LEI Nº 7394/93 O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. CAPÍTULO I DOS CONSELHEIROS TUTELARES

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Transcrição:

LEI Nº 7394/93 Altera a Lei nº 6787/91, cria funções populares providas mediante cargos em comissão, mecanismos de controle, funcionamento e organização interna dos conselhos Tutelares e dá outras providências. O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DOS CONSELHEIROS TUTELARES Art. 1º - São criados na Administração Centralizada 40 (quarenta) cargos em comissão, a serem providos pelo exercício da função de confiança popular, denominados Conselheiros Tutelares, eleitos por voto universal e facultativo dos cidadãos porto-alegrenses, na forma da Lei nº 6787, de 11 de janeiro de 1991. Parágrafo único - São extintos os 40 (quarenta) cargos criados pela Lei nº 7207/92. Art. 2º - Os Conselheiros Tutelares eleitos serão nomeados nos cargos em comissão por ato do Prefeito Municipal e exonerados ao final de seus mandatos, ou nos casos previstos na presente Lei. Art. 3º - Os Cargos em Comissão, referidos no art. 1º da presente Lei, e arrolados no quadro abaixo, passam a integrar a letra C - Quadro dos Cargos em Comissão e Funções Gratificadas da Administração Centralizada - do Anexo I, da Lei nº 6309, de 28 de dezembro de 1988: QUANTIDADE DENOMINAÇÃO BÁSICA CÓDIGO 40 Conselheiro Tutelar 2.1.2.5 Art. 4º - Os Cargos em Comissão criados por esta Lei serão loteados na Secretaria do Governo Municipal e os seus titulares exercerão suas funções no Conselho Tutelar da microrregião do Município para a qual foram eleitos. CAPÍTULO II DA CONVOCAÇÃO DOS SUPLENTES membros. Art. 5º - O Conselho Tutelar de cada microrregião funcionará com os 05 (cinco),

Art. 6 - Convocar-se-ão os suplentes de Conselheiros Tutelares nos seguintes casos: I - Durante as férias do titular; II - quando as licenças a que fazem jus os titulares excederem 20 (vinte) dias; III - na hipótese de afastamento não remunerado previsto na Lei; IV - no caso de renúncia do Conselheiro titular. 1º - Findando o período de convocação do suplente, com base nas hipóteses previstas nos incisos acima, o Conselheiro titular será imediatamente reconduzido ao Conselho respectivo. 2º - O suplente de Conselheiro Tutelar perceberá a remuneração e os direitos decorrentes do exercício do cargo, quando substituir o titular do Conselho, nas hipóteses previstas nos incisos deste artigo. 3º - A convocação do suplente obedecerá estritamente à ordem resultante da eleição. 4º - Para o efeito deste artigo convoca-se o suplente para o Conselho Tutelar respectivo. Art. 7º - Os cargos em comissão criados por esta Lei são regidos pela Lei Complementar nº 133/85 e suas alterações, no que couber, tendo direito os seus titulares às licenças nela previstas, executando-se as constantes nos incisos II, VII, VIII e IX do art. 141. Art. 8º - A requerimento do Conselheiro Tutelar interessado será concedida licença não remunerada, pelo período mínimo de 3 (três) e máximo de 6 (seis) meses, renovável por igual período. CAPÍTULO III DO CONTROLE, FUNCIONAMENTO E ORGANIZAÇÃO INTERNA DOS CONSELHOS TUTELARES Art. 9º - Ficam criadas a Corregedoria e a Coordenação dos Conselhos Tutelares. Art. 10 - A Corregedoria é o órgão de controle sobre o funcionamento dos Conselhos Tutelares. Art. 11 - A Corregedoria será composta por 2 (dois) Conselheiros Tutelares, 1 (um) representante do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, 1 (um) representante do Fórum Municipal de Entidades, 2 (dois) representantes do Poder Legislativo, 2 (dois) representantes do Poder Executivo. * Declarada inconstitucional a expressão e 1 (um) representante do.ministério Público em sessão do dia 12.09.94. Art. 12 - Compete à Corregedoria: I - fiscalizar o cumprimento do horário dos Conselheiros Tutelares, o regime de trabalho, a forma de plantão, de modo que compatibilize o atendimento à população 24 horas por dia com as disposições da Lei Complementar nº 133/85; II - fiscalizar o regime de trabalho e a efetividade dos Conselheiros Tutelares; III - instaurar e proceder sindicância para apurar a eventual falta grave cometida por um Conselheiro Tutelar no desempenho de suas funções;

