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Transcrição:

POPULAÇÃO URBANA DA REGIÃO ADMINISTRATIVA DE CAMPINAS Bárbara Roberta R.T. Giovanetti Faculdade de Arquitetura e Urbanismo CEATEC ba_roberta16@hotmail.com Ivone Salgado Programa de Pós-graduação em Urbanismo CEATEC salgadoivone@uol.com.br RESUMO: O objetivo da pesquisa foi o de trabalhar com series documentais, especialmente a cartografia e os dados do IBGE da série cidades@ e os quadros de desmembramentos dos municípios construídos pelo Instituto Geográfico e Geológico de São Paulo e publicados em 1995, visando construir tabulações gerais sobre o crescimento populacional das cidades na Região Administrativa de Campinas e de parte da Região Administrativa de Sorocaba para o período entre 1940 e 2010. Através destes estudos de evolução populacional objetivou-se a identificação de cidades da região de Campinas, que ainda preservem vestígios da configuração urbana do ciclo cafeeiro no estado 1850 a 1930. Através desta identificação, pretende-se subsidiar políticas de preservação patrimonial, com destaque para seus aspectos arquitetônicos e urbanísticos, para fins de preservação do conjunto do seu patrimônio urbano ou de seus vestígios de formação da urbes. A pesquisa visa, portanto, construir subsídios para políticas de valorização patrimonial, resgatando aspectos da história destas formações, da suas memórias e das identidades destas cidades. Palavras-chave: Crescimento Populacional; Urbanismo; Fundação de cidades. Área do Conhecimento: História do pensamento urbanístico. Área: Ciências Sociais e Aplicadas. Sub-Área do Conhecimento: Arquitetura e Urbanismo.. 1. INTRODUÇÃO A pesquisa consiste na analise das séries históricas de evolução populacional para os 89 (oitenta e nove) municípios que hoje compõem a Região Administrativa de Campinas, segundo a Secretaria de Planejamento do Governo do Estado de São Paulo. Foi inicialmente tabulada a evolução populacional dos municípios da região de Campinas, com dados do IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, para o período entre 1940 e 2010, incluindo o Censo de 2010. Em um segundo momento, após o estudo dos dados obtidos, constatou-se a importância da Região Administrativa de Sorocaba para formação da região objeto da análise assim, foram incluídos na pesquisa outros 24 (vinte e quatro) municípios. Com este levantamento nossa intenção é de identificar, através do estudo de gráficos e tabelas, primeiramente, as cidades que mantiveram um pequeno crescimento populacional. Como partimos da hipótese de que estas cidades possuem grandes chances de contarem com um patrimônio relativamente preservado, o levantamento permitiu selecionar dentre as 113 cidades estudadas, 41 municípios para estudos de caso, visando identificar, entre os mesmos, alterações substanciais de população, juntamente com o estudo da expansão territorial e desmembramento. O que nos levará à delimitação dos estudos de caso, a fim de averiguar o desenvolvimento e identificação a possível preservação do seu patrimônio histórico urbano. 2. METODOLOGIA A pesquisa trabalha com analise de séries populacionais do IBGE [1] e tabulou os dados relativos aos municípios em estudo organizando as séries em tabelas e em gráficos visando subsidiar as analises. Utilizamos também uma literatura secundária sobre o tema e dados relativos à formação administrativa dos municípios estudados organizados pela SEADE. [2] Neste sentido, foram efetuados as seguintes tabulações: 1. Levantamento Populacional dos 89 municípios da Região Administrativa de Campinas 2. Estudo da tabela de desmembramento territorial da vila de São Paulo, e inclusão de 24 municípios da Região Administrativa de Sorocaba na pesquisa. 3. Levantamento Populacional dos 24 municípios da Região Administrativa de Sorocaba.

