DIORAMA FÉRREO Trabalho em Modelismo de Vagner Bueno de Godoy Siqueira Campos PR - 25 de maio de 2015. CONCEITO DO PROJETO Ambientação rural. Entreposto e transbordo de cargas com barracões, estação férrea, torre de cruzamento, caixa d água num pátio para manobra e cruzamento de trens - escala HO. Este terceiro modelo é o aproveitamento de um tablado que seria usado numa maquete, porém foi redirecionado para um diorama. Um ponto de destaque é sua versatilidade: trata-se um diorama (modelismo estático) com um pátio operacional (os trilhos estão ligados), servindo como módulo de maquete free-mo (ou modular simples), permitindo se acrescentar ao tablado inicial outros módulos, inclusive em curvas.
Em sua utilização diária é estático servindo como decoração de uma sala de jantar (!) ou como cenário para fotografias de modelos. MATERIAL UTILIZADO a) Base: construída em MDF com reforços em sua extensão, laterais e meio do módulo em ripas de cedrinho, medindo 1,20 m X 0,40 cm; b) Estruturas adquiridas: Estação Campestre, Caixa d água e Torre de Cruzamento Frateschi; c) Estruturas modificadas: Depósito de Locomotivas Frateschi convertido em Barracão Industrial; d) Estruturas construídas - scratch build: Barracão Industrial e Anexo para Transbordo construído e estireno. Portas e janelas Frateschi; e) Relevo: Isopor com papel Kraft Laterais em EVA; f) Trilhos e AMV s: Grade Flexível e em vários comprimentos Frateschi Nickel Silver e Latão assentados em duas camadas de EVA; g) Paisagem - Grama: Serragem tingida com tinta para tecidos Acrilex em tons verde grama. Morros (02): Serragem e arbustos em 3 tipos espumas tingidas com tinta para tecidos Acrilex nas cores: verde grama, pinheiro, pistache, maçã e oliva. h) Capim: corda de sisal desfiada e tingida na cor ocre; i) Calçamento e estradas: EVA, pintados em tom cinza com tinta acrílica. j) Pintura e envelhecimento: Tinta acrílica fosca e corantes diversos; k) Fim de linha (02): Caixa de concreto construída em estireno forrada com pedra brita (na escala), Dormentes, construídos a partir de grades Frateschi inutilizadas. ASPECTOS DA CONSTRUÇÃO Entreposto de cargas rural. A partir do tema as estruturas foram dispostas de modo a permitir o acesso de veículos de carga, tanto quanto dos trens para carregar e descarregar mercadorias, insumos, equipamentos, compondo um pequeno pátio bimodal. Dessa forma é possível se observar que a torre de cruzamento está colocada na mesma reta da estação campestre de modo que se possa observar o cruzamento dos trens, porém, em distância que não interfira a visualização das composições seja numa ou noutra. Assim como a caixa d água está colocada atrás da estação, num pequeno trecho usado para estacionamento de vagões e locomotivas, não interferindo na composição do projeto.
A colocação dessas estruturas foram todas planejadas para se aproximar o máximo da realidade, tal qual numa ferrovia real. Todas as estruturas estão fixadas com preguinhos 2 x 2 que tiveram as cabeças cortadas para permitir o encaixe da estrutura de modo que a mesma fique bem firme, porém, de fácil remoção. A estação campestre está encaixada junto à plataforma colada no tablado. Sua remoção se dá deslizando a mesma para a esquerda. 01 - Estruturas. O 1.º barracão (Industrial) de tijolo a vista foi uma modificação a partir de um depósito de locomotivas da Frateschi, acrescido de chapas de estireno para fechamento das laterais, nas quais usei o próprio telhado simulando as ondas das antigas portas de aço de enrolar. Pintura e envelhecimento com tinta acrílica.
