Pavimentação - concreto de cimento Portland com equipamento de fôrma-trilho

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DNER-ES 326/97 p. 02/14 c) DNER-EM 037/97 - Agregado graúdo para concreto de cimento; d) DNER-ES 299/97 - Pavimentação - regularização do subleito; e) DNER-ES 300/97 - Pavimentação - reforço do subleito; f) DNER-ME 094/94 - Concreto - determinação da consistência pelo consistômetro Vebê; g) DNER-ISA 07 - Instrução de Serviço Ambiental; h) Manual de Pavimentos Rígidos - Vol I - Materiais para concreto de Cimento Portland e Execução e Controle Tecnológico - DNER-IPR - 1989; i) ABNT NBR-5738/94 - Moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos; j) ABNT NBR-5739/94 - Concreto - ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos de concreto; l) ABNT NBR-7211/83 - Agregado para concreto; m) ABNT NBR-7212/84 - Execução de concreto dosado em central; n) ABNT NBR- 7223/92 - Concreto - determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone; o) ABNT NBR- 7480/85 - Barras e fios de aço destinados a armaduras de concreto armado; p) ABNT NBR-7481/90 - Telas de aço soldadas para armaduras de concreto; q) ABNT NBR-7680/83 - Extração, preparo, ensaio e análise de testemunhos de estruturas de concreto; r) ABNT NBR-11686/91 - Concreto fresco - determinação do teor de ar pelo método pressométrico; s) ABNT NBR-12142/92 - Concreto - determinação da resistência à tração na flexão em corposde-prova prismáticos; t) ASMT C 42 (1998) - Standard Test Method for Obtaining and Testing Drilled Cores and Sawed Beams of Concrete ; u) ASTM C 309 - Liquid Membrane-Forming Compounds for Curing Concrete, Specification. 3 DEFINIÇÃO Para os efeitos desta Norma é adotada a seguinte definição. Pavimento de concreto simples - são pavimentos constituídos por placas de concreto de cimento Portland, não armadas ou eventualmente com armaduras sem função estrutural, que desempenham simultaneamente as características de base e de revestimento. 4 CONDIÇÕES GERAIS 4.1 Sub-base As placas de concreto deverão ser assentes sobre uma sub-base executada com material e espessura definidos no projeto e não deverão apresentar expansibilidade ou ser bombeáveis, assegurando um suporte uniforme ao longo do tempo. 4.2 Concreto de cimento Portland para pavimento O concreto destinado à execução de pavimento rígido deverá ser dosado por método racional, de modo a obter-se com os materiais disponíveis uma mistura fresca de trabalhabilidade adequada ao processo construtivo empregado, resultado num produto endurecido compacto de baixa permeabilidade satisfazendo as condições de resistência mecânica impostas pela especificação que acompanha o projeto do pavimento. 4.3 Recebimento de materiais

DNER-ES 326/97 p. 03/14 O recebimento e armazenamento do cimento Portland, agregados e aditivos deverá ser como recomendado nas normas DNER-EM 036 e DNER-EM 037. 5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 5.1 Material 5.1.1 Cimento Portland O cimento Portland poderá ser de qualquer tipo, desde que satisfaça às exigências específicas da norma DNER-EM 036 para o tipo de cimento empregado. 5.1.2 Agregados O s agregados graúdos e miúdos deverão atender às exigências da norma DNER-EM 037. 5.1.3 Água A água destinada ao amaciamento do concreto deverá atender as exigências da norma DNER-EM 034 e os limites máximos indicados a seguir: 5.1.4 Aditivos ph entre 5 e 8 matéria orgânica, expressa em oxigênio consumido 3 mg/l resíduo sólido 5000 mg/l sulfatos, expressos em ions SO4 600 mg/l cloretos, expressos em ions Cl 1000 mg/l açúcar 5 mg/l 5.1.4.1 Os aditivos empregados no concreto da sub-base poderão ser do tipo plastificante ou redutor de água, retardador de pega e incorporador de ar. 5.1.4.2 A dosagem do aditivo no concreto deverá, em princípio, ser a recomendada pelo Fabricante, em função da temperatura ambiente, alterada para mais ou para menos em função dos efeitos obtidos, tipo de cimento empregado na obra e outras condições. Fixada esta dosagem no início da concretagem, ela não deverá ser alterada, a menos que ocorram modificações significativas nas características dos materiais da obra. 5.1.5 Aço 5.1.5.1 O aço para as eventuais barras de transferência ou de ligação deverá obedecer à ABNT NBR- 7480. 5.1.5.2 As barras de transferências deverão ser obrigatoriamente lisas e retas, de aço tipo CA-25. 5.1.5.3 Nas barras de ligação usa-se o aço CA-50 e admite-se o emprego alternativo do aço CA- 25.

