Processo de Soldadura Fios Fluxados 114/136 FCAW Direcção de Formação

Documentos relacionados
Processo de Soldadura com Eléctrodo não consumível de Tungsténio e Protecção Gasosa Inerte TIG / GTAW / WIG / 141

Processo de Soldadura MIG/MAG 131/135 - GMAW Variantes ao Processo

LIGAÇÕES PERMANENTES. Processo e processos de soldadura

Processo de Soldadura MIG/MAG 131/135 GMAW

Processo Eletrodos Revestidos 2 Tipos de eletrodos A especificação AWS A5.1

3. PROCESSO DE SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO

Processo de Soldadura por Arco Submerso SAS/12X/SAW

SOLDAGEM Mig/Mag (GMAW) FCAW - Aula 05. Faculdade Pitágoras Núcleo de Engenharias Engenharia Mecânica 8º e 9º Período Barreiro, Setembro 2016

Processo de Soldagem Eletrodo Revestido

Soldadura por Electro-Escória

Processo MIG/MAG 131/135. Princípio de Funcionamento

Processo d e soldagem

Processos de Soldagem Soldagem a Arco com Arame Tubular

Características. Fundamentos. Histórico SOLDAGEM COM ARAME TUBULAR

PROCESSO DE SOLDAGEM TIG

Soldagem com Arame Sólido sob Proteção Gasosa - GMAW

INTRODUÇÃO A TECNOLOGIA DA SOLDAGEM.

SOLDAGEM COM PLASMA E FORA DA GRAVIDADE.

POR QUE ESTUDAR O ARCO ELÉTRICO?

Processo, Consumíveis, Técnicas e Parâmetros, Defeitos e Causas

C R E E M SOLDAGEM DOS MATERIAIS. UNESP Campus de Ilha Solteira. Prof. Dr. Vicente A. Ventrella

Ø 1,6 mm 16. ₂. Tem como

Acesse:

Processo de Soldagem MIG/MAG. Processo MIG / MAG Prof. Vilmar Senger

SOLDAGEM. Engenharia Mecânica Prof. Luis Fernando Maffeis Martins

Eletrodos Revestidos

Exercício de Fixação Aula 06 MIG-MAG - TIG

CAPÍTULO 7 SOLDAGEM TIG

0 Introdução à Soldagem. Professor: Luiz Cláudio Furlan

Trabalho Prático N o :. Técnica Operatória da Soldagem SAW

- Corte manual. Modelo

Submerged Arc Welding

Grupo I Caso Prático (11.0 valores)

Pioneer 321 Pulse. Português

Cruiser 402T/502T a fonte de energia Modular Multifuncional Multi-opções

INÍCIO DO TERCEIRO CAPÍTULO

Soldagem por Alta Frequência. Maire Portella Garcia -

MicroPulse 302MFK a fonte de energia MIG-MAG Sinérgico Portátil MultiProcesso Pulsado MIG-MAG / Duplo Pulsado

Processo de Soldagem Eletroescória HISTÓRICO

Processo de Soldadura Eléctrodos Revestidos 111

Processos de Soldagem Soldagem TIG

SOLDAGEM MIG/MAG. Prof. Marcos Dorigão Manfrinato 1 MIG/MAG BIG MAC

INTRODUÇAO. Considerando o elemento mais conhecido, a água, existem três estados, sendo o gelo, água e vapor.

TECNOLOGIA DA SOLDADURA FRANCISCO J. G. SILVA

Construção dos Navios. Seção B LIGAÇÃO DAS PEÇAS DE CONSTRUÇÃO

SOLDAGEM Aula 05. Faculdade Pitágoras Núcleo de Engenharias Engenharia Mecânica 9º Período Contagem, Setembro 2016

Existem muitos termos relativos a soldagem, os quais devemos conhecer. A seguir, apresentamos alguns: - Chanfro - Junta - Solda

Técnica Operatória da Soldagem SAW

Pioneer 401 MKS-MSR. Unidade de alimentação de fio integrada O compartimento da bobine é bastante amplo e aceita bobines até 300mm e 15 Kg.

Elaboração de Especificação de Procedimento de Soldagem EPS N 13.

