18 de Abril a 24 de Abril



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Transcrição:

Lição 4 18 de Abril a 24 de Abril O Chamado ao Discipulado Sábado à tarde LEITURA PARA O ESTUDO DA SEMANA: Lucas 5:1-11; 6:12-16; 9:1-6; Mateus 10:5-15; Lucas 10:1-24; 9:23-25; Mateus 16:24-28. VERSO ÁUREO: E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Lucas 9:23. DISCÍPULO QUER DIZER SEGUIDOR, ou aluno. A palavra discípulo ocorre mais de 250 vezes na Bíblia, a maior parte, mas não exclusivamente, nos Evangelhos e em Atos. Ser discípulo fortalece o espírito, desafia a mente e requer o nosso máximo no relacionamento que temos com Deus e com os nossos companheiros humanos. Sem uma dedicação total a Cristo e aos requisitos da Sua vida e da Sua mensagem, não pode haver discipulado. Que mais honroso chamado pode alguém pretender? Deus toma os homens tais quais são e educa-os para o Seu serviço, desde que eles se entreguem a Ele. O Espírito de Deus, recebido no coração, estimulará todas as suas faculdades. Sob a direção do Espírito Santo, a mente que se consagra sem reservas a Deus desenvolve-se harmoniosamente, e é fortalecida para compreender e realizar o que Deus requer. O caráter fraco e vacilante torna-se forte e firme. A devoção contínua estabelece uma relação tão íntima entre Jesus e o Seu

discípulo, que o Cristão torna-se como Ele na mente e no caráter. Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 199, ed. P. SerVir. Vamos estudar, esta semana, a forma como Jesus chamou aqueles que O deveriam seguir, e ver que lição podemos aprender, capaz de nos ajudar na continuação do trabalho que Ele começou na Terra. Ano Bíblico: I Reis 17-19. SOP: Educação (Livro), (Capítulo) Fé e Oração, (253)

Pescadores de Homens Domingo, 19 de Abril. Simão e André tinham trabalhado toda a noite. Pescadores experimentados, conheciam bem a arte da pesca e sabiam quando era chegada a hora de desistir. Uma noite inteira de trabalho não rendera nada. No meio do seu desapontamento, chegou uma ordem não solicitada: Faz-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar (Lucas 5:4). A resposta de Simão foi de desalento e angústia: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhámos; mas, sobre a tua palavra (v. 5). Quem é este carpinteiro que vem dar conselhos sobre pesca a pescadores? Simão podia ter voltado as costas, mas será que a pregação reconfortante e autêntica que Jesus fizera anteriormente teria tido algum efeito? Daí a resposta: mas, sobre a tua palavra. Por isso, esta é a primeira lição do discipulado: obediência à Palavra de Cristo. André, João e Tiago também aprenderam rapidamente que a longa e infrutífera noite dera lugar a um amanhecer brilhante e surpreendente, com uma multidão de peixes apanhados. De imediato, Pedro caiu sobre os joelhos e clamou: Ausenta-te de mim, que sou um homem pecador (v. 8). O reconhecimento da santidade de Deus e da pecaminosidade pessoal é um outro passo essencial no chamado ao discipulado. Tal como fizera Isaías (Isa. 6:5), Pedro também deu esse passo. Leia Lucas 5:1-11; Mateus 4:18-22; Marcos 1:16-20. Analise o milagre, o espanto dos pescadores, a confissão de Pedro e a autoridade de Jesus. O que diz cada um destes relatos sobre o caminho do discipulado?