DNER-ES 326/97 p. 04/14 5.1.5.4 As telas soldadas empregadas nas armaduras de combate à fissuração deverão atender à Norma ABNT NBR-7481. 5.1.6 Material selante de juntas O material selante poderá ser moldado a quente, moldado a frio ou pré-moldado, e de produção industrial. 5.1.7 Material para enchimento das juntas de dilatação Poderão ser empregadas fibras trabalhadas, cortiça, borracha esponjosa, poliestireno ou pinho sem nó, devidamente impermeabilizado, como material de enchimento na parte inferior das juntas de dilatação. 5.1.8 Como película isolante e impermeabilizante entre a placa do movimento e a sub-base poderão ser usados: a) membrana plástica, flexível, com espessura entre 0,2 mm e 0,3 mm; b) papel do tipo kraft betumado, com gramatura mínima igual a 200 g/m 2, contendo uma quantidade de cimento asfáltico de petróleo ou alcatrão não inferior a 60 g/m 2 ; c) pintura betuminosa, executada com emulsões asfálticas catiônicas de ruptura média, com taxa de aplicação entre os limites de 0,8!/m 2 e 1,6!/m 2. 5.1.9 Materiais para a cura 5.1.9.1 Os materiais empregados na cura de concreto poderão ser: água, tecido de juta, cânhamo ou algodão, lençol plástico, lençol de papel betumado ou alcatroado e compostos químicos líquidos capazes de formar películas plásticas. 5.1.9.2 Os compostos químicos líquidos deverão ser à base de PVA ou polipropileno. Ter pigmentação branca ou clara e obedecer aos requisitos da ASTM-C 309. 5.1.9.3 Os tecidos deverão ser limpos, absorventes, sem furos ou rasgões e quando secos pesar um mínimo de 200g/m 2. 5.1.9.4 O lençol plástico e o lençol de papel betumado deverão apresentar as mesmas características exigidas para seu emprego como material isolante, definidas no item 5.1.8. 5.1.10 Concreto O concreto do pavimento deverá atender os requisitos seguintes: a) resistência característica à tração na flexão (f ctmk ) ou então a resistência característica à compressão axial equivalente (f ck ), desde que determinada em ensaio a correlação entre estas resistências utilizando os materiais, que efetivamente são usados na obra; a.1) a resistência à tração na flexão será determinada em corpos-de-prova prismáticos, conforme os procedimentos constantes nas ABNT NBR- 5738 e ABNT NBR-12142. a.2) a resistência à compressão axial será determinada em corpos-de-prova cilíndricos, conforme os procedimentos constantes na ABNT NBR-5738 e ABNT NBR-5739.

