UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ANATOMIA

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Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ANATOMIA PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA Curso de Ciências Biológicas Profa. Dr. Vanessa Neves de Oliveira Prof. Dr. Sergio Ibañez Nunes Profa. Dra. Vanessa Neves de Oliveira Prof. Dr. Sergio Ibañez Nunes OBS.: O programa da disciplina é básico. Esse poderá sofrer alterações no decorrer do curso em função de ajustes que se fizerem necessárias.

Sumário INSTRUÇÕES GERAIS... 3 ORAÇÃO AO CADÁVER DESCONHECIDO... 3 SÚMULA DE RESPEITO AO CADÁVER (PROFESSOR RENATO LOCCHI)... 3 CONSIDERAÇÕES GERAIS... 3 1. OSTEOLOGIA... 5 2. ARTROLOGIA... 8 3. MIOLOGIA... 9 4. SISTEMA CIRCULATÓRIO... 10 5. SISTEMA RESPIRATÓRIO... 11 6. SISTEMA DIGESTÓRIO... 12 7. SISTEMA URINÁRIO... 13 8. SISTEMA GENITAL MASCULINO... 14 9. SISTEMA GENITAL FEMININO... 15 10. SISTEMA NEURAL... 16 BIBLIOGRAFIA BÁSICA... 17 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR... 17 2

Instruções gerais Nas aulas práticas, deve-se usar sempre o jaleco, roupas apropriadas (calça, sapatos fechados e cabelos presos). Pode-se utilizar luvas e pinça anatômica para manipulação das peças, exceto as peças de sistema nervoso, nas quais a pinça não deve ser utilizada. A manipulação de todas as peças deverá ser feita cuidadosamente, para não danificá-las. O estudo deve ser acompanhado pelo roteiro prático, que é individual, um atlas e um livro texto, pelo menos um por mesa. Além disso, no estudo da Anatomia, não pode haver dissociação entre conteúdo prático e teórico. Lembrar que toda descrição das peças devem ser feitas na posição Anatômica. A postura dentro do anatômico deve ser de respeito aos cadáveres. Oração ao cadáver desconhecido "Ao te curvares com a rígida lâmina de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que este corpo nasceu do amor de duas almas, cresceu embalado pela fé e pela esperança daquela que em seu seio o agasalhou. Sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens. Por certo amou e foi amado, esperou e acalentou um amanhã feliz e sentiu saudades dos outros que partiram. Agora jaz na fria lousa, sem que por ele se tivesse derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome, só Deus sabe. Mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir à humanidade. A humanidade que por ele passou indiferente. (Rokitansky, 1876) Súmula de respeito ao cadáver (Professor Renato Locchi) A utilização do cadáver é uma tríplice lição educativa: a. Instrutiva ou informativa, como meio de conhecimento da organização do corpo humano, precedendo ao estudo no vivo; b. Normativa, disciplinadora do estudo, pelo seu caráter metodológico e de precisão de linguagem; c. Estético-moral, pela natureza do material de estudo, o cadáver, e pelo método de aprendizado, a dissecação, que é experiência e fuga repousante na contemplação da beleza e harmonia de construção do organismo humano. Considerações gerais 1.0 - Anatomia Macroscópica é uma disciplina essencialmente prática. É evidente que conceituações teóricas fazem parte do seu estudo e, por esta razão, é inútil seguir os roteiros de prática sem a 3