Não temas: de agora em diante, serás pescador de homens (Lucas 5:10). É extraordinária a transição de serem pescadores de peixes para virem a tornar-se pescadores de homens: ela requer absoluta entrega pessoal ao Mestre, reconhecimento pessoal da incapacidade e pecaminosidade, um apegar-se a Cristo pela fé, buscando força para percorrer o caminho solitário e desconhecido do discipulado, e uma dependência contínua de Cristo e d Ele só. A vida de um pescador é incerta e arriscada, em luta com vagas cruéis, sem a certeza de um rendimento regular. A vida de um pescador de homens não é, em nada, menos do que aquela, mas o Senhor promete: Não temas. O discipulado não é uma vereda fácil; tem os seus altos e baixos, as suas alegrias e os seus desafios, mas o discípulo não é chamado a andar sozinho. Aquele que disse Não temas está ao lado de cada discípulo fiel. Volte atrás e leia de novo a confissão de Pedro quanto a ser um homem pecador. Repare que a sua pecaminosidade motivou-o a pretender separar-se de Jesus. O que há no pecado que nos leva a isso, que nos afasta de Deus?

A Seleção dos Doze Segunda, 20 de Abril. O discipulado não é talhado pelo próprio discípulo. É o resultado da resposta ao chamado de Jesus. Lucas menciona que Jesus já tinha chamado Pedro, André, João e Tiago (Lucas 5:11) e Levi Mateus, o cobrador de impostos (vv. 27-32). Agora, o autor coloca a escolha dos Doze num ponto estratégico da sua narrativa: imediatamente depois de uma cura, no dia de Sábado, de um homem com uma mão mirrada (Lucas 6:6-11), ato que levou os Fariseus a planearem o assassinato de Jesus. O Senhor sabia que era chegada a hora de consolidar a Sua obra e de preparar uma equipa de obreiros que Ele pudesse formar e treinar para a tarefa que estava para além da Cruz. Leia Lucas 6:12-16; 9:1-6. O que nos dizem estes versículos a respeito do chamado feito aos doze apóstolos? Entre as multidões que O seguiam, havia muitos discípulos aqueles que O seguiam como os alunos seguem o mestre. Contudo, a tarefa de Cristo é mais do que a de ensinar. A Sua obra era formar uma comunidade de remidos, uma Igreja que levaria a Sua mensagem salvífica até aos confins da Terra. Para atingir esse objetivo, Ele precisava de mais do que de discípulos. Chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos (Lucas 6:13). Apóstolo quer dizer alguém enviado com uma mensagem especial para um propósito especial. Lucas usa a palavra seis vezes no Evangelho e mais de 25 vezes em Atos. (Mateus e Marcos usam-na, cada um deles, somente uma vez.) Os Doze foram escolhidos não por causa da sua formação académica, dos seus antecedentes económicos, da sua proeminência social, da sua

eminência moral nem por qualquer outra coisa que os distinguisse como dignos de serem escolhidos. Eram homens vulgares, com antecedentes vulgares: pescadores, cobradores de impostos, um zelote, um cético e um que acabou por se revelar um traidor. Foram chamados para um só propósito: serem embaixadores do Rei e do Seu Reino. Deus toma os homens tal como são, com os elementos humanos do seu caráter e prepara-os para o Seu serviço, caso queiram ser corrigidos e aprender d Ele. Não são escolhidos por serem perfeitos, mas apesar das suas imperfeições, para que, pelo conhecimento e observância da verdade, mediante a graça de Cristo, se possam transformar à Sua imagem. Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 240, ed. P. SerVir. Reconheçamos o facto: nós não somos perfeitos, nem outros na Igreja são perfeitos. Todos estamos num processo de crescimento (ainda que alguns pareçam crescer mais lentamente do que aquilo que nós gostaríamos que eles crescessem!). Entretanto, como se aprende a trabalhar com os outros e a aceitá-los tal como são?