DNER-ES 326/97 p. 05/14 b) consumo mínimo de cimento: C min = 320kg/m 3 c) relação água cimento: 0,55 d) abatimento máximo, determinado conforme a norma ABNT NBR-7223: Nos concretos com abatimento menor que 20 mm a consistência deverá ser determinada pelo consistômetro Vebê, conforme DNER-ME 094. e) a dimensão máxima característica do agregado no concreto não deverá exceder ¼ da espessura da placa do pavimento ou 50 mm, obedecido o valor menor. 5.2 Equipamento Os equipamentos destinados à execução das placas de concreto do pavimento são: a) fôrmas metálicas, para contenção do concreto fresco e ao mesmo tempo servir como guias para a movimentação das unidades de distribuição e adensamento do concreto, devendo ser montadas sobre rodas; b) a superfície que se apoia sobre o terreno terá no mínimo 20 cm de largura, nas fôrmas de metal até 20 cm de altura, e largura no mínimo igual à altura, no caso de fôrmas mais altas. As fôrmas devem possuir, a intervalos máximos de 1 m, dispositivos que garantam sua perfeita fixação ao solo e posterior remoção, sem prejuízo para o pavimento executado. O sistema de união deve ser tal que permita uma ajustagem correta e impeça qualquer desnivelamento ou desvio; c) distribuidora de concreto, regulável e com tração própria, podendo ser constituída de uma caçamba distribuidora de concreto na direção transversal à faixa de concretagem, ou de um cabeçote distribuidor que trabalha sobre um travessão metálico, também transversal à faixa de concretagem; d) bateria de vibradores de imersão, com diâmetro externo de no máximo 40 mm e freqüência igual ou superior a 60 Hz (3600 rpm); e) eixo rotor frontal; f) vibro-acabadora de bitola ajustável, com frequência de vibração de, no mínimo, 3500 vibrações/minuto; g) régua alisadora ou acabadora, diagonal ou não, tubular ou oscilante, de bitola ajustável; h) perfil metálico tipo T para a execução de juntas moldadas; i) máquina de serrar juntas com disco diamantado, diâmetro e espessura apropriados que possibilitem fazer a ranhura e o reservatório do selante com as dimensões especificadas em projeto; j) ponte de serviço de madeira, de rigidez suficiente para não infletir e de comprimento igual à largura da placa de concreto mais 50 cm; l) rolo de cabo longo, preferencialmente, de alumínio com fôrmas arredondadas; m) desempenadeira de madeira, com área útil de no mínimo, 450 cm 2 ; n) régua para nivelamento de madeira com 3 m de comprimento e com rigidez suficiente para não infletir; o) vassouras de piaçava, com fios suficientemente rígidos para provocar ranhuras na superfície do pavimento, ou tiras de lonas 0,25 m x 4,00 m para acabamento superficial de placa;

DNER-ES 326/97 p. 06/14 p) ferramentas com ponta em cinzel que penetrem nas juntas e vassouras de fios duros para limpeza das juntas; q) compressor de ar comprimido com mangueira de 12 m de comprimento e 12 mm de diâmetro, caso necessário, para a limpeza das juntas, dispondo de bocal que possibilite direcionar o jato de ar para dentro da junta; r) desempenadeira de borda para acabamento de cantos das juntas moldadas. 5.3 Execução do pavimento 5.3.1 Subleito 5.3.1.1 O subleito deverá ser regularizado segundo o procedimento da DNER-ES 299 e, se necessário, reforçado do modo indicado na DNER-ES 300. 5.3.1.2 Concluída a operação de preparo do subleito, este será testado com provas de carga para determinação do coeficiente de recalque (k) feitas aleatoriamente nas bordas e no eixo do futuro pavimento de concreto, no mínimo a cada 100 m, ou nos casos de solos homogêneos, a cada 200 m, e nos pontos onde julgadas necessárias. 5.3.1.3 Poderá ser admitido que o controle do coeficiente de recalque seja por meio de ensaios de Índices de Suporte Califórnia (ISC), em número estatisticamente significativo, a partir dos quais será avaliado o coeficiente de recalque (k) por meio de cursos de correlação apropriados. 5.3.2 Sub-base Será executada de acordo com as especificações estabelecidas pelo DNER para o tipo projetado, devendo ser mantida sua conformação geométrica até a ocasião da execução do pavimento de concreto. 