Análise do desempenho físico-mecânico de compensados produzidos com adesivos a base de PVA

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Transcrição:

Análise do desempenho físico-mecânico de compensados produzidos com adesivos a base de PVA Bruno Santos Ferreira, Marcellus Silveira da Silva e Cristiane Inácio de Campos, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Câmpus Experimental de Itapeva, Itapeva, SP. e-mail: brunosferreira88@gmail.com, mss87@uol.com.br, cristiane@itapeva.unesp.br. Resumo: Este trabalho teve por finalidade avaliar o desempenho físico e mecânico de três formulações de adesivo PVA através das normas brasileiras de compensados e avaliar os valores obtidos com os encontrados em literaturas relacionadas. O trabalho detalha o processo produtivo dos painéis, obtenção de corpos de prova e, finalmente, a realização de ensaios de caracterização mecânica e física com base em normas brasileiras de compensado. Para a produção dos painéis utilizou-se gramatura de 120 g/m² e na prensagem aplicou-se pressão de 15 bar e duas combinações de temperatura e tempo de prensagem para cada adesivo. Os ensaios físicos realizados foram o teor de umidade, massa específica e absorção de água. Os ensaios mecânicos realizados foram resistência à flexão estática, para a determinação de módulo de elasticidade (MOE) e módulo de ruptura (MOR) e o cisalhamento na linha de cola. Nos ensaios realizados o adesivo que apresentou melhor resultado e mais próximo do comercialmente utilizado, a uréia-formaldeído, foi o PVA 1810, podendo ser utilizado em usos não estruturais. Palavras-chave: compensado, adesivo PVA, propriedades físico-mecânicas. Analysis of the physical and mechanical performance of plywood produced with PVA based adhesives Abstract: This work aimed to evaluate the physical and mechanical performance of three formulations of PVA by Brazilian plywood standards and evaluate the values obtained with those found in related literature. The paper details the production process of the panels, obtaining specimens, and finally the testing of mechanical and physical characterization based on Brazilian plywood standards. For the production of panels was used weight of 120 g / m² and the pressing was applied pressure of 15 bar and two combinations of temperature and pressing time for each adhesive. The physical tests performed were moisture content, density and water absorption. The Mechanical tests performed were bending resistance, for the determination of modulus of elasticity (MOE) and modulus of rupture (MOR) and shear in glue line. In the performed tests the adhesive which presented the best results and closer to the commercially used, the urea-formaldehyde, was the adhesive A, which may be used in non-structural uses. Keywords: plywood, PVA adhesive, physical and mechanical properties. 13

1. Introdução O setor florestal brasileiro possui expressiva participação econômica e social no país. Dentro deste setor, em um passado próximo, é perceptível um crescimento na produção de painéis constituídos de madeira, com destaque para a produção de compensado. A definição de painéis de madeira segundo Iwakiri (2005)(9) é dada como todo material composto por madeira sólida em forma de lâminas, sarrafos, partículas e fibras, reestabelecidos por ligação adesiva. Segundo Stark, Zhiyong e Carll (2010)(14), o formato e dimensão das matérias-primas na produção, variam de acordo com cada tipo de painel. Além das características da matériaprima, a utilização final também influencia na escolha do painel e dos elementos que o compõem além da madeira, por exemplo, o adesivo a ser empregado na consolidação do mesmo. Iwakiri (2005)(9) define compensado como painel de madeira compostos por lâminas sobrepostas formando um ângulo de noventa graus entre as camadas vizinhas, possuindo esses números ímpares de camadas, colados através de adesivo, pressão e temperatura. Para Stark, Zhiyong e Carll (2010)(14) o compensado é um painel construído com lâminas cujas fibras das camadas adjacentes estão dispostas de formar perpendicular umas das outras, contendo número ímpar de camadas. Considerando as aplicações desse tipo de painel, segundo Stark, Zhiyong e Carll (2010)(14), podem ser utilizados na construção civil e indústria moveleira. Além das aplicações citadas anteriormente, pode ser empregados como matéria-prima para a indústria de embalagens e construção naval (IWAKIRI; SALDANHA, 2002)(10). Um aspecto importante que influencia na característica do painel de madeira compensada diz respeito ao tipo de adesivo utilizado na composição da chapa. Além do tipo de adesivo, o processo de colagem influencia na qualidade final do produto no que diz respeito a resistência à umidade e as propriedades mecânicas que do painel e isso depende de como acontece o processo de adesão. O fenômeno da adesão é considerado físico-químico, consistindo em um mecanismo de interação entre duas superfícies sólidas e uma segunda fase podendo ser líquida, sólida, película contínua, entre outras (IWAKIRI, 2005)(9). Para Frihart e Hunt (2010)(8), a capacidade de um adesivo unir duas superfícies de madeira, definido como adesão, é controlado pelos fatores químicos e mecânicos. Lopez e Garcia (2005)(12) apontam que não só as características do adesivo e madeira influenciam na qualidade da colagem do painel, mas também as variáveis do processo de aplicação. A qualidade desse processo pode ser controlada através de três variáveis importante, sendo o tempo, a temperatura e a pressão de prensagem. Para que o adesivo apresente bom desempenho em sua utilização, Iwakiri (2005)(9) menciona que é de grande importância que o ambiente em que o mesmo será utilizado esteja de acordo com sua condição de uso, ou seja, interno, intermediário ou externo. Em relação à densidade do compensado, Kollmann, Kuenzi e Stamm (1975)(11) citam que a mesma depende da espécie da madeira utilizada na fabricação. Além disso, Maloney (1993)(13), diz que os painéis produzidos com madeira de baixa densidade proporcionam melhores propriedades mecânicas em relação às madeiras de alta densidade. Com base no exposto anteriormente é que foi definido o objetivo do presente estudo. Neste trabalho procurou-se avaliar a viabilidade técnica de utilização de três diferentes formulações de adesivos PVA na produção de painel compensado, comparando com seus pares empregados na fabricação atualmente. Conforme procedimentos presentes nas normas ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para painel compensado, foi realizada a caracterização física do material através de ensaios de absorção de água, massa específica aparente e teor de umidade. A partir disso, os resultados foram comparados com o desempenho físico dos painéis estudados com os comumente utilizados, havendo possibilidades de novas alternativas para produção do painel em questão. 14

