Monitoramento de Riscos Atuariais CGMA/PREVIC São Paulo, 29 de novembro de 2011 1
Sistema de Previdência Complementar Planos de Previdência Avaliação Atuarial Mapeamento de Risco Atuarial no Mercado Novas Demonstrações Atuariais DA Guia PREVIC de Melhores Práticas Governança 2
Modalidade de Planos Benefício definido; Contribuição definida; e Contribuição variável. Entidades: Planos de Previdência Planos Instituídos e Planos Patrocinados CNPB Cadastro Nacional de Planos de Benefícios Unidade nas Entidades 3
Avaliação Atuarial Avaliação Atuarial Res CGPC 18, mar/2006 Art 9º. - Entende-se por avaliação atuarial o estudo técnico desenvolvido por atuário, que deverá ter registro junto ao Instituto Brasileiro de Atuária. Esse estudo terá por base a massa de participantes, de assistidos e de beneficiários do plano de benefícios de caráter previdenciário, admitidas hipóteses biométricas, demográficas, econômicas e financeiras, e será realizado com o objetivo principal de dimensionar os compromissos do plano de benefícios e estabelecer o plano de custeio de forma a manter o equilíbrio e a solvência atuarial, bem como o montante das reservas matemáticas e fundos previdenciais. 4
Avaliação Atuarial Periodicidade: mínimo anual - fechamento do exercício. Não impedimento legal para avaliações com periodicidade inferior a anual. Demonstração Atuarial novo demonstrativo dos resultados das avaliações atuariais a partir de jan/2012 ano base 2011 5
Parâmetros mínimos determinados na Resolução 18 Hipóteses: Tábua Biométrica: - Sobrevivência, Invalidez entrada/sobrevivência e mortalidade, Rotatividade e outras. Juros Avaliação Atuarial Risco Atuarial - Planos Beneficio Definido e Contribuição Variável. 6
Tábuas Biométricas Mortalidade 7
Tábuas de Mortalidade Planos BD Tábua Mortalidade Geral Quant. RESERVAS MATEMÁTICAS SUPERÁVIT TÉCNICO DÉFICIT TÉCNICO RESERVA A AMORTIZAR RP2000 3 442.047.489,00 48.543.632,60-879.559,00 AT-2000 112 211.892.962.649,24 58.267.758.781,39 1.030.613.714,58 16.403.065.904,94 AT-83 162 92.648.951.057,38 6.536.844.055,97 4.570.273.101,00 4.300.779.090,50 GAM-83 1 132.399.937,59 42.289.895,60 - - IBGE 2008 10 771.176.553,57 83.726.102,28 - - OUTRAS 15 1.305.500.066,24 382.166.188,59 40.432.231,86-8
Tendência de sobrevivência Expectativa de vida da população aos 60 anos segundo IBGE: Expectativa de Vida à Idade 60 E(60) 21,4 21,2 21,0 20,8 20,6 20,4 20,2 20,0 19,8 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Ano 9
Taxas de Desconto = Juros Atuariais 10
Taxas de Desconto A taxa de desconto aplicada nas avaliações atuariais representa a expectativa futura da rentabilidade real média obtida com o investimento dos recursos do plano de benefícios, no horizonte de tempo dos pagamentos. 11
Planos Benefício Definido Taxa Real Anual de Juros Quant. RESERVAS MATEMÁTICAS SUPERÁVIT TÉCNICO DÉFICIT TÉCNICO RESERVA A AMORTIZAR >= < 6 184 167.407.125.994,70 9.194.820.433,03 5.247.897.035,55 7.877.495.817,74 5,75 6 14 6.163.766.765,45 2.573.916.076,61 643.534,84 63.829.375,26 5,5 5,75 18 110.189.606.717,66 44.591.686.567,57 389.497.692,84 12.596.390.509,54 5 5,5 71 22.536.126.404,28 8.616.720.598,92-167.008.851,90 4 5 3 368.344.633,68 288.778.796,73 - - 4 13 528.067.237,25 95.406.183,57 3.280.784,21-12
Tendência de rentabilidade A rentabilidade dos títulos de longo prazo do Tesouro apresentam tendência de queda. A rentabilidade dos demais investimentos tende a acompanhá-la, pois mais investimentos passam a ser interessantes. 13
Risco e retorno Com a tendência de queda das taxas, temos o seguinte quadro: Buscar manter a rentabilidade exige assumir mais risco (mais perdas são esperadas). Buscar manter o mesmo risco exige abrir mão de rentabilidade (reduzir a taxa esperada). 14
COMISSÃO NACIONAL DE ATUÁRIA 15 15
Desequilíbrio de um Plano de Benefícios 16
Desequilíbrio Resultado Plano estruturalmente equlibrado Plano estruturalmente desequlibrado 15.000.000,00 10.000.000,00 5.000.000,00-0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 (5.000.000,00) (10.000.000,00) (15.000.000,00) (20.000.000,00) Ano 17