Distribuindo Responsabilidades aos Apóstolos Terça, 21 de Abril. Leia Lucas 9:1-6; Mateus 10:5-15. Que verdades espirituais podemos aprender, com base nestes versículos, a respeito da forma como Jesus chamou estes homens? Lucas descreve a entrega de responsabilidades aos apóstolos como um processo em três fases. Primeira, Jesus reuniu-os (Lucas 9:1). As palavras chamar ou chamado são tão vitais para a missão cristã como o são para o vocabulário cristão. Antes de elas se poderem tornar em termos teológicos, têm de se tornar numa experiência pessoal. Os apóstolos devem atender Àquele que chama, vir até Ele e estar unidos, em conjunto. Tanto a obediência devida Àquele que chama como a entrega de tudo a Ele são essenciais para que se viva a experiência de unidade que é fundamental para o sucesso da missão. Segunda, Jesus deu-lhes poder e autoridade (Lucas 9:1, TIC). Jesus nunca envia os Seus emissários de mãos vazias. Nem espera Ele que sejamos Seus representantes com base na nossa própria força. A nossa educação, a nossa cultura, o nosso estatuto, a nossa riqueza ou a nossa inteligência são impotentes para a realização da Sua missão. É Cristo Quem capacita, habilita e dá poder. A palavra grega para poder é dynamis, de onde derivou o termo dínamo, uma fonte de luz, e dinamite, uma fonte de energia que consegue rasgar uma montanha. O poder e a autoridade que Jesus concede são suficientes para esmagar o diabo e derrotar os seus intentos. Jesus é o nosso poder. Colaborando a vontade do homem com a de Deus, ela torna-se omnipotente. Tudo o que deve ser feito a Seu mando pode ser cumprido pelo Seu poder. Todas as Suas ordens são promessas habilitadoras. Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 333.

Terceira, Jesus enviou-os a pregar o reino de Deus, e a curar os enfermos (Lucas 9:2). Pregar e curar andam lado a lado e a missão dos discípulos é cuidar da pessoa no seu todo corpo, espírito e alma. O pecado e Satanás têm atingido a pessoa toda, e é a pessoa toda que deve ser colocada sob o poder santificador de Jesus. A vida de discipulado só pode ser mantida quando essa vida está totalmente entregue a Cristo, com nada a intrometer-se. Nem ouro nem prata, nem pai nem mãe, nem cônjuge nem filhos, nem a vida nem a morte, nem as contingências do dia de hoje nem as emergências de amanhã se intrometerão entre o discípulo e Cristo. Só importam Cristo, o Seu Reino e o testemunho dirigido a um mundo perdido. Nada leveis convosco para o caminho (Lucas 9:3). Que princípio é aqui enunciado, o qual é importante que compreendamos e experimentemos por nós mesmos? Ano Bíblico: II Reis 2 e 3.

O Envio dos Setenta Quarta, 22 de Abril. Leia Lucas 10:1-24. O que nos ensina este relato do envio dos Setenta a respeito do trabalho de conquista de almas no meio da realidade do Grande Conflito? Foram mais de doze os discípulos que, durante o Seu ministério, seguiram Jesus. Quando Pedro se dirigiu aos crentes, dando orientações para a escolha de um substituto de Judas, o grupo era constituído por, pelo menos, 120 discípulos (Atos 1:15). O apóstolo Paulo refere que Jesus não tinha menos de 500 seguidores aquando da Sua ascensão (I Cor. 15:6). Assim sendo, o envio dos Setenta não estabelece um limite ao número de discípulos que Jesus tinha, mas sugere unicamente a escolha que Ele fez de um grupo especial para uma missão restrita, que O precederia numa visita que Ele tencionava fazer, posteriormente, a cidades da Galileia, e que deveria fazer a necessária preparação para o efeito. O Evangelho de Lucas é o único que regista o relato dos Setenta, o que é muito típico de um Lucas sempre interessado na atividade missionária. O número 70 é simbólico nas Escrituras, bem como na história judaica. O capítulo 10 de Génesis enumera 70 nações do mundo como descendentes de Noé, e Lucas era um escritor com uma visão mundial. Moisés nomeou 70 anciãos para o auxiliarem na sua responsabilidade (Núm. 11:16 e 17, 24 e 25). O Sinédrio era composto por 70 membros. Se isto tem qualquer significado e importância no chamado dos Setenta, tal não é mencionado nas Escrituras e não nos deve deter em especulações. O que, no entanto, é importante é que Jesus, como formador de dirigentes para a Igreja, deixou esta estratégia de não se concentrar a autoridade e a responsabilidade nuns poucos, mas de as distribuir por um leque mais alargado de discípulos.