complementação da parte puramente teórica que os antecedem. Mesmo porque, raras vezes encontraremos uma parte puramente teórica. 2.0 - O estudo deve ser feito em grupo e os roteiros foram escritos para serem seguidos rigorosamente. Saltar parágrafos, ou mesmo frases, deixar de seguir estritamente as instruções, pode levar o grupo a perder a logicidade da seqüência, com prejuízo que se refletirão no momento da auto avaliação. O livro texto contém todas as ilustrações indispensáveis, o que não impede o emprego do Atlas de anatomia ou ilustrações suplementares, á vontade do grupo. 3.0 - O material utilizado pelo grupo de estudo deve ser adequado e estar em boas condições de conservação. Entretanto, peças há que, pela dificuldade de obtenção ou preparação, não existem em grande número. Para resolver o problema, estas peças ficarão à disposição dos grupos em uma ou mais mesas, denominadas neutras. Se mencionadas nos roteiros, devem ser procuradas pelos componentes do grupo. Sendo de consulta coletiva, as peças das mesas neutras não devem ser transportadas para outras mesas. 4.0 - Nunca peça o auxílio do Professor antes de tentar, dentro do seu grupo, com todas as informações e meios que tem a seu dispor, resolver a dificuldade. O aprendizado depende muito da sua capacidade de observar, raciocinar, comparar, discutir e deduzir, junto com seus colegas de grupo. Porque, além da Anatomia, há um objetivo maior que se deseja ver atingido: aprender e aprender. 5.0 - Estas considerações gerais são válidas para todas as aulas práticas, seja qual for o assunto. Método, rigor e ritmo de estudo, são condições essenciais para colher bons resultados. Nada está separado do nada, e o que não compreenderes em teu próprio corpo não compreenderás em nenhuma outra parte 4

1. OSTEOLOGIA Os ossos contêm irregularidades (saliências, depressões e aberturas) em porções onde há o contato com vasos, nervos, tendões ligamentos e facias. Essas irregularidades são chamadas de acidentes ósseos, e servem de referência anatômica. De acordo com a morfologia e localização, os acidentes ósseos recebem nomes específicos. Alguns desses acidentes de importância no estudo da anatomia são: Depressões o Fossa: região deprimida (ex.: fossa cerebelar no crânio); o Sulco: depressão alongada (ex.: sulco do nervo ulnar do úmero); Saliências o Cabeça: extremidade articular redonda e grande (ex.: cabeça do fêmur); o Capítulo: porção articular redonda e pequena (ex.: capítulo do úmero); o Côndilo: porção articular arredondada, porém geralmente ocorre em pares (ex.: côndilos do fêmur); o Crista: crista do osso (ex.: crista gali do etmóide e crista ilíaca); o Epicôndilo: região onde há uma eminência que se localiza superiormente a um côndilo (ex.: epicôndilo medial do úmero); o Espinha: projeção óssea afilada (ex.: espinha ilíaca ântero-superior); o Faceta: superfície articular lisa tendendo a plana; o Fóvea: porção lisa e plana encontrada nas áreas de articulação entre os ossos (ex.: fóveas articulares superior e inferior presentes nos corpos vertebrais para a articulação com as costelas); o Linha: margem óssea suave (ex.: linha pectínea do fêmur); o Maléolo: processo arredondado (ex.: maléolo medial da tíbia); o Processo: projeção óssea (ex.: processo estilóide do rádio); o Protuberância: região onde há uma projeção do osso (ex.: protuberância occiptal externa); o Ramo: processo alongado; o Trocanter: elevação grande e arredondada (ex.: trocanter menor e trocanter maior do fêmur); o Tróclea: projeção articular arredondada (ex.: tróclea do úmero); o Tubérculo: região eminente pequena e elevada (ex.: tubérculo do músculo escaleno da primeira costela); o Tuberosidade (=túber): elevação grande e arredondada (ex.: túber isquiático). Aberturas o Fissura: abertura em forma de fenda (ex.: fissuras orbitais superior e inferior); 5

