ANÁLISE TEMPORAL DA VEGETAÇÃO NA REGIÃO DO NORDESTE ATRAVÉS DE DADOS EVI DO MODIS

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Transcrição:

Ciência Florestal, Santa Maria, v. 21, n. 1, p. 1-8, jan.-mar., 211 ISSN 13-9954 ANÁLISE TEMPORAL DA VEGETAÇÃO NA REGIÃO DO NORDESTE ATRAVÉS DE DADOS DO MODIS 1 MULTI-TEMPORAL ANALYSIS OF NORTHEAST VEGETATION BY MEANS OF MODIS- DATA Mileide de Holanda Formigoni 1 Alexandre Cândido Xavier 2 Julião Soares de Souza Lima 3 RESUMO O Nordeste Brasileiro (NEB) apresenta diferentes tipos de vegetação, sendo importantes para manutenção do seu ecossistema. Com a utilização de técnicas de sensoriamento remoto é possível analisar variações de comunidades de vegetação e suas alterações fenológicas. O objetivo principal deste trabalho é avaliar o comportamento temporal do Índice de Vegetação Melhorado () do sensor Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS), de diferentes tipos de vegetação do NEB no período entre fevereiro de 2 a julho de 26. A área de estudo foi um transecto de comprimento aproximadado 1.8 km sob a latitude -6º41 24 localizada na região do NEB, onde foi possível avaliar os principais tipos de vegetação existentes. Para a caracterização dos tipos de vegetação, foi utilizado um mapa de vegetação na escala de 1:5.. do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para se cobrir o período estudado, foi utilizado um total de 144 imagens livres de nuvens com resolução espacial de 25 m, adquiridas da Agencia Nacional Aeroespacial Norte-americana (NASA). Os resultados obtidos mostraram que: i) os dados foram sensíveis aos diferentes tipos de vegetação; ii) a vegetação Amazônia apresentou a menor variação multitemporal dos valores de, todavia apresentando os valores mais elevados; iii) a vegetação de Caatinga analisada apresentou a maior variação dos valores de. Palavras-chave: sensoriamento remoto; índices de vegetação; biomas. ABSTRACT The Brazilian Northeast (NEB) region presents different vegetation types that are important to maintain this ecosystem. With remote sensing techniques it is possible to analyze variations in vegetation community and alterations in vegetation phenology. The main objective of this work is to evaluate the temporal behavior of the Enhanced Vegetation Index () from Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS) of different vegetation types in the NEB over the period ranging from February/2 to July/26. The study area was a 1,8 km long transect at latitude -6º41 24 enclosed at the NEB region. A map of Brazil (1:5,, scale, from Brazilian Institute of Geography and Statistics, IBGE) was used to characterize the vegetation types. A total of 144 cloud-free images with spatial resolution of 25 m were acquired from National Aeronautics and Space Administration (NASA). The results showed that: i) data were sensible to the vegetation types; ii) amazon vegetation presented lesser variation in the multi-temporal, however with greater values; iii) Caatinga vegetation presented greater values variation. Keywords: remote sensing; vegetation indices; biomes. 1. Bióloga, MSc., Alto Universitário, s/n, Caixa Postal 16, Guararema, CEP 295-, Alegre (ES). mileidehf@gmail.com 2. Engenheiro Agrícola, Dr., Professor Adjunto do Departamento de Engenharia Rural, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Espírito Santo, Alto Universitário, s/n, Caixa Postal 16, Guararema, CEP 295-, Alegre (ES). xavier@cca.ufes.br 3. Engenheiro Agrícola, Dr., Professor Associado do Departamento de Engenharia Rural, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Espírito Santo, Alto Universitário, s/n, Caixa Postal 16, Guararema, CEP 295-, Alegre (ES). limajss@yahoo.com.br Recebido para publicação em 14/3/28 e aceito em 31/8/21. Ci. Fl., v. 21, n. 1, jan.-mar., 211