O regresso dos Setenta ficou assinalado por júbilo e sentimento de satisfação pela tarefa realizada. Disseram eles a Jesus: Senhor, pelo teu nome, até os demónios se nos sujeitam (Lucas 10:17). O sucesso na conquista de almas nunca é obra do evangelista. O evangelista é apenas um instrumento. O sucesso vem através do teu nome. O nome e o poder de Jesus estão no centro de todas as missões bem-sucedidas do Evangelho. Repare-se, porém, em três reações assinaláveis por parte de Jesus a propósito do sucesso da missão dos Setenta. Primeira, no sucesso do evangelismo, Jesus vê a derrota de Satanás (v. 18). Segunda, quanto mais envolvido alguém estiver no trabalho do Evangelho, mais autoridade lhe é prometida (v. 19). Terceira, a alegria do evangelista não deve ser motivada pelo que foi realizado na Terra, mas pelo facto de o seu nome estar escrito no Céu (v. 20). O Céu rejubila e toma nota de cada pessoa que é conquistada às garras de Satanás. Cada alma ganha para o Reino é um golpe contra as maquinações de Satanás. Leia de novo Lucas 10:24. Quais são algumas das coisas que já vimos que os profetas e reis gostariam de ter visto, mas não viram? Que significado deve isso ter para nós? Ano Bíblico: II Reis 4 e 5.

O Custo do Discipulado Quinta, 23 de Abril. Sócrates teve Platão. Gamaliel teve Saul. Dirigentes de variadas religiões tiveram os seus dedicados seguidores. A diferença entre o discipulado nesses casos e o discipulado de Jesus é que o primeiro baseia-se no conteúdo da filosofia humana, enquanto o último está enraizado na Pessoa e nas realizações do próprio Senhor Jesus. Por isso, o discipulado cristão não depende unicamente dos ensinos de Cristo, mas também daquilo que Ele fez pela salvação humana. Daí que Jesus apele a todos os Seus seguidores para se identificarem totalmente com Ele, para tomarem a sua cruz e para seguirem as Suas orientações. Se não houver pessoas a andarem nos trilhos do Calvário, não existe discipulado cristão. Leia Lucas 9:23-25; Mateus 16:24-28; Marcos 8:34-36. Qual é a mensagem crucial que aí se encontra para quem afirma ser cristão? O discipulado cristão é um elo atuante entre os salvos e o Salvador; como salvos, devemos seguir o Salvador. Por isso, Paulo podia dizer: Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim (Gál. 2:20). O custo do discipulado está definido em Lucas 9:23: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me (Lucas 9:23). Repare-se nestes verbos de ação: negar, tomar e seguir. Quando lemos que Pedro negou Jesus, não se pode encontrar melhor definição de negar. Pedro estava a dizer: Não conheço Jesus. Assim, quando o chamado ao discipulado exige que eu me negue a mim mesmo, eu devo ser capaz de dizer que não me conheço; o eu está

morto. Em seu lugar, deve viver Cristo (Gál. 2:20). Seguidamente, tomar diariamente a nossa cruz é um chamado a viver permanentemente a experiência da autocrucificação. Por último, seguir exige que o foco e a direção da vida sejam Cristo e Ele somente. Jesus amplia ainda mais o custo do discipulado, tal como está revelado em Lucas 9:57-62 nada tem precedência sobre Jesus. Ele, e Ele somente, ocupa o primeiro lugar na amizade e no companheirismo, no trabalho e na adoração. No discipulado cristão, a morte do eu não é uma opção; é uma necessidade. Quando Cristo chama um homem, Ele apela a que ele venha e morra.... É a mesma morte todas as vezes morte em Jesus Cristo, a morte do velho homem ao Seu chamado.... Só pode seguir Cristo o homem que está morto para a sua própria vontade. Dietrich Bonhoeffer, The Cost of Discipleship (O Custo do Discipulado). Nova Iorque: The Macmillan Co., 1965, p. 99. Que custo já teve para si o seguir Cristo? Pense bem na sua resposta e nas implicações que tem. Ano Bíblico: I Reis 6-8.