2. Materiais e Métodos 2.1. Produção dos Painéis As lâminas utilizadas na produção dos painéis de compensado foram obtidas na empresa Miraluz Indústria e Comércio de Madeiras Ltda em dimensões de 60 por 120 centímetros, encontrando-se secas e com espessura média de 1,8 milímetros. Em relação a procedência das lâminas, o fornecedor informou somente que as mesmas eram de Pinus, não sabendo dizer a idade da árvore, espécie, dentre outros fatores característicos da matéria-prima. Foram utilizadas três formulações diferentes de adesivos, as quais estão apresentadas na tabela 1. Tabela 1 Propriedades dos três adesivos utilizados Adesivo Viscosidade Brookfield [cp] Teor de Sólidos ph [25 C] A 2.000-3.000 55% a 65% 2,9 a 3,5 B 9.500-14.000 55% a 60% 3,5 a 5,5 C 8.000-12.000 48% a 52% 4,0 a 6,0 Além dos três adesivos foram testadas também duas combinações de tempo e temperatura, apresentadas na tabela 2, resultando em seis condições de produção diferentes. Tabela 2 Descrição dos painéis produzidos a partir do tipo de adesivo utilizado, tempo de prensagem e temperatura Formulação do adesivo A B C Tempo de prensagem [minutos] Temperatura de prensagem [ C] Condições de produção 15 60 1 10 90 2 15 60 3 10 90 4 15 60 5 10 90 6 As lâminas foram esquadrejadas na dimensão de 50x50 cm, para a produção dos compensados, devido a limitação dimensional da prensa utilizada. A etapa posterior foi realizada no Laboratório de Processamento de Madeira da Unesp - Campus de Bauru, onde foi feita fabricação dos painéis que consistiu na aplicação do adesivo, montagem e prensagem a quente dos painéis. Considerando a gramatura por linha dupla de cola a ser utilizada na produção dos painéis, somente a formulação do adesivo A apresentava uma sugestão de valor para gramatura na laminação sendo igual a 120 g/m² por camada de cola. Para manter os mesmos parâmetros com o objetivo de analisar o desempenho dos adesivos adotou-se o mesmo valor para as outras duas formulações. Juntamente com o processo de aplicação do adesivo realizou-se a montagem dos painéis, os quais possuíram cinco lâminas cada um, resultando em um painel com espessura de 9 mm. Logo após realizou-se a prensagem à quente dos mesmos, em uma pressão constante de 15 Bar. Durante o processo de prensagem foi realizada a variação no tempo e na temperatura, para cada adesivo foram produzidos três painéis na temperatura 60 C em 10 minutos de prensagem, e os outros três na temperatura de 90 C e 15 minutos. No total foram produzidos 18 painéis, sendo três para cada condição de produção, o que resulta também em seis painéis por formulação de adesivo. 15

