Regulamento Municipal de Protecção Civil do Município de Sintra

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Transcrição:

Regulamento Municipal de Protecção Civil do Município de Sintra Com os aditamentos introduzidos em sede de Comissão Permanente de Obras Municipais, Trânsito, Segurança e Protecção Civil Realizada em 18 de Outubro de 2010 Novembro de 2010 APROVADO PELA CÂMARA MUNICIPAL DE SINTRA EM DE DE 20 APROVADO PELA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SINTRA EM DE DE 20 26.NOV.2010 Página 1

Preâmbulo Com a entrada em vigor da Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, é estabelecida uma nova moldura legal de enquadramento institucional e operacional no âmbito da protecção civil municipal. Por outro lado a alínea f) do número 1 do artigo 6º e o número 1 do artigo 8º da Lei n.º 53-E/2006, de 29 de Dezembro, prevê expressamente a possibilidade de criação de taxas pela prestação de serviços no domínio da prevenção de riscos e da protecção civil. Tendo por intuito estabelecer e definir, ao nível complementar à Lei, o enquadramento institucional e operacional da protecção civil no Município de Sintra, foi elaborado o presente Regulamento. O regulamento em apreço constitui, assim, não só um útil instrumento de trabalho para todos os intervenientes no sistema de protecção civil municipal, como uma forma de tornar o sistema, tendencialmente sustentável. O presente Regulamento foi sujeito a audiência dos interessados, designadamente das associações de bombeiros, nos termos do artigo 117.º do Código de Procedimento Administrativo, tendo o mesmo sido concomitantemente submetido, nos termos do disposto no artigo 118.º do mesmo diploma, a apreciação pública, pelo prazo de trinta dias, através da publicação do Aviso nº 6253/2008, na II Série do Diário da República nº 45, de 4 de Março de 2008. Assim, nos termos do disposto nos artigos nos artigos 112.º n.º 8 e artigo 241.º da Constituição da República Portuguesa, no preceituado na al. a) do n.º 2 do artigo 53.º e da al. a) do n.º 6 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção que lhe foi dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, da Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho, da Lei 65/2007, de 12 de Novembro, da alínea f) do n.º1 do artigo 6 e do artigo 8º da Lei 53-E/2006, de 29 de Dezembro, dos artigos 15º e 16º da Lei 2/2007, de 15 de Janeiro, a Assembleia Municipal de Sintra, sob proposta da Câmara Municipal, aprova o Regulamento Municipal de Protecção Civil do Município de Sintra. 26.NOV.2010 Página 2

Capítulo I - Parte Geral Artigo 1º - Lei Habilitante O presente Regulamento é elaborado ao abrigo e nos termos dos artigos 241º da Constituição da República Portuguesa, dos artigos 35º, 41º a 43º da Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho, da Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, da alínea f) do n.º1 do artigo 6 e do artigo 8º da Lei n.º 53-E/2006, de 29 de Dezembro, dos artigos 15º e 16º da Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro, e alíneas a) do n.º2 do artigo 53º e do n.º6 do artigo 64º, ambos da Lei nº169/99, de 18 de Setembro, na redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro. Artigo 2º - Objecto e âmbito O Presente Regulamento estabelece e define: a) De modo complementar à Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, o enquadramento institucional e operacional da Protecção Civil no Município de Sintra; b) A previsão genérica de criação da taxa municipal pela prestação de serviços no domínio da prevenção de riscos e da protecção civil, adiante designada por TMPC. Artigo 3º - Dos Princípios Da Protecção Civil Municipal Sem prejuízo do disposto na lei, a Protecção Civil no Município de Sintra, na sua actividade, é orientada pelos seguintes princípios: a) O princípio da prioridade, nos termos do qual deve ser dada prevalência à prossecução do interesse público relativo à protecção civil, sem prejuízo da segurança e da saúde pública, sempre que estejam em causa ponderações de interesses, entre si conflituantes; b) O princípio da prevenção, por força do qual, no território municipal, os riscos colectivos de acidente grave ou de catástrofe devem ser considerados de forma antecipada, de modo a eliminar as próprias causas, ou reduzir as suas consequências, quando tal não seja possível, reduzir ao mínimo as suas consequências; c) O princípio da precaução, de acordo com o qual devem ser adoptadas as medidas de diminuição do risco de acidente grave ou catástrofe inerente a cada actividade, associando a presunção de imputação de eventuais danos à mera violação daquele dever de cuidado; d) O princípio da subsidiariedade, que determina que o subsistema de protecção civil de nível superior só deve intervir se e na medida em que os objectivos da protecção civil não possam ser alcançados pelo subsistema de protecção civil municipal, atenta a dimensão e a gravidade dos efeitos das ocorrências; e) O princípio da cooperação, que assenta no reconhecimento de que a protecção civil constitui atribuição não só do Estado, das Regiões Autónomas e das autarquias locais, mas, um dever dos cidadãos e de todas as entidades públicas e privadas; 26.NOV.2010 Página 3