4. Tabulação da população dos 113 municípios em estudo. 5. Elaboração de gráficos populacionais dos 113 municípios em estudo. 6. Levantamento dos municípios fundados no decorrer dos ciclos históricos ocorridos durante período entre 1765 a 1889. 7. Levantamento dos mapas do século XX e a- tuais dos municípios selecionados para estudo mais detalhado. 8. Estudo do histórico de fundação, populacional, espacial e de desmembramento dos municípios selecionados. 3. RESULTADOS 3.1.Formação urbana na região de Campinas Do universo de 130 municípios que hoje formam a região em estudo, Região Administrativa de Campinas e parte da região Administrativa de Sorocaba, 106 municípios se formaram no período em estudo, ou seja, entre o século XVII e 1930. Para a analise da formação destes 106 municípios eles foram a- grupados a seguinte maneira: Ciclo das Monções das Bandeiras (municípios fundados até o ano de 1769); Ciclo do Açúcar ( municípios fundados entre os de 1770 à 1842); e o Ciclo do Café (municípios formados entre 1843 e 1930). Para o Ciclo do Café foram considerados três períodos: o primeiro relativo aos anos anteriores à expansão do sistema ferroviário na região (municípios fundados entre os anos de 1843 a 1870); o segundo período marcado pela expansão da malha ferroviária na região ( municípios fundados entre os anos de 1871 a 1888); e o terceiro período marcado pelo incipiente processo de industrialização do complexo cafeeiro no contexto da Primeira República (municípios fundados entre 1889 e 1930). Para cada ciclo histórico foram selecionados alguns estudos de caso visando desenvolver uma metodologia de estudo da formação urbana a ser aplicada em novos casos futuramente. Durante o Ciclo das Monções das Bandeiras, do século XVII até o ano de 1769, na região em estudo, formaram-se 10 núcleos urbanos, entre cidades (vilas) e suas freguesias. Neste período foram formados os seguintes municípios, na época vilas: Itú (1654), Jundiaí (1655), Sorocaba (1661), Atibaia (1769), Moji Mirim (1769), (1765 1769). Ainda neste período, já existiam como povoados alguns núcleos que se tornaram freguesias: Nazaré Paulista, Porto Feliz, Mogi-Guaçu, Bragança Paulista e Itapetininga, posteriormente elevadas a municípios (vilas) no ciclo do açucar: Nazaré Paulista, freguesia em 1676-1769 e município em 1850; Porto Feliz, freguesia em 1728 e município em 1797; Mogi-Guaçu, freguesia em 1760-1769 e município em 1877; Bragança Paulista, freguesia em 1765-1769 e município em 1797; e Itapetininga, freguesia em 1766 e município em 1770. (Tabela 1) Tabela 1. Freguesias e municípios (vilas) formados na região de Campinas e Sorocaba no Ciclo das Monções e Bandeiras (século XVII até 1769) da Freguesia Denominação atual do Município do Município (Vila) 1653 ITÚ 1654 JUNDIAÍ 1655 SOROCABA 1661 1676-1769 NAZARÉ PAULISTA 1850 1728 PORTO FELZ 1797 1740-1769 MOGI GUAÇU 1877 1747 ATIBAIA 1769 1751 MOJI MIRIM 1769 1765-1769 BRAGANÇA PAULISTA 1797 1766 ITAPETININGA 1770 No Ciclo do Açúcar (1770 a 1842) esta rede urbana se amplia na região de Campinas, Itú e Sorocaba quando foram formados mais 22 núcleos urbanos, dentre eles 7 novos municípios, na época vila: Piracicaba (1821), Campinas (1797), Tietê (1842), Casa Branca (1841), Batatais (1839), (1826), Capivarí (1832) e Limeira (1842). Neste mesmo período foram formadas diversas freguesias na região, 15 no total: Caconde (1775-1841), Araçoiaba da Serra (1821), Tatuí (1822), Cabreúva (1830), Indaiatuba (1830), Itatiba (1830), Rio Claro (1830-1842), Monte Mor (1832), Piracaia (1836-1850), São João da Boa Vista (1838), Socorro (1838), Amparo (1839), Serra Negra (1841), Jarinú (1842-1844) e Pirassununga (1842). (Tabela 2) Os estudos sobre a formação da rede urbana no território paulista no ciclo das bandeiras e no ciclo do açúcar foram abordados pela literatura e apontam desdobramentos ainda necessários. [3] e [4]

