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SET/16 AGO/16. 52,9 43,9 48,4 Queda da produção. 47,1 46,0 47,4 Queda no número de empregados 67,0 66,0 71,2 Redução no uso da capacidade

50,8 38,1 48,7 Queda da produção. 50,7 47,0 47,9 Queda do número de empregados 71,0 67,0 70,0 Queda no uso da capacidade

DEZ/16 NOV/16. 51,1 39,4 48,3 Queda da produção. 46,4 44,4 47,4 Queda no número de empregados 68,0 65,0 71,0 Redução no uso da capacidade

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SONDAGEM INDUSTRIAL. Contração da atividade foi mais intensa que o usual 40,2 41,7. Custos pressionam a indústria ANÁLISE ECONÔMICA. Pág.

Transcrição:

Segundo estimativa do próprio governo, a economia brasileira em 20 deverá apresentar outra retração, em torno de 3,1%. No primeiro trimestre deste ano, comparado a igual período do ano anterior, a retração foi de 5,4%. O setor que tem apresentado o pior desempenho é a indústria, afetando negativamente o desempenho da economia. Tendo em vista sua grande capacidade de gerar valor adicionado e de movimentar ampla cadeia produtiva, com efeitos de trasbordamento aos demais setores, a retomada da atividade econômica e de um novo modelo de crescimento deve passar pela recuperação da produção industrial. Esse fato se torna mais evidente em uma região como o Grande ABC, que se formou envolta à expansão da indústria no Brasil. Mesmo após o processo de reestruturação produtiva ocorrida entre as décadas de 1990 e 2000, a indústria ainda permanece como a principal geradora de massa de salários na região e impulsionadora de significativa cadeia produtiva local. Entre outros fatores, a crise fiscal por qual passam os municípios da região, dentro do atual sistema tributário e de repartição da arrecadação, tem sido provocada pela a perda de participação na distribuição do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Fato este que está diretamente atrelado à produção da indústria local, frente ao desempenho apresentado pelo setor em outros municípios do Estado. Nesse sentido, além de uma política industrial estruturada e de longo prazo por parte do governo federal, é fundamental para a região do Grande ABC a adoção de políticas locais, amarradas às ações das esferas estadual e federal. Essas ações mostram-se essenciais para que o setor industrial desenvolva todo seu potencial. Nos últimos meses, diante das mudanças ocorridas no cenário político e seus efeitos sobre as expectativas em torno da politica econômica, os dados captados pela Sondagem Industrial apontaram melhora no Índice de Confiança do Setor Industrial (ICEI), tanto em nível nacional como regional. A Sondagem Industrial (SI) e o Índice de Confiança (ICEI) são elaborados e divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) no estado paulista. A Universidade Metodista, por meio do Observatório Econômico, desde o segundo semestre de 2015, vem realizando a análise conjuntural da indústria do Grande ABC, em parceria com a CNI e FIESP. O indicador para cada item questionado é formado a partir da ponderação pelas respectivas frequências relativas das respostas, que apresentam escores iguais a 0, 25,, 75 e 100. Ao realizarmos a análise dos resultados da pesquisa, temos que considerar a seguinte regra, considerando o escore X: X < 100 X = 0 X < - avaliação otimista - estoque acima do planejado - UCI acima do usual - indiferente - estoque dentro do planejado - UCI dentro do usual - avaliação pessimista - estoque abaixo do planejado - UCI abaixo do usual 1

Produção Industrial em queda no primeiro semestre O primeiro semestre de 20 apresentou a maior retração no volume de produção desde o ano de 2009. Comparado a igual período do ano passado, a produção física industrial brasileira e paulista experimentaram retração de aproximadamente 10% ao longo do primeiro semestre deste ano. Comparando com as retrações apresentadas nos primeiros semestres de 2014 e 2015, observa-se uma ampliação da redução da produção no ano 20. Esse comportamento da produção industrial, tanto em nível nacional como estadual, reflete para além das questões conjunturais, a falta de uma política eficaz voltada à ampliação da competitividade e ao adensamento produtivo. Nesse sentido, além das questões relacionadas ao financiamento, carga tributária, taxa de câmbio, parece essencial a reflexão e ações voltadas à formação de regiões e setores produtivos de excelência, com metas de longo prazo. Produção física industrial 2011 = 100 120 100 80 20 0 2008 2008 2009 2009 2010 2010 2011 2011 2012 2012 2013 2013 2-14 2014 2015 2015 20 Brasil São Paulo Fonte: Pesquisa Industrial Mensal /IBGE Sondagem Industrial Região do Grande ABC No Grande ABC, as empresas que participaram da pesquisa estão concentradas nos segmentos veículos automotores, metalurgia, produtos de metal e borracha. A maioria dessas empresas são de grande e médio porte. No segundo trimestre do ano o volume de produção apresentou retração nos meses de abril e maio, com recuperação em junho. Essa trajetória contraria a expectativa de retomada da atividade produtiva, tendo em vista a questão da sazonalidade, na qual o segundo e o terceiro 2