f) O princípio da coordenação, que exprime a necessidade de articular a política municipal de protecção civil com a política nacional, regional e distritais; g) O princípio da unidade de comando, que determina que todos os agentes actuem, no plano operacional, articuladamente sob um comando único, sem prejuízo da respectiva dependência hierárquica e funcional; h) O princípio da informação, que traduz o dever de assegurar a divulgação das informações relevantes em matéria de protecção civil, com vista à prossecução dos objectivos previstos na Lei de Bases de Protecção Civil e da Lei nº 65/2007, de 12 de Novembro. Capítulo II - Da Autoridade Municipal de Protecção Civil e Da Comissão Municipal de Protecção Civil Secção I - Da Autoridade Municipal de Protecção Civil Artigo 4º - Da Autoridade Municipal de Protecção Civil e sua competência O Presidente da Câmara Municipal, no exercício de funções de responsável municipal da política de protecção civil, é a Autoridade Municipal de Protecção Civil a quem compete: a) Desencadear, na eminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe, as acções de protecção civil de prevenção, socorro, assistência e reabilitação adequadas a cada caso; b) Declarar a situação de alerta de âmbito municipal; c) Pronunciar-se, junto do Governador Civil, sobre a declaração de alerta de âmbito distrital, quando estiver em causa a área do respectivo Município; d) Dirigir de forma efectiva e permanente o Serviço Municipal de Protecção Civil, tendo em vista o cumprimento dos planos e programas estabelecidos e a coordenação das actividades a desenvolver no domínio da protecção civil, designadamente em operações de socorro e assistência, com especial relevo em situações de alerta, contingência, catástrofe e calamidade pública; e) Solicitar a participação ou colaboração das forças armadas, nos termos do artigo 12º da Lei 65/2007, de 12 de Novembro; f) Presidir à Comissão Municipal de Protecção Civil; g) Nomear o Comandante Operacional Municipal, adiante designado por COM; h) Exercer as demais competências que lhe advenham da lei ou regulamento no âmbito da protecção civil. Secção II - Da Comissão Municipal de Protecção Civil Artigo 5º - Da Comissão Municipal de Protecção Civil, Sua Constituição e Competência 1 - A Comissão Municipal de Protecção Civil, adiante designada por CMPC, é constituída por iniciativa da Autoridade Municipal de Protecção Civil, integrando os representantes das entidades abaixo referidas: 26.NOV.2010 Página 4

a) O Presidente da Câmara Municipal, que preside; b) O Comandante Operacional Municipal; c) O Coordenador do Serviço Municipal de Protecção Civil; d) Um elemento do comando de cada corpo de bombeiros existente no município; e) Um elemento de cada uma das forças de segurança presentes no município; f) Um representante das Associações Humanitárias de Bombeiros existentes no Município; g) A autoridade de saúde do município; h) O dirigente máximo da unidade de saúde local ou o director do centro de saúde e o director do hospital da área de influência do município, designados pelo Directorgeral da Saúde; i) Um representante dos serviços de segurança social e solidariedade; j) Um representante dos serviços municipalizados de água e saneamento; k) Um representante da empresa municipal HPEM; l) Os Presidentes de Junta de Freguesia, em caso da circunscrição territorial respectiva estar abrangida; m) Os representantes de outras entidades e serviços implantados no município, cujas actividades e áreas funcionais possam, de acordo com os riscos existentes e as características da região, contribuir para as acções de protecção civil. 2 - Sem prejuízo de outras competências que lhe sejam legalmente conferidas, a CMPC exerce as constantes do número 3 do artigo 3º da Lei n.º 65/2007 de 12 de Novembro. Artigo 6º - Do Mandato da CMPC O Mandato da CMPC corresponde, em termos temporais, ao mandato da Autoridade Municipal de Protecção Civil. Artigo 7º - Da Instalação e Funcionamento 1 - A CMPC é instalada formal e solenemente perante a Autoridade Municipal de Protecção Civil; 2 - Compete ao Serviço Municipal de Protecção Civil dar o necessário apoio logístico ao funcionamento da CMPC; Artigo 8º - Das Reuniões e Regimento 1 - A CMPC reúne ordinariamente uma vez por trimestre e extraordinariamente por convocação: a) da Autoridade Municipal de Protecção Civil; b) do COM em situações de alerta, contingência ou calamidade, no caso do titular do cargo referido na alínea anterior se encontrar impedido, indisponível ou incontactável; c) de um terço dos seus membros. 26.NOV.2010 Página 5