o Forame: passagem através do osso (ex.: forame magno no crânio, por onde passa o a medula espinhal); o Meato: canal ósseo (ex.: meato acústico externo); o Poro abertura do meato Identificar na prática, em ossos isolados: nome, sua posição no esqueleto, principais acidentes que alguns ossos apresentam de acordo com a lista anexa. Osso longo, osso curto, osso plano, osso irregular, osso pneumático, epífise, diáfise, metáfise, face articular, cavidade medular, forame nutrício. Esqueleto axial e esqueleto apendicular. CRÂNIO E FACE: Osso occipital, Osso temporal, Osso parietal, Osso frontal, Osso etmóide, Osso esfenóide, Osso zigomático, Osso maxilar, Osso nasal, Osso mandíbular. TRONCO: Atlas (C1) e Áxis (C2) Vértebras: corpo da vértebra, processo espinhoso, processo transverso, forame vertebral, processos articulares. Sacro: base do osso sacro. Esterno: ângulo do esterno, corpo do esterno, processo xifóide. Costela: cabeça e tubérculo costal. 6

MEMBRO SUPERIOR: CINTURA ESCAPULAR: Escápula: acrômio e cavidade glenoidal. Clavícula: extremidades acromial e esternal. BRAÇO: Úmero: cabeça do úmero, fossa do olecrano. ANTEBRAÇO: Ulna: olécrano, processo estilóide. Rádio: cabeça do rádio, processo estilóide. MÃO ARTICULADA: Ossos carpais, ossos metacarpais e falanges. MEMBRO INFERIOR: CINTURA PÉLVICA: OSSOS DOS QUADRIS (Íleo, isquio e púbis): fossa acetabular, osso ilíaco, osso púbis, osso ísquio, crista ilíaca, tuberosidade isquiática. COXA: Fêmur: cabeça do fêmur, colo, trocanteres maior e menor; côndilos lateral e medial, face patelar. PERNA: Tíbia: côndilo medial e lateral, tuberosidade da tíbia, maléolo medial. Fíbula: cabeça da fíbula, maléolo lateral. JOELHO: Patela. PÉ ARTICULADO: tarso, metatarso e falanges. 7

2. ARTROLOGIA Identificar, em peças isoladas, o tipo de juntura e seus eixos de movimento, conforme lista anexa. ARTICULAÇÕES FIBROSAS: Sindesmose: tíbio-fibular medial e distal Sutura: Sutura plana: ossos nasais Sutura escamosa: temporo-parietal Sutura serreada: entre os parietais ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS: Sincondrose: manúbrio-esternal Sínfise: sínfise púbica, sínfise intervertebral ARTICULAÇÕES SINOVIAIS: Temporo-mandibular: cápsula articular, disco articular. Ombro: cápsula articular e lábio glenoidal. Cotovelo: cápsula articular, ligamento anular do rádio. Pulso: disco articular. Quadril: Cápsula articular, lábio do acetábulo, redondo para cabeça do fêmur. Joelho: meniscos, ligamentos cruzados anterior e posterior, ligamentos colaterais medial e lateral, cápsula articular 8

3. MIOLOGIA Identificar, no cadáver os músculos da lista anexa: CABEÇA E FACE: Músculos: Temporal, Orbiculares do olho e da boca, masseter, bucinador. PESCOÇO: Músculos: Esternocleidomastóideo. TRONCO: Tórax: Músculos: Peitoral maior e menor, diafragma; Dorso: Músculos trapézio, romboide (maior e menor) e latíssimo do dorso. Abdome: Músculos reto do abdome, oblíquos externo, oblíquo interno e transverso do abdome. MEMBRO SUPERIOR: Músculos: Deltóide, manguito rotador (supra e infra espinhal, subescapular, redondo menor), bíceps do braço, tríceps do braço, grupo dos mm. flexores do carpo e dos dedos, grupo dos mm. extensores do carpo e dos dedos. REGIÃO GLÚTEA: Músculos: Glúteos máximo, médio e mínimo, grupo dos rotadores laterais de coxa (piriforme, gêmeos sup, e inf., obturador interno e quadrado fermoral). MEMBRO INFERIOR: 9