SOLDAGEM MANUAL A ARCO ELÉTRICO I. Felipe Chicoli Villar Leandro Peres Ferreira Raphael Oliveira Ferreira. Definição (De Acordo com DIN 1910 Parte 2)

SOLDAGEM DOS METAIS CAPÍTULO 6 SOLDAGEM A ARCO SUBMERSO

Processo de Soldadura TIG Princípio de Funcionamento

Fully mechanised processes and robotics I / Processos totalmente mecanizados e robóticos I

ESPECIFICAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM (EPS) - 34

Tipos de Transferencia. Nebulizado Globular Pulsante

(a) Representação esquemática da soldagem por fusão; (b) Macrografia de uma junta

CAMPANHA 2013/2014 VÁLIDA DE A LIMITADA AOS STOCKS EXISTENTES. 50 ANOS DE TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

Processo Eletrodos Revestidos 1. Soldagem Elétrica Prof. Vilmar Senger

MIG/MAG-Welding IV / Soldagem-MIG/MAG IV

Trabalho de solidificação. Soldagem. João Carlos Pedro Henrique Gomes Carritá Tainá Itacy Zanin de Souza

Protegendo a solda. O processo de soldagem TIG é o assunto desta aula. Que sigla é essa?

SOLDAGEM DOS METAIS CAPÍTULO 10 DEFEITOS EM OPERAÇÕES DE SOLDAGEM

FONTES DE ENERGIA FONTES DE ENERGIA

consumíveis de solda

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III SOLDAGEM METALURGIA DA SOLDAGEM

GRSS. MIG Brazing BRITE EURAM III. MIG Brazing

SEM Elementos de Máquinas II

Soldagem arco submerso III

Soldagem com Arame Sólido sob Proteção Gasosa - GMAW

9 - EQUIPAMENTOS CEA

Processo por pontos, por costura, por projeção, de topo, Aplicações, Vantagens e Desvantagens

Arame de Solda Inox 308L

Processo de Soldagem MIG/MAG. Processo MIG / MAG Prof. Vilmar Senger

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III SOLDAGEM MODOS DE TRANSFERÊNCIA METÁLICA MIG/MAG DEFEITOS EM SOLDAGEM E ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS

O Arco. O eletrodo revestido é um eletrodo de produção de arco e metal de adição ao mesmo tempo.

Soldagem por fricção. Daniel Augusto Cabral -

LIGAÇÕES PERMANENTES. Processo de soldadura Introdução processo de soldadura

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III SOLDAGEM FORMAÇÃO DO CORDÃO DE SOLDA E CUSTOS DE SOLDAGEM

Soldadura Tailor Blanks - TWB

CORTE DE METAIS. O Processo de Corte de Metais por PLASMA

Processo de Soldagem a Gás

SOLDAGEM - Aula 07. Faculdade Pitágoras Núcleo de Engenharias Engenharia Mecânica 8º 9º Período Setembro 2016

GUIA DE SOLUÇÕES ARAME SUPERCORED

Soldagem MIG/MAG III / MIG/MAG Welding III

Trabalho Prático N o :. Técnica Operatória da Soldagem GTAW

Dispositivos de metrologia Alta precisão ao seu alcance

PROCESSO DE SOLDAGEM AO ARCO ELÉTRICO ARAME TUBULAR (FCAW)

Aços Alta Liga Resistentes a Corrosão IV

Classificação AWS de Eletrodos

Grupo I Caso Prático (10 valores) tempo estimado: 1h05min

SOLDAGEM. Engenharia Mecânica Prof. Luis Fernando Maffeis Martins

EPS 10 FACIULDADE SENAI NADIR DIAS DE FIGUEIREDO

Faculdade SENAI de Tecnologia Nadir Dias de Figueiredo Pós Graduação Latu Sensu Inspeção e Automação em Soldagem

OTIMIZAÇÃO DE PROCESSO DE SOLDAGEM: ESTUDO DE CASO PARA O PROCESSO ARAME TUBULAR NA HZM INDUSTRIAL LTDA.

