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O deus Vichnu As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido. Fernando Pessoa Nas tradições hinduístas, Vishnu é a divindade responsável pela manutenção do universo. Juntamente com Shiva e Brahma, formam a trimurti ou trindade hindu, Nas representações iconográficas mais conhecidas é mostrado flutuando sobre a serpente Shesha que surge do mar primordial. Seus braços seguram em cada mão seus atributos divinos: a concha, o disco de energia, o lótus e o cajado. O som que produz a concha é o som que deu origem ao Universo 1. O disco, ou roda de energia simboliza o poder de derrotar todas as tentações desviantes. O lótus simboliza a pureza, a Verdade por trás das ilusões do mundo, e o cajado, a energia da qual toda força física e mental do Universo deriva. Segundo o Hinduísmo, Vichnu aparece no mundo de diversas formas, mas principalmente quando um grande mal ameaça aos homens 2. A figura feminina que aparece a seus pés é a da deusa Lakshmi, esposa de Vichnu e deusa da prosperidade que com seu poder derrama vida e a alegria de viver. Brama O mito é a abertura secreta através da qual as energias inesgotáveis do cosmos são lançadas nas manifestações culturais humanas. J. Campbell Brama ou Brahma, simboliza a força criadora do Universo, e costuma ser representado com quatro ou cinco cabeças. Originalmente, Brama possuía apenas uma cabeça, mas depois de cortar uma parte do seu próprio corpo e criar Sarasvati, vendo a beleza de sua criação, logo se apaixonou por ela, não mais conseguindo tirar os olhos dela. Como Sarasvati 3 ficava constrangida e tentava se esquivar dos olhares de Brama, movimentando-se continuamente, para poder vê-la sempre onde quer que fosse, Brama criou mais três cabeças, uma à esquerda, outra à direita, e mais uma por 1 O Aum ou Om. 2 Rama, Krishna e Buda são as manifestações (avatares) de Vichnu mais conhecidas. A última aparição de Vichnu neste ciclo será a do Kalki Avatara. 3 Sarasvati é a deusa da sabedoria no panteão hindu. 1

detrás da original. Fugindo desses olhares, Sarasvati voou para o alto do céu, mas Brama criou uma quinta cabeça olhando para cima. O período de um dia da vida de Brahma é chamado de Kalpa, período que corresponde a 4.320.000.000 anos terrestres, cifra utilizada para o entendimento que ele e o mundo que cria tem um tempo. Por sua vez, a idade da Terra é dividida em quatro Yugas ou eras: o Satya-Yuga de 4.800 anos, o Treta-Yuga de 3.600 anos, o Dwapara-Yuga de 2.400 anos e o Kali-Yuga de 1200 anos, num total de 12.000 anos. A cada Yuga que passa, a virtude no mundo cai progressivamente. No Satya-Yuga a virtude prevalece e o mal é desconhecido. No Treta-Yuga a virtude cai para três quartos. No Dwapara-Yuga a virtude já é pela metade, e no Kali-Yuga, época atual segundo o hinduísmo, só resta um quarto da virtude original. Shiva A unção primordial da mitologia e do mito sempre foi oferecer símbolos que fazem progredir o espírito humano. J. Campbell Nas tradições védicas, Shiva destrói o velho para construir o novo, simbolizando a força que impele a renovação e a transformação 4. O tridente que empunha numa de suas mãos é a arma com a qual destrói a ignorância nos seres humanos. Suas três pontas representam as três qualidades dos fenômenos: tamas (a inércia), rajas (a atividade) e sattva (o equilíbrio). Carrega consigo, a maneira de um rosário, a mais mortal das serpentes (Naja) simbolizando seu domínio sobre a morte. A serpente representa o poder da kundalini, a energia de fogo que reside adormecida nos seres humanos. Quando é despertada, ativa centros de energéticos (chakras), produzindo estados de consciência expandida, isto é, estados de êxtase (Samadhi). No topo de sua cabeça jorra um jato de água, simbolizando o rio Ganges. (Que nasce nos pés do Vishnu, mas jorra na cabeça de Shiva). Na sua frente, um altar em forma de Lingam (símbolo fálico) representa a força vital, a energia masculina presente na origem do universo. Na base do Lingam, está a representação da energia feminina (Yoni), mostrando que toda a criação se processa através da união dos aparentes contrários. O tambor (damaru) em forma de ampulheta representa o som com o qual Shiva marca o ritmo do universo e o compasso de sua dança. Um touro branco 5 acompanha sua iconografia, simbolizando sua montaria e seu mais fiel servo, estando associado às forças telúricas e à virilidade. A docilidade do touro significa ter o poder de dominar a violência e controlar a própria força. (Nos templos dedicados a Shiva, ele aparece deitado, guardando a entrada principal). 4 A ioga, prática que produz transformação física, mental e emocional, portanto, intimamente ligada à transformação, é atribuída a ele. 5 Chamado de Nandi, aquele que dá a alegria. 2