Retração Recuperação BOLETIM trimestres do ano são períodos de aquecimento da atividade econômica. Comportamento semelhante também foi observado no índice de evolução da produção junto às indústrias pesquisadas no Brasil, assim como no estado de São Paulo. Comparativamente ao ano anterior, o desempenho da produção revela-se relativamente estável em nível nacional. De forma geral, como pode ser visualizado nos gráficos a seguir, os empresários do setor industrial têm se mostrado pessimistas com relação à evolução da produção. Índice de difusão (0 a 100) Evolução da produção - Brasil,8 48,2 48,2 47,2 45,4 44,6 45,5 46,6 42,7 42,7 42,7 42,7 42,0 42,2 42,4,1,3,9 39,7 38,3 35,5 out-14 dez-14 fev-15 abr-15 jun-15 ago-15 out-15 dez-15 fev- abr- jun- Índice de difusão (0 a 100) 80 SÃO PAULO GABC Índice de difusão (0 a 100) 80 20,7 44,8,2 set- 15 out- 15 nov- 15,2 dez- 15 39,8 42,2 45,9 43,0 45,1 46,9 jan- fev- mar- abr- mai- jun- 20 45,2 41,4 34,3 34,2 22,7 set- out- nov- dez- jan- 15 15 15 15 53,4 fev- 45,1 39,3 35,5 46,4 mar- abr- mai- jun- 3

Este é o sexto ano seguido em que o grau de utilização da capacidade instalada na indústria diminui no primeiro semestre. Tendo em vista o desempenho negativo da produção, a utilização da capacidade instalada mostrou-se estável no último trimestre, em torno de 64%. Ao compararmos com o primeiro semestre de 2014, a utilização da capacidade instalada diminuiu mais de 7 pontos percentuais. Tendo em vista o baixo grau de utilização da capacidade instalada, essa se refletirá negativamente no fluxo de investimentos do setor. Utilização de capacidade instalada Brasil (em %) 80 75 75 74 75 73 65 67 64 55 62 jan-11 jul-11 jan-12 jul-12 jan-13 jul-13 jan-14 jul-14 jan-15 jul-15 jan- Nas regiões Sudestes e no estado de São Paulo, o grau de utilização da capacidade instalada se mostra próximo àquele apresentado no plano nacional. São Paulo Utilização da Capacidade Instalada - junho/20 (em %) ABC Sudeste 55 63 65 Na região do GABC, o uso da capacidade instalada apresentou leve queda no mês de junho, situando-se em 55%, dois pontos percentuais abaixo dos meses anteriores. Diante do ambiente de baixa na produção no setor, a manutenção de uma elevada capacidade ociosa impõe desafios para a gestão de custos, tendo em vista que parte do capital investido pela empresa está operando abaixo do seu potencial, ao mesmo tempo em que gera custos para sua manutenção. Nesse cenário, o índice referente à evolução do número de empregados na indústria levantado pela Sondagem Industrial mostra-se mais pessimista na região do GABC, comparativamente ao estado de São Paulo e ao Brasil. 4

Comparativamente ao 1º semestre do ano passado, neste ano o ajuste realizado pelo setor industrial tem levado à redução dos estoques, tanto efetivos como em relação ao estoque planejado. Se de um lado a redução dos estoques possibilita a geração de caixa para empresa, do outro reflete baixa expectativa com relação à melhoria das vendas em curto prazo. No Grande ABC esse movimento se mostrou bastante intenso entre abril e junho. A redução dos estoques não demostra neste momento um sinal de aquecimento nas vendas, mas sim um redimensionamento da atividade produtiva, tendo em vista a retração econômica, as expectativas e as incertezas em relação à trajetória da economia e da atividade produtiva. Redução Elevação 55 54 53 52 51 49 48 47 46 48,2 48,4 49,8 Evolução dos estoques efetivos e sua comparação com o planejado - Brasil,1 51,4 51,5 51,7,6,2,0 47,5,0 51,4,0,0 52,1 53,0,7 51,0 49,7 52,0 51,4,8 49,8,3 49,8 48,7 46,6 48,4 48,2 48,9 48,9 45 dez-13 mar-14 jun-14 set-14 dez-14 mar-15 jun-15 set-15 dez-15 mar- jun- Evolução Estoque Efetivo - Planejado 47,8 49,3 SÃO PAULO GABC 55 45 54,1 51,1,6 49,8 49,9,3 53,1 52,2,2 49,4 48,9 47,9 48,1 48,1 48,3 set-15 nov-15 jan- mar- mai- 53,5 67,2 54,6 54,6 53,0 53,1,7 48,7 55,6 45,7 43,1 42,0 36,9 32,8 set-15 nov-15 jan- mar- mai- 5

