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Transcrição:

Clubnews 25 71

Porsche GT3 Cup Challenge Brasil Provas 11 e 12 Novos desafiantes Um novo vencedor e diferenças mínimas entre os primeiros colocados: o Porsche GT3 Cup Challenge Brasil fica mais competitivo a cada prova. Texto: Luiz Alberto Pandini Fotos: Cassiano Correia Quase sempre, a competitividade de uma competição automobilística é medida pela quantidade de pilotos de ponta e pelas diferenças de tempo entre cada piloto quanto menor, melhor. Estes critérios não deixam dúvida: o Porsche GT3 Cup Challenge Brasil é uma das categorias mais equilibradas do automobilismo brasileiro. As provas 11 e 12, disputadas em Curitiba, comprovaram o alto nível do campeonato da Porsche. Xandy Negrão venceu uma (depois de uma empolgante disputa com Walter Salles) e Ricardo Baptista obteve na outra sua primeira vitória (resistindo bravamente à pressão de Clemente Lunardi). Mas, além das disputas pela vitória e da grande quantidade de pilotos competitivos, chamaram a atenção as pequenas diferenças de tempo entre os primeiros colocados, tanto nos treinos quanto na corrida. Na prova 12, disputada em pouco mais de 27 minutos, o resultado final apontou uma diferença inferior a 1 km/h na média horária dos cinco primeiros colocados. Uma análise da melhor volta de cada piloto mostrou ainda que uma faixa inferior a 1 segundo agrupou os cinco melhores tempos. Melhor ainda, novos pilotos estão se juntando ao bolo da frente. Nesta etapa, a novidade foi a estréia de Constantino Júnior. Vice-campeão brasileiro de Fórmula 3 em 1992 e com uma temporada na Fórmula 3000 européia, Constantino ficou 13 anos afastado do automobilismo. Com a criação do Porsche GT3 Cup Challenge Brasil, decidiu voltar às pistas. E mostrou-se imediatamente competitivo, fazendo tempos muito rápidos nos treinos livres. Pela primeira vez neste ano, a chuva esteve presente nos treinos. Todas as sessões, inclusive a classificatória, foram realizadas com pista molhada, o que representou um desa- 72 Clubnews 25

À esquerda, a largada da prova 11, com Negrão (9), Salles (encoberto), Lunardi (7) e Hermann (5) na frente. Abaixo: a emocionante disputa entre Negrão e Salles na prova 11; Lunardi, um dos destaques do dia, subiu ao pódio duas vezes com um segundo e um terceiro lugar; Baptista (27) teve uma grande atuação na prova 12 e venceu pela primeira vez. Clubnews 25 73

Salles (69) foi muito rápido nos treinos e nas duas corridas. Constantino (00) estreou e mostrou que vai dar trabalho: foi terceiro na prova 12. Lago (10, duelando com Omilton Visconde Jr.) andou bem e marcou seus primeiros pontos. 74 Clubnews 25