5.3.3 Assentamento de fôrmas e preparo para a concretagem 5.3.3.1 As fôrmas serão assentes de acordo com os alinhamentos indicados no projeto, uniformemente apoiadas sobre o leito e fixadas com ponteiros de aço, de modo a suportar, sem deformação ou movimentos apreciáveis, as solicitações inerentes ao trabalho. O topo das fôrmas deverá coincidir com a superfície de rolamento prevista. O material em que se apoiam deverá estar compactado numa faixa que exceda de 50 cm para cada lado a largura da base. Os ponteiros serão espaçados de 1 m, no máximo, cuidando-se da perfeita fixação das extremidades adjacentes na junção das fôrmas. Em hipótese alguma será permitido o calçamento transversal das fôrmas que após niveladas no topo terão o espaço entre a base e a fundação completamente preenchido com argamassa, de modo a garantir apoio total e contínuo. 5.3.3.2 Verificar o alinhamento e o nivelamento das fôrmas e, se necessário, corrigir antes do lançamento do concreto. Quando se constatar insuficiência nas condições de apoio de qualquer fôrma, esta será removida e convenientemente reassentada. Depois de fixadas, deverão garantir as cotas de projeto, não se admitindo erros superiores a 3 mm no sentido vertical e a 5 mm no alinhamento longitudinal, verificados topograficamente. 5.3.3.3 Não poderão ser usadas fôrmas torcidas, empenadas ou amassadas e nas curvas de raio inferior a 30 m deverão ser usadas fôrmas curvas. 5.3.3.4 Verificar o fundo de caixa, não se admitindo espessura, ao longo de toda a seção transversal, inferior à especificada no projeto.

DNER-ES 326/97 p. 07/14 5.3.3.5 Caso indicada a colocação de película impermeabilizante e isolante sobre a superfície de sub-base, verificar se a película está adequadamente esticada e se as emendas são feitas com recobrimentos de, no mínimo, 20 cm 5.3.3.6 As fôrmas deverão ser untadas de modo a facilitar a desmoldagem. 5.3.4 Mistura, transporte, lançamento e espalhamento do concreto 5.3.4.1 O concreto deverá ser produzido em centrais, podendo-se medir os materiais tanto em peso como em volume, exceto o cimento, que sempre deverá ser medido em peso. No caso do concreto fornecido por usina comercial deverão ser atendidas as condições estipuladas na norma ABNT NBR -7212. 5.3.4.2 Em qualquer caso os dispositivos para medição das quantidades deverão conduzir a erros máximos de 2% para o cimento e agregados e 1,5% para a água. 5.3.4.3 O transporte do concreto quando não for em caminhão-betoneira deverá ser realizado em equipamento capaz de evitar a segregação dos materiais componentes da mistura. 5.3.4.4 O período máximo entre a mistura (a partir da adição da água) e o lançamento deverá ser de trinta minutos, proibida a redosagem sob qualquer forma. Quando usado caminhão-betoneira e houver agitação do concreto durante o transporte e a sua descarga, este período poderá ser ampliado para 90 minutos. 5.3.4.5 O lançamento de concreto será, de preferência, lateralmente à faixa de concretagem para evitar o tráfego sobre a sub-base. 5.3.4.6 Será admitido entretanto o retrolançamento, quando o espalhamento for feito com o cabeçote distribuidor, desde que a sub-base tenha resistência suficiente para o tráfego dos caminhões-basculantes. Estes deverão se mover lentamente para a frente de modo a não formar grandes pilhas de concreto. 5.3.4.7 O espalhamento do concreto será executado com os dispositivos apropriados do equipamento e quando necessário auxiliado com ferramentas manuais, evitando-se sempre a segregação dos materiais. O concreto deverá ser distribuído em excesso por toda a largura da faixa em execução e rasado a uma altura conveniente para que após as operações de adensamento e acabamento, qualquer ponto do pavimento tenha a espessura de projeto. 5.3.5 Adensamento 5.3.5.1 O adensamento do concreto será por vibração superficial, exigindo-se, entretanto, o emprego de vibradores de imersão, sempre que a vibração superficial se mostrar insuficiente (por exemplo, próximo às fôrmas, na execução de juntas), ou quando a espessura do pavimento o exigir. 5.3.5.2 O acabamento mecânico da superfície será imediatamente, após o adensamento do concreto. 5.3.5.3 O equipamento vibro-acabador deverá passar em um mesmo local tantas quantas necessárias ao perfeito adensamento do concreto, e para que a superfície do pavimento atenda ao greide e ao perfil transversal do projeto.