Terminologia de Soldagem Consumíveis de Soldagem e Corte

Soldagem TUBOxESPELHO em vasos de pressão do tipo trocador de calor casco e tubo

PEÇA DESGASTE ELÉCT. MIG-MAG FX c/ GAS FX s/ GAS. Aço bx liga. MT E546 1ª Passo e reconstituir

Aula 13 e 14: Soldagem Eletrodo Revestido TIG MIG/MAG Arco Submerso

Transcrição:

Processo de Soldadura Fios Fluxados 114/136 FCAW Direcção de Formação Processos de Soldadura Italo Fernandes Temas a tratar neste módulo Processos de Soldadura Fio Fluxado Auto-Protegido 114 Fio Fluxado com Protecção Gasosa Activa 136 Fio Fluxado com Protecção Gasosa Activa de Alma Metálica - 138 Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 2 / 112

Temas a tratar neste módulo Objectivos Princípio de Funcionamento Equipamentos e Acessórios Parâmetros (variáveis essenciais) de Soldadura Consumíveis Tipos e Cuidados Imperfeições Típicas Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 3 / 112 Temas a tratar neste módulo Princípio de Funcionamento Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 4 / 112

Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 5 / 112 Princípio de Funcionamento Processo de Soldadura por Fusão. A Fusão do material de adição e do material de base é obtida através do calor desenvolvido por um arco eléctrico. O Material de Adição é obtido através da utilização de um consumível do tipo Fio Fluxado Continuo. Tipo de Corrente Eléctrica, Continua: DC(+)/DCEP ou DC(-)/DCEN Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 6 / 112 Princípio de Funcionamento A Protecção do banho em fusão, das gotas de material de adição é obtida através: De uma protecção gasosa activa ou Inerte (CO 2 e misturas Ar + CO 2 ou Ar) Da decomposição de um Fluxo (unicamente ou como apoio ao gás de protecção). A Protecção do cordão de soldadura durante o arrefecimento é obtida através da Escória criada devido à decomposição do Fluxo.

Tipos de Processos Dependendo do tipo de fio consumível utilizado podem existir dois processos de soldadura, que são: Fios Fluxados Autoprotegidos 114 Fios Fluxados Com Protecção Gasosa Activa Fluxados tipo Básico ou Rutílico - 136 Fluxados tipo Alma Metálica -138 Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 7 / 112 Aplicações Típicas Fios Fluxados Autoprotegidos 114 Soldaduras ao Ar Livre (em estaleiro) Soldadura de Aços Não Ligados Soldadura de Estruturas, Tubos e Painéis Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 8 / 112

Fios Fluxados Autoprotegidos Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 9 / 112 Aplicações Típicas (1 de 2) Fios Fluxados com Protecção Gasosa Activa 136/138 Soldaduras em Oficina Soldadura de todo o Tipo de Aços (incluindo inox) Aplica-se em todo o tipo de Construção Soldada Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 10 / 112

Aplicações Típicas (2 de 2) Fios Fluxados com Protecção Gasosa Activa 136/138 Alma Metálica permitem grande rentabilidade, aplicações robotizadas (escória quase inexistente), só devem ser utilizados na posição ao Baixo Básicos e Rutílicos para aplicações de maior nível de exigência e soldam em todas as posições Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 11 / 112 Fios Fluxados com Protecção Gasosa Activa Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 12 / 112

Aplicações Típicas Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 13 / 112 Aplicações Típicas Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 14 / 112

Vantagens: Controlo da Penetração Razoável Usa DC Solda em Todas as Posições Factor de Marcha cerca de 60% Automatização Permite soldar ao Ar livre - 114 Elevada Taxa de Depósito de 1,5 a 2,5 Kg/h Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 15 / 112 Desvantagens: Acessibilidade e Mobilidade Escória Níveis de Hidrogénio Risco de Inclusões Boas Competências do Soldador Custos dos Gases de Protecção Custo dos Consumíveis Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 16 / 112

Fonte de Energia Alimentador de Fio Tocha de Soldadura Garrafa de Gás Cabo de Energia e Retorno Alicate/Grampo de Massa Sistema de Refrigeração Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 17 / 112 Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 18 / 112

Fontes de Energia: Tipo Estático: Convencionais, Inversores ou com Controlo por CPU Rectificadores debitam corrente DC Tipo Rotativo: Geradores debitam corrente DC Factor de Marcha de 60% Curva Estática Tipo Plano ou Tensão constante Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 19 / 112 Fontes Controladas por CPU Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 20 / 112

Acessórios Instalados nas Fontes Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 21 / 112 Curva Característica Estática - Tensão Constante ou Plana Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 22 / 112