2 - A CMPC, na sua primeira reunião, procede à elaboração do respectivo regimento. Artigo 9º - Das Deliberações As deliberações são tomadas por maioria absoluta de votos dos membros presentes à reunião. Artigo 10º - Das Subcomissões Permanentes e das Unidades Locais 1 - Por deliberação da CMPC podem ser criadas subcomissões permanentes nos domínios de: 1.1. - Riscos Naturais a) Sismos e acidentes geomorfológicos; b) Precipitações Intensas, Cheias e Trovoadas; c) Nevões e Vagas de Frio; d) Secas e Ondas de Calor; e) Ciclones e Tornados; f) Incêndios Florestais, devendo esta última articular a sua actividade com a Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios. 1.2. - Riscos Tecnológicos a) Substâncias perigosas em industrias e armazenagem; b) Transporte de mercadorias perigosas; c) Gasodutos e oleadutos; d) Emergências radiológicas; e) Ameaças NRBQ - Agentes químicos e biológicos; f) Energia Eléctrica, redes de muita alta tenção, aéreas ou subterrâneas; 2 - Por deliberação da CMPC podem ainda ser criadas unidades locais as quais incluirão a área de uma ou mais Freguesias, ponderando factores de população e exposição potencial a riscos naturais ou tecnológicos e o teor dos planos de emergência vigentes. Artigo 11º - Das Freguesias 1 - Compete às Freguesias prestar a devida colaboração ao Município no âmbito da protecção civil de acordo com o disposto no artigo 7º da Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro. 2 - Compete às Freguesias emitar parecer não vinculativo sobre os Planos de Emergência e Protecção Civil que abranjam a respectiva circunscrição territorial. 3 - Compete especialmente ao Presidente da Junta de Freguesia colaborar com outras entidades no domínio da protecção civil, tendo em vista o cumprimento dos planos e programas estabelecidos, designadamente em operações de socorro e assistência em situações de alerta, contingência, catástrofe e calamidade pública. 26.NOV.2010 Página 6

Capítulo III - Do Serviço Municipal de Protecção Civil e do Comandante Operacional Municipal Artigo 12º - Do Serviço Municipal de Protecção Civil Sem embargo das demais legalmente conferidas, constituem competências do Serviço Municipal de Protecção Civil: a) As constantes do artigo 10º da Lei n.º 65/2007 de 12 de Novembro, do artigo 57º da Estrutura Flexível dos Serviços Municipais e do número 2 do artigo 7º do presente regulamento; b) O apoio à Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios através do Gabinete Técnico Florestal. Artigo 13º - Do Comandante Operacional Municipal 1 - Sem embargo das demais que venham a ser legalmente conferidas, constituem competências do COM as constantes dos artigos 14º e 15º da Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro. 2 - Compete ainda ao COM propor à Autoridade Municipal de Protecção Civil a elaboração de normas de execução permanente relativas à componente operacional do sistema. Artigo 14º - Dos Agentes de Protecção Civil 1 - Sem prejuízo de outras entidades ou serviços legalmente previstos, são agentes de protecção civil: a) As Forças Armadas; b) A Polícia de Segurança Pública; c) A Guarda Nacional Republicana; d) A Polícia Municipal; e) Os Corpos de Bombeiros; f) A Autoridade Marítima; g) A Autoridade Aeronáutica; h) A Autoridade de Saúde Concelhia; i) A Autoridade Médico-Veterinária Concelhia; j) Instituto Nacional de Emergência Médica; k) As Unidades de Saúde do Concelho; l) A Cruz Vermelha Portuguesa; m) Os Sapadores Florestais; 26.NOV.2010 Página 7