Desequilíbrio Conjuntural As hipóteses atuariais aderentes representam o valor esperado de variáveis aleatórias. Os valores efetivamente observados a cada ano destas variáveis oscilam em torno de seu valor esperado. Por conta das oscilações dos valores das hipóteses em torno de seu valor esperado, também o resultado do plano de benefícios irá oscilar em torno de seu valor esperado. Esta oscilação é o desequilíbrio conjuntural. O acumulado dos desequilíbrios conjunturais tende ao seu valor esperado no longo prazo. 18
Previsto x Ocorrido 7 6,5 6 5,5 5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Variável 4,5 4 3,5 3 Ano 19
Desequilíbrio Estrutural O valor esperado do resultado de um plano de benefícios equilibrado estruturalmente é zero. Neste caso, os desequilíbrios conjunturais oscilarão em torno do equilíbrio. Decorre de evento que afeta de forma permanente o plano de benefícios, não ligado ao processo estocástico. 20
Desequilíbrio Estrutural Altera o próprio valor esperado do resultado do plano de benefícios, que deixa de ser zero. Os resultados conjunturais deixam de oscilar em torno do equilíbrio, que deixa de ser a tendência de longo prazo. Um exemplo de causa de desequilíbrio estrutural é a falta de revisão do valor das contribuições em planos BD. 21
Visão prudencial do legislador Superávit até 25% das provisões matemáticas: conjuntural; deve ser mantido pois a expectativa é que seja consumido por resultados negativos em anos seguintes e o plano retorne ao equilíbrio. Superávit acima de 25% das provisões matemáticas: estrutural; há desequilíbrio sistemático entre o que foi ou será cobrado e o que é oferecido, portanto deve ser revisto. 22
Visão prudencial do legislador Déficit até 10% do exigível atuarial: pode ser conjuntural; equacionamento ser adiado por 1 ano na expectativa que um resultado positivo conjuntural restabeleça o equilíbrio do plano. Déficit superior a 10% do exigível atuarial : estrutural; há desequilíbrio sistemático entre o que foi ou será cobrado e o que é oferecido, portanto deve ser revisto. 23
Aderência A exigência legal de aderência das hipóteses atuariais impõe a incorporação da expectativa de redução das taxas de juros nas avaliações atuariais. 4. A taxa máxima real de juros admitida nas projeções atuariais do plano de benefícios é de 6% (seis por cento) ao ano ou a sua equivalência mensal, devendo ser observada sua sustentabilidade no médio e longo prazos. (Res. CGPC 18) 24
Efeitos em planos CD e CV Os saldos acumulados até a aposentadoria serão menores. A manutenção do valor do benefício anteriormente pretendido exige contribuições maiores. 25
Risco atuarial A pesquisa feita pela equipe do Banco Mundial com diversos atores do segmento identificou o risco atuarial como o mais relevante no sistema. 26
Mapeamento de Risco Atuarial Para acompanhamento atuarial dos planos de benefício definido, efetuamos o mapeamento de Risco Atuarial por Plano Resultado do Mapeamento: 27
IMPACTO Mapeamento dos Planos BD Déficit 0 planos 0 planos 41 planos com R$ 32 Bi de Res. Matemáticas e R$ 5,6 Bi de Déficit Sem Reserva Especial para Ajuste do Plano 20 planos com R$ 7 Bi de Reservas Matemáticas, R$ 1 Bi de Superávit 5 planos com R$ 850 M 152 planos com R$ 156 Bi de Reservas Matemáticas, de Reservas Matemáticas, R$ 140 M de Superávit e R$ 6 Bi de Superávit e R$ R$ 18 M de Reservas a 3 Bi de Reservas a Amortizar Amortizar Com Reserva Especial para Ajuste do Plano 30 planos com R$ 10 Bi de Reservas Matemáticas, R$ 6 Bi de Superávit 2 planos com R$ 1,5 Bi de Reservas Matemáticas, R$ 580 M de Superávit e R$ 44 M de Reservas a Amortizar 53 planos com R$ 100 Bi de Reservas Matemáticas, R$ 51 Bi de Superávit e R$ 13 Bi de Reservas a Amortizar Nível 3 Nível 2 Nível 1 Nível 0 Tábua AT-2000 ou superior Tábua AT-2000 ou superior Tábua AT-2000 ou superior Taxa de Juros <= 5% Taxa de Juros <= 5% Taxa de Juros <= 5% Sem Reserva a Amortizar Sem Reserva a Amortizar Hipótese de redução de mortalidade Hipótese de redução de mortalidade Fundos Previdenciais de Risco PROBABILIDADE 28