Músculos: Sartório, quadríceps da coxa (reto da coxa, vastos lateral, medial e intermédio), adutor longo e magno; grácil, bíceps da coxa, semitendíneo, semimembranáceo, tibial anterior, tríceps da perna (gastrocnêmio, sóleo). 4. SISTEMA CIRCULATÓRIO Identificar em peças dissecadas e no cadáver o coração e os vasos constantes da lista anexa. ARTÉRIAS: Braquial, radial, ilíaca comum, ilíaca externa, ilíaca interna, femoral, renal, carótida comum, aorta (parte abdominal). VEIAS: Cava inferior, renal, jugular interna, jugular externa, porta. CORAÇÃO: Ventrículos (direito e esquerdo), átrios (direito e esquerdo), aurículas (direita e esquerda), tronco pulmonar, arco aórtico, vv cavas (superior e inferior), vv pulmonares, aa pulmonares, mm papilares e cordas tendíneas. Valvas: aórtica, tronco pulmonar, átrio-ventricular direita e esquerda. Seio coronário, fossa oval, artérias coronárias direita e esquerda, pericárdio. 10

SISTEMA RESPIRATÓRIO Identificar, em peças isoladas, os acidentes dos órgãos do sistema respiratório de acordo com a lista anexa: SEIOS PARANASAIS: Frontal e esfenoidal, CAVIDADE NASAL: Narinas, septo do nariz, conchas nasais superior, média e inferior; meatos superior, médio e inferior do nariz. FARINGE: Partes nasal, oral, laríngea; óstio faríngeo da tuba auditiva. LARINGE: Cartilagem tireóidea, cartilagem epiglote, proeminência laríngea, prega vocal. TRAQUÉIA: Anéis traqueais e músculo traqueal. BRÔNQUIOS: Principais, lobares e segmentares. PULMÕES: Fissura oblíqua, fissura horizontal, lobos pulmonares, hilo pulmonar. face pulmonar, face mediastínica e face diafragmática. 11

5. SISTEMA DIGESTÓRIO Identificar em peças isoladas, as estruturas e partes componentes dos vários órgãos do sistema digestório de acordo com a lista anexa: CAVIDADE ORAL: Palatos duro e mole. LÍNGUA: Raiz da língua, corpo da língua, ponta da língua, papilas valadas. GLÂNDULAS DA BOCA: Glândulas salivares maiores (parótida e submandibular). ESÔFAGO: Partes cervical, torácica e abdominal. ESTÔMAGO: Cárdia, fundo, corpo gástrico, piloro gastro-duodenal, pregas gástricas INTESTINO DELGADO: Duodeno, Jejuno e íleo. INTESTINO GROSSO: Apêndice vermiforme, ceco, cólons ascendente, transverso, descendente e sigmóide. FÍGADO: Lobos direito, esquerdo, caudado e quadrado; ducto colédoco. VESÌCULA BILIAR E PÂNCREAS 12

6. SISTEMA URINÁRIO Identificar, em peças isoladas, as estruturas e partes componentes dos órgãos do sistema urinário de acordo com a lista anexa: RIM: Cápsula fibrosa do rim, córtex renal, medula renal, coluna renal, pirâmide renal, pelve renal, cálices renais maiores (menores), hilo renal. URETER: identificar partes [abdominal, pélvica] BEXIGA: Vértice, corpo, fundo e colo da bexiga. URETRA MASCULINA: Parte prostática, parte membranácea, parte esponjosa, fossa navicular, óstio externo da uretra URETRA FEMININA: óstio interno e óstio externo da uretra. Obs.: comparar uretra masculina e feminina 13