DNER-ES 326/97 p. 08/14 5.3.5.4 A verificação da regularidade longitudinal da superfície deverá ser por régua de 3 m de comprimento. 5.3.5.5 Qualquer variação na superfície superior a 5 mm, depressão ou saliência, deverá ser corrigida de pronto, as saliências cortadas e as depressões preenchidas com concreto fresco. 5.3.5.6 Recomenda-se na passagem final necessária ao perfeito adensamento do concreto, o equipamento vibro-acabador deslocar continuamente, sem paradas, pelo menos a uma distância correspondente a duas placas, conforme o projeto, devendo, para tal, ter sido lançado concreto suficiente de modo que o ponto de retomada da concretagem esteja situado a menos de 30 cm da junta transversal mais próxima. 5.3.5.7 As superfícies em que se apoia o equipamento vibro-acabador devem ser mantidas limpas, de modo a permitir o perfeito rolamento das máquinas e garantir a obtenção de um pavimento sem irregularidades superficiais. 5.3.6 Acabamento A operação de acabamento, imediatamente após o adensamento inicialmente consta da passagem da régua acabadora em deslocamentos longitudinais, com movimentos de vai-e-vem dado com tiras de lona ou com vassouras piaçava, que provocarão ranhuras na superfície da placa. A tira de lona deve ser aplicada transversalmente num deslocamento de vai-e-vem, enquanto a vassoura de piaçava deve ser passada na direção transversal à faixa concretada. As ranhuras devem ser contínuas e uniformes ao longo da largura da placa. 5.3.7 Identificação das placas Todas as placas de concreto receberão um número de identificação impresso em um dos cantos. 5.3.8 Execução das juntas Todas as juntas devem estar em conformidade com as posições indicadas no projeto, não se permitindo desvios de alinhamento superiores a 5 mm. 5.3.8.1 Juntas longitudinais 5.3.8.1.1 O pavimento deverá ser executado em faixas longitudinais parciais, devendo a posição das juntas longitudinais de construção coincidir com a das longitudinais de projeto. 5.3.8.1.2 Retirada a fôrma da junta, a face lateral será pintada com material apropriado que impeça a aderência entre a faixa executada e a futura. 5.3.8.2 Juntas transversais 5.3.8.2.1 As juntas transversais deverão ser retilíneas em toda a sua extensão, perpendiculares ao eixo longitudinal do pavimento, salvo situações particulares indicadas no projeto. Deverão ser executadas de modo que as operações de acabamento final da superfície possam se processar continuamente, como se as juntas não existissem.

DNER-ES 326/97 p. 09/14 5.3.8.2.2 A locação das seções onde serão executadas as juntas deverá ser feita por medidas topográficas, devendo ser determinadas as posições futuras por pontos fixos estabelecidos nas duas margens da pista, ou, ainda, sobre as fôrmas estacionárias. 5.3.8.2.3 Quando adotado o processo de abertura de junta por moldagem (ou inserção) a introdução do perfil deve ser feita por vibração, com o concreto ainda fresco e após o acabamento, corrigidas todas as irregularidades provenientes desta operação. 5.3.8.2.4 Quando a junta for serrada traçar um plano para a abertura das juntas, em que a idade do concreto no momento de corte deverá estar entre 6 h e 48 h. 5.3.8.3 Juntas transversais de construção Ao fim de cada jornada de trabalho, ou sempre que a concretagem tiver de ser interrompida por mais de 30 minutos, deverá ser executada uma junta de construção, cuja posição deve coincidir com a de uma junta transversal indicada no projeto. Nos casos em que não for possível o prosseguimento da concretagem até uma junta transversal projetada, será executada, obrigatoriamente, uma junta transversal de construção de emergência, de tipo previsto no projeto. 5.3.8.4 Barras de ligação nas juntas longitudinais As barras de aço utilizadas como barras de ligação devem ter o diâmetro, espaçamento e comprimento definidos no projeto e estar limpas e isentas de óleo ou qualquer substância que prejudique a aderência ao concreto. 