBSTANCIAL NÃO se diz a VERDADE, mas a procura incessante da verdade O ESPÍRITA não pensa em termos de REALIDADE IMEDIATA Culto interior Sentimento e elevação de pensamento

Espiritismo: questão de fundo e não de forma (2) NÃO é SERMÃO nem OBRIGAÇÃO disposição íntima, decisão individual, compromisso pessoal NÃO é DOUTRINANTE Informativo. SUGERE não SUGESTIONA MORALIZANTE E não moralista. Respeita o bom senso, sem impor, recriminar, proibir. A RESPONSABILIDADE é PESSOAL

Espiritismo: questão de fundo e não de forma (3) AJUDA E ESCLARECE Não despreza nem condena É REPROVÁVEL PRATICAR UMA RELIGIÃO NA QUAL NÃO SE ACREDITA DE CORAÇÃO? (Q. 655, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS) A intenção, nisso como em tantas outras coisas, é a regra. Aquele que não tem em vista senão respeitar as crenças alheias, não faz mal; faz melhor do que aquele que as ridicularizasse, porque esse faltaria com a caridade.

Espiritismo: questão de fundo e não de forma (4) NÃO É SECTÁRIO RESPEITA as outras correntes de pensamento, mas não se mescla com elas, preservando sua identidade. LIBERDADE ESPIRITUAL para ver a LUZ e interpretá-la NÃO ENDOSSA o profissionalismo desinteresse O Espiritismo NÃO tem a pretensão de traçar diretrizes absolutas ao comportamento espírita Propõe VALORES e não ataca CONDUTAS NÃO critica religiões ou crenças dos outros NÃO se impõe. Informa sem se impor. Ajuda e esclarece

Fundo e forma - Final A MULHER SAMARITANA Nem neste monte (Gerizim) nem em Jerusalém adorareis o Pai. (...) Deus é Espírito, e os que o adoram devem adorá-lo em Espírito e verdade. (João, 4, 4-26) OS TRÊS EREMITAS Conto de Leon Tolstói Numa ilha, viviam três eremitas. Nós somos três; tu és três tem piedade de nós! O bispo da região vai ensinar rezas canônicas, para substituir reza indigna Retorna o bispo ao continente. Vê uma grande luz os 3 de mãos dadas: Esquecemos as preces. Ensina-nos novamente.

Glossário (1) CULTO 1. Forma pela qual se presta homenagem à divindade; liturgia. 2. A religião: Culto católico, culto protestante. 3. Cerimônias religiosas. 4. Veneração. C. externo: cerimônias e festividades religiosas. C. interno: o que se rende a Deus por atos interiores da consciência. LITURGIA Conjunto de práticas e elementos religiosos instituídos por uma igreja para se prestar culto a Deus; RITUAL. RITUAL Conjunto de ritos de uma religião ou de uma igreja. RITO Conjunto de regras e cerimônias que devem ser cumpridas em uma religião; LITURGIA: o rito grego ortodoxo. CRENÇA 1. Fé religiosa [ Antôn.: ceticismo, descrença. ] 2. Aquilo que uma pessoa ou grupo consideram como verdadeiro (crenças filosóficas) ANIMISMO 1. Fil. Crença segundo a qual todas as pessoas, plantas, animais e fenômenos da natureza possuem uma alma FETICHISMO 1. Mitologia. Ocultismo. Culto de objetos que se presume possuírem poderes mágicos ou sobrenaturais; TOTEM 1. Símbolo sagrado (animal, vegetal ou objeto) de certos grupos sociais (clã, tribo), por ser visto como ancestral ou protetor 2. Representação desse animal, vegetal ou objeto TOTEMISMO 1. Crença na existência de uma relação de afinidade do homem com um totem 2. Conjunto dos atos, ritos e interdições ligados a essa suposta relação 3. Organização social baseada nessa crença ANTROPOMORFISMO Conceito ou ação de atribuir a Deus, aos deuses ou aos seres sobrenaturais sentimentos, ideias, paixões e atitudes próprias do seres humanos.

Glossário (2) RELIGIÃO 1. Do latim religionis = religião, com sentido próprio, culto prestado aos deuses; prática religiosa 2. Crença na existência de forças ou entidades sobre-humanas responsáveis pela criação, ordenação e sustentação do universo. SACRAMENTO 1. Rel. Ato ou sinal sagrado pelo qual se recebe uma graça divina 2. Sinais sagrados que, segundo a doutrina católica, teriam sido instituídos por Jesus Cristo para distribuição da salvação divina àqueles que, recebendo-os, fazem uma profissão de fé (batismo, crisma, eucaristia, confissão, matrimônio, extrema-unção) GRAÇA 1. A misericórdia divina, que concede favores aos homens: Conseguiu tudo com a graça de Deus. 2. Teol. No Catolicismo, auxílio de Deus para que os homens alcancem a salvação, a graça, a bênção divina: O rapaz alcançou a graça do perdão. SISTEMA 1. Conjunto de ideias que configuram uma concepção do mundo e da condição humana (sistema filosófico); DOUTRINA; TEORIA 2. Complexo de normas e padrões de organização da economia, do exercício do poder e da sociedade (sistema econômico; sistema político; sistema social) MATERIALISMO 1. Sistema daqueles que pensam ser tudo matéria no homem, e, assim, nada sobrevive após a destruição do corpo. 2. Filosofia de vida na qual todos os objetivos estão voltados para os gozos e bens materiais. AGNOSTICISMO Doutrina que considera impossível conhecer ou compreender, e portanto discutir, a realidade das questões da metafísica ou da fé religiosa (embora admita existirem, como a existência de Deus), por não serem passíveis de análise e comprovação racional ou científica. ATEÍSMO - 1. Falta de crença em Deus; DESCRENÇA [ Antôn.: crença, fé ] 2. Fil. Doutrina (com várias nuanças na história da filosofia) que recusa a ideia da existência de Deus, tanto a que se baseia diretamente na fé quanto a que se apoia em argumentação ou explanação racional.