Controlo da Estabilidade do Arco-Eléctrico Obtido através do Efeito de Auto-Regulação ou da Tensão do Arco Efeito de Auto-Regulação deve-se a: Alimentador de Velocidade Fixa Tipo de curva característica Estática da Fonte, Tensão constante Processo em que o efeito da densidade de energia é relevante Efeito de Joule não desprezável na fusão do fio Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 23 / 112 W = α. I + β. l. I 2 Controlo do Arco Através da Tensão do Arco Controlo pela Tensão do Arco deve-se a: Alimentador de Velocidade Variável Tipo de curva característica Estática da Fonte, Intensidade Constante Dispositivo electrónico, que mede a tensão do Arco e compara com um valor padrão Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 24 / 112

Tochas de Soldadura (1 de 2) Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 25 / 112 Tochas de Soldadura (2 de 2) Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 26 / 112

Alicates de Massa e Massas Rotativas: Adequados à Intensidade máxima a utilizar Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 27 / 112 Cabos de Energia, de Retorno e Ligações Rápidas: Escolha da Secção mínima de Cabo: Intensidade Máxima a utilizar (diâmetro de eléctrodo e/ou espessura do material a soldar) Distância máxima entre a fonte e o local de trabalho Factor de Marcha utilizado Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 28 / 112

Cabos de Energia e de Retorno Considerando distâncias de 4,5 m (normal de uma bainha): Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 29 / 112 Intensidade Máxima (A) Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 30 / 112 Comprimento máximo dos Cabos de soldadura (m) 15 25 30 40 50 60 70 80 90 100 Secção mínima dos cabos (mm 2 ) 100 25 25 35 35 35 35 50 50 50 50 150 35 35 50 50 50 50 70 70 200 35 50 50 70 70 70 250 35 50 70 70 70 300 50 70 95 95 350 50 70 95 400 50 70 95 450 70 95 500 70 95 550 95 600 95 Cabos de Energia e de Retorno considerando factor de Marcha a 60%:

Cabos de Energia, de Retorno e Ligações Rápidas: Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 31 / 112 Cabos de Alimentação de Energia: Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 32 / 112

Cuidados Gerais: As Linhas de Distribuição balanceadas ão da energia devem estar A Massa deve estar bem fixa, dimensionada e ter bom contacto Verificar os apertos, evitar os Pontos Quentes Garantir os Isolamentos eléctricos A Terra por segurança deve existir sempre Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 33 / 112 Bicos ou Tubos de Contacto Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 34 / 112

Bicos ou Tubos de Contacto Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 35 / 112 Bocal Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 36 / 112

Bainha Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 37 / 112 Alimentador Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 38 / 112

Sistemas de Roletes e Guias Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 39 / 112 Roletes Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 40 / 112

Sistemas de Alimentação de Fio (1 de 3) Sistema de Puxa/Empurra Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 41 / 112 Sistema de Puxa Sistema de Empurra Sistemas de Alimentação de Fio (2 de 3) Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 42 / 112

Sistemas de Alimentação de Fio (3 de 3) Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 43 / 112 Refrigeração Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 44 / 112

Parâmetros de Soldadura (variáveis essenciais): Intensidade de Soldadura (corrente) / Velocidade Alimentação de Fio Tensão Arco Eléctrico (voltagem) /Altura do Arco Velocidade de Soldadura Tipo de Eléctrodo e seu Diâmetro Tipo de Protecção e Caudal Extensão Livre do Eléctrodo Inductância Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 45 / 112 Parâmetros de Soldadura (variáveis essenciais), influência na morfologia do cordão de soldadura Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 46 / 112

Terminologia: Extensão livre do Eléctrodo Stick Out Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 47 / 112 Extensão livre do Eléctrodo Influência no cordão e taxa de depósito Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 48 / 112

Extensão livre do Eléctrodo Influência no cordão e protecção gasosa Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 49 / 112 Extensão livre do Eléctrodo Fios: Autoprotegidos Com Protecção Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 50 / 112

A Inductância como Parâmetro de Soldadura Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 51 / 112 Consumíveis: Gases de Protecção Fios Fluxados Escolha do tipo de consumível depende: Tipo de material a soldar Espessura a soldar Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 52 / 112

Gases de Protecção Classificação dos Gases: EN 439 M1; M2; M3 Misturas Activas - CO 2 +O 2 +Ar / O 2 +Ar; CO 2 +Ar / CO 2 +H 2 +Ar C CO 2 ou CO 2 +O 2 Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 53 / 112 Gases de Protecção - Aplicações M1; M2; M3 e C Misturas Activas e só Activa Aços em geral: 82% Ar + 18% CO 2 Inox: CO 2 ou Ar + CO 2 A escolha do gás de protecção faz-se em função do tipo de fio e sua aplicação, a definição é feita pelo fabricante do fio Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 54 / 112