Sexta, 24 de Abril. ESTUDO ADICIONAL: Erguer a cruz separa o eu da alma e põe o homem em condições de aprender a levar os fardos de Cristo. Não podemos seguir Cristo sem usar-lhe o jugo, sem erguer a cruz e carregá-la após Ele. Caso a nossa vontade não esteja em harmonia com as reivindicações divinas, temos de renunciar às nossas inclinações, desistir dos nossos acariciados desejos e seguir os passos de Cristo. Ellen G. White, Filhos e Filhas de Deus (Meditações Matinais de 1956), p. 69. PERGUNTAS PARA REFLEXÃO: Volte atrás e reveja a pergunta no final da secção de quarta-feira, a respeito de Lucas 10:24. Quais são algumas das coisas que nós, vivendo neste tempo e nesta época, temos tido oportunidade de testemunhar, as quais muitos profetas e reis gostariam de ter visto, mas não viram? O que dizer, por exemplo, do cumprimento de profecias? Pense em quanto de Daniel 2, 7 e 8 estava ainda no futuro para muitos desses profetas e reis e que agora já são, para nós, factos históricos? De que outras coisas consegue lembrar-se? Dedique mais algum tempo a pensar nas palavras de Jesus sobre alguém que ganha o mundo inteiro, mas perde a sua alma. O que quer Ele dizer com isto? Ou o que dizer de perder a vida, a fim de a

salvar? O que significa isto? É algo para um descrente que se apega egoisticamente às coisas deste mundo. E porque não, uma vez que isso é tudo o que ele acredita ser-lhe possível ter? A que mais se apegaria ele? Por que razão, no entanto, mesmo nós, como crentes em Jesus, pessoas que sabem que este mundo vai acabar e que, um dia, vai começar um novo, damos connosco a procurar tão prontamente obter tanto quanto podemos deste mundo? De que modo podemos proteger-nos desta armadilha espiritual tão perigosa? Leia Lucas 10:17-20. Pode-se perceber o entusiasmo destas pessoas ao verem que até os demónios se lhes sujeitavam em nome de Cristo. Repare-se na resposta que Jesus lhes dirigiu. Qual era a Sua mensagem, a qual é importante que seja compreendida por qualquer pessoa envolvida em trabalho missionário? Quais são algumas pessoas, além de personagens bíblicos, cuja escolha de seguir Cristo lhes exigiu um alto preço, talvez muito mais do que à maioria de nós? Coloquem, na Unidade de Ação, esta questão: O que perderam essas pessoas, que preço pagaram por seguirem Cristo? Estaríamos nós dispostos a fazer o mesmo? Ano Bíblico: II Reis 9-11. Comentários de EGW: Leitura Adicional

A Ciência do Bom Viver, p. 94; Parábolas de Jesus, pp. 374 e 375.

Moderador Texto-Chave: Lucas 9:23. Com o Estudo desta Lição, o Membro da Unidade de Ação Vai: Aprender: A compreender os fundamentos do discipulado. Sentir: O envolvimento pessoal do discipulado. Fazer: Ser um discípulo responsável e ativo. Esboço da Aprendizagem: I. Aprender: Os Fundamentos do Discipulado. A. Por que motivo escolheu Jesus os 12 discípulos, e, mais tarde, enviou os Setenta? Que função desempenha um discípulo no estabelecimento do Reino de Deus? B. Como devemos entender os quatro princípios do discipulado delineados por Lucas 9:23: negar-se a si próprio, tomar a cruz, tomá-la diariamente e seguir Jesus? C. Qual é o custo do discipulado? Por que motivo tem ele um preço? Por que meio pode o seu custo ser calculado? II. Sentir: O Envolvimento Pessoal do Discipulado. A. Qual é a diferença entre estes dois relacionamentos Paulo e Timóteo; Cristo e Pedro? O que torna diferente o segundo relacionamento?