5.3.8.5 Barras de transferências nas juntas transversais 5.3.8.5.1 Serão obrigatoriamente lisas e retas, com diâmetro, espaçamento e comprimento definidos no projeto. Estas barras deverão ter metade do comprimento mais 2 cm, pintadas e engraxadas, de modo a permitir a livre movimentação da junta. As juntas de construção que não coincidam com uma junta de contração, a barra não terá trecho pintado ou engraxado. 5.3.8.5.2 O capuz que recobre a extremidade deslizante da barra de transparência das juntas de dilatação deve ser suficientemente resistente para não se deixar amassar durante a concretagem. A folga entre a extremidade fechada do capuz e a ponta livre da barra estabelecida no projeto, deverá ser garantida durante a concretagem. 5.3.8.5.3 No alinhamento destas barras são admitidas as tolerâncias seguintes: a) o desvio máximo das extremidades de uma barra, em relação à posição prevista no projeto, será de ± 1% do comprimento da barra; b) Em pelo menos 2/3 das barras de uma junta, o desvio máximo será de ± 0,7%.

DNER-ES 326/97 p. 10/14 5.3.9 Colocação da tela de armação Nas placas de dimensões irregulares e acima dos padrões normalmente adotados nas placas, deverá ser colocada uma tela soldada, cujo tipo será definido no projeto. Esta tela deve ser colocada a 5 cm da superfície do pavimento e no máximo até a meia altura da espessura da placa e distar 5 cm de qualquer bordo da placa. 5.3.10 Cura 5.3.10.1 O período total de cura será de até sete dias, correspondendo um período inicial de aproximadamente 24 horas contadas a partir do acabamento final da superfície das placas e o período final, após as 24 horas até os sete dias. No período inicial de cura, não será admitido o trânsito sobre o pavimento de pedestres, veículos e animais. 5.3.10.2 As faces laterais da placa ao serem expostas pela remoção das fôrmas deverão ser, imediatamente, protegidas por meio que lhes proporcione condições de cura análogas às da superfície do pavimento. 5.3.10.3 O período total de cura será de sete dias, compreendendo um período inicial de aproximadamente 24 horas, contadas tão logo terminado o acabamento do pavimento, seguido de período final até o concreto atingir a idade de sete dias. 5.3.10.4 No período inicial de cura não será admitido sobre o pavimento qualquer espécie de trânsito. Empregar a cura química, aplicando-se, em toda a superfície do pavimento, composto químico líquido que forma película plástica, à razão de 0,35 l/m 2 a 0,50 l/m 2. 5.3.10.5 Após este período a superfície do pavimento deverá ser coberta com qualquer dos produtos mencionados no item 5.1.9 ou combinações apropriadas desses materiais ou outro tipo adequado de proteção para evitar a exposição do concreto às intempéries e a perda brusca de umidade. Quando a cura se fizer por meio de tecidos, papel betumado ou lençol plástico, superpor as tiras em pelo menos 10 cm. No caso de ocorrer a necessidade da retirada desses materiais de algum local a reposição deverá ser feita dentro de 30 minutos, no máximo. 5.3.11 Desmoldagem As fôrmas só poderão ser retiradas quando decorrerem pelo menos 12 horas após a concretagem. Poderão, entretanto, ser fixados prazos diferentes deste, para mais ou para menos, desde que o concreto possa suportar sem nenhum dano a operação de desmoldagem e atendendo-se, ainda, a um máximo de 24 horas. Durante a desmoldagem deverão ser tomados os cuidados necessários para evitar o esborcinamento das placas. 5.3.12 Selagem de juntas 5.3.12.1 O material de selagem só poderá ser aplicado quando os sulcos das juntas estiverem limpos e secos, empregando-se, para tanto, ferramentas com ponta em cinzel que penetrem na ranhura das juntas sem danifica-las, vassouras de fios duros e jato de ar comprimido. 5.3.12.2 O material selante deve ser cautelosamente colocado no interior dos sulcos, sem respingar a superfície, e em quantidades suficientes para encher a junta sem transbordamento. Qualquer excesso deverá ser prontamente removido e a superfície limpa de todo material respingado. A profundidade de penetração do material selante deverá ser aquela definida no projeto. 6 MANEJO AMBIENTAL