IV - Emitir parecer conclusivo nas sindicâncias instauradas e notificar o Conselheiro Tutelar indiciado de sua decisão; V - remeter ao Prefeito Municipal, em reexame necessário, a sua decisão fundamentada. Art. 13 - A Coordenação dos Conselheiros Tutelares, constituída por um membro de cada Conselho, é o órgão que disciplina a organização interna do conjunto dos Conselhos Tutelares n Município. Art. 14 - Compete à Coordenação dos Conselhos Tutelares: I - ordenar a forma da distribuição dos casos a serem avaliados, bem como o modo de decisão coletiva dos casos que lhes foram submetidos; II - elaborar o Regimento Interno dos Conselhos Tutelares; III - uniformizar a forma de prestar o trabalho, bem como o entendimento dos Conselhos Tutelares de Porto Alegre; IV - manifestar-se em nome dos Conselheiros Tutelares; V - representar publicamente ou designar representante dos Conselhos Tutelares junto à Sociedade e ao Poder Público quando entender conveniente; VI - decidir sobre os conflitos de competência entre os Conselheiros Tutelares; VII - prestar contas semestralmente dos trabalhos realizados, em relatório circunstanciado,. a ser remetido ao Executivo, Legislativo e CMDCA. VIII - disciplinar o horário de trabalho dos Conselheiros Tutelares. CAPÍTULO IV DO PROCESSO DISCIPLINAR Art. 15 - Compete à Corregedoria instaurar sindicância para apurar eventual falta grave cometida por Conselheiro Tutelar no exercício de sua função. Art. 16 - Constitui falta grave: I - usar de sua função em benefício próprio; II - romper o sigilo em relação aos casos analisados pelo Conselho Tutelar do qual faz parte; III - exceder-se no exercício da função de modo a exorbitar sua competência, abusando da autoridade que lhe foi conferida; IV - recusar-se a prestar atendimento; V - aplicar medida de proteção sem a decisão do Conselho Tutelar do qual faz parte; VI - omitir-se quanto ao exercício de suas atribuições; VII - deixar de comparecer no horário de trabalho estabelecido; VIII - exercer outra atividade incompatível com a dedicação exclusiva prevista na Lei nº 6787/91. penalidades: Art. 17 - Constatada a falta grave, a Corregedoria poderá aplicar as seguintes I - advertência; II - suspensão não remunerada; III - perda da função. Art. 18 - Aplica-se a advertência nas hipóteses previstas nos incisos II, III, IV, V, VI, VII e VIII do art. 16.