Redução Elevação BOLETIM Pelo décimo sétimo mês consecutivo a sondagem industrial registra queda na intenção de investimentos para os próximos seis meses no Brasil. Comportamento provocado pela queda da atividade produtiva, aumento da capacidade ociosa e incerteza com relação a trajetória da economia a médio e longo prazo. Ao longo deste período os industriais da região Sudeste e do estado de São Paulo tem apresentado desempenho semelhante ao observado no plano nacional. Junto a queda dos investimentos públicos, tendo em vista os problemas orçamentários enfrentados em todas as esferas de governo, esse comportamento da indústria tem contribuído para a redução do nível de investimento na economia brasileira nos últimos anos. No quarto trimestre de 2015 o nível de investimento ficou em cerca de 17% do PIB, bastante inferior a meta de 25% do PIB anunciada quando do lançamento do PAC. Na região do Grande ABC, apesar da melhoria do indicador referente ao mês de julho, o empresário industrial tem apresentado tendência à redução na intenção de investimentos, em alguns momentos de forma mais intensa que no âmbito estadual e nacional. A retomada do fluxo de investimento no setor está intimamente ligada à retomada da atividade produtiva e à melhoria do horizonte de médio prazo. Neste sentido, parece que a definição do quadro político, bem como da trajetória da política econômica, tem um papel chave. De forma mais específica, mas não desassociada, a adoção de políticas industriais que deem suporte ao desenvolvimento do setor é essencial. Intenção de Investimento pela Indústria 65 55 45 52,4 52,0 55 49,3 46,5 41,3 39,2 42,4 39,8 39,0 41,2 41,4 48,6 44,9 39,5,7 35 35,3 34,4 32,5 dez-14 fev-15 abr-15 jun-15 ago-15 out-15 dez-15 fev- abr- jun- Brasil Sudeste São Paulo ABC 6

Um dado positivo apurado nos últimos meses pela sondagem industrial, em especial no segundo trimestre do ano, tem sido a melhoria das expetativas dos empresários do setor para os próximos seis meses. Tanto a nível nacional como regional, os empresários tem se mostrado mais otimistas com relação à evolução da demanda, e consequentemente com a necessidade de compra de matérias-primas. Com relação à contratação de funcionários, as expectativas têm se mostrado menos otimistas, embora também tenham melhorado nos últimos meses. Isso porque, a ampliação do volume de contratações só ocorre após a retomada da atividade produtiva e a demonstração de maior confiança por parte dos empresários. Ainda que avaliadas de forma mais otimista pelos empresários, as expectativas com relação à evolução das exportações se mostraram estáveis. Ao avaliar o comportamento dos empresários do GABC, os resultados mostraram-se semelhantes aos observados nos cenários estadual ou nacional. As perspectivas para a evolução da demanda, do número de empregos e o volume de compras de matéria-prima na indústria do GABC, apontaram menor pessimismo dos empresários no segundo trimestre do ano. Evolução de Demanda Região do GABC Perspectivas do Setor Industrial Evolução do número de empregados 25,8 37,2 38,1 35,7 38,6 44,9 41,1 44 46,5 47,5 39 37 37,1 37,8 39,8,6 42,9 41,8 44,5 43,8 25 set/15 nov/15 jan/ mar/ mai/ 25 set/15 nov/15 jan/ mar/ mai/ Negativo Positivo Negativo Positivo Evolução das compras de mátéria prima 49,4 42,9 45,8 48 37,4 45 39,7 41,7 35,9 Evolução da quantidade exportada,2,7 63,7 54,8 53,6,7 56,9 55,9 48,5 62 25 set/15 nov/15 jan/ mar/ mai/ 25 set/15 nov/15 jan/ mar/ mai/ 7