7. SISTEMA GENITAL MASCULINO Identificar em peças isoladas, as partes componentes dos órgãos genitais masculinos de acordo com a lista anexa: TESTÍCULO: Túnica albugínea, túnica vaginal (lâmina visceral) EPIDÍDIMO: cabeça, corpo e cauda. Reservatório de espermatozóides FUNÍCULO ESPERMÁTICO: Ducto deferente (ampola do ducto deferente) GLÂNDULA (VESÍCULA) SEMINAL PRÓSTATA PÊNIS: Raiz - bulbo do corpo esponjoso e ramos do corpo cavernoso, corpo, glande (colo e coroa), prepúcio, corpo cavernoso do pênis, corpo esponjoso do pênis ESCROTO- rafe 14

8. SISTEMA GENITAL FEMININO Identificar em peças isoladas, as partes componentes dos órgãos genitais femininos de acordo com a lista anexa: OVÁRIO: ligamento próprio e suspensor do ovário. TUBA UTERINA: infundíbulo, fimbrias, ampola, istmo. ÚTERO: corpo do útero, fundo, ístmo, colo. VAGINA: Canal. PUDENDO FEMININO: Monte do púbis, lábios (maiores e menores), vestíbulo da vagina, clitóris, óstio vaginal, óstio externo da uretra. 15

9. SISTEMA NEURAL MEDULA ESPINHAL: intumescência lombar e cervical; cone medular e cauda eqüina. Tronco encefálico: BULBO (Medula oblonga): pirâmide, oliva e fascículos (grácil e cuneiforme). PONTE: Braço da ponte (pedúnculo cerebelar médio), sulco basilar, fossa rombóide, sulco bulbopontino, IV ventrículo. MESENCÉFALO: Pedúnculo cerebral (tegmento e base), substância negra, colículos superior e inferior. CEREBELO: Hemisférios cerebelares, vermis, córtex cerebelar, corpo medular do cerebelo. CÉREBRO: DIENCÉFALO: Quiasma óptico, corpo mamilar, tracto óptico, tálamo, hipotálamo, epitálamo. TELENCÉFALO: Fissura longitudinal do cérebro, hemisférios direito e esquerdo, lobos (frontal, temporal, parietal, occipital e da ínsula), sulcos (lateral, central, do corpo caloso, calcarino), giros (pré-central, pós-central, frontal inferior, temporal superior, cíngulo, cúneo), corpo caloso e córtex cerebral. MENINGES: Dura mater-encefálica. ARTÉRIAS: Basilar, posterior, média e anterior do cérebro, comunicantes posteriores e anterior. 16

BIBLIOGRAFIA BÁSICA DANGELO, JG; FATTINl, C Anatomia Humana Básica. Ed. Atheneu Ltda, 2ª Ed. Rio de Janeiro, 1988. SPENCE, AP Anatomia Humana Básica - Ed. Manole Ltda 2ª Ed São Paulo, 1991. DRAKE, RL; VOGL, W; MITCHELL, A Gray s Anatomia para Estudantes. Ed. Elsevier 1ª Ed, 2005. MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional - Ed Atheneu Ltda, 2ª Ed. Rio de Janeiro, 1993. BRUECKNER, JK; CARMICHAEL, SW; GEST, TR; GRANGER, NA; HANSEN, JT; WALJI, AH Netter - Atlas de Anatomia Humana. Ed. Elsevier 4ª Ed, 2005. SOBOTTA, J & BECHER, H Atlas de Anatomia Humana Ed. Guanabara Koogan, 17ª Ed, Rio de Janeiro, 1977. GILROY AM; MACPHERSON BR; ROSS LM. Atlas de Anatomia. Ed. Guanabara Koogan, 1ª Ed, Rio de Janeiro, 2008. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR MOORE, KL. Anatomia Orientada para a Clínica Ed Guanabara Koogan, 3ª Ed, Rio de Janeiro, 1994. GARDNER, E; GRAY, DJ; O'RAHLLY, R. Anatomia - Estudo Regional do Corpo Humano Ed. Guanabara Koogan, 4ª Ed, Rio de Janeiro, 1988. DRAKE, RL Gray s Atlas de Anatomia - Ed. Elsevier 1ª Ed, 2009. 17