2 Formigoni, M. H.; Xavier, A. C.; Lima, J. S. S. INTRODUÇÃO O Nordeste Brasileiro (NEB), localizado na faixa tropical de aproximadamente 1º a 18º de latitude Sul e 35º a 47º de longitude Oeste, é constituído pelos estados de Alagoas (AL), Bahia (BA), Ceará (CE), Maranhão (MA), Paraíba (PB), Pernambuco (PE), Piauí (PI), Rio Grande do Norte (RN) e Sergipe (SE). O NEB é uma região que apresenta alta diversidade biológica, onde podem ser encontrados diversos biomas e tipos de vegetação. Tendo como base o mapa de bioma do Brasil, na escala de 1:5.., os principais biomas encontrados no NEB são: amazônia, caatinga, cerrado e mata atlântica (IBGE, 24a). O monitoramento da cobertura vegetal, utilizando produtos e técnicas de Sensoriamento Remoto (SR) e geoprocessamento é embasado na necessidade de análise dos recursos vegetais, contribuindo para o acompanhamento temporal e a obtenção de informações como a distribuição dos tipos de vegetação, a fenologia, a estrutura do dossel, as condições de estresse e as mudanças de uso do solo. Uma das maneiras de se realizar estudos relacionados à vegetação é por meio de técnicas de SR, utilizando Índices de Vegetação espectrais (IVs), que estão relacionados, dentre outros fatores, ao índice de área foliar (TUCKER et al., 1985). Na literatura, são encontrados diversos IVs, sendo que a maioria deles é obtida através de medidas da reflectância nas faixas espectrais do vermelho (r Ver, ~,62 a,67 mm) e do infravermelho próximo (r IVP, ~,7 a,9 mm) do espectro eletromagnético (MOREIRA & SHIMABUKURO, 24). Pode-se citar como exemplo de IVs, o NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada), o SAVI (Índice de Vegetação Ajustado ao Solo) e o (Índice de Vegetação Melhorado). O foi desenvolvido para se trabalhar com dados do sensor MODIS, a bordo dos satélites Terra e Acqua, lançados pela NASA (Agência Nacional Aeroespacial Norte-americana (HUETE et al., 1997), sendo este IV mais sensível ao sinal da vegetação verde, minimizando os efeitos do solo e da atmosfera (JUSTICE et al., 1998), e calculado como: ρ EV I = G IV P ρ V er L + ρ IV P + C 1 ρ V er C 2 ρ azul (1) em que: G = fator de ganho (2,5); r IVP = reflectância no infravermelho próximo; r Ver = reflectância no vermelho; r Azul = reflectância no azul; C 1 = coeficiente de correção dos efeitos atmosféricos para o vermelho (6); C 2 = coeficiente de correção dos efeitos atmosféricos para o azul (7,5); L = fator de correção para a interferência do solo. Vários estudos já foram realizados utilizando IVs. Ferreira et al. (25) analisaram a sazonalidade do bioma cerrado através do NDVI e do sensor MODIS. Comparando os IVs, observaram que o apresentou um melhor desempenho para a discriminação sazonal da cobertura vegetal, por ser mais sensível a pequenas variações do IAF. Já Lacruz et al. (25) realizaram o monitoramento das mudanças em um corredor ecológico do bioma amazônia no estado do Pará, no período de jan/21 a dez/23, por meio de imagens derivadas do sensor MODIS com resolução espacial de 25 m. Através de análise harmônica, caracterizaram o comportamento de diferentes tipologias de uso e cobertura da terra. As imagens /MODIS se mostraram apropriadas para esse tipo de estudo, principalmente quando se requer trabalhar com extensas regiões. Imagens multi-temporais de IVs têm se mostrado eficientes para o monitoramento da vegetação (Justice et al., 1985), uma vez que, utilizando apenas uma imagem, pode-se ter tipos de vegetação distintos, todavia com comportamento espectral semelhante (Townshend et al., 1987). Este trabalho tem como objetivo principal avaliar o comportamento temporal do Índice de Vegetação Melhorado () do sensor MODIS para os principais biomas do NEB, inseridos no transecto de aproximadamente 18 km (IBGE, 24a) na latitude -6º41 24 (-6,69º), no período de fevereiro de 2 a julho de 26. MATERIAIS E MÉTODOS A área de estudo foi a região Nordeste do Brasil, mais especificamente o transecto com comprimento de aproximadamente 18 km (IBGE, 24a), sob a latitude -6,69º. Essa latitude foi escolhida por conter, ao longo das longitudes, os principais biomas do NEB: amazônia, caatinga, cerrado e mata atlântica. A Figura 1 ilustra o transecto da latitude -6,69º, onde são identificados os principais tipos de vegetação inseridos nos principais biomas do NEB, a partir do mapa de vegetação do IBGE (24b). De acordo com a classificação de Köeppen, o clima do NEB é classificado como Bshw (quente Ci. Fl., v. 21, n. 1, jan.-mar., 211

Análise temporal da vegetação na região do nordeste através de dados do modis 3 e semi-árido, com chuvas de verão) e Bshw (quente semi-árido, com chuvas de verão/outono), havendo a influência da massa equatorial continental, da massa equatorial atlântica e da massa tropical atlântica, portanto, todo esse sistema tem influência no ambiente (FERNANDES, 23). Com relação à temperatura, o NEB apresenta certa homogeneidade espacial e pouca variação anual. No litoral nordestino, a temperatura média anual está em torno dos 24ºC. A mínima média do mês mais frio é de 26ºC do RN ao SE e de 22ºC na BA (SILVA, 1987). Para definição e caracterização dos biomas estudados neste trabalho, foram utilizados como base um mapa de biomas do Brasil, na escala de 1:5.. (IBGE, 24a), e um mapa de vegetação do Brasil, na escala de 1:5.. (IBGE, 24b). Para avaliação temporal das diferentes fisionomias dos biomas estudados, foi utilizado um conjunto de 144 imagens com resolução espacial de 25 m, período de composição do produto de 16 dias e resolução radiométrica de 16 bits, no período de fevereiro de 2 a julho de 26, derivadas do sensor MODIS/Terra, produto MOD13Q1, adquiridas gratuitamente via internet, através do endereço eletrônico: <http://edcimswww. cr.usgs.gov/pub/imswelcome/>. Para formar uma cena de toda a região do NEB, foram necessários quatro tiles, que foram mosaicados por meio do software MRT ( Modis Reprojection Tool ), com definição do modelo da terra WGS84. A reamostragem foi realizada utilizando o método do vizinho mais próximo, e o sistema de coordenadas utilizado foi o Latlong. O programa Convgeotiff (ARAI, 23), desenvolvido pelo INPE, foi utilizado para realizar Latitude (Graus) -2-4 -6-8 -1-12 Floresta Ombrófila Densa Savana -5-48 -46-44 -42-4 -38-36 -34 FIGURA 1: Representação do transecto da latitude -6,69º na área de estudo. FIGURE 1: Study area transect at latitude -6.69º. Área de Tensão Ecológica Savana Estépica Longitude (Graus) Floresta Ombrófila Densa e Aberta a conversão das imagens de 16 bits para 8 bits, para serem utilizadas no SPRING (CÂMARA, et al., 1996). Com a finalidade de diminuir o ruído nos dados originais de, foram aplicados às imagens dois filtros em sequência, um filtro espacial e outro espaço-temporal. O filtro espacial foi aplicado para todas as 144 imagens temporais, sendo do tipo mediana com janela de 7x7, ou seja, o valor retornado para determinado pixel central foi a mediana dos 49 (7x7) níveis digitais dessa janela. Esse filtro tem a capacidade de reduzir os ruídos e de preservar as bordas. Após a filtragem espacial das imagens, gerou-se uma imagem temporal sob o transecto na latitude -6,69º, ou seja, para cada imagem, foi capturada a