Novos troféus em disputa A competitividade do Porsche GT3 Cup Challenge Brasil motivou os organizadores a criar troféus extras para premiar os pilotos de maior destaque da categoria. Com isso, haverá um reconhecimento de pilotos que tiveram boas atuações e contribuíram para o alto nível das disputas por todas as colocações. Após 12 provas, cinco pilotos mantiveram possibilidades de chegar ao título da temporada: Xandy Negrão, Tom Valle, Otávio Mesquita, Ricardo Baptista e Beto Posses. Todos eles concorrem à GT3 Cup e ao Troféu Stuttgart, dados ao campeão e ao vice, respectivamente. Outro grupo é formado pelos pilotos Clemente Lunardi, Luís Zattar, Marcel Visconde, Maurizio Billi e Guilherme Figueiroa, que estão fora da briga pelo título, mas têm chances matemáticas de chegar ao vice-campeonato. Quem terminar na frente será o vencedor do Troféu Yokohama. E quem não tiver chances de ser vice-campeão terá uma motivação extra para concorrer ao Troféu Mobil/Racing, que será dado ao piloto melhor classificado entre os que não fazem parte de nenhum dos outros dois grupos. fio extra para os pilotos. A reta dos boxes de Curitiba, pavimentada com concreto, é usada em provas de arrancada e, por isso, fica com duas extensas faixas escuras formadas pela borracha dos pneus, que recebem ainda um composto químico para aumentar a aderência. Nas primeiras voltas, a pista estava muito escorregadia, devido à mistura da água da chuva com a borracha e os restos do tal composto. Mais tarde, a chuva forte limpou um pouco o piso, deixando-o mais aderente. Nessas condições, seis pilotos se destacarem: Xandy Negrão, Clemente Lunardi, Walter Salles, Antônio Hermann, Tom Valle e Beto Posses, que completaram as três primeiras filas no grid de largada. Constantino Júnior ficou em sétimo, com Ricardo Baptista, Guilherme Figueiroa e Luís Zattar completando os dez primeiros colocados. No sábado, o sol apareceu. Como nenhum treino havia acontecido com pista seca, os pilotos tiveram, antes do alinhamento, dez minutos de treino livre para avaliar os carros. Negrão manteve a liderança na largada e Salles pulou para a segunda colocação, seguido por Valle, Hermann, Lunardi, Constantino, Posses, Figueiroa, Baptista e Mesquita. No começo da segunda volta, Zattar e Marcel Visconde colidiram no final da reta e abandonaram a prova. Isso provocou a entrada do safety car durante uma volta para remoção dos carros acidentados. Após a relargada, Negrão e Salles começaram a se afastar dos adversários. Valle e Lunardi disputavam o terceiro lugar, enquanto atrás vinha um grupo formado por Hermann, Constantino, Baptista, Posses, Figueiroa e Mesquita. Os dois primeiros deste grupo acabaram saindo da briga: Hermann abandonou por problemas na suspensão (danificada devido a uma colisão com Sérgio Ribas) e Constantino atrasou-se após uma rodada. Mais atrás, outra boa disputa acontecia entre Omilton Visconde, Beny Lago e Henry Visconde. A disputa entre Negrão e Salles foi a mais empolgante da corrida. Um atacando e o outro defendendo, os dois pilotos mostravam muita disposição e corriam com segurança, sem que houvesse um esbarrão ou mesmo uma manobra duvidosa. Um belo espetáculo de pilotagem, que emocionou a todos os presentes no autódromo. E que só acabou quando Salles rodou e saiu da pista na saída do S de alta velocidade. Como o carro ficou parado em posição perigosa, a direção de prova acionou mais uma vez o safety car. Clubnews 25 75