Tabela 2. Freguesias e municípios (vilas) formados na região de Campinas e Sorocaba no Ciclo do Açucar (1770-1842) Data de criação da Freguesia Denominação atual do Município do Município (Vila) 1774-1776 PIRACICABA 1821 1775 CAMPINAS 1797 1775-1841 CACONDE 1864 1811 TIETÊ 1842 1814 CASA BRANCA 1841 1814-1821 BATATAIS 1839 1821 ARAÇOIABA DA SERRA 1936 1822 TATUI 1844 1826 CAPIVARI 1832 1830 CABREÚVA 1859 1830 INDAIATUBA 1859 1830 ITATIBA 1857 1830 LIMEIRA 1842 1830-1842 RIO CLARO 1845 1832 MONTE MOR 1871 1836-1850 PIRACAIA 1859 1838 SÃO JOÃO DA BOA VISTA 1859 1838 SOCORRO 1871 1839 AMPARO 1857 1841 SERRA NEGRA 1859 1842-1844 JARINÚ 1859 1842 PIRASSUNUNGA 1865 Durante o que podemos classificar como o Primeiro Período do Ciclo do Café na região, entre os anos de 1843 a 1870, período no qual a produção cafeeira ultrapassa a produção açucareira e domina progressivamente a economia da região, período anterior à expansão da rede ferrovia, foram formados 17 novos núcleos urbanos, dos quais os 11 seguintes municípios, na época vilas: Santa Bárbara D Oeste (1869), Botucatu (1855), Brotas (1859), Itapira (1858), Piedade (1857), Ibiúna (1857), Mococa (1871), Araras (1871), Bofete (1880), Angatuba (1885) e São José do Rio Pardo (1885). Neste mesmo período, também foram elevadas à condição de freguesias, as 6 seguintes povoações: Itirapina (!852), Espírito Santo do Pinhal (1860), Alambari (1861), São Pedro (1864), Anhembi (1866) e Bom Jesus dos Perdões (1863). Ainda, neste período a maioria das freguesias formadas no ciclo do açúcar tornam-se municípios: Caconde (1864), Tatuí (1844), Cabreúva (1859), Indaiatuba (1859), Itatiba (1857), Rio Claro (1845), Monte Mor (1871), Piracaia (1859), São João da Boa Vista (1859), Socorro (1871), Amparo (1857), Serra Negra (1859), Jarinú (1859) e Pirassununga (1865). (Tabela 3) Tabela 3. Freguesias e municípios (vilas) formados na região de Campinas e Sorocaba no Primeiro Período do Ciclo do Café (1843 a 1870) Data de criação da Freguesia Denominação atual do Município do Município (Vila) 1844-1846 SANTA BÁRBARA D OESTE 1869 1846 BOTUCATU 1855 1846-1853 BROTAS 1859 1847 ITAPIRA 1858 1847 PIEDADE 1857 1850 IBIÚNA 1857 1852 ITIRAPINA 1935 1856-1868 MOCOCA 1871 1860 ESPÍRITO SANTO DO 1877 PINHAL 1861 ALAMBARI 1991 1864 SÃO PEDRO 1881 1866 ANHEMBI 1948 1869 ARARAS 1871 1871 BOFETE 1880 1872 ANGATUBA 1885 1873 BOM JESUS DOS PERDÕES 1959 1874-1880 SÃO JOSÉ DO RIO PARDO 1885 Para o período que podemos considerar como o Segundo Período do Ciclo do Café, segundo período de expansão da rede ferroviária na região até a formação da Primeira República, entre 1871 e 1888, foram criados os 11 novos núcleos urbanos na região, dentre eles 5 municípios (vilas): Pedreiras (1889), São Miguel Arcanjo (1889), São Manuel (1885), Santa Cruz das Palmeiras (1885), e Salto (1889). Neste mesmo período, foram criadas na região, as seguintes 6 freguesias: Santa Maria da Serra (1881), Porangaba (1885), Santa Cruz da Conceição (1885), Monte Alegre do