De toda forma, as expectativas com relação ao mercado externo, via melhoria das exportações se mostraram maiores, em média, que as expectativas com relação à melhora da demanda interna por parte dos empresários industriais. Com relação à condição financeira das empresas do setor, a sondagem industrial aponta a permanência das condições desfavoráveis no que tange à margem de lucro, à situação financeira e ao acesso ao crédito. Comparativamente ao primeiro trimestre do ano do ano, o mês de junho apresentou melhoras na avaliação dos gestores das empresas com relação à margem de lucro e à condições financeira da empresa, tanto a nível nacional quanto estadual. Diferentemente, na mesma comparação os empresários do ABC declararam que a margem de lucro, a condição financeira e o acesso ao crédito pioraram. Em especial no que se refere aos dois primeiros. Especificamente o acesso ao crédito, tendo em vista a contração da política monetária, com redução da disponibilidade de crédito, inclusive do BNDES, e aumento da taxa de juros, foi afetado de forma direta pela austeridade da atual política monetária. Condição Financeira das Empresas - junho 20 Brasil Sudeste São Paulo ABC 10 Margem de lucro operacional Situação Financeira Acesso ao crédito A avaliação das condições financeiras das indústrias da região do GABC pelos seus gestores, neste primeiro semestre de 20, mostrou-se menos favorável, comparado aos resultados obtidos em nível nacional e estadual. Em grande parte, este se deve ao adensamento industrial ainda presente no Grande ABC e à forte conexão existente entre as mesmas, comparativamente à média nacional e estadual. As perspectivas de melhora da condição financeira das empresas estão atreladas a melhoria da atividade econômica com reflexos positivos sobre a produção e vendas. Como citado no Boletim IndustriABC anterior, um dos desafios a ser enfrentado pelos próximos governos é a consolidação das bases macroeconômicas que estimulem a retomada da atividade econômica do país. 8

Principais problemas enfrentados pelas empresas - julho 20 Demanda interna insuficiente Falta de capital de giro Elevada carga tributária Taxas de juros elevadas Falta ou alto custo da matéria prima Demanda externa insuficiente Inadimplência dos clientes Taxa de câmbio Falta de financiamento de longo prazo Competição com importados Falta ou alto custo de energia Competição desleal Outros 26,% 20,20% 26,2% 26,% 19,00% 23,4% 21,10% 9,% 9,6% 15,80% 24,10% 25,9% 10,% 20,20% 13,7% 10,% 10,% 8,7% 10,% 9,90% 5,3% 5,% 9,90%,8% 5,% 15,00% 14,6% 56,90% 37,2% 47,% 24,90% 22,8% 26,% 45,% 45,7% 21,20% 24,10% 34,4% ABC São Paulo Brasil 73,% Os principais problemas apontados pelas empresas da região do GABC que afetaram suas operações no primeiro semestre de 20 foram a falta de demanda interna e a falta de capital de giro, seguidos da elevada carga tributária, elevada taxa de juros e da falta ou alto custo da matéria-prima. Em nível nacional e estadual, os principais problemas apontados foram a falta de demanda interna e a elevada carga tributária. A falta de demanda interna tem afetado o setor industrial neste cenário de retração da atividade produtiva interna, puxado pela queda nos investimentos, bem como pelo fluxo de consumo do governo e das famílias. Comparativamente ao trimestre anterior, houve ampliação da citação da falta de demanda externa. Mesmo com a desvalorização do real frente ao dólar nos últimos 12 meses, as flutuações apresentadas nos últimos períodos afetam negativamente as decisões dos agentes econômicos e inibem as operações externas. No atual momento de retração do faturamento do setor, outro fator que vem afetando negativamente o resultado financeiro é a elevação dos preços aos produtores. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA/FGV) acumulada em 12 meses registrou 14,54% de inflação em junho, bastante acima da inflação ao consumidor registrada pelo IPCA, que acumulou 8,84% na mesma comparação. Questões como inadimplência dos clientes, falta de financiamento de longo prazo, também são apontados como alguns dos gargalos presentes no setor industrial, conforme avaliação dos próprios gestores das empresas. 9