B. Embora a iniciativa do discipulado caiba a Jesus, que chama (Lucas 5:10 e 11) e escolhe (João 15:16), que tipo de compromisso se espera daquele que é chamado (Lucas 9:23-25)? C. De que maneira deve ser interpretado no contexto atual o chamado para deixar tudo e segui-l O (Lucas 14:25-33)? É possível, hoje em dia, alguém ser um discípulo secreto, como foram isoladamente Nicodemos e José de Arimateia? Porquê? (Ver João 12:42 e 43.) III. Fazer: Ser um Discípulo Responsável e Ativo. A. De que maneira uma pessoa se torna num discípulo ativo naquilo que concerne a reação dessa pessoa para com Cristo? B. Que responsabilidade assume um discípulo para com o Evangelho, para com outros dentro e fora da comunidade de fé e para com o mundo em geral? Sumário: Discipulado é obediência ao chamado de Jesus para se permanecer n Ele, para se fazer o que Ele determina, e para se ser, por amor a Ele, o sal e a luz do mundo. CICLO DA APRENDIZAGEM 1º PASSO MOTIVAR!

Realce da Escritura: Lucas 5:1-11. Conceito-Chave para Crescimento Espiritual: O milagre vem depois da obediência? Ou a obediência segue-se ao milagre? Embora sejam possíveis os dois cenários, é melhor confiar e obedecer ao Senhor primeiro e deixar que a Sua vontade se faça conforme Ele decidir. Foi essa submissão que tornou possível a Pedro passar pela seguinte experiência maravilhosa. Quando o Carpinteiro de Nazaré disse a Pedro e aos seus companheiros que lançassem as redes no mar alto, aquele pescador veterano, que não tinha apanhado nada durante toda a noite de faina, não podia ter-se sentido mais frustrado. Contudo, as palavras de Pedro definem o discipulado ao seu melhor nível: tentámos toda a noite sem qualquer proveito, mas, sobre a tua palavra (Lucas 5:5), vamos lançar as redes. O verdadeiro discipulado tem de estar sempre pronto a obedecer à palavra do Mestre. A Sua palavra é a voz de comando e do dever para o discípulo. Só para o Dinamizador: A reação de Pedro à pesca miraculosa foi o reconhecimento pessoal de que era um pecador confrontado com o divino. Aí transformou-se o relacionamento de Pedro com Jesus: do mero reconhecimento de Jesus como mestre Alguém conhecido na área como um grande conhecedor da matéria para a jubilosa descoberta de que Jesus é o Senhor, o Messias. A forma como alguém passa pela experiência dessa transição é o segredo do discipulado. Debate Introdutório: Senhor, ausenta-te de mim, que sou um homem pecador, disse Pedro (Lucas 5:8). Isto foi um pedido da parte de Pedro para ser dispensado de continuar na presença do Senhor? Não, de maneira nenhuma. Foi uma expressão da sua indignidade para estar na

presença do Messias. Na realidade, o reconhecimento por parte do indivíduo de que é pecador deve preceder a submissão à soberania de Jesus. Com essa submissão dá-se início ao discipulado. Questões a Debater: 1.Até que ponto já passou por uma experiência de submissão semelhante àquela que transformou Pedro de um pescador num discípulo? 2.Jesus convidou o pescador maravilhado de assombro a segui-l O. De agora em diante, serás pescador de homens (v. 10), passou a ser a nova descrição do trabalho que Jesus atribuía a Pedro e aos seus amigos. Que descrição e trabalho aceitou pessoalmente, enquanto discípulo? 2º PASSO ANALISAR! Só para o Dinamizador: A palavra discípulo ocorre mais de 250 vezes no Novo Testamento, quase todas elas nos Evangelhos. A palavra grega é mathethes, que, literalmente, significa seguidor, aprendiz, alguém que se dedica totalmente ao Mestre. De início, a palavra empregou-se principalmente para se referir aos Doze a quem Jesus escolheu e enviou com virtude e poder a pregar o reino de Deus (Lucas 9:1 e 2; Marcos 3:14). Mais tarde, Jesus chamou os Setenta (Lucas 10:1-20) e ordenou então aos Seus discípulos: ensinai e fazei discípulos de todas as nações (Mat. 28:19). Dessa forma, o discipulado cristão, que principiou com o núcleo dos Doze, é orientado pelo mesmo princípio universal todo aquele que, o qual ocupa o centro do plano redentor de Deus (João 3:16). É, por conseguinte, importante que compreendamos claramente o chamado, as características e o custo do discipulado.