Gases de Protecção - Morfologia dos Cordões Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 55 / 112 Gases de Protecção - Salpicos Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 56 / 112

Gases de Protecção - Distribuição/Regulação Sistemas centralizados Garrafas (150 e 300 bar para Ar) Caudalimetros Relógio Coluna Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 57 / 112 Fios Consumíveis Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 58 / 112

Fios Consumíveis O efeito da Secção Condutora na capacidade de penetração Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 59 / 112 Fios Consumíveis: Tipos de fluxos e de Escórias Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 60 / 112

Fios Consumíveis - Tipos de fluxos (NP EN 758) Tipo R São caracterizados por uma transferência do metal em chuveiro ou spray, por reduzidas perdas por salpicos e por uma escória de base rutílica cobrindo completamente o cordão de soldadura. Concebidos para as soldaduras de mono passe e multi-passe, nas posições ao baixo topo-a-topo e em ângulo ao baixo e na horizontal. São concebidos para utilização com o CO 2. Podem ser também utilizados com misturas de Ar+CO 2, para melhorar a transferência no arco e para reduzir as projecções. Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 61 / 112 Tipo P Fios Consumíveis - Tipos de fluxos (NP EN 758) Os tipo P são similares aos do tipo R mas a sua escória de base rutílica é concebida para evidenciar características de arrefecimento rápido, que permitam a soldadura em todas as posições. De um modo geral, estes fios eléctrodos são produzidos nos diâmetros mais baixos e, quando utilizados com CO 2, apresentam uma transferência em chuveiro ou spray. Quando recomendado pelo fabricante, a utilização das misturas de Ar+CO 2 podem melhorar as características operatórias do fio eléctrodo, diminuindo os salpicos. Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 62 / 112

Fios Consumíveis - Tipos de fluxos (NP EN 758) Tipo B São caracterizados por uma transferência de metal gota a gota, com passes de uma forma ligeiramente convexa e por uma escória que pode cobrir ou não a superfície da soldadura. Estes fios eléctrodos podem ser utilizados em todas as posições e em soldadura multi-passe. Com protecção gasosa de CO 2 ou de misturas Ar+CO 2. A composição da escória consiste em fluoretos e óxidos metálicos alcalinos. Os depósitos destes fios eléctrodos fluxados evidenciam excelentes resistências ao impacto (tenacidade/resiliência)e boa resistência à fissuração em termos gerais. Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 63 / 112 Fios Consumíveis - Tipos de fluxos (NP EN 758) Tipo M São caracterizados por uma transferência em chuveiro ou spray, de gotas muito finas e por uma espessura mínima de escória. A composição do fluxo interior destes fios consiste em ligas metálicas e pó de ferro, permitem elevadas velocidades de fusão sem o perigo do aparecimento de faltas de fusão. Estes fios são utilizados, com protecção gasosa de CO 2 ou Ar+CO 2, Usados principalmente nas posições de soldadura ao baixo em topo-a-topo e ao baixo e na horizontal em ângulo, em condições de mono passe. São os fios com a pior condição de penetração. Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 64 / 112

Fios Consumíveis - Tipos de fluxos (NP EN 758) Tipo V (1 de 2) São utilizados sem protecção gasosa e permitem uma transferência do metal que vai da ligeiramente globular à efectuada por pulverização. A escória produzida por estes fios eléctrodos caracteriza-se por uma gama de solidificações desde o lento ao rápido. Os fios com uma escória que arrefeça lentamente, são utilizados em todas as posições nas soldaduras de passe único dos aços galvanizados e dos aços com alumínio ou com outros revestimentos. Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 65 / 112 Fios Consumíveis - Tipos de fluxos (NP EN 758) Tipo W São utilizados sem gás de protecção e permitem uma transferência do metal entre, a globular e um modo muito próximo da pulverização. As suas escórias básicas com fluoretos foram concebidas por forma a permitirem elevadas taxas de deposição. Alguns fios têm adição de pó de ferro aos seus fluxos interiores proporcionam boas características operatórias. Os fios deste tipo são utilizados nas soldaduras de mono passe e multi passe nas posições topo-a-topo ao baixo e de ângulo ao baixo e na horizontal, com alguns destes fios é possível a soldadura na posição vertical descendente. Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 66 / 112