Indicadores de Confiança da Indústria Assim como nos períodos anteriores, os gestores da região do Grande ABC apresenta um Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) menor que o declarado em nível estadual e nacional. No primeiro semestre deste ano o ICEI geral apresentou sensível melhora no Brasil, bem como no estado de São Paulo. Os fatores que mais influenciaram esta trajetória foram as melhorias na expectativa para os próximos seis meses. Ainda que de forma menos expressiva, também houve melhora com relação à avaliação das condições atuais da economia e da empresa. Essa alteração, ocorrida principalmente no último trimestre, foi influenciada nitidamente pelas mudanças no cenário político brasileiro, e suas repercussões sobre a política econômica e sobre as expectativas em torno das mesmas. Indicador de Confiança da Indústria abr./20 Brasil Sudeste São Paulo GABC ICEI 47,3 45,0 45,9 39,3 Indicador de Condições 37,4 35,5 38,0 24,6 Indicador de Expectativas 52,3 49,8 49,9 47,9 Condições da Economia 33,5 31,9 34,9 18,6 Condições da Empresa 39,5 37,5 39,7 27,6 Expectativas da Economia Brasileira 47,3 44,8 46,4 39,6 Expectativas da Empresa 54,8 52,2 51,5 52,1 No Grande ABC, os empresários também apresentaram uma pequena melhora no índice de confiança no último trimestre, puxado pela melhora nas expectativas para os próximos seis meses. Entretanto, a confiança nas condições atuais praticamente não se alterou. No segundo semestre do ano, a definição do quadro político brasileiro tenderá a reduzir as incertezas que afetam a avaliação dos gestores industriais, em especial, quanto à determinação do perfil da política econômica. Neste quesito, uma das questões fundamentais refere-se às medidas que serão adotadas para o reestabelecer o equilíbrio fiscal. Tanto para melhoria da capacidade de execução de política pública, quanto para melhoria da capacidade de realização de investimento público, que gera efeitos positivos ao investimento privado. A retomada da trajetória de crescimento passa pela recuperação da atividade industrial, dada a capacidade de geração de valor adicionado pelo setor e seu efeito multiplicador, ao movimentar uma extensa cadeia de produção. 10

ANEXO Índice de difusão (0 a 100) Evolução nº Empregados - Brasil 47,1 46,4 44,2 44,4 44,7 46,4 44,4 44,4 43,6,7 41,2 41,4 42,2 42,0 41,5 41,4 42,8 43,1 43,3 43,7 44,6 out-14 dez-14 fev-15 abr-15 jun-15 ago-15 out-15 dez-15 fev- abr- jun- Evolução nº Empregados SUDESTE SÃO PAULO ABC Índice de difusão (0 a 100),8 41,3 41,7 41,0,3 41,7 41,6 42,8 43,4 39,5 set-15 nov-15 jan- mar- mai-,3 41,3 41,4 43,8 43,3 43,7 39,9,9 41,2 41,3 set-15 nov-15 jan- mar- mai- 45,7 42,6 36,4 39,7 37,9 38,0 36,8 34,5 36,5 39,3 set-15 nov-15 jan- mar- mai- BRASIL Perspectivas do Setor Industrial Evolução de Demanda Evolução do número de empregados 51 52,9 47,7 47,8 46,3 46,9 45,8 45,6 44,2 44,8 43,5 41,8 jul/15 set/15 nov/15 jan/ mar/ mai/ 42,2 41,8,5,5,3 41,3 42,1 43 43,4 43,6 45,3 jul/15 set/15 nov/15 jan/ mar/ mai/ 46,3 Evolução das compras de mátéria prima Evolução da quantidade exportada,8 48,5 43,6 43,6 41,4 45,2 46,7 45,7 44,5 42,8 42,8 jul/15 set/15 nov/15 jan/ mar/ mai/ 52,5 52,4 53,5 52,6 52,1 52,5 51,8,2,6,1,7 jul/15 set/15 nov/15 jan/ mar/ mai/ 11

Universidade Metodista de São Paulo Escola de Gestão e Direito Curso de Ciências Econômicas Observatório Econômico Reitor Dr. Fabio Botelho Josgrilberg Diretor da Escola de Gestão e Direito Dr. Fúlvio Cristofoli Coord. do Curso de Ciências Econômicas Ma. Silvia Cristina da Silva Okabayashi Coordenador de Estudos Me. Sandro Renato Maskio Professor Pesquisador Me. Moisés Pais dos Santos Funcionária Bruna Romualdo Teixeira URL:http://www.metodista.br/observatorio-economico A serviço do desenvolvimento do Grande ABC. Patrocine esta iniciativa! E-mail: observatorio.economico@metodista.br Tel: 4366-3 12