respectiva linha com os dados de nessa latitude, sobrepondo essa linha de dados à linha da data anterior. Dessa forma, formou-se uma imagem temporal para essa latitude, de modo que cada linha dessa imagem representa os dados de de uma determinada data e, as colunas, as diferentes longitudes. A essa imagem temporal foi aplicado outro filtro, também de mediana, porém, com janela de 5x5. A escolha desses filtros foi realizada a partir de diversos testes de tamanhos de janelas e tipos de filtros, sendo estes os que apresentaram melhores resultados. Para uma análise mais detalhada do comportamento temporal do nos principais biomas, foram selecionadas, dentro do transecto, amostras para representar o comportamento temporal desses biomas, tendo sido escolhidas as seguintes áreas: bioma mata atlântica na longitude -35º29, Paraíba; bioma caatinga na longitude -36º39, Paraíba; bioma cerrado na longitude -41º47, Piauí; e bioma amazônia na longitude -46º59, Maranhão. Gráficos de temporais desses biomas foram gerados, assim como suas respectivas estatísticas descritivas como, por exemplo, a média ( X ), o desvio padrão (DP) e o coeficiente de variação (CV) pelas fórmulas mostradas abaixo: X = EV I i n DP = ( X EV Ii ) 2 n CV (%) = 1 X DP em que, i = 1, 2, 3... n sendo n o número total de imagens (144). Ci. Fl., v. 21, n. 1, jan.-mar., 211

4 Formigoni, M. H.; Xavier, A. C.; Lima, J. S. S. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na Figura 2, é apresentado um exemplo do comportamento espacial do do transecto sob latitude -6,69º e longitudes de -36º a -37º, referente a fevereiro/2, dos dados originais e do resultado do após a aplicação do primeiro filtro, mediana de janela 7x7, que foi aplicado em todas as 144 imagens. Nesse caso, esse transecto está inserido no estado da PB, tendo como bioma predominante a caatinga. Observa-se que o padrão geral do comportamento do ao longo desse transecto dos dados originais foi semelhante ao comportamento dos dados filtrados, com uma redução das variações abruptas dos dados originais. 1 = -6,69º,755 Lat= 6,69 o,55,255 Dado original Dado com filtro espacial 1/jul/5 1/jun/4 1/jul/3 1/jul/2 1/jul/1 1/jul/ -5-48 -46-44 -42-4 -38-36 Longitude (Graus),88,44 FIGURA 3: Imagem temporal do após o agrupamento das linhas nas diferentes datas no transecto da latitude -6,69º. FIGURE 3: Temporal image after clustering lines at transect latitude of -6.69º at different periods. 1,75,5 o Longitude= 37,4 = -37,4º Dado com filtro espacial Dado com filtro med temporal -37,4-37,3-37,2-37,1-37, -36,9-36,8 Longitude (Graus) FIGURA 2: Exemplo do processo de filtragem utilizando filtro espacial de mediana 7x7 nos dados. FIGURE 2: Example of spatial filter process using median 7 x7 values. A Figura 3 apresenta a imagem do agrupamento dos transectos sob latitude -6,69º de todas as 144 imagens após a filtragem espacial. Nessa figura, o eixo y corresponde às datas e o eixo x às longitudes. Observa-se, por exemplo, a presença de ruídos nas linhas que apresentam maiores valores de localizadas próximo à data 1/jul/25. Esse resultado foi um dos que motivaram a realização da aplicação do filtro mediana de janela 5x5. A Figura 4 apresenta a comparação do gerado do primeiro filtro e do do segundo filtro, para a latitude -6,69º e longitude -37,4º, que se refere ao bioma caatinga, apresentando uma variação sazonal característica desse bioma. Observa-se que não houve mudança no comportamento geral da variação temporal do, contudo, os dados abruptos foram suavizados.,255 jun/2 jun/3 jun/4 jun/5 FIGURA 4: Comportamento temporal do na latitude -6,69º e longitude -37,4º após a segunda filtragem. FIGURE 4: Temporal