Fios Consumíveis - Tipos de fluxos (NP EN 758) Tipo Y São utilizados sem gás de protecção e permitem uma transferência de metal quase em chuveiro ou spray. As suas escórias básicas com fluoretos foram concebidas por forma a permitirem soldaduras mono passe e multi passe, em todas as posições. Proporcionam boas resistências à fissuração e boas resiliências a baixas temperaturas. Tipo Z Classificam-se neste tipo todos os não cobertos pelos tipos atrás descritos. Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 67 / 112 Tipos de Fluxos (NP EN 758) Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 68 / 112

Classificação dos Consumíveis Norma AWS A5.20 - Aços não Ligados e Baixa Liga E 7 0 T - 10 Eléctrodo/ Fio Tipo de Gás, Tensão Rotura Utilização, Performance x10.000psi Posiçãode Soldadura 0 B e H / 1- Todas Fio Fluxado Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 69 / 112 Classificação dos Consumíveis Norma AWS A5.20 - Aços não Ligados e Baixa Liga Fio Classificação Impacto ft/lb (ºF) Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 70 / 112 Gás Corrente Mono/ Multi-passe Aplicações E-70T-1 20 CO2 DCEP Multi Aplicações gerais, baixo e horizontal E-70T-2 ---- CO2 DCEP Mono Mono-passes, superfícies oxidadas, contaminadas, vazados, geral E-70T-3 ---- Auto DCEP Mono Automatizações, alta velocidade, chapa fina E-70T-4 ---- Auto DCEP Multi ----------- E-70T-5 20 (-20) CO2 DCEP Multi Escória básica, boas propriedades de impacto, baixo hidrogénio, baixa sensibilidade à fissuração E-70T-6 20 (-20) Auto DCEP Multi ------------ E-70T-7 ---- Auto DCEN Multi ------------ E-70T-10 ---- Auto DCEN Multi ------------ E-70T-G ---- d) d) d) -------------

Classificação dos Consumíveis Norma AWS A5.20 - Aços não Ligados e Baixa Liga Fio Classificação Impacto ft/lb (ºF) Gás Corrente Mono/ Multi-passe Aplicações E-71T-1 20 (0) CO 2 DCEP Multi Aplicações gerais, todas as posições, usar baixos valores de corrente (150 a 200A) para folgas grandes, corrente mais elevada para maior penetração E-71T-5 20 (-20) CO 2 DCEP Multi --------------- E-71T-7 ---- Auto DCEN Multi --------------- E-71T-8 20 (-20) Auto DCEN Multi --------------- E-71T-11 ---- Auto DCEN Multi Chapa fina, Aços de construção para estruturas E-71T-GS ---- c) d) d) ------------- Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 71 / 112 Código de Identificação-Aço não ligado/grão Fino (1 de 2) EN 758 T 46 3 1Ni B M 4 H5 EN 758 Define a norma aplicável ao consumível T Define que é um Fio Fluxado 46 Código que define as propriedades mecânicas do metal depositado pelo material de adição (ver tabela atenção mono passe e multi passe) 3 Código que define a temperatura à qual se obtém 47 Joules de energia de impacto (ver tabela) 1Ni Código que identifica a composição química do metal depositado (ver tabela) Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 72 / 112

Código de Identificação - Aço não ligado/grão Fino (2 de 2) EN 758 T 46 3 1Ni B M 4 H5 B Código que define o tipo fluxo que se encontra no interior (ver tabela) M Código que identifica o tipo de gás de protecção com que se obteu a composição química M para misturas tipo M2, C para C1 ou N para Autoprotegidos. 4 Posição de Soldadura (ver tabela) Não Obrigatório H5 Teor em H 2 no metal depositado (ver tabela) Não Obrigatório Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 73 / 112 Regras Básicas para a Escolha do Fio Consumível O material depositado deve ser o adequado à soldadura, isto é, compatível com o material base (metalurgicamente, características físicas e químicas) Ser adequado às propriedades mecânicas (e outras) definidas na especificação de construção Em função da Espessura (Intensidade de Soldadura) Em função da posição de Soldadura (Intensidade de Soldadura) Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 74 / 112