COMENTÁRIO BÍBLICO I. O Chamado ao Discipulado (Recapitule com a Unidade de Ação Lucas 5:1-11.) O discipulado cristão não é simplesmente uma caminhada de autodescoberta. Ao contrário de outros sistemas filosóficos ou religiosos, nos quais a pessoa pode escolher tornar-se aprendiz ou seguidora de um determinado indivíduo ou de uma escola de pensamento, o discipulado cristão principia com Cristo. Primeiro, Ele chama. Ele chamou para si os que ele quis; e vieram a ele (Marcos 3:13). O chamado tem origem em Cristo. Este conceito de chamado está profundamente enraizado na teologia bíblica. Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo é a forma como o Velho Testamento expressa frequentemente a escolha que Deus faz de um povo para O seguir, para Lhe obedecer e dar cumprimento à Sua vontade na Terra. Fosse com Abraão, Moisés, Josué, Débora, Daniel ou Isaías primeiro foi Deus Quem chamou, e a obediência a esse chamado resultou em fazer parte dos escolhidos. Em primeiro lugar, há o chamado divino: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? (Isaías 6:8). Ou há, nas palavras de Jesus, o convite: Segue-me (Lucas 5:27; Mateus 4:19; Marcos 1:17). A obediência a esse chamado fosse qual fosse a tarefa, qualquer que fosse o sacrifício, por muito longo e exigente que fosse o percurso é necessária ao verdadeiro discipulado. Na verdade, ser discípulo precede ser conhecido

como cristão (Atos 11:26). Pense Nisto: Em que consiste o chamado do Senhor ao discipulado? O que está envolvido na nossa resposta a este chamado de Jesus: Segue- Me? II. As Características do Discipulado (Recapitule com a Unidade de Ação Lucas 14:26-33.) Jesus considerou a escolha dos Doze como um assunto muito solene. Esses seriam os representantes do Seu Reino, agindo em Seu nome e na Sua autoridade (Atos 1:8). Por isso, antes do processo de seleção, Ele subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus (Lucas 6:12). Fortalecido pela conversa com o Pai, escolheu doze deles, a quem, também, deu o nome de apóstolos (v. 13). Entre as características que definem o discipulado, quem não pode ser discípulo é tão importante como quem pode ser. Em Lucas 14:26-33 encontram-se três desses tais princípios de quem não pode ser. Primeiro, aquele que não conseguir garantir total lealdade a Cristo (acima das obrigações para com os pais ou do amor ao cônjuge, aos filhos, aos irmãos, ou das pressões da própria vida) não pode ser discípulo. Segundo, aquele que não conseguir submeter completamente a sua vida ao Mestre não pode ser discípulo. Terceiro, aquele que não conseguir abandonar tudo o que tem não pode ser discípulo. Todo aquele que não aceitar o chamado de Jesus em toda a sua seriedade, que não se dedicar numa autonegação total e que não seguir uma obediência absoluta a Ele não cumpre as condições do discipulado.