Sul (1887), Vargem Grande do Sul (1888). e Rio das Pedras (1894). No período que consideramos como o Terceiro Período do Ciclo do Café, período da Primeira República, 1889-1930, a expansão da rede urbana na região de Campinas, Itú e Sorocaba é a mais expressiva. Nesta época, formam-se inúmeros núcleos urbanos, dentre eles 13 municípios: Analândia (1897), Pedreira (1896), Joanópolis (1895), Leme (1895), Itatinga (1896), Tambaú (1893), Conchas (1916), Laranjal Paulista (1896), Torrinha 91896), São Sebastião da Grama (1925), Americana (1924), Tapiratiba (1928) e Águas da Prata (1926 Todavia, o que se destaca neste período, é a formação de inúmeros distritos, que corresponderia às freguesias antes da República, num total de 33 novas

freguesias pertencentes aos municípios da região em estudo. 3.2Estudos de caso de municípios da região de Campinas por ciclos históricos O estudo dos desmembramentos territoriais foram fundamentais para o entendimento da formação dos municípios paulistas. [5] Para a presente síntese, foi feita uma seleção para estudos de caso, considerando municípios representativos dos ciclos econômicos historicamente delimitados. Esta seleção de estudos de caso visou a construção de uma metodologia para um estudo mais detalhado da formação urbana e da sua evolução demográfica que poderá, futuramente, ser ampliada. Esta seleção foi realizada considerando o critério de ano de fundação do núcleo urbano que daria origem ao município, quer a freguesia, ou diretamente a vila, equivalente 3 ciclos históricos considerados na análise. Para o Ciclo das Monções das Bandeiras, do século XVII até o ano de 1769, foi selecionado para analise o município de Porto Feliz. Para o Ciclo do Açúcar, de 1770 a 1842, foi selecionado para analise o município de Piracicaba. Para Primeiro Período do Ciclo do Café na região, entre os anos de 1843 a 1870, foi selecionados para analise o município de Araras. Para o Segundo Período do Ciclo do Café, entre 1871 e 1888, foi selecionado para analise o município de Santa Cruz das Palmeiras. Para o Terceiro Período do Ciclo do Café, período da Primeira República, 1889-1930, foi selecionado para analise o município de Santo Antonio de Posse. O caso do município de Piracicaba é apresentado como um exemplo do estudo realizado para 41 municípios selecionados na segunda fase da pesquia. Piracicaba possui hoje uma população de 364.571habitantes (conforme tabela ), sendo a mesma predominantemente urbana (356.743habitantes), e quase quatro vezes maior que no ano de 1940 ( 76.416 habitantes.). O município se mantém em processo de crescimento demográfico desde o ano de 1940 até os dias atuais, entretanto o mesmo ainda é caracterizado como município de médio porte. Histórico Povoação fundada a 1-8-1767, na paragem denominada Piracicaba, em território de Itu. A Capela foi fundada sob a invocação de Nossa Senhora dos Prazeres, em 24-7-1770. Por ordem de 7-7-1784, a povoação foi mudada da margem direita do Rio Piracicaba para a margem esquerda, sendo denominada de Santo Antônio. Pela Portaria de 22-2-1808, parte de sua povoação ficou pertencendo a Itu e parte a Porto Feliz. Através da Portaria de 31-10-1821, Instalado a 10-8-1822,o município denominado de Vila Nova da Constituição é fundado, com sede na povoação de Piracicaba e território desmembrado da antiga Vila de Porto Feliz. Instalado a 10-8-1822.Tomou o nome de Piracicaba por força da Lei 21 de 13 ou 19-4-1877, ou