Parágrafo único - Nas hipóteses previstas nos incisos II, IV e V, a Corregedoria poderá aplicar a penalidade de suspensão não remunerada, desde que não caracterizado o irreparável prejuízo pelo cometimento da falta grave. Art. 19 - Aplica-se a penalidade de suspensão não remunerada ocorrendo reincidência comprovada, ou na hipótese prevista no inciso I do art. 16. Parágrafo único - Considera-se reincidência comprovada quando constatada falta grave em sindicância anterior, regularmente processada. Art. 20 - Aplica-se a penalidade de perda da função quando, após a aplicação de suspensão não remunerada, o Conselheiro Tutelar cometer falta grave, regularmente constatada em sindicância. Art. 21 - Na sindicância, cabe à Corregedoria assegurar o exercício do contraditório e da ampla defesa do Conselheiro Tutelar. Art. 22 - A sindicância será instaurada por um dos membros da Corregedoria ou por denúncia de qualquer cidadão. Parágrafo único - A denúncia poderá ser encaminhada por qualquer cidadão à Corregedoria, desde que escrita, fundamentada e com as provas indicadas. Art. 23 - O processo de sindicância é sigiloso,. devendo ser concluído em 60 dias após sua instauração, salvo impedimento justificado. Art. 24 - Instaurada a sindicância, o indiciado deverá ser notificado previamente da data em que será ouvido pela Corregedoria. Parágrafo único - O não comparecimento injustificado implicará na continuidade da sindicância, Art. 25 - Após ouvido o indiciado, o mesmo terá 3 (três) dias para apresentar sua defesa prévia, sendo-lhe facultada consulta aos autos. Parágrafo único - Na defesa prévia devem ser anexados documentos, às provas a serem produzidas, bem como indicado o número de testemunhas a serem ouvidas, no máximo de 03 por fato imputado. Art. 26 - Ouvir-se-ão primeiro as testemunhas de acusação e posteriormente as de defesa. Parágrafo único - As testemunhas de defesa comparecerão independente de intimação e a falta injustificada das mesmas não obstará o prosseguimento da instrução. Art. 27 - Concluída a frase introdutória, dar-se-á vista dos autos a defesa para produzir alegações finais, no prazo de 10 (dez) dias. Art. 28 - Apresentadas as alegações finais, a Corregedoria terá 15 (quinze) dias para findar a sindicância, sugerindo o arquivamento ou aplicando a penalidade cabível. Parágrafo único - Na hipótese de arquivamento, só será aberta nova sindicância sobre o mesmo fato, se este ocorrer por falta de provas, expressamente manifestada na conclusão da Corregedoria. Municipal. Art. 29 - Da decisão de aplicar a penalidade haverá reexame necessário do Prefeito

Parágrafo único - O Conselheiro poderá interpor recurso fundamentado, devendo apresentá-lo em 15 (quinze) dias, a contar da intimação pessoal do indiciado, ou de seu procurador, da decisão da Corregedoria. Art. 30 - Caso a denúncia do fato apurado tenha sido dirigida por particular, quando da conclusão dos trabalhos, o denunciante deve ser cientificado da decisão da Corregedoria. Art. 31 - Concluída a sindicância pela incidência de uma das hipóteses previstas nos artigos 228 a 258 da Lei Federal nº 8069/90, os autos serão emitidos imediatamente ao Ministério Público, sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis. Art. 32 - O número de Conselhos Tutelares poderá ser ampliado, conforme os critérios a seguir: I - população do município; II - extensão territorial; III - densidade demográfica; IV - necessidades e problemas da população infanto-juvenil. Parágrafo único - Revogado pelo art. 28 da Lei 8067/97. Art. 33 - Revogado pelo art. 28 da Lei 8067/97. CAPÍTULO V DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 34 - Fica alterada a redação do art. 20 da Lei nº 6787/91, que passa a ser a seguinte: Art. 20 - Os Conselheiros Tutelares serão eleitos pelo voto direto, secreto, universal e facultativo dos cidadãos do Município, em eleição presidida pelo CMDCA e fiscalizada pelo Ministério Público, na forma da Lei. seguinte: Art. 35 - Fica alterada a redação do art. 21 da Lei 6787/91, que passa a ser a Art. 21 - A eleição será organizada mediante resolução do CMDCA. Art. 36 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, tendo validade até 31 de dezembro de 1994. Art. 37 - Revogam-se as disposições em contrário, especialmente o parágrafo único do art. 22 e o art. 26 da Lei nº 6787, de 11 de janeiro de 1991. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 28 de dezembro de 1993.