DNER-ES 326/97 p. 11/14 Os cuidados a serem observados visando a preservação do meio ambiente, no decorrer das operações destinadas à execução do pavimento de concreto são: 6.1 Na exploração das ocorrências de materiais 6.1.1 Atendimento às recomendações preconizadas na DNER-ES 281. 6.1.2 No caso de material pétreo (agregado graúdo), deverão ser observados cuidados na exploração das ocorrências de materiais conforme indicado nos itens 6.1.2.1 a 6.1.2.7. 6.1.2.1 O material somente será aceito após a executante apresentar licença ambiental de operação da pedreira, para arquivamento da cópia junto ao Livro de Ocorrências da obra. 6.1.2.2 Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de preservação ambiental. 6.1.2.3 Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental após a retirada de todos os materiais e equipamentos. 6.1.2.4 Não provocar queimadas como forma de desmatamento. 6.1.2.5 As estradas de acesso deverão seguir as recomendações da DNER-ES 279. 6.1.2.6 Deverão ser construídas junto às instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção do pó de pedra, eventualmente produzido em excesso ou por lavagem de brita, evitando seu carreamento para cursos d água. 6.1.2.7 Caso fornecido por terceiros o agregado pétreo, exigir documentação atestando a regularidade das instalações de britagem, assim como, a sua operação junto ao órgão ambiental competente. 6.2 Na execução 6.2.1 Os cuidados para a preservação ambiental referem-se à disciplina do tráfego e do estacionamento dos equipamentos. 6.2.2 Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal, para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural. 6.2.3 As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos equipamentos, devem ser localizadas de forma que resíduos de lubrificantes e/ou combustíveis não sejam levados até cursos d água.

DNER-ES 326/97 p. 12/14 7 INSPEÇÃO 7.1 Controle do material No controle de recebimento dos materiais deverão ser adotados os procedimentos recomendados no item 5.1 desta Norma. 7.2 Controle da execução Deverão ser realizados no concreto os ensaios referidos nos itens 7.2.1 e 7.2.2. 7.2.1 Determinação do abatimento Deverá ser feita segundo a norma ABNT NBR-7223, cada vez que forem moldados corpos-deprova para o ensaio de resistência à compressão. 7.2.2 Determinação de resistência 7.2.2.1 Resistência de controle Na inspeção do concreto deverá ser determinada a resistência à tração na flexão na idade de controle fixada no projeto, ou então a resistência à compressão axial, desde que tenha sido estabelecida através de ensaios para o concreto em questão uma correlação confiável entre a resistência à tração na flexão e à compressão. 7.2.2.2 Moldagem dos corpos-de-prova A cada trecho de no máximo 2.500 m² de pavimento, definido para inspeção, deverão ser moldados aleatoriamente e de amassadas diferentes, no mínimo, seis exemplares de corpos-de-prova, cada exemplar constituído por, no mínimo, dois corpos-de-prova prismáticos ou cilíndricos de uma mesma amassada, cujas dimensões, preparo e cura deverão estar de acordo com a norma ABNT NBR- 5738. Na identificação dos corpos-de-prova deverá constar a data da moldagem, classe do concreto, tipo de cimento, identificação da placa onde foi lançado o concreto (n o ou estaqueamento) e outras informações julgadas necessárias. 7.2.2.3 Ensaios Os corpos-de-prova deverão ser ensaiados, aos 28 dias, à resistência à tração na flexão determinada nos corpos-de-prova prismáticos, conforme a norma ABNT NBR-12142, e à resistência à compressão axial nos corpos-de-prova cilíndricos, de acordo com a norma ABNT NBR-5739. 7.3 Verificação final da qualidade Após executar cada trecho de pavimento, definido para inspeção, proceder a relocação e o nivelamento do eixo e dos bordos, de 20 m em 20 m ao longo do eixo, para verificar se a largura e a espessura do pavimento estão de acordo com o projeto.