ainda, de 13-8-1877. Crescimento Populacional O município de Piracicaba em 1920, a cidade atinge 67.732 habitantes. Em 1940 os habitantes de Piracicaba totalizavam-se 76.416, e o crescimento demográfico do município se mantém até o ano de 2010, ininterruptamente. Conforme as seguintes séries: em 1940 haviam 76.416 habitantes; em 1950 haviam 87.835 habitantes; em 1960 haviam 116.190 habitantes; em 1970 haviam 152.505 habitantes; em 1980 haviam 213.343 habitantes; em 1991 haviam 282.492 habitantes; em 1996 haviam 305.476 habitantes; em 2000 haviam 328.642 habitantes e em 2010 haviam 364.571habitantes no município. Gráfico 1. Piracicaba (1940-2010). Demografia Tabela 4. Evolução Demográfica de Piracicaba (1940-2010). Fonte: IBGE Total Urbana Rural 1940 76.416 33.771 42.645 1950 87.835 47.787 40.048 1960 116.190 82.303 33.887 1970 152.505 127.818 24.687 1980 213.343 197.038 16.305 1991 282.492 268.587 13.905 1996 305.476 292.744 12.732 2000 328.642 316.876 11.766 2010 364.571 356.743 7.828

Desmembramento A cidade de Piracicaba, inicialmente pertencia a Itu, sendo elevado a município em 1821. Oito anos após a sua fundação, Piracicaba sofre o seu primeiro desmembramento, pelo Decreto de 10 7 1832, perdendo parte de seu território para a fundação do Município de Araraquara. Após dez anos, outro desmembramento é realizado, desta vez devida a transferência da freguesia de Rio Claro, através da Lei 25 de 8 3 1842, para o município de Limeira. Outros dez municípios foram desmembrados de Piracicaba, sendo eles: Limeira, em 1842 pela Lei 25 de 8 3 1842, foi desmembrado para a fundação do seu município; Em 1869 pela Lei 2 de 15 6 1869, a Freguesia de Santa Bárbara foi elevada a município, denominado Santa Bárbara D Oeste; Santa Maria também foi desmembrada de Piracicaba, entre os anos de 1887 a 1897, sem data definida, sendo transferida para o Município de São Pedro; Rio das Pedras, foi desmembrado de Piracicaba 1894 (Lei 291 de 10 7 1894) sendo elevado a município; O distrito de Xarqueada foi elevado a município em 30 12 1953, através da Lei 2456, também sendo desmembrado de Piracicaba; Ibitiruna foi elevado a Distrito através da Lei de 1877 de 17 11 1922, transferindo sua sede para Serra Negra; Saltinho foi desmembrado em 30 12 1991, pela Lei 7664 e elevado a município; Artemis passou a ser um Distrito em 1936 (Lei 2641 de 15 1 1936) sendo assim desmembrado de Piracicaba; Tupi, também foi elevado a distrito pela Lei 2783 de 23 12 1936. 3.3.Considerações finas Para os municípios pequenos na década de 1940, ou seja, municípios que apresentavam uma população de até 20 mil habitantes, podemos observar que: alguns deles tiveram um pequeno crescimento, mantendo um núcleo urbano relativamente pequeno para os padrões das cidades do Estado de São Paulo na década de 2010, como em Aguaí que tornou-se município em meados de1950 e mantém a sua população total de 32.148 habitantes, um crescimento baixo em comparação com o paradigma dos municípios do século XXI. Cidades como Aguaí, que não tiveram um crescimento populacional significativo em 50 anos, e após analisar os dados coletados é provável que não tenha ocorrido uma verticalização na cidade, provavelmente mantenha as suas características urbanas preservadas, como o traçados das vias e as vilas e povoações da cidade. Para os municípios médios na década de 1940, ou seja, municípios que apresentavam uma população entre 20 mil habitantes e 60 mil