2.2. Ensaios Físicos A tabela 3 apresenta os ensaios físicos realizados, com suas respectivas normas, dimensões e quantidades dos corpos de prova para cada condição de produção. Tabela 3 Ensaios fiscos realizados Ensaios Norma Corpo de prova Dimensão (mm) Quantidade Massa Específica ABNT NBR 9485 50x100 6 Teor de umidade ABNT NBR 9484 50x100 6 Absorção ABNT NBR 9486 25x75 6 Por adesivo foram no total 12 corpos de prova, já que cada adesivo engloba duas condições de produção com seis corpos de prova cada. No ensaio de massa específica os corpos de prova foram pesados em balança com precisão de 0,1 grama e, também foram realizadas medições no comprimento e largura, e na espessura. Após os dados coletados, foi determinada a massa específica de cada corpo de prova através da eq. 1. onde: = massa específica aparente (g/cm³); = massa do corpo de prova (g); = comprimento do corpo de prova (cm); = largura do corpo de prova (cm); = espessura do corpo de prova (cm). Para o ensaio de teor de umidade pesaram-se todos os corpos de prova em balança analítica com precisão de 0,01 gramas, e posteriormente os mesmos foram levados em estufa com temperatura de 103 2 C por permanência mínima de 4 horas. Após este período as amostras foram pesadas novamente e os resultados foram obtidos através da eq. 2. (1) (2) Onde: = teor de umidade (%); = massa úmida (inicial) do corpo de prova (g); = massa seca (final) do corpo de prova (g). No ensaio de absorção de água os corpos de prova foram levados à estufa com temperatura de 103 2 C por um período de 24 horas. Decorrido este tempo foram retirados, estabilizados em dessecador e pesados em balança com precisão de 0,01 gramas. Posteriormente, os corpos de prova foram completamente imersos em água destilada em temperatura de 25 2 C também por um período de 24 horas, e após este período, os mesmos foram retirados da água, secos superficialmente e pesados novamente. Os resultados foram obtidos através da eq. 3. 16

(3) Onde: = quantidade de água absorvida (%); = massa final do corpo de prova (g); = massa inicial do corpo de prova (g). A tabela 4 apresenta os ensaios mecânicos realizados, com suas respectivas normas, dimensões e quantidades dos corpos de prova para cada condição de produção. Tabela 4 Ensaios mecânicos realizados Corpo de prova Ensaios Norma Dimensão (mm) Quantidade Flexão Estática ABNT NBR 9355 275x75 6 Cisalhamento na linha de cola NBR ISO 12466-1 150x25 6 Para ambos os ensaios mecânicos realizados foi utilizada a máquina universal de ensaio EMIC na determinação dos resultados. Para a flexão estática foram realizados os ensaios na direção paralela e perpendicular das fibras com relação à lâmina mais externa. Portanto para cada condição de produção foram confeccionados seis corpos de prova da direção paralela e seis da direção perpendicular, ambos os ensaios foram realizados da mesma forma. A velocidade de carregamento utilizada 0,047 mm/s, determinada de acordo com a norma de flexão estática utilizada. Os corpos de prova foram posicionados nos apoios de forma que o vão obtivesse um valor de 225 mm. O cutelo de carregamento foi posicionado na parte central do corpo de prova, onde foi realizada a aplicação da força. Durante o ensaio não foi necessário a instalação de instrumento de medição de deformação, pois a máquina de ensaios utilizada, já lia a deformação automaticamente, e gerava também os resultados de módulo de elasticidade (MOE) e módulo de ruptura (MOR) automaticamente, não sendo necessário calculá-los. Mas da mesma forma as equações tiveram que ser introduzidas no programa da máquina para que os resultados fossem obtidos automaticamente. A eq. 4 e a eq. 5 apresentam o cálculo do MOE e do MOR, respectivamente. (4) Onde: = módulo de elasticidade (MPa); = distância entre centros de apoio, o vão (mm); = largura do corpo de prova (mm); = espessura do corpo de prova (mm); = incremento de carga no trecho reto da curva carga-deformação (N); = incremento de deflexão, no ponto central do vão, correspondente a (mm). (5) Onde: = tensão de ruptura a flexão estática (MPa); 17

