Um manifesto do Movimento Rethinking Resource Sharing Initiative



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Transcrição:

Um manifesto do Movimento Rethinking Resource Sharing Initiative Subscrito pelo Comité Permanente do Movimento Repensar a Partilha de Recursos Fevereiro 2007 Subscrito pelo Comité Executivo da ALA/RUSA/STARS Janeiro de 2007 Subscrito pelo Comité para as Políticas do Movimento Repensar a Partilha de Recursos da ALA/RUSA/STARS Janeiro de 2007 Pensamos que as bibliotecas deverão melhorar os seus sistemas de fornecimento de informação caso queiram continuar a expandir a acessibilidade e a constituir um recurso apreciado. Com efeito, hoje, para promover o acesso à informação são questões essenciais o alinhamento do fluxo de trabalho da partilha de recursos, as políticas de colecções, e sistemas de recuperação e fornecimento que reduzam significativamente barreiras e custos. Pensamos que o utilizador deve poder obter o que deseja nos termos que escolher, sem que a comunidade bibliotecária lhe coloque grandes obstáculos. À medida que as bibliotecas vão tornando visíveis as suas colecções numa escala global, elas também deverão proporcionar um sistema de fornecimento de recursos internacional, ou um modelo de serviço, que combine as forças de todas as bibliotecas participantes. Para tanto, pensamos que os princípios a seguir enunciados, caso sejam adoptados pelas bibliotecas e pelos bibliotecários, podem encorajar um tipo de partilha e fornecimento de documentos que, continuando embora a salvaguardar a integridade do mandato das instituições e das suas colecções, possa igualmente melhorar o papel das bibliotecas num ambiente de informação em expansão: 1. As instituições individuais só deverão impor restrições ao acesso se estas forem feitas em nome do objectivo de criar cada vez menos obstáculos à satisfação do utilizador. 2. Os utilizadores de bibliotecas deverão ter à sua escolha várias opções em termos de formato, método de fornecimento, tipo de satisfação, incluindo empréstimo, cópia, cópia digital, e compra. 3. Deverá ser encorajado um acesso global a recursos partilháveis, através de acordos de rede formais e informais, com o objectivo de que existam cada vez menos barreiras ao fornecimento dos materiais. 4. Os recursos partilháveis incluirão aqueles que pertencem a toda a espécie de instituições culturais bibliotecas, arquivos, museus bem como as competências dos que trabalham nessas instituições. 5. Os serviços de referência são componentes vitais para a partilha e o fornecimento de documentos, e a eles se deverá poder prontamente recorrer, para se ultrapassar o impasse resultante de uma primeira resposta do tipo não posso fornecer isto. Uma vez localizado o documento, ele deverá poder chegar ao utilizador. 6. Em vez de se negarem, as bibliotecas deverão proporcionar os seus serviços a um preço justo, mas deveriam esforçar se por conseguir oferecer serviços de custo inferior ao dos serviços comerciais, como por exemplo as livrarias. 7. O registo em bibliotecas deveria ser tão fácil como registrar se para obter qualquer serviço baseado na Internet. Qualquer pessoa pode ser um utilizador de bibliotecas.

Cada um destes princípios gerais está hoje a ser implementado a vários níveis e por múltiplas instituições de formas concretas, desde colecções variáveis a encomendas de digitalização, desde políticas de circulação revistas a taxas para serviços personalizados, desde pedidos não mediados pela biblioteca ao fornecimento de materiais directamente ao utilizador. O relatório Repensar a Partilha de Recursos: direcções inovadoras presentes e futuras expande um pouco mais alguns dos projectos e possibilidades desta área. Estudos recentes sublinham a experiência dos nossos utilizadores em serviços de conveniência personalizados (incluindo opções acerca de custos, de tempo, e de empacotamento) e a discrepância dessa experiência relativamente à recuperação de recursos bibliográficos e aos mecanismos de fornecimento. Enquanto a maioria dos utilizadores acha que os resultados das pesquisas na Internet são bastante bons, a aspiração a colecções de alta qualidade vai invariavelmente conduzi los às bibliotecas. Para que as bibliotecas possam fornecer essa informação, elas devem satisfazer as expectativas que os utilizadores alimentam através das livrarias virtuais, o que significa um registo fácil, serviços domiciliários gratuitos ou pagos, e ainda o mais baixo custo. Porque as bibliotecas pretendem continuar a permanecer um centro que proporcione a melhor informação, pensamos que cada instituição deve reavaliar o seu modelo de serviço à luz dos sete princípios acima enunciados, rever as suas políticas e fluxos de trabalho para satisfazer o mandato da partilha de recursos e fornecimento de documentos global, e expor os seus recursos a uma recuperação mais abrangente. Respeitosamente proposto por membros do Rethinking Resource Sharing Initiative Policy and Cultural Issues Group Robert Daugherty, Circulation Librarian, University of Illinois at Chicago Janifer Gatenby, New Business Development Manager, OCLC Pica Eric Hansen, Director of Statewide Resource Sharing, Kansas State Library Jennifer Kuehn, Head, Interlibrary Services, Ohio State University Libraries Pat Libera, Interlibrary Loan Supervisor, Weld Library District, Greeley, CO Carrol Lunau, Library and Archives Canada Cyril Oberlander, Director of Interlibrary Services, University of Virginia, Alderman Library Becky Ringwelski, Associate Director, MINITEX Candy Zemon, Senior Product Strategist, Polaris Library Systems 15/03/2007