Estudo da Incorporação de Resíduo de Fabricação de Pás Eólicas para Aerogeradores em Cimento Portland

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Transcrição:

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO Campus de Sorocaba Estudo da Incorporação de Resíduo de Fabricação de Pás Eólicas para Aerogeradores em Cimento Portland Study of Incorporation of Wind Blades waste in Portalnd Cement Autores: Marcos Paulo Minussi Bini Apoio: Renge/PROPe/Unesp Lívia Sottovia Prof. Dr. Maria Lucia Pereira Antunes Natel Núcleo de automação e tecnologia limpas

OBJETIVO Reutilizar os resíduos gerados pelas empresas de aerogeradores, incorporando- os em cimento Portland para fins da construção civil.

Introdução: Fabricação dos aerogeradores Em Sorocaba há duas grandes empresas de fabricação de pás de aerogeradores. No Brasil, com as usinas da Wobben, gera-se um total de 1.000.000 MWh/ano, equivalente ao consumo médio de 4.000.000 de pessoas. Fonte: www.wobben.com.br

Introdução: Fabricação dos aerogeradores Um aerogerador é composto por três partes principais: Rotor/ Estator, Três pás idênticas Torre. Fonte: http://ner.org.cv/images/turbine.gif

Introdução: Fabricação dos aerogeradores Os principais componentes na fabricação das pás eólicas são: fibra de vidro, resina epóxi, madeira bolsa e espuma PVC. A fibra de vidro é impregnada pela resina epóxi em estado líquido que com o passar do tempo muda para o estado sólido, em um processo chamado de reação de cura. Fonte: www.wobben.com.br

Introdução: Fabricação dos aerogeradores Em Sorocaba, as usinas aerogeradoras se destacam pela suaalta geração de resíduo em td toda região. Cada pá tem cerca de 7 toneladas e na sua fabricação são gerados de 10% a 15% de resíduos. Como cada aerogerador tem três pás, cada um pode gerar até 3 toneladas de resíduos.

Introdução: Geração de resíduos Com o aumento da tecnologia, vem o aumento dos resíduos gerados através da produção e do descarte. Esse lixo gerado demanda dinheiro, tecnologia e espaço físico. Segundo o Decreto-Lei n 488/85, o detentor de resíduos, qualquer que seja a sua natureza e origem, deve promover a sua recolha, armazenagem, transportes e eliminação ou utilização de tal forma que não ponham em perigo a saúde humana nem causem prejuízo ao meio ambiente. Fonte: http://www.fenatracoop.com.br/site/wp-content/uploads/2009/03//coletaseletivalixo.jpg

Introdução: Reutilização dos resíduos A reutilização do resíduo é uma forma de aumentar a vida útil do mesmo. Essa reutilização pode ocorrer de acordo com as propriedades p do resíduo e para sua finalidade. A área da construção civil é uma das opções, com a finalidade de incorporar o resíduo no cimento Portland. Vantagens na incorporação de resíduos: Fonte:http://www.abcdaenergia.com/reciclopolis/sup_dir/mat eriais.htm#novo Fonte:http://ponto.outraspalavras.net/files/2011/04/MI RNY-A-MAIOR-CRATERA-DE-MINERACAO- DO-MUNDO1.jpg Fonte:http://permacoletivo.wordpre ss.com/files/2009/10/seloverde.png

Metodologia O resíduo fitit foi triturado para ter uma característica ti semelhante a de um pedrisco. Foi utilizado um moinho de facas modelo Mak-250 da Kie Máquinas e Plásticos, com uma tela 12,7 mm de granulometria. Figura 1 Trituração do resíduo

Metodologia Caracterização do resíduo: EnsaioE i de Molhabilidade d (Goniômetro Ramé-Hart 100-00 e osoftware Rame-Hart timaging 2001) Infravermelho por reflexão total (espectrofotômetro Jasco FTIR-410) Análise granulométrica (Peneiramento) Determinação da Densidade Determinação da Densidade (Variação do volume)

Metodologia Confecção dos corpos de prova: NBR 5738 - Moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos de concreto. A incorporação do resíduo no concreto foi através do método da substituição em relação ao volume do pedrisco. Foram confeccionados 4 lotes de diferentes porcentagens de resíduo (pedrisco): 0% (Lote 1, branco); 10% (Lote 2); 20% (Lote 3); 50% (Lote 4). Cura de 28 dias. Análise de compressão em prensa hidráulica.

Resultados: Caracterização do resíduo Ensaio de molhabilidade da resina epóxi Face lisa: 50º Face rugosa: 85º Figura 2 Gráfico de molhabilidade das faces

Resultados: Caracterização do resíduo Com os resultados, pode-se afirmar que a resina é hidrofílica, pois as duas médias ficaram abaixo de 90º, o limitante. Face Lisa Face Rugosa Face Rugosa

Resultados: Caracterização do resíduo Espectro de refletância no infravermelho da resina epóxi. Figura 3 - Espectro de infravermelho do resíduo de pá eólica Identificaram-se as principais faixas do infravermelho da resina epóxi: 3504 cm -1 (n OH); 1247 cm -1 (n CO aromático); 1857 cm -1 (n CO aromáticos); 915 cm -1 (n grupo epóxi).