= carga de ruptura (N); No ensaio de cisalhamento na linha de cola, primeiramente foram realizados dois sulcos, perpendiculares as fibras da lâmina externa, nos corpos de prova separados de 25mm um do outro como mostra a figura 1, necessários para a realização do ensaio. Figura 1 Ilustração dos sulcos para realização do ensaio. Fonte: ABNT NBR 12466-1 (2006). Foi utilizada uma aplicação de carga de 120 N/s, a qual correspondeu a um tempo médio de ruptura do corpo de prova de 35 segundos, dentro do tempo estipulado pela norma. Após a obtenção da força de ruptura do corpo de prova, os resultados foram obtidos através da eq. 6. (6) Onde: = módulo de ruptura do corpo de prova (N/mm²); = é a força de ruptura do corpo de prova (N); = é comprimento da área sujeita ao cisalhamento (mm); = largura da área sujeita ao cisalhamento (mm). 2.3. Análise estatística Foi realizado um delineamento fatorial com dois fatores, sendo um correspondente aos adesivos e outro correspondente à combinação T/t. O fator correspondente aos adesivos possui três níveis, sendo cada nível um dos adesivos utilizados e o fator correspondente à combinação T/t possui dois níveis, sendo um 60 C e 15 minutos e o outro 90 C e 10 minutos, resultando em seis níveis que correspondem às seis condições de produção. Foi realizado um teste de hipótese através da Análise de Variância com nível de significância de 5% para testar a existência de diferenças significativas entre as médias. Nos casos em que houve diferenças significativas foi necessário realizar o Teste de Tukey, com o intuito de identificar estas diferenças. Para a análise estatística foi utilizado o software R versão 2.10.0 de 2009. 3. Resultados e Discussão 3.1. Ensaios Físicos A tabela 5 apresenta os valores médios encontrados para cada adesivo e a tabela 6 apresenta os valores médios encontrados para as combinações temperatura e tempo, dos ensaios físicos de teor de umidade, massa específica e absorção de água. 18

Tabela 5 Valores médios dos ensaios físicos de cada adesivo Adesivos T.U. [%] M.E. [g/cm 3 ] Absorção [%] A 13,43a* 0,71a 54,58a B 13,62ab 0,67b 57,42a C 13,82b 0,66b 55,55a *Médias seguidas pelas mesmas letras não apresentam diferença estatística (Tukey, α = 0,05). Tabela 6 Valores médios dos ensaios físicos para as duas combinações de temperatura e tempo Combinação T/t T.U. [%] M.E. [g/cm 3 ] Absorção [%] 60 C/15min. 12,81a* 0,64a 53,37a 90 C/10min. 13,72a 0,68a 55,36a *Médias seguidas pelas mesmas letras não apresentam diferença estatística (Tukey, α = 0,05). Com relação ao teor de umidade dos painéis nota-se, pela tabela 5, que o adesivo A possuiu a menor média, com diferença significativa do adesivo C, isso deve-se ao fato de o adesivo A ter resistência a umidade classificada como D3 de acordo com a norma DIN EN- 204, ou seja, possui resistência a umidade maior com relação aos outros adesivo. Em comparação ao estudo feito por Dias (2005)(7), o qual produziu compensados de Pinus com adesivo poliuretano à base de mamona, uréia-formaldeído e fenol-formaldeído, os resultados médios apresentaram-se acima dos valores encontrados pelo mesmo, comprovando o fato de os adesivos PVA possuírem menor resistência à umidade com relação a estes outros. No caso da massa específica percebe-se, pela tabela 5, que o adesivo A possuiu de forma significativa uma maior massa específica com relação aos outros dois, isso se deve ao fato de o mesmo possuir teor de sólidos maior se comparado aos outros dois. Já no caso da absorção de água, não houve diferenças significativas entre os três adesivos, portanto, neste caso o fato de o adesivo A possuir resistência à água D3 não influenciou na absorção de água. Dias (2005)(7) encontrou valores de absorção de água para os compensados de Pinus produzidos com adesivo poliuretano à base de mamona, uréiaformaldeído e fenol-formaldeído, respectivamente iguais a 29,35%, 45,90% e 31%, valores menores se comparados aos obtidos pelos três adesivos PVA, o que comprova que os mesmos não possuem boa resistência a umidade. As combinações de tempo e temperatura utilizadas não influenciaram significativamente as propriedades físicas dos painéis, como pode ser visto na tabela 6 a qual apresenta os valores médios das propriedades físicas em cada combinação. Pelo teste de hipótese realizado nota-se que os valores médios não diferem entre si. 3.2. Ensaios Mecânicos A tabela 7 apresenta os valores médios encontrados para cada adesivo e a tabela 8 apresenta os valores médios encontrados para as combinações temperatura e tempo, dos ensaios mecânicos de flexão estática e de cisalhamento na linha de cola. Tabela 7 Valores médios dos ensaios mecânicos de cada adesivo Adesivos Paralelo Perpendicular MOE (MPa) MOR(MPa) MOE (MPa) MOR(MPa) Tensão (MPa) A 8325a 63,64a* 3102,27a 36,36a 3,81a B 7308,58a 55,8a 2471,17ab 30,84ab 3,63a C 4261,55b 33,22b 2264,18b 24,51b 4,73a *Médias seguidas pelas mesmas letras não apresentam diferença estatística (Tukey, α = 0,05). 19