DNER-ES 326/97 p. 13/14 7.3.1 Controle geométrico O trecho de pavimento será aceito quando: a) a variação na largura da placa for inferior a 10% em relação à definida no projeto; b) a espessura média do pavimento for igual ou maior que a espessura de projeto e a diferença entre o maior e o menor valor obtido para as espessuras for no máximo de 1 cm. 7.3.2 Caso a espessura média do pavimento seja inferior à de projeto, deverá ser feita revisão adotando-se para o trecho a espessura média determinada e a resistência característica estimada para o concreto. Caso o trecho não seja aceito, as partes interessadas poderão tomar uma das decisões citadas no item 7.3.1. 7.4 Aceitação e rejeição 7.4.1 Resistência do concreto 7.4.1.1 Determinação da resistência característica A resistência característica estimada do concreto do trecho inspecionado à tração na flexão ou à compressão será determinada a partir da expressão: f ctmk,est = f ctm28 - ks ou f ck, est = f c28 - ks onde f ctmk,est f ck, est f c28 s k n = valor estimado da resistência característica do concreto à tração na flexão; = valor estimado da resistência característica do concreto à compressão axial; = resistência média do concreto à compressão axial, na idade de 28 dias; = desvio padrão dos resultados; = coeficiente de distribuição de Student; = número de exemplares. O valor do coeficiente k é função da quantidade de exemplares do lote, sendo obtido na Tabela 1. TABELA 1 - AMOSTRAGEM VARIÁVEL n 6 7 8 9 10 12 15 18 20 25 30 32 > 32 k 0,92 0,906 0,896 0,889 0,883 0,876 0,868 0,863 0,861 0,857 0,854 0,842 0,842 7.4.1.2 Aceitação automática O pavimento será aceito automaticamente quanto à resistência do concreto, quando se obtiver as condições seguintes : f ctm, est f ck ou f ck,est f ck

DNER-ES 326/97 p. 14/14 7.4.1.3 Verificações suplementares Quando não houver aceitação automática deverão ser extraídos no trecho, em pontos uniformementes espaçados, no mínimo, seis corpos-de-prova cilíndricos de 15 cm de diâmetro, segundo a norma ABNT NBR-7680, ou corpos-de-prova prismáticos, conforme a norma ASTM-C 42, os quais serão ensaiados respectivamente à compressão axial (norma ABNT NBR-5739) e à tração na flexão (ABNT NBR-12142). Estes corpos-de-prova devem ser extraídos das placas que apresentarem as menores resistências nos resultados do controle. 7.4.1.3.1 Com os resultados obtidos nestes corpos-de-prova será determinada a resistência característica conforme o procedimento indicado no item 7.4.1.1. 7.4.1.3.2 O trecho será aceito se for atendida a condição exigida no item 7.4.1.2. Caso esta condição não seja atendida, deverá ser feita revisão do projeto, adotando para a resistência do concreto do trecho a resistência característica estimada e a espessura média determinada no controle geométrico. 7.4.1.3.3 Se o trecho ainda não for aceito, deverá ser adotada, em comum acordo entre as partes, uma das condições seguintes: a) aproveitamento do pavimento com restrições ao carregamento ou ao uso; b) o pavimento será reforçado; c) demolição e reconstrução pavimento. 8 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO Os serviços aceitos serão medidos de acordo com os critérios de 8.1 a 8.3. 8.1 O pavimento de concreto de cimento será medido em metros cúbicos, conforme a seção transversal do projeto. Não serão motivo de medição: mão-de-obra, material, equipamento, lançamento do concreto, cura, transporte e encargos. 8.2 No cálculo dos valores dos volumes serão consideradas as larguras médias obtidas no controle geométrico. 8.3 Não serão considerados quantitativos de serviço superiores aos indicados no projeto.