behavior of image at latitude -6.69, longitude -37.4 after applying second filter. A imagem final resultante da passagem dos dois filtros é mostrada na Figura 5, onde é possível observar uma imagem mais suavizada. As regiões mais claras representam maior quantidade de fitomassa verde, enquanto as regiões mais escuras representam a pouca quantidade ou ausência dessa biomassa. O valor máximo de, após essa última filtragem, foi menor que o anterior,,74 contra,88, respectivamente. O bioma caatinga, por exemplo, (aproximadamente na longitude de -36º a -42º), apresenta menores valores de associados a longos períodos de seca. Já no bioma amazônia Ci. Fl., v. 21, n. 1, jan.-mar., 211

Análise temporal da vegetação na região do nordeste através de dados do modis 5 1/jul/5 1/jun/4 1/jul/3 1/jul/2 1/jul/1 1/jul/ -5-48 -46-44 -42-4 -38-36 Longitude (Graus),74,37 FIGURA 5: Imagem temporal da latitude -6,69º após aplicação do segundo filtro (mediana 5x5). FIGURE 5: Temporal image at latitude -6.69 o after applying second filter (median 5x5). (aproximadamente na longitude de 48º a 5º), observam-se maiores valores de com ausência de seca prolongada. Nas longitudes aproximadas de -43º5, estado do Piauí e -48º5, estado do Tocantins, verifica-se que os valores de são nulos, devido, em ambos os casos, à existência de cursos d água que passam por essa longitude. Na Figura 6, são apresentados os diferentes comportamentos de temporal dos biomas aqui estudados. Observa-se que, para todos os biomas, existe um comportamento sazonal típico da fenologia correspondente. Porém, não é correto afirmar que as amostras selecionadas sejam representativas para o comportamento temporal desses biomas, embora sirvam como referência para um possível comportamento típico. A região representada pelo bioma caatinga foi a que apresentou maior variação do ao longo do tempo (coeficiente de variação de 53%). Já a menor variação foi observada para as regiões representadas pelos biomas amazônia e mata atlântica, ambos com coeficiente de variação de 16%. O bioma cerrado apresentou coeficiente de variação de 22%. Os maiores valores de foram observados para o bioma amazônia, enquanto os menores foram encontrados na região representativa do bioma caatinga. Quando comparado o temporal dos biomas amazônia e mata atlântica (Figura 6a), observa-se que o bioma mata atlântica apresenta valores de quase tão altos quanto os valores de do bioma amazônia. Observa-se que há uma defasagem dos maiores valores de, o que deve ser causado pela diferença de início e final do período de precipitação característico em cada um dos biomas. Quanto ao comportamento do temporal dos biomas amazônia e cerrado (Figura 6b), observase uma semelhança na sazonalidade, devido aos períodos de precipitação serem semelhantes, por estarem em regiões geográficas mais próximas, bem como maiores valores de para o bioma amazônia, devido à fenologia de ambos os biomas. A Figura 6c apresenta comportamento do temporal para os biomas amazônia e caatinga. Observa-se a diferença nos valores de para um mesmo período, resultado da fenologia dos biomas e do regime pluviométrico. A semelhança do padrão sazonal dos biomas mata atlântica e cerrado é observada através do comportamento temporal do desses biomas, porém, o bioma cerrado apresentou menores valores de (Figura 6d). A defasagem nesses biomas é visível devido ao regime pluviométrico. O comportamento do temporal nos biomas mata atlântica e caatinga é apresentado na Figura 6e, onde se observa que os valores de para o bioma mata atlântica são, na maioria das vezes, maiores do que os valores de para o bioma caatinga, fato que deve-se à fenologia