Tabela 8 Valores médios dos ensaios mecânicos para as duas combinações de temperatura e tempo Adesivos Paralelo Perpendicular MOE (MPa) MOR(MPa) MOE (MPa) MOR(MPa) Tensão (MPa) 60 C/15min. 6456,94a* 51,55a 2784,56a 32,63a 3,97a 90 C/10min. 6804,71a 50,40a 2448,35a 28,48a 4,17a *Médias seguidas pelas mesmas letras não apresentam diferença estatística (Tukey, α = 0,05). No caso dos ensaios de flexão estática como já era esperado, os resultados dos ensaios realizados com os corpos de prova no sentido paralelo às fibras foram superiores aos no sentido perpendicular as fibras. De acordo com a Tabela 7, o adesivo que apresentou melhor média de módulo de ruptura e de elasticidade, mostrando diferenças significativas com relação aos outros, tanto no sentido paralelo quanto no perpendicular, foi o adesivo A. Isso se deve ao fato do mesmo ter maior porcentagem de teor de sólidos e menor viscosidade, refletindo em uma maior quantidade de adesivo após o processo de cura além da maior fluidez e facilidade de uma aplicação homogênea na montagem do painel. Tendo em vista ainda o processo de cura, as variáveis temperatura e tempo de prensagem presentes nesta etapa, não exerceram influência no desempenho dos painéis, como apresenta a tabela 8, na qual nota-se que não houve diferenças significativas entre as duas combinações através do teste de hipótese realizado. Comparando-se os valores médios encontrados de MOE e MOR tanto perpendicular quanto paralelo, com os apresentados por Dias (2005)(7), na tabela 9, percebe-se que todos apresentaram-se inferiores com relação aos adesivos poliuretano à base de mamona, uréiaformaldeído e fenol-formaldeído. O que mostra que os adesivos PVA não possuem resistência suficiente comprado aos outros quando solicitado a esforços de flexão, ou seja, os compensados produzidos com adesivo PVA não são bons substitutos aos adesivos comerciais para utilização estrutural. Tabela 9 Valores médios de MOR e MOE na flexão estática - comparação entre compensados prensados com diferentes adesivos Flexão estática Flexão estática perpendicular às paralela às fibras Compensados fibras MOE MOR MOE MOR (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) Poliuretano à base de mamona 11018,50 85,25 5631,25 47,00 Uréia-formaldeído 10056,00 78,00 3951,00 41,00 Fenol-formaldeído 11221,00 86,00 5127,00 44,00 Fonte: Dias (2005) Com relação ao cisalhamento na linha de cola nota-se que não houve diferenças significativas entre os três adesivos. A figura 2 apresenta o gráfico da distribuição dos valores de tensão de cisalhamento para cada adesivo. 20