2 - Impende especial dever de cooperação com os agentes de protecção civil mencionados no número anterior sobre as seguintes entidades: a) Associações Humanitárias de Bombeiros; b) Serviços de segurança; c) Instituto Nacional de Medicina Legal; d) Instituições de segurança social; e) Instituições com fins de socorro e de solidariedade; f) Organismos responsáveis pelas florestas, conservação da natureza, industria e energia, transportes, comunicações, recursos hídricos e ambiente; g) Serviços de segurança e socorro privativos das empresas públicas e privadas de portos e aeroportos; h) Os Serviços Municipais de carácter operativo, os Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento e a Empresa Municipal de Higiene Pública HPEM, nos termos do número 3 do presente artigo. 3 - Para além das funções de direcção atribuídas ao seu Presidente como Autoridade Municipal de Protecção Civil, o Município de Sintra actua como agente no âmbito da mesma e disponibiliza, em casos de urgência e emergência, os meios humanos e materiais adstritos aos serviços municipais e municipalizados e à empresa municipal referidos na alínea h) do número 1 do presente artigo. Capítulo IV - Da Actividade da Protecção Civil Artigo 15º - Dos Planos Municipais de Emergência 1 - O plano municipal de emergência é elaborado de acordo com as directivas da Comissão Nacional de Protecção Civil, nomeadamente: c) a tipificação dos riscos; d) as medidas preventivas a adoptar; e) a identificação dos meios e recursos mobilizáveis, em situação de acidente grave ou catástrofe; f) a definição das responsabilidades que incumbem aos organismos, serviços e estruturas, públicas ou privadas, com competências no domínio da protecção civil municipal; g) os critérios de mobilização e mecanismos de coordenação dos meios e recursos, públicos ou privados utilizáveis; h) a estrutura operacional que há-de garantir a unidade de direcção e o controlo permanente da situação. 2 Os planos de emergência estão sujeitos a uma actualização periódica e devem ser objecto de exercícios frequentes com vista a testar a sua operacionalidade. 3 Os agentes de protecção civil colaboram na elaboração e na execução dos planos de emergência. 26.NOV.2010 Página 8

4 O plano municipal de emergência inclui obrigatoriamente uma carta de risco e um plano prévio de intervenção de cada tipo de risco existente no município, decorrendo a escala da carta de risco e o detalhe do plano prévio de intervenção da natureza do fenómeno e devendo ser adequados à sua frequência e magnitude, bem como à gravidade e extensão dos seus efeitos previsíveis. 5 Para além do plano municipal de emergência geral, podem ser elaborados planos especiais, sobre riscos especiais, destinados a servir finalidades específicas, designadamente os previstos no número 5 do artigo 18º da Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro 6 No caso das áreas de risco homogéneas prolongadas pelo território de mais de um município contíguos, podem ser elaborados planos especiais supra municipais. 7 Sempre que se justifique, podem ser elaborados planos especiais sobre riscos específicos, designadamente relativos a inundações, incêndios de diferente natureza, acidentes biológicos ou químicos, movimentações em massa ou a sismos. Artigo 16º - Das Operações de Protecção Civil 1 - As operações municipais de protecção civil decorrem tendo por enquadramento o artigo 16º da Lei 65/2007, de 12 de Novembro; 2 - Sem embargo do legalmente previsto no artigo 6º da Lei n.º 27/2006, de 3 de Junho, existe um dever de colaboração dos cidadãos, entidades privadas e empresas privadas constantes do número 3 do referido artigo, no âmbito das operações de protecção civil. Capítulo - V - Taxa Municipal de Protecção Civil Artigo 17º - Da Taxa Municipal de Protecção Civil 1 - A Taxa Municipal de Protecção Civil, adiante designada por TMPC, tem periodicidade anual e tem por objecto compensar financeiramente o Município pelos investimentos realizados no âmbito da prevenção de riscos e do sistema de protecção civil, e constitui a contrapartida pela realização pelo Município, designadamente: a) pelo funcionamento do serviço municipal de protecção civil; b) pela prestação de serviço de bombeiros e de protecção civil; c) pelo funcionamento da comissão municipal de protecção civil; d) pelo cumprimento e execução do plano de emergência municipal; e) pela prevenção e reacção a acidentes graves e catástrofes, de protecção e socorro de populações; f) pela promoção de acções de protecção civil e de sensibilização para prevenção de riscos. 2 A incidência, cálculo, liquidação e cobrança da TMPC e respectivas isenções e reduções são determinadas, atentos os critérios da Lei n.º 53-E/2006, de 29 de 26.NOV.2010 Página 9