de ambos os biomas. A mesma semelhança de sazonalidade pode ser observada na Figura 6f, que apresenta o comportamento do temporal nos biomas cerrado e caatinga. O comportamento temporal diferenciado entre tipos de vegetação por meio de IVs já foi estudado por outros autores, que também encontraram distinção de comportamento das diferentes fisionomias vegetais (Batista et al., 1993; Lacruz et al., 25; Liesenberg et al., 26). A relação entre e precipitação já foi discutida em alguns trabalhos, como por exemplo, o de Espig et al. (26), que, utilizando imagens e NDVI em seis áreas da região semiárida do Brasil com existência do bioma caatinga, nos anos de 23 e 24, observaram a variação sazonal dessas áreas e constataram que os valores mais elevados de e NDVI ocorreram nos meses de maiores valores de precipitação. Nunes et al. (27), por sua vez, ao realizarem a comparação da variação sazonal do nível de biomassa para quatro fitofisionomias encontradas no bioma amazônia, estado do Amazonas entre 24 e 25, através de dados e NDVI do Sensor MODIS e informações da pluviosidade mensal, verificaram que os menores valores de acompanharam os menores níveis pluviométricos. Ci. Fl., v. 21, n. 1, jan.-mar., 211

6 Formigoni, M. H.; Xavier, A. C.; Lima, J. S. S.,8,6 a) Amazônia Mata Atlântica,4,2 jul/ jul/1 jul/2 jul/3 jun/4 jul/5 jul/6,8 b),6 Amazônia Cerrado,4,2 jul/ jul/1 jul/2 jul/3 jun/4 jul/5 jul/6,8 c),6 Amazônia Caatinga,4,2 jul/ jul/1 jul/2 jul/3 jun/4 jul/5 jul/6,8 d),6 Mata Atlântica Cerrado,4,2 jul/ jul/1 jul/2 jul/3 jun/4 jul/5 jul/6 Continua... Ci. Fl., v. 21, n. 1, jan.-mar., 211

Análise temporal da vegetação na região do nordeste através de dados do modis 7,8 e),6 Mata Atlântica Caatinga,4,2 jul/ jul/1 jul/2 jul/3 jun/4 jul/5 jul/6,8 f),6 Cerrado Caatinga,4,2 jul/ jul/1 jul/2 jul/3 jun/4 jul/5 jul/6 FIGURA 6: Comportamento temporal do na latitude -6,69º correspondente aos principais biomas do NEB. FIGURE 6: Temporal image behavior at latitude -6.69º corresponding to the main biome of NEB. CONCLUSÕES Este estudo mostrou a análise do comportamento temporal do do sensor MODIS nos principais biomas do NEB para o período de fevereiro de 2 a julho de 26. A partir dos resultados obtidos foi possível concluir que: - Para a latitude -6,69º, o foi capaz de mostrar a diferença sazonal entre os diferentes biomas estudados; - Dentre os biomas, as regiões representadas pelos biomas amazônia e mata atlântica apresentaram a menor variação sazonal e os maiores valores de ; - O bioma caatinga apresentou maior variação sazonal entre os biomas estudados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAI, E. Software ConvGeoTiff. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 23. BATISTA, G. T.; SHIMABUKURO, Y. E.; LAWRENCE, W. T. Monitoramento da cobertura florestal através de índices de vegetação do NOAA- AVHRR. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, 7., 1993, Curitiba. Anais... São José dos Campos: INPE, 1993. v. 2, p. 3-37. CÂMARA, G. et al. Spring: integrating remote sensing and gis by objectoriented modeling. Computers & Graphics, 2: (3) 395-43. 1996. ESPIG, S. A.; SOARES, J. V.; SANTOS, J. R. Variações sazonais do e NDVI em áreas do semi-árido brasileiro. In: SEMINÁRIO EM ATUALIZACÃO EM SENSORIAMENTO REMOTO E SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS APLICADOS À ENGENHARIA FLORESTAL, 7., 26, Anais... Curitiba: INPE, 26. p. 219-226. Disponível em: <http://mtc-m12.sid.inpe.br/rep-/sid.inpe.br/ mtc-m12@8/26/11.7.12.16>. Acesso em: 19 jun. 27. FERNANDES, A. Conexões florísticas do Brasil. Ci. Fl., v. 21, n. 1, jan.-mar., 211

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