Raul Boesel analisa o Porsche GT3 Cup Um novo vencedor e muitas grandes atuações Uma das coisas que mais chamam minha atenção no Porsche GT3 Cup Challenge Brasil é o alto nível dos pilotos. Em minha análise anterior, feita após as provas disputadas em junho, eu havia previsto que muitos pilotos estavam prestes a entrar nas disputas por vitórias. Três meses e quatro corridas depois, vejo que minhas impressões se confirmaram. O Ricardo Baptista tornou-se o mais novo vencedor na categoria e muitos outros pilotos tiveram grandes atuações. O Baptista merece que se tire o chapéu. Em Curitiba, uma pista onde se deu muito bem, ele aproveitou a oportunidade e chegou à sua primeira vitória de maneira merecida, com uma pilotagem perfeita. Foi constante, rápido e não cometeu erros. Vinha mostrando maturidade e constância há várias corridas e deve continuar crescendo, o que será muito bom para a categoria. A primeira corrida foi vencida pelo Xandy Negrão, mas o Walter Salles foi um competidor muito duro, que não afrouxou o assédio enquanto esteve na pista. Foi pena o Waltinho não terminar a prova, mas ele mostrou muita habilidade e certamente terá outras oportunidades para brilhar no futuro. O Xandy, por sua vez, resistiu bravamente, usando de toda a sua experiência para defender o primeiro lugar. Foi uma batalha aguerrida, mas leal, que encheu os olhos enquanto durou. Na segunda prova, o Waltinho correu com um carro que não era o dele. Por mais que todos os Porsche 911 GT3 Cup sejam preparados com igualdade, sempre há alguma pequena diferença: um pedal mais duro ou mais macio, uma reação mais acentuada, detalhes como esses. Mesmo assim, não se fez de rogado: ganhou seis posições na primeira volta e manteve um ritmo excelente, ganhando posições e preservando o carro na fase final da corrida. O Clemente Lunardi confirmou nas corridas a habilidade demonstrada no treino classificatório. É arrojado e a cada prova se posiciona como um forte candidato a vencer corridas. O Otávio Mesquita, sempre competitivo, andou entre os três primeiros na segunda corrida. Em ambas, teve grandes disputas com outros pilotos. Uma delas foi com o Constantino Júnior, que voltou a correr depois de 12 anos afastado das pistas. Ele mostrou-se rápido logo nos primeiros treinos e não precisou de muito tempo para se adaptar novamente à condução de um carro de corrida. Os erros que cometeu na prova 11 foram típicos de quem tinha pouca familiaridade com o carro. Assimilou o ocorrido e conseguiu um ótimo resultado na prova 12. Fiquem de olho nele. Foi bom ver o Guilherme Figueiroa e o Valter Rossete correndo com mais cabeça e conseguindo resultados respeitáveis. O Figueiroa pareceu estar mais concentrado e isso fez a diferença. Ele andou sempre entre os primeiros. Com o Rossete, aconteceu algo parecido. Ele ganhou mais experiência e certamente vai tirar proveito disso daqui em diante. Alguns pilotos só tiveram chance de brilhar em uma corrida. Foi o caso do Beto Posses, que teve uma grande briga com o Otávio e o Figueiroa na primeira prova. Ele mostrou ser um osso duro de roer. Com o Marcel Visconde e o Luís Zattar, aconteceu o contrário: eles colidiram juntos logo no começo da 11ª prova. Na seguinte, largaram nos últimos lugares e tiveram um grande duelo enquanto recuperavam posições. Uma curiosidade é que em Curitiba todos os treinos foram realizados com pista molhada. Alguns pilotos, como o Xandy, o Lunardi, o Salles, o Constantino e o Antônio Hermann, mostraram bom desempenho nessas condições. As duas próximas provas acontecerão em Interlagos, no mesmo final de semana do GP do Brasil de Fórmula 1. Convido o público a permanecer nas arquibancadas para assistir à prova 13, que será realizada logo após o treino classificatório de sábado, e a se programar para assistir também à corrida de domingo, poucas horas antes da largada do GP. Tenho certeza de que quem ainda não viu uma prova do Porsche GT3 Cup Challenge Brasil vai gostar muito da categoria. Até lá! A relargada aconteceu na última volta e Negrão recebeu a bandeirada à frente de Valle, Lunardi, Baptista, Figueiroa e Posses. Negrão, premido por compromissos particulares, não disputou a segunda corrida. A presença de Salles também foi dúvida durante algum tempo, já que a rodada prejudicou o alinhamento de alguns componentes mecânicos de seu carro. A solução foi recorrer a Charles Reed, que na última hora cancelou a ida a Curitiba devido a um compromisso profissional. Charles cedeu a Salles o seu carro, que havia sido levado a Curitiba. Como de praxe, a numeração foi trocada e Salles correu com seu tradicional 69. O grid manteve o alinhamento original, deixando Valle sozinho na primeira fila. Ele largou bem e manteve a ponta, com Lunardi em segundo. Baptista assumiu o segundo lugar na volta 2, e na seguinte passou para a liderança ao ultrapassar Valle. Instantes depois, a direção de prova acionou o safety car: Beto Posses e Sérgio Ribas haviam colidido na primeira curva, com o carro de Posses parando em posição de risco aos demais competidores. Ribas prosseguiu, mas teve que fazer uma demorada parada nos boxes. Voltou apenas para receber a bandeirada. Quando a prova recomeçou, Baptista liderava seguido por Valle, Lunardi, Mesquita, Figueiroa, Salles e Constantino. Passaram a existir duas disputas: entre Valle e Lunardi, pelo segundo lugar, e entre Figueiroa e Mesquita, pelo quarto. Mais atrás, Haroldo Pinto e Maurizio Billi também tiveram uma boa briga pelo nono lugar, até colidirem. Com isso, as posições ficaram para Luís Zattar e Marcel Visconde, que haviam largado na última fila. Lunardi, por sua vez, passou por Valle e começou a se aproximar de Baptista. Ambos buscavam a primeira vitória no Porsche GT3 Cup Challenge Brasil e tiveram um comportamento exemplar: Lunardi pressionou Baptista o quanto pôde, mas o líder não cometeu erros e recebeu a bandeirada em primeiro lugar. A disputa pelo terceiro lugar ganhou uma atração extra nas últimas cinco voltas: Constantino Júnior, que estava em sexto, ultrapassou Valle e Figueiroa e começou a chegar em Mesquita, ganhando a posição na última volta. 76 Clubnews 25