Figura 2 Gráfico da distribuição dos valores de tensão de cisalhamento para cada adesivo. Pela figura 2 nota-se que houve uma variação menor nos dados do adesivo A, enquanto o adesivo C possuiu a maior variação. Através disso conclui-se que o adesivo C é o menos estável podendo resultar em valores de tensão de cisalhamento que variam desde aproximadamente 2 MPa até 7 MPa. Portanto, como não houve diferenças significativas entre os valores, o adesivo que obteve um melhor desempenho devido sua maior estabilidade foi o adesivo A. Isso deve-se ao fato de o adesivo A possuir uma melhor aplicabilidade, por possuir menor viscosidade, resultando em uma linha de cola mais homogênea, o que reflete em propriedades do painel mais estáveis e homogêneas. Dias (2005)(7) encontrou valores de tensão de cisalhamento para os compensados de Pinus produzidos com adesivo poliuretano à base de mamona, uréia-formaldeído e fenolformaldeído, respectivamente iguais a 3,43 MPa, 2,03 MPa e 2,7 MPa, valores menores se comparados aos obtidos pelos três adesivos PVA. Devido à alta elasticidade dos adesivos testados, esses apresentaram uma maior resistência ao esforço de cisalhamento em comparação com os adesivos comumente utilizados para produção de painéis de compensado. 4. Conclusões Através dos resultados obtidos nota-se que entre os três adesivos PVA, o qual possuiu o melhor desempenho foi o adesivo A, isso devido ao fato de possuir maior teor de sólidos, o que confere maior presença de adesivo após a cura; e uma menor viscosidade, o que torna a linha de cola mais homogênea e consequentemente uma colagem de melhor qualidade. Comparando-se aos adesivos comerciais de uréia-formaldeído e fenol-formaldeído, nota-se que o PVA obteve valores de teor de umidade e absorção de água inferiores, o que limita a sua utilização em compensados para áreas internas, sem exposição à água. Com relação ao desempenho mecânico, no caso da flexão estática, os adesivos de uréiaformaldeído e fenol-formaldeído, mostraram-se mais eficientes com uma maior resistência a esses esforços. Mas o mesmo não ocorreu no caso do cisalhamento da linha, no qual os adesivos PVA apresentaram desempenho superior, principalmente devido a sua maior elasticidade e por ser um adesivo plástico, que absorveu a deformação plástica neste esforço, suportando cargas maiores que os adesivos comerciais. 21

5. Referências (1) Associação Brasileira de Normas Técnicas. (1986) NBR 9484: Compensado - Determinação do teor de umidade. Rio de Janeiro. 2 p. (2) Associação Brasileira de Normas Técnicas. (1986) NBR 9485: Compensado - Determinação da massa específica aparente. Rio de Janeiro. 3 p. (3) Associação Brasileira de Normas Técnicas. (1986) NBR 9486: Compensado - Determinação da absorção de água. Rio de Janeiro. 3 p. (4) Associação Brasileira de Normas Técnicas. (1986) NBR 9533: Compensado - Determinação da resistência flexão estática. Rio de Janeiro. 5 p. (5) Associação Brasileira de Normas Técnicas. (2006) NBR 12466-1: Madeira compensada - Qualidade de colagem - Parte 1. Rio de Janeiro. 6 p. (6) Associação Brasileira de Normas Técnicas. (2006) NBR 12466-2: Madeira compensada - Qualidade de colagem - Parte 2. Rio de Janeiro. 4 p. (7) DIAS, F. M. (2005) Aplicação de Resina Poliuretana à Base de Mamona na Fabricação de Painéis de Madeira Compensada e Aglomerada. São Carlos. 116 p. Tese (Doutorado) Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. (8) FRIHART, C. R.; HUNT, C. G. (2010) Adhesives with wood materials - Bond formation and performance. Forest Products Laboratory. Wood Handbook Wood as an engineering material. Gen. Tech. Rep. FPL GTR 190. Madison, WI: U.S. Department of Agriculture, Forest Service, Forest Products Laboratory. cap.10, p. 228-249. (9) IWAKIRI, S. (2005) Painéis de madeira reconstituída. Curitiba: FUPEF. p. 3-109. (10) IWAKIRI, S.; SALDANHA, L. K. (2002) Painéis. Revista da Madeira, n.68, ano 12, dez. Disponível em: <http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.php?num=268&subject=painéis&tit le=painéis>. Acesso em: 5 mai. 2011. (11) KOLLMANN, F. F. P.; KUENZI, E. W.; STAMM, A. J. (1975); Principles of wood science and technology: Wood based materials. Berlin: Springer-Velarg. (12) LOPES, M.; GARCIA, A. (2005) Controle da qualidade na colagem de painéis de madeira. Revista da Madeira, n.89, ano 15, abr. Disponível em: <http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.php?num=728&subject=adesivo &title=controle da qualidade na colagem de painéis de madeira>. Data de acesso: 5 mai. 2011. (13) MALONEY, T. M. (1993) Modern Particleboard & Manufacturing. Updated Edition United States Of America: Forest Products Society. 681 p. (14) STARK, N. M.; ZHIYONG, C.; CARLL, C. (2010) Wood-based composite materials. Forest Products Laboratory. Wood Handbook Wood as an engineering material. Gen. Tech. Rep. FPL GTR 190. Madison, WI: U.S. Department of Agriculture, Forest Service, Forest Products Laboratory. cap. 11, p. 252-258. 22