A lua que está nos seus cabelos representa a ciclicidade da natureza que muda de fase constantemente, e a renovação contínua a qual todos estamos sujeitos, simbolizando a superação das emoções. Pelo contrário, Shiva está acima das variações e das mudanças, que fazem parte do mundo manifesto. Uma das representações mais conhecidas o mostra dançando dentro de um círculo de fogo, simbolizando o eterno movimento do universo impulsionado pelo ritmo do tambor, mas apesar de seus movimentos serem dinâmicos, Shiva permanece absorto em si mesmo, em atitude meditativa. Segurando em uma de suas mãos o tambor com o qual marca o ritmo cósmico e o fluir do tempo, com a outra traz uma chama, símbolo da destruição ígnea de tudo quanto é ilusório. No outro par de mãos há gestos específicos. Em uma delas, a palma está à mostra, representa um gesto de proteção e bênção, na outra, a tromba de um elefante, símbolo de sua força com a qual destrói os obstáculos. Com seu pé direito, pisa sobre as costas de um anão, símbolo do demônio da ignorância interior. O pedestal da estátua é uma flor de lótus, que representa o mundo manifestado. Ganesha Assim como acontece com todos os modos com os quais o Hinduísmo representa suas divindades, a figura de Ganesha é também um arquétipo com múltiplos sentidos que expressam estados de perfeição, assim como os meios de obtê-los. Ganesha simboliza aqueles que descobriram a Divindade dentro de si mesmos, representando o perfeito equilíbrio entre a força e a bondade, entre o poder e a beleza, assim como a capacidade discriminativa que provêm da habilidade de perceber a distinção entre verdade e ilusão, entre o real e o irreal. Algumas figuras podem ter quatro, seis, oito, dez, doze, e até catorze mãos, cada uma carregando um símbolo que representa alguma particularidade da sabedoria 3

Em toda a Índia, Ganesha é uma divindade muito amada e é frequentemente invocada, principalmente por que é o Deus da Boa Fortuna, aquele que propicia a prosperidade. A posição de suas pernas (uma descansando no chão e a outra em pé) é um indicativo de sua habilidade de viver no mundo sem ser do mundo. Uma de suas mãos segura uma machadinha para cortar os apegos, símbolo da necessária restrição de todos os desejos que trazem dor e sofrimento. Outra segura um laço para representar a união que leva o devoto para a eterna beatitude de Deus. Mais uma em direção ao devoto oferece bênção, refúgio e proteção. Uma outra, segura à flor de lótus, símbolo do mais alto objetivo: a realização do eu verdadeiro. No Norte da Índia, Ganesha é freqüentemente representado como casado com as duas filhas de Brahma: Buddhi (intelecto) e com Siddhi (poder espiritual). Na sua iconografia mais conhecida é acompanhado por Sarasvati (deusa que preside as artes em geral) e também por Lakshmi (como deusa da prosperidade). Historias mitológicas Ganesha decapitado e reanimado por Shiva 6 Certa vez, quando sua mãe Parvati quis tomar banho, não havendo guardas para protegê-la de algum intruso que poderia entrar inesperadamente, criou um ídolo na forma de um garoto. A deusa infundiu vida no boneco e ordenou que não permitisse que ninguém entrasse na casa. Nesse mesmo momento, Shiva retornou da floresta onde fazia suas meditações e tentou entrar na casa, sendo impedido por Ganesha. Enfurecido com esse estranho garotinho que o desafiava, ele diz que era o esposo de Parvati e que poderia entrar, mas Ganesha não obedecia a ninguém que não fosse sua própria mãe, Shiva decepou a cabeça de Ganesha com seu tridente. Quando Parvati saiu do banho e viu o acontecido, implorou para que Shiva devolvesse a vida a Ganesha imediatamente. Infelizmente, o Tridente de Shiva era tão poderoso que jogou a cabeça de Ganesha muito longe, e todas as tentativas de encontrá-la foram em vão. Para atender o pedido de Parvati, Shiva pediu a ajuda de Brama, quem sugeriu que ele substituísse a cabeça de Ganesha com o primeiro ser vivo que aparecesse em seu caminho com sua cabeça na direção norte. Shiva então mandou seu exército celestial para encontrar e tomar a cabeça de qualquer criatura que encontrarem dormindo com a cabeça na direção norte. O resultado da procura finalizou quando foi encontrando um elefante moribundo que dormia dessa maneira. Após sua morte, as hostes de Shiva tomaram sua cabeça e a colocaram no corpo de Ganesha, trazendo-o de volta à vida. Ganesha e a Lua Certa vez, após ter recebido de muitos de seus devotos uma enorme quantidade de doces, para poder digerir melhor essa incrível quantidade de comida, Ganesha decidiu cavalgar. Isto aconteceu durante uma noite magnífica com uma Lua resplandecente. De repente, uma serpente cruzou o caminho e assusto a montaria, fazendo-o cair e bater no chão com tanta força, que sua grande barriga abriu-se e todos os doces que ele havia comido se espalharam a seu redor. Para remediar a situação da melhor maneira possível, Ganesha pegou a cobra que causou o acidente e a utilizou como um cinturão para manter seu estômago fechado. Satisfeito com essa solução, continuou sua caminhada, mas Chandradev o Deus da Lua que havia visto toda aquela cena, caiu na gargalhada. Irritado, Ganesha, amaldiçoou Chandradev por sua falta de respeito, e a continuação, quebrando uma de suas presas, a atirou contra a Lua, partindo sua luminosa face em duas, decretando que qualquer um que olhasse para a Lua teria má sorte. 6 A história mais conhecida sobre este episódio está no Shiva Purana. 4

Arrependido, Chandradev pediu perdão para Ganesha, mas a maldição já não podia ser revocada, então Ganesha a abrandou. A partir desse momento, a Lua iria minguar em intensidade a cada quinze dias, e só nesses dias não seria propiciatória. A devoção à sua mãe Certa vez, enquanto brincava, Ganesha machucou uma gata. Quando ele voltou para sua casa encontrou sua mãe ferida. Perguntando como ela se machucou, Parvati lhe respondeu que a ferida foi causada por ele próprio. Surpreso, Ganesha quis saber quando ele a machucou, e Parvati lhe respondeu que Ela, como o divino poder, estava imanente em todos os seres. Assim, quando ele machucou a gata, também estava machucando a Ela.... Parvati, Shiva e Ganesha 5