Autódromo Internacional de Curitiba (Pinhais) 3,695 km 2 de setembro de 2006 11 a etapa 12 a etapa (ordem de largada definida pelo resultado da 11ª etapa) Nº Piloto Voltas Tempo Grid de largada Nº Piloto Voltas Tempo 1 9 Xandy Negrão 16 26:34.761 1º 1:32.046 2 99 Tom Valle 16 a 0.495 5º 1:33.302 3 7 Clemente Lunardi 16 a 2.748 2º 1:32.767 4 27 Ricardo Baptista 16 a 4.704 8º 1:33.569 5 57 Guilherme Figueiroa 16 a 4.878 9º 1:33.796 6 1 Beto Posses 16 a 5.129 6º 1:33.390 7 51 Otávio Mesquita 16 a 6.043 11º 1:34.615 8 34 Maurizio Billi 16 a 6.425 12º 1:35.212 9 65 Valter Rossete 16 a 6.921 16º 1:35.999 10 00 Constantino Júnior 16 a 7.705 7º 1:33.435 11 78 Haroldo Pinto 16 a 9.241 17º 1:36.063 12 63 Sérgio Ribas 16 a 10.581 14º 1:35.836 13 11 Omilton Visconde Jr. 16 a 14.452 15º 1:35.974 14 15 Henry Visconde 16 a 14.728 18º 1:37.994 15 10 Beny Lago 16 a 38.681 19º 1:37.447 16* 69 Walter Salles 11 rodada 3º 1:32.850 17 5 Antônio Hermann 9 suspensão 4º 1:32.883 18 55 Marcel Visconde 1 acidente 13º 1:35.221 19 21 Luís Zattar 1 acidente 10º 1:34.205 Volta mais rápida: Walter Salles, 1:25.106, média de 156,299 km/h Média horária do vencedor: 133,457 km/h Média horária da pole position: 144,515 km/h 1 27 Ricardo Baptista 18 27:33.217 2 7 Clemente Lunardi 18 a 2.877 3 00 Constantino Júnior 18 a 8.486 4 51 Otávio Mesquita 18 a 8.660 5 57 Guilherme Figueiroa 18 a 9.986 6 99 Tom Valle 18 a 13.586 7* 69 Walter Salles 18 a 14.318 8 65 Valter Rossete 18 a 15.183 9 21 Luís Zattar 18 a 28.188 10 55 Marcel Visconde 18 a 28.319 11 5 Antônio Hermann 18 a 34.313 12 34 Maurizio Billi 18 a 42.056 13 10 Beny Lago 18 a 58.222 14 78 Haroldo Pinto 18 a 58.561 15 11 Omilton Visconde Jr. 18 a 1:03.157 16 15 Henry Visconde 18 a 1:03.463 17 63 Sérgio Ribas 13 a 5 voltas 18 1 Beto Posses 1 acidente 9 Xandy Negrão não largou Volta mais rápida: Constantino Júnior, 1:26.047, média de 154,589 km/h Média horária do vencedor: 144,830 km/h Todos os pilotos correm com Porsche 911 GT3 Cup. * Piloto convidado, não pontua no campeonato. Para efeito de pontuação, os demais sobem uma posição. A palavra dos três primeiros Xandy Negrão 1 o na etapa 11 Não largou na etapa 12 Venci, mas se o Walter Salles tivesse ido até o final eu não sei se conseguiria segurar o primeiro lugar. Foi uma pena ele ter saído da prova. Na curva onde ele rodou, batia um vento forte que desequilibrava o carro. Talvez ele tenha saído da pista por isso. Ricardo Baptista 4 o na etapa 11 1 o na etapa 12 A vitória já vinha batendo na trave. Não foi fácil porque a pressão do Lunardi era muito forte. Ao mesmo tempo, eu tinha que manter a concentração e torcer para que nada de errado acontecesse. Foi ótimo, tirei um peso das costas! Clemente Lunardi 3 o na etapa 11 2 o na etapa 12 Mesmo com o terceiro lugar na primeira corrida, não fiquei feliz porque errei na largada. Pulei para segundo, mas engatei uma marcha errada e caí para quinto. Na segunda corrida, com o rendimento parecido com o do Ricardo, só me restou pressioná-lo até o final. Tom Valle 2 o na etapa 11 6 o na etapa 12 Tive apenas um susto durante a corrida: o porta-luva do carro se soltou! Mas terminei em segundo lugar, um resultado muito bom, especialmente depois de uma disputa dura como a que tive com o Clemente. Constantino Júnior 10 o na etapa 11 3 o na etapa 12 Ainda estou descobrindo os limites do carro. O terceiro lugar é um ótimo resultado, principalmente para quem está correndo de Porsche pela primeira vez. Gostei muito da categoria, as disputas foram de primeiro nível. Classificação do campeonato após oito etapas 1 Xandy Negrão 180 2 Tom Valle 155 3 Otávio Mesquita 147 4 Ricardo Baptista 140 5 Beto Posses 126 6 Clemente Lunardi 93 7 Luís Zattar 84 8 Marcel Visconde 83 9 Maurizio Billi 77 10 Guilherme Figueiroa 76 11 Sérgio Ribas 56 12 Haroldo Pinto 54 13 Antônio Hermann 45 14 Eduardo de Souza Ramos 42 15 Marcos Barros 40 16 Marcelo Ometto 36 17 Charles Reed 32 18 Omilton Visconde Jr. 30 19 Totó Porto 29 20 Roberto Samed 27 21 Valter Rossete 26 22 Constantino Júnior 22 23 Henry Visconde 15 24 Beny Lago 5 Patrocínio Clubnews 25 77