Após a Escolha do Fio Consumível Utilizar o gás de protecção definido pelo fabricante Utilizar a polaridade definida pelo fabricante Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 75 / 112 Armazenagem e Secagem dos Fios Consumíveis Armazém Geral: Temperatura a cerca de 10ºC acima da Temperatura Ambiente Húmidade Relativa entre 40 a 60% Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 76 / 112

Armazenagem e Secagem dos Fios Consumíveis Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 77 / 112 Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 78 / 112 Modos de Transferência Factores que influenciam: Tipo de Gás Tipo de Fluxo usado no Fio Forças que actuam no destacamento das gotas: Gravidade Tensão Superficial Jacto de Plasma Electromagnéticas / Efeito de Pitch

Fios Rutílicos - Modos de Transferência Chuveiro ou spray Características - Principais Aplicações Construção em Geral Facilidade Operatória Escória de fácil remoção Boas Morfologias Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 79 / 112 Fios Básico - Modos de Transferência Gota a Gota Características - Principais Aplicações Construção com exigências de impacto Alguma dificuldade em afinação de parâmetros e operatória Escória de difícil remoção Baixo Hidrogénio Morfologias mais convexas Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 80 / 112

Fios Alma Metálica - Modos de Transferência Chuveiro (gotas finas) Características - Principais Aplicações Alto rendimento e velocidade de execução, construção geral, só aplicações me PA e PB Atenção à penetração muito susceptível ao ângulo da tocha e seu posicionamento Escória de fácil remoção ou inexistente Boas Morfologias Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 81 / 112 Fios Alma Metálica - Modos de Transferência De globular a Spray, alguns fios em Chuveiro Características - Principais Aplicações Todo o tipo de aplicações, só no exterior Alguma dificuldade operatória e de regulação de parâmetros Escória de fácil a difícil remoção Boas Morfologias Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 82 / 112

Dimensão da gota em função da Intensidade Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 83 / 112 Automatizações Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 84 / 112

Chanfros / Juntas Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 85 / 112 Chanfros / Juntas Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 86 / 112

Chanfros / Juntas Comparação com o MAG - 135 Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 87 / 112 Técnicas Operatórias Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 88 / 112

Técnicas Operatórias Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 89 / 112 Técnicas Operatórias Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 90 / 112

Técnicas Operatórias Geral Alma Metálica Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 91 / 112 Técnicas Operatórias Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 92 / 112

Imperfeições Típicas: Faltas de Fusão (Colagens)/Penetração Preparação, Parâmetros Porosidade Gorduras, Falta de Protecção, Controlo de Altura de Arco Inclusões de Escória Limpeza, Parâmetros Bordos Queimados Parâmetros, Técnica Operatória Fissuração Frio/Quente Problemas Metalurgicos Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 93 / 112 Imperfeições Típicas Cordão Adequado Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 94 / 112

Imperfeições Típicas Sobre-espessura Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 95 / 112 Imperfeições Típicas Falta de Enchimento Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 96 / 112

Imperfeições Típicas Raíz Faltas de Fusão e Sobreespessura Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 97 / 112 Imperfeições Típicas Raíz Falta de Penetração Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 98 / 112

Imperfeições Típicas Raíz Falta de Penetração Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 99 / 112 Imperfeições Típicas Desalinhamento Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 100 / 112

Imperfeições Típicas Poros (RX) Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 101 / 112 Imperfeições Típicas Poros Prevenção Tensão Intensidade Ext. Eléctrodo Velo. Sold. Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 102 / 112

Imperfeições Típicas Poros Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 103 / 112 Imperfeições Típicas Inclusões (RX) Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 104 / 112

Imperfeições Típicas Salpicos Prevenção Tensão Intensidade Ext. Eléctrodo Velo. Sold. Verificar inclinação Tocha Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 105 / 112 Imperfeições Típicas Bordos Queimados Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 106 / 112 Prevenção Tensão Intensidade Velo. Sold. Verificar inclinação Tocha

Imperfeições Típicas Colagens / Faltas de Fusão Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 107 / 112 Imperfeições Típicas Colagens / Faltas de Fusão Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 108 / 112

Imperfeições Típicas Fissuração a Quente Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 109 / 112 Imperfeições Típicas Fissuração por Efeito W/D Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 110 / 112

Imperfeições Típicas Fissuração a Frio Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 111 / 112 Imperfeições Típicas Arcos Parasitas Processo de Soldadura Fios Fluxados Engenharia 112 / 112