Novas Demonstrações Atuariais - 2012 Instrução PREVIC nº. 9, de 14 de dezembro de 2010 Dispõe sobre as demonstrações atuariais dos planos de benefícios administrados pelas entidades fechadas de previdência complementar, e dá outras providências. Esta Instrução entra em vigor a partir de 1º. De janeiro de 2012, com efeitos sobre as DA do encerramento do exercício de 2011. 29
Novas Demonstrações Atuariais - 2012 Estrutura das DAs: - Informações Cadastrais; - Informações sobre a Avaliação Atuarial; - Demonstrativo da Avaliação Atuarial; - Plano de Custeio; e - Parecer Atuarial. 30
Novas Demonstrações Atuariais - 2012 As demonstrações foram instituídas em 2000, através da Portaria MPS/SPC nº. 686, de 29 de fevereiro de 2000 Estabelecendo normas para a prestação de informações referente ao Demonstrativo dos Resultados da Avaliação Atuarial DRAA. Nada de novo foi criado nas novas Demonstrações e sim a abertura das informações já existentes. 31
Novas Demonstrações Atuariais - 2012 A partir de 2012, com essa abertura das informações atuariais, a PREVIC, terá condições de um acompanhamento mais detalhado dos planos de benefícios: - Agilidade no recebimento das informações via sistema DAWeb; - Informações detalhadas = visão mais precisa de Risco Atuarial do mercado; - Detectar necessidades de atualizações na legislação; 32
MELHORES PRÁTICAS 33
Observar tendências 56 Essas hipóteses representam expectativas de longo prazo, pois se destinam a prever os compromissos futuros até o encerramento do plano de benefícios. Além de considerar as hipóteses correntes, faz-se necessário incorporar as tendências futuras nos procedimentos atuariais. Por exemplo, deve-se levar em conta a taxa de juros corrente, mas também a provável tendência de redução, que vem sendo prevista para os próximos anos. Da mesma forma, é recomendável observar as expectativas atuais de mortalidade e longevidade do conjunto dos participantes e assistidos, bem como considerar as tendências de aumento da expectativa de vida que ocorre no mundo, inclusive no Brasil. 34
Papel dos patrocinadores 58 É fundamental que os patrocinadores e instituidores também conheçam o significado das diversas hipóteses adotadas na avaliação atuarial, entendam seu funcionamento e saibam identificar seu impacto sobre o plano de benefícios, caso as previsões das hipóteses não se confirmem. É indispensável que seja constante o cuidado com a adequação das hipóteses, como forma de assegurar o correto dimensionamento das contribuições e o real valor das reservas. 35
GOVERNANÇA 36
Governança Para o controle do risco atuarial é fundamental: que as decisões sejam tomadas nas instâncias adequadas, com transparência, e subsidiadas com informações suficientes. que os controles internos estejam adequadamente definidos e implementados. 37
Governança O processo atuarial deve ser transparente de modo a garantir a todos os envolvidos a possibilidade de cumprir suas responsabilidades. A sustentabilidade de longo prazo não pode ser negligenciada por conta de interesses imediatos. 38
Conselho Deliberativo A seleção das hipóteses atuariais é uma questão de extrema importância, e deve ser abordada pelo Conselho Deliberativo. Para isto o CD deve conhecer e compreender as hipóteses e o efeito em caso de falha. O método de financiamento também deve ser objeto de decisão do CD. 39
Conselho Deliberativo O CD deve se assegurar que recebe as informações adequadas e suficientes para a deliberação sobre as questões atuariais. O CD deve também participar da definição da estratégia para lidar com os riscos atuariais relevantes. 40
Conselho Fiscal O Conselho Fiscal deve se assegurar que existam mecanismos adequados de avaliação e acompanhamento das hipóteses atuariais, testando estes mecanismos. O CF deve também assegurar que haja um sistema que garanta a confiabilidade dos dados cadastrais utilizados na avaliação atuarial. 41
Agradecemos pela atenção, Wilma Torres e Equipe wilma.torres@previdencia.gov.br Coordenadora Geral de Monitoramento Atuarial DIACE PREVIC 42