Dezembro, em sede de Regulamento de Taxas e Outras Receitas do Município de Sintra. Capítulo VI - Regime Sancionatório Artigo 18.º - Fiscalização Dispõem de poderes de autoridade para levantar autos de notícia relativas às infracções nos termos e para os efeitos do presente Regulamento: a) Os agentes das forças de segurança, designadamente Polícia de Segurança Pública, Guarda Nacional Republicana e Polícia Municipal; b) A Autoridade Municipal de Protecção Civil ou em quem este delegar expressamente competência para o efeito; c) O pessoal de fiscalização da Autoridade Nacional de Protecção Civil, nos termos da alínea d) do artigo 7º do Decreto-Lei nº 75/2007, de 29 de Março. Artigo 19.º - Sanções Sem prejuízo da responsabilidade penal, civil ou contra-ordenacional que ao caso assista e do disposto artigo 62º da Lei nº 27/2006, de 3 de Julho: 1 - É passível de contra-ordenação de dois a dez remunerações mínimas mensais garantidas para pessoas singulares e de quatro a trinta remunerações mínimas mensais garantidas para pessoas colectivas, quem, no Município de Sintra: i) Desencadear, por qualquer meio, falsos alarmes de sinistro que levem ao accionar do sistema municipal de protecção civil; j) Impedir ou dificultar, o desempenho dos agentes de protecção civil; k) Impedir ou dificultar ou acesso a propriedade ou a passagem através de propriedade, quando tal seja necessário no âmbito de uma operação de protecção civil; l) A desobediência e a resistência às ordens legítimas dos agentes de protecção civil, quando praticadas em situações de alerta, contingência ou calamidade; m) Omitir auxílio aos agentes de protecção civil, quando solicitado. 2 - Quando os comportamentos referidos nas alíneas b) a e) do no número 1 do presente artigo sejam levados a cabo por quem detenha cargos nas pessoas colectivas referidas no número 3 do artigo 6º da Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho, a contra-ordenação será agravada, no seu limite máximo, até ao legalmente admissível. 3 A negligência e a tentativa são puníveis. Artigo 20.º - Sanções acessórias Nos processos de contra-ordenação podem ser aplicadas acessoriamente as sanções previstas na lei geral. 26.NOV.2010 Página 10

Artigo 21.º - Processo contra-ordenacional 1. A decisão sobre a instauração do processo de contra-ordenação, aplicação das coimas e das sanções acessórias é da competência do Presidente da Câmara, sendo delegável e subdelegável, nos termos da lei; 2. A instrução dos processos de contra-ordenação referidos no presente regulamento compete à Câmara Municipal, nos termos da lei; 3. O produto das coimas referidas, mesmo quando estas sejam fixadas em juízo, constitui receita própria do Município. Artigo 22.º Medida da coima 1. A determinação da medida da coima far-se-á em função da gravidade da contraordenação, da culpa, da situação económica do agente e do benefício económico que este retirou da prática da contra-ordenação. 2. A coima deve sempre exceder o benefício económico que o agente retirou da prática da contra-ordenação. Capítulo VII Disposições Finais Artigo 23.º Legislação e Regulamentação Subsidiária Aplicam-se subsidiariamente ao presente Regulamento: a) a Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho, a Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, a Estrutura Nuclear e a Estrutura Flexível dos Serviços Municipais; b) em Relação ao Capítulo V do mesmo - a Lei n.º 53-E/2006, de 29 de Dezembro, a Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro e o Regulamento de Taxas e Outras Receitas para o Município de Sintra. Artigo 24.º - Interpretação e integração de lacunas Sem prejuízo da legislação aplicável, a interpretação e a resolução dos casos omissos ao presente Regulamento são resolvidos mediante despacho do Presidente da Câmara Municipal. Artigo 25.º - Entrada em vigor O presente regulamento entra em vigor decorridos 15 dias úteis sobre a sua publicitação, nos termos legais. Aprovado em Sessão da Assembleia Municipal de Sintra a 26 de Novembro de 2010 26.NOV.2010 Página 11