habitantes, sendo eles: Amparo, Araras, Batatais, Bragança Paulista, Capivari, Casa Branca, Espírito Santo do Pinhal, Itapetininga, Itapira, Itu, Jundiaí, Limeira, Mococa, Moji Mirim, Rio Claro, São João da Boa Vista, São José do Rio Pardo, Socorro e Tietê, podemos observar que: alguns deles tiveram um pequeno crescimento, mantendo um núcleo urbano relativamente pequeno para os padrões das cidades do Estado de São Paulo na década de 2010, como Tietê, que apesar de ser considerada uma cidade de porte médio na década de 1940, hoje é uma cidade com apenas 36.835 habitantes no total, ou seja em 60 anos, seu crescimento populacional foi de apenas 10.899 pessoas, que é um crescimento baixíssimo para os padrões dos municípios do Estado de São Paulo. Tietê, provavelmente, devido ao seu baixo crescimento populacional e urbano, não iniciou sua verticalização e mantêm vivo os patrimônios urbanísticos, arquitetônicos e históricos do período do café. Já outras cidades tiveram um grande crescimento como Mococa, que nos anos de 1940 tinha sua população total em 26.054 habitantes, semelhante a Tietê, sendo considerada assim, uma cidade de médio porte. Porem, hoje sua população total é de 66.290 habitantes, que é quase o dobro da população atual de Tietê. Analisando Mococa, juntamente com outros municípios citados, percebendo que, devido ao grande aumento de sua população e consequentemente o seu desenvolvimento urbano, provavelmente o seu patrimônio histórico não esteja totalmente preservado. Para os grandes municípios na década de 1940, ou seja, municípios que apresentavam uma população acima se 60 mil habitantes, sendo eles: Campinas, Piracicaba e Sorocaba, podemos observar que: alguns deles, mesmo com o seu grande crescimento populacional, ainda conseguiram preservar alguns resquícios dos primórdios do seu núcleo urbano e alguns prédios históricos, apesar do seu enorme desenvolvimento; como por exemplo Sorocaba, que é uma cidade fundada nos anos de 1654, mas mantêm preservados a sua primeira igreja como também o caminho dos tropeiros fundadores da cidade, além do seu núcleo urbano, apesar dos seus 586.625 habitantes.

AGRADECIMENTOS Agradecemos à PUC Campinas pela viabilização da presente pesquisa através da Bolsa de Iniciação Científica concedida dentro do Programa FAPIC Reitoria, com vigência no período Agosto 2012 Julho 2013. REFERÊNCIAS [1]. Instituto Brasileiro de Geografia e Estátistica. Censo Dermográficohttp://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp? c=3472&z=cd&o=10 [2]. Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados ( SEADE ) - Memórias das Estatísticas Demográficas do Estado de São Paulo - https://www.seade.gov.br/produtos/500anos/ [3]. BUENO, Beatriz Piccolotto Siqueira. Dilatação dos confins: caminhos, vilas e cidades na formação da Capitania de São Paulo (1532-1822).Anais do MuseuPaulista, Dez 2009, vol.17, no.2, p.251-294. ISSN 0101-4714 [4]. GOULART, Nestor. 2011. Imagens de vilas e cidades no Brasil colonial. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo & Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 411 p. [5]. Tabela 1 e 2 -Desmembramentos territoriais da vila de São Paulo, entre os séculos XVI e XIX. Fonte: SEADE. 2012. [6]. Arquivo Público do Estado de São Paulo Acervo Digitalizado - http://www.arquivoestado.sp.gov.br/ [7]. FONSECA, Antônio José Baptista de Luné ;FONSECA, Paulo Delfino. Almanaque da Província de São Paulo, 1873.