O prédio de transbordo, o único com plataforma de descarga, é totalmente construído em estireno, no entanto, sua base é de lamina de compensado. O mesmo possui portas e janelas Frateschi, sendo a porta principal construída da mesma forma que o anterior (telhado). A pintura deste modelo foi feita com tinta spray branco fosco e o envelhecimento com tinta acrílica. O 2.º barracão (Depósito) foi construído integralmente em chapas de estireno de 1,00 mm acrescido de portas e janelas Frateschi, com exceção da porta maior. Para simulação dos vidros, foi colocado no fundo um plástico transparente fosco desses usados em embalagens de margarina, doces, etc. Após pintura do modelo com tinta acrílica, a fachada do prédio foi posteriormente envelhecida utilizando-se tinta branca acrescida de marrom em pequenas partes de modo a simular a poeira. Isso foi conseguido deixando a tinta
bem fina pelo acréscimo da água. Após pintar com um pincel macio, o modelo é colocado num plano para a tinta escorrer no sentido que se deseja. A mesma técnica foi utilizada na torre de cruzamento. As demais estruturas: caixa d água e estação campestre foram mantidas em suas cores originas. Nesta última foram pintados os detalhes (colunas da estação), e envelhecidas parcialmente (telhado), aplicando-se diretamente sobre o modelo montado, verniz fosco em spray. As janelas da estação, do 1.º barracão e da torre de cruzamento foram pintadas com tinta acrílica usando-se um palito de dente em substituição o pincel de ponta fina. 02 Relevo. Os pequenos morros foram confeccionados em isopor, assentando-se as chapas de 1,5 cm com cola branca e posteriormente cavando-se com estilete para produzir as irregularidades do terreno. Para dar mais realismo ao pequeno morro foram colados pequenos retalhos de papel Krafkt amassado, de modo a simular o solo irregular. Em seguida, pintados com tinta acrílica, usando corantes marrom, preto e cinza e verde conforme o local. Considero esta a melhor técnica, no entanto ao assentar a grama de serragem há que se passar uma boa quantidade de cola branca pura. Isso faz com que onde não tenha grama o relevo fique brilhante. Para sanar o problema é só aplicar o verniz fosco que o resultado fica bom.
Após tingir as espumas picadas e trituradas no liquidificador estas foram colocadas uma a uma de modo a simular uma mata com grande variedade de vegetação. As pedras do cenário foram modeladas em Durepoxi, procurando se aproximar o máximo da realidade. Posteriormente foram envelhecidas com os mesmos corantes usados no relevo, deixando-as mais realistas. As moitas de capim foram feitas de corda de sisal, cortando-se gomos de 4,00 cm e posteriormente separando-os para serem tingidos com tinta Acrilex. Após devidamente secos, junta-se um determinado feixe e com linha da mesma cor amarra-os com nós firmes. Com dois nós separados por um pequeno espaço é possível cortar o feixe ao meio fazendo duas moitas de capim. Depois é só apará-las e molhar os pés das moitas em cola branca para ficar firme.
Para o lastro foi utilizado um pedrisco (brita) cinza escuro, aplicando-se diretamente sobre os dormentes e o EVA, utilizando-se de um aplicador caseiro e de um pincel para o assentamento das pedras antes de aplicar a cola branca e água. Para aplicação da cola foi utilizado um pequeno frasco de medicamento reaproveitado. Para tirar o brilho da brita após o uso da cola, foi aplicado o verniz fosco. 03 Detalhamento. Para dar um aspecto próximo de uma ferrovia de verdade, foram acrescidos ao diorama um sucateiro do lado esquerdo da torre de cruzamento, bem como, na porta dos fundos do 1.º barracão, representado por portas de vagão fechado e pallets, tanto quando na outra extremidade com os barris e pallets. Os pallets foram construídos usando-se as lâminas do fundo das caixas de fósforo as quais possuem a cor semelhante de um protótipo. Optei em não fazê-lo vazado para encurtar o trabalho.
Os dormentes empilhados próximo à plataforma foram retirados de grades inutilizadas, recortados e colados um a um com Super Bonder. Após, receberam tinta acrílica com corantes marrom e cinza e posteriormente envelhecidos. Há uma caçamba de entulhos próxima à estação do lado direito da plataforma construída em estireno, pintada com tinta acrílica. As árvores foram feitas de dois modos: 1.º com arames torcidos, colados e pintados de acrílico cinza, recebendo pequenos gomos de bucha na cor verde pinheiro. 2.º pequenos galhos naturais, maiores que os primeiros, foram lavados, secados e receberam buchas tingidas em vários tons de verde. As buchas foram coladas nos dois tipos de árvores com cola Super Bonder por ser mais rápido. Sendo que estas últimas ficaram mais realistas devido à altura das mesmas. Assim como as estruturas, todas as árvores podem ser retiradas para transporte.
O projeto possui dois fins de linha construídos de modos diferentes com o efeito de diversificar o cenário. DEDICATÓRIA Agradeço especialmente à minha esposa Célia Maria de Carvalho Godoy, por ter cedido um espaço nobre de nossa casa para acomodar este diorama, assim como pela paciência e tolerância com a bagunça nos dias de trabalho junto ao mesmo. AUTORIZAÇÃO Eu, Vagner Bueno de Godoy, AUTORIZO a publicação do presente arquivo em seu conteúdo integral, inclusive fotografias, junto ao Cartel Caipira (http://cartelcaipira.ning.com/), com o objetivo de participar do Concurso de Dioramas - 2015.
Vagner Bueno de Godoy XXV V - MMXV...