Glossário (3) DOUTRINA 1. Conjunto de dogmas e princípios que fundamentam um sistema ideológico, filosófico, político, religioso etc. (doutrina marxista, doutrina cristã): A doutrina de Descartes 2. Crença ou conjunto de crenças que são vistas como verdades absolutas pelos que nelas acreditam: a doutrina da reencarnação. 3. Pol. Conjunto de princípios que um governo toma como base para sua ação no campo político e social DOGMA 1. Rel. Ponto básico de doutrina religiosa, considerado certo e indiscutível: o dogma da Santíssima Trindade. 2. Fig. Qualquer doutrina que se apresenta como verdade indiscutível e portanto deve ser aceita sem contestação 3. Ideia ou preceito apresentados como irrefutáveis. 4. Em religiões, doutrina que se apoia na autoridade de sua fonte, que deve prevalecer sobre qualquer dúvida dos fiéis. OBSERVAÇÕES (A) - O Espiritismo não tem dogmas, pois todos os seus postulados são passíveis de serem discutidos e analisados, mediante a luz que a ciência possa lançar sobre eles. (L. PALHANO JR.) (B) - Devemos lembrar [entretanto] que a ciência também se baseia em dogmas, pontos firmados da sua doutrina de interpretação do mundo fenomênico. Dogma é todo princípio fundamental de um sistema filosófico, científico ou religioso. A diferença entre os dogmas da Igreja e os do Espiritismo se funda na própria natureza de uns e de outros. Os dogmas da Igreja são fundados em suposições e impostos autoritariamente à razão. Os dogmas do Espiritismo são, como os da ciência, fundados na observação e na experiência, e oferecidos à razão como as conclusões lógicas a que se pode chegar, para a interpretação dos fatos. (H. HERCULANO PIRES). MORAL 1. Conjunto de regras e princípios de decência que orientam a conduta dos indivíduos de um grupo social ou sociedade (moral burguesa, moral cristã); MORALIDADE [ Antôn.: imoralidade. ] 2. Conjunto de regras de conduta consideradas como válidas de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar. Segundo o Espiritismo, é a regra do bem proceder, isto é, a distinção entre o bem e o mal. Ela se funda na observação da lei de Deus, que está inscrita na consciência de cada um (O Livro dos Espíritos, Q. 621). A MORAL ESPÍRITA é a mesma do CRISTO. ÉTICA 1. Parte da filosofia que trata das questões e dos preceitos que se relacionam aos valores morais e à conduta humana. 2. Conjunto de princípios, normas e regras que devem ser seguidos para que se estabeleça um comportamento moral exemplar. Fontes: DICIONÁRIO DE FILOSOFIA ESPÍRITA; e TEOLOGIA ESPÍRITA (J. PALHANO JR); SÚMULA ESPÍRITA (in O SENTIDO DA VIDA)(J. Herculano Pires) DICIONÁRIOS ON-LINE Michaelis e Aulete.

Referências O LIVRO DOS ESPÍRITOS Allan Kardec Brasília : FEB O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO Allan Kardec Brasília : FEB O CÉU E O INFERNO Allan Kardec São Paulo: LAKE POVOS PRIMITIVOS E MANIFESTAÇÕES SUPRANORMAIS Ernesto Bozzano São Paulo : FE, 1997 O ESPIRITISMO E AS DOUTRINAS ESPIRITUALISTAS Deolindo Amorim São Paulo : Livraria Ghignone Editora O ESPÍRITO E O TEMPO Introdução antropológica ao Espiritismo J. Herculano Pires São Paulo : Edicel, 1977 ALTERNATIVAS DA HUMANIDADE Durval Ciamponi São Paulo : FEESP, 1996 DOUTRINA ESPÍRITA NO TEMPO E NO ESPAÇO 800 verbetes especializados A. Merci Spada Borges São Paulo : Panorama, 2000 TEOLOGIA ESPÍRITA Compêndio de teologia comparada J. Palhano Jr. Rio de Janeiro : CELD, 2011 DICIONÁRIO DE FILOSOFIA ESPÍRITA L. Palhano Jr. Rio de Janeiro, CELD, 1997 DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DA BÍBLIA Petrópolis, RJ : Vozes, 1977 RELAÇÕES HUMANAS NOS CENTROS ESPÍRITAS Nazareno Tourinho São Bernardo do Campo, SP : Ed. Correio Fraterno, 1994 O PROFETA Gibran Khalil Gibran Rio de Janeiro : Expansão Editorial, 1972 LAMPEJOS EVANGÉLICOS Huberto Rohden São Paulo : Alvorada

Elaboração e apresentação ANTÔNIO CARLOS GUIMARAES, Para a Casa Espírita Francisco de Paula Vítor guimalam@hotmail.com Lambari (MG), setembro de 2015