Resultados: Caracterização do resíduo Análise granulométrica do resíduo Tabela 1 Porcentagem granulométrica do resíduo Peneira Massa (g) > 9,5 mm 8,955 9,5 mm 4,75 mm 201,089 4,75 mm 2,36 mm 36,464 2,36 mm 2,00 mm 1,063 200mm 2,00 118mm 1,18 1,949 < 1,18 mm 0,295 Porcentagem (%) 3,6 80,4 14,6 0,4 0,8 0,1 NBR 7225, pode-se concluir que a resíduo é semelhante a um pedrisco, que compreende entre 9,5 a 2,40 mm.

Resultados: Caracterização do resíduo Determinação da densidade: Através de uma proveta graduada calculou-se o a densidade do resíduo conforme a Tabela 2. Tabela 2 Densidade aparente do resíduo Teste Massa (g) ΔV (ml) Densidade 1 2.35 2 1.18 2 3.72 3 1.24 3 5.28 4 1.32 4 6.43 5 1.28 5 8.38 6.5 1.29 6 9.75 8 1.22 Obteve-se uma densidade aparente média de 1,25g/mL. Sendo este valor inferior ao do pedrisco que tem uma densidade d de 1,8 g/ml (BASF, 2011).

Resultados: Fabricação dos corpos-de-prova prova Depois da cura de 24 horas os corpos foram pesados. Suas massas encontram-se na Tabela 3. Nota-se que com a substituição do pedrisco pela resina, há uma diminuição da massa dos corpos. Tabela 3 Massas dos corpos de prova após a cura de 24h Corpo 0% 10% 20% 50% 1 3,38 3,20 3,00 2,82 2 3,36 3,28 3,00 2,84 3 3,40 3,24 3,12 - Média (.10³) (3,38+0,02)Kg (3,24+0,04)Kg (3,04+0,06)Kg (2,83+0,01)Kg Observa-se uma diminuição maior que 15% na redução da massa, quando se comparam o lote 0% com o lote 50% de resíduo.essa redução da massa é devido a diferença de densidade entre o pedrisco e a resina.

Resultados: Ensaio de compressão Os valores obtidos nos ensaios de compressão são apresentados na Tabela 4. % de Resíduo 0% 10% 20% 50% Tabela 4 Ensaio de compressão Compressão Tf fck (Mpa) (Kgf/cm²) 7,06 95,44 9,36 6,19 83,68 8,21 580 5,80 78,41 769 7,69 4,61 62,32 6,11 4,70 63,54 6,23 4,27 57,73 5,66 4,27 57,73 5,66 4,86 65,70 6,44 4,49 60,70 5,95 332 3,32 44,88 440 4,40 2,87 38,80 3,80 fck Médio (Mpa) 8,42 6,00 6,02 4,10

Resultados: Ensaio de compressão Com base na tabela anterior construiu-se o gráfico da figura 4 abaixo Figura 4 Gráfico do ensaio de compressão Valores próximos da resistência dos corpos de 10 e 20%. Redução da resistência chega a 28,7%. A resistência do CP 50% cai pela metade.

Conclusão: O resíduo é hidrofílico, o que parece facilitar o contato com o cimento. Menor massa dos corpos-de-prova que possuem resina, quando comparados com os corpos que possuem apenas pedrisco, o que possibilita a produção de um concreto mais leve. Redução da resistência dos corpos que possuem o resíduo. Os corpos que tiveram 10 e 20% de incorporação reduziu a sua resistência em 28%. O concreto renovável, pode ser utilizado para a fabricação de blocos leves de concreto não estrutural. Portanto a reutilização dos resíduos das pás eólicas na construção civil pode ser uma boa alternativa para a destinação desse resíduo.

Referências Bibliográficas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7225: Materiais de pedra e agregados naturais. Rio de Janeiro, 1982. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11578: Cimento Portland composto. Rio de Janeiro, 1991. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738: Moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos de concreto. Rio de Janeiro, 2003. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004. Resíduos Sólidos Classificação. Rio de Janeiro, 2004, 77p. BASF, The Chemical Company. [on line]. Disponível em <http://www.piresatazcadista.com.br/pdf/set_45.pdf>. Acessado em Fevereiro/2011. BRAGA, Benedito et.al. Introdução à Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento sustentável. 2ª Ed. Editora Pearson São Paulo. 2002. 216-227p. BRASIL. Decreto n. 488, de 25 de novembro de 1985. Resíduos Sólidos. BURKARTER, E. Construção de imagens por padrões hidrofóbico/ hidrofílico. 2006. Dissertação (Mestrado em Física) Universidade Federal do Paraná, 2006. Iudice Mineração. [on line]. Disponível em <http://iudice.com.br/info_tec.html>. Acessado em Fevereiro/2011. Romão, B M V; Diniz, M F; Azevedo, V L L; Pardini, L C; Dutra, R C L & Burel, F Characterization of the curing agents used in epoxy resins with TG/FT-IR technique. Polímeros vol.16 no.2 São Carlos, 2006. PINTO, C. A. Estudo da estabilização por solidificação de resíduos contendo metais pesados. 2005. 229 f. Tese (Doutorado em Engenharia Química) Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. PORTAL DO CONCRETO. [on line]. Disponivel em <http://www.portaldoconcreto.com.br/cimento/concreto/fck.html>. portaldoconcreto com html> Acessado em Janeiro/2011. SANTOS, Pérsio de Souza. Ciência e Tecnologia de Argilas. 2ª Ed. Editora Edgard Bleecher LTDA. 1989. 409-422p. WOBBEN. [on line]. Disponivel em <http://www.wobben.com.br> acessado em Janeiro/2011.

Agradecimentos: Renge/PROPe/Unesp