Pense Nisto: Negar-se a si próprio é estar ciente unicamente de Cristo e não mais de si mesmo, é ver unicamente Aquele que vai à frente, sem olhar mais para a estrada que é demasiado difícil para nós. Uma vez mais, tudo o que a autonegação pode dizer é: Ele vai à frente pelo caminho, mantenhamo-nos perto d Ele. Dietrich Bonhoeffer, The Cost of Discipleship (O Custo do Discipulado), p. 97. Que motivo leva a que o discipulado envolva autonegação? Quem está incapacitado de ser discípulo, e porquê? III. O Custo do Discipulado (Recapitule com a Unidade de Ação Lucas 9:23-26.) Cita-se Martinho Lutero como tendo dito que um Cristão é primeiramente, e acima de tudo, um cruciano (uma pessoa da cruz). Jesus define o custo supremo do discipulado em palavras que só podem ser esquecidas com riscos para o discípulo: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me (Lucas 9:23). A negação própria, o tomar diariamente a cruz pessoal e seguir Jesus aonde quer que Ele leve é o custo do discipulado. Ser discípulo de Jesus é um privilégio inigualável e uma honra suprema. O chamado pode exigir de nós o sacrifício supremo, mas esse mandato nem de perto se aproxima da vinda de Jesus da Sala do Trono de Deus para a vergonha e o sofrimento do Calvário. Por isso, quando nos envolvemos no discipulado rendemo-nos a Cristo em união com a Sua morte entregamos a nossa vida à morte. É desse modo que começa; a cruz não é o final terrível para uma vida que, de outra forma, seria temente a Deus e feliz; porém, ela vem ao nosso encontro no início da nossa comunhão com Cristo. Quando Cristo chama um homem, Ele

ordena-lhe vir e morrer. Pode ser uma morte semelhante à dos primeiros discípulos que tiveram de abandonar casa e trabalho para O seguir.... Mas é, de todas as vezes, a mesma morte morte em Jesus Cristo, a morte do velho homem ao ouvir o Seu chamado. Dietrich Bonhoeffer, The Cost of Discipleship (O Custo do Discipulado). Nova Iorque: The Macmillan Company, 1965, p. 99. Pergunta para Debate: De acordo com Jesus, qual é o verdadeiro custo do discipulado? Em que termos é o discipulado uma honra suprema e, ao mesmo tempo, o mais profundo sacrifício? 3º PASSO PRATICAR! Só para o Dinamizador: Imagine o apóstolo Pedro a correr para casa e anunciar à esposa que vai deixar de pescar. Mudei de trabalho. A partir de agora, vou ser pescador de homens, diz ele. É, mas nós não comemos homens; comemos peixe, protesta a esposa. De que maneira conseguiria Pedro acalmar a esposa e transmitir, numa luz positiva, as notícias sobre o seu novo trabalho como discípulo de Jesus? (Ver O Desejado de Todas as Nações, pp. 197 e 198, ed. P. SerVir.) Perguntas para Aplicação: O chamado ao discipulado não é um convite a uma vida de meditação. A meditação é importante, mas mais significativo do que isso é o

seguinte princípio: trabalhar com homens e mulheres, com os perdidos, os abandonados, os receosos, e demonstrar a cada um o caminho para uma vida transformada sob o Sol da Justiça. Neste sentido, que tipo de discípulo somos nós? William Barclay, um especialista no Novo Testamento, identifica pelo menos seis características de um bom pescador: Este tem de ter (1) paciência, (2) perseverança, (3) coragem, (4) um olho atento ao momento exato, (5) a capacidade de adaptar o engodo ao peixe e (6) a habilidade para se manter fora da vista [da presa]. Os pregadores e mestres sábios procurarão sempre apresentar homens e mulheres, não a eles mesmos, mas a Jesus Cristo. The Gospel of Matthew (O Evangelho de Mateus), vol. 1, pp. 91 e 92. Até que ponto podemos apresentar estas características na nossa vida como discípulos? 4º PASSO APLICAR! Só para o Dinamizador: Peça a um voluntário que leia Lucas 9:3 antes de prosseguirem com a seguinte atividade. Atividade: Cristo deu instruções aos discípulos para que viajassem sem levar nada com eles. Nem bordão, nem alforge, nem pão, nem dinheiro, nem roupas-extra. Escrevam, se o espaço da sala permitir e houver materiais disponíveis, as respostas às seguintes perguntas: Até que ponto é praticável esta instrução nos contextos atuais? De que modo interpretamos ou reagimos a estas instruções no discipulado?