Figuras da História: Joaquim José de Andrada Pinto ( ), Vice-Almirante da Armada portuguesa

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Transcrição:

Figuras da História: Joaquim José de Andrada Pinto (1812-1894), Vice-Almirante da Armada portuguesa Mestre Luís Miguel Pulido Garcia Cardoso de Menezes Introdução Este artigo pretende traçar o perfil do Vice-Almirante Joaquim José de Andrada Pinto (1812-1894), que exerceu funções de relevo na corporação da Armada: desde Comandante Geral da Armada (1885), Comandante da Escola Prática de Artilharia Naval (1864-1866), Director do Arsenal de Goa (1851-1852), Superintendente do Arsenal da Marinha (1869), mas também em cargos importantes junto dos soberanos portugueses, D. Luís I e seu filho D. Carlos I, como Ajudante de Campo (em 1886 e 1890); esteve também envolvido na esquadra portuguesa encarregue de transportar a futura Rainha D. Maria Pia de Sabóia, de Génova a Portugal, no ano de 1862. Exerceu também diversas comissões de serviço, como vogal e presidente na Armada e ascende ao pariato electivo, nos anos de 1885 e 1886, embora não tenha realizado qualquer intervenção na câmara dos Pares. :: Neste pdf - página 1 de 10 ::

Figura 1 Joaquim José de Andrada Pinto (1812-1894), Vice-Almirante da Armada Aspetos Biográficos Foi Joaquim José de Andrada Pinto (* no Campo Grande, Lisboa a 10-1-1812, em Lisboa a 26-1-1894), Vice-Almirante (17-9-1885), Comandante-geral da Armada (de 17-9-1885 a 15-2-1890), Ajudante de Campo Honorário de D. Luís I, Rei de Portugal (por Ordem da Armada n.º 10 de 1886) e de D. Carlos I, rei de Portugal (decreto de 8-5-1890), agraciado com o título de Conselheiro de Sua Majestade Fidelíssima (por decreto de 26-3-1866), Fidalgo Cavaleiro da Casa Real com 2000 réis de moradia por mês e 1 alqueire de cevada por dia, Comandante da Escola Prática de Artilharia Naval na «nau Vasco da Gama» (de 6 ou 15-6-1864 a 14-9-1865) e na «fragata D. Fernando» (de 15-9-1865 a 1-5-1866), Comandante para a estação Naval de Macau e Goa (de 4-1-1850 a 4-11-1853) e Director do Arsenal de Goa (de 25-11-1851 a 18-4-1852), Superintendente do Arsenal da Marinha (a 28-10 ou 5-11-1869), Intendente da Marinha da cidade do Porto e chefe do Departamento Marítimo do Norte (de 28-4- ou 8-5-1866 a 4-11-1869), Comandante da Bateria das Virtudes e da Pedreira (de 20-10-1832 a 14-12-1832), 1º Ajudante da Inspecção do Arsenal da Marinha (de 11-11-1859 a 13-8-1862), Vogal da Comissão encarregada da organização da Escola Naval (por portaria de 8-10-1847), Contra Almirante Efectivo (a 1-10-1873), Capitão de Mar-e-Guerra (a 19-9-1860), Capitão-de-Fragata (a 6-11-1851), Capitão Tenente (a 15-2-1844), 1º Tenente (desde 5-7-1833 e 22-11-1834), 2º Tenente (a 20-10-1832), Guarda da Marinha no Porto (a :: Neste pdf - página 2 de 10 ::

3-9-1832), Aspirante a Guarda Marinha (a 20-9-1825), Curso de Matemática pela Academia da Marinha (entre 1828-1830), vogal da comissão encarregada de propor os meios para a emancipação dos escravos (portaria de 25-4-1848), vogal da comissão incumbidas de propor um novo sistema de vigilância e polícia nos portos e costas do Reino (por decreto de 10-6-1862), vogal da comissão incumbida de formular o regulamento para a execução do decreto de 20-10-1863, que criara uma medalha militar (por portaria de 27-10-1863), vogal suplente da Secção da Marinha do Supremo Conselho de Justiça Militar (por decreto de 8 ou 10-4-1863 até 26-11-1868), presidente da comissão para formular um regulamento para Superintendência do Arsenal da Marinha (por decreto de 19-11-1869), vogal da comissão encarregada de propor os meios de realizar os transportes dos vapores e lanchas construídos em Inglaterra com destino da Moçambique (portaria de 23-5-1871), presidente da comissão encarregada de propor a reforma do Serviço da Contabilidade da Marinha (por portaria de 18-6-1872), vogal do Supremo Conselho de Justiça Militar (decreto de 4 ou 14-10-1873), vogal do Tribunal Superior de Guerra e Marinha (de 1-9-1875 até 17-9-1885), vogal da Junta Consultiva da Marinha e do Conselho de Instrução Naval (de 30-9-1885 a 22-2-1890), presidente da comissão encarregada de formar o novo plano de uniformes para a Armada (por portaria de 13-4-1886) e vogal da comissão para redigir um projecto de Código de Justiça Militar, destinado à Armada (decreto de 4-6-1886), etc., etc., etc.. Foi condecorado com a medalha de Guerra da Liberdade de D. Pedro e de D. Maria II com o algarismo n.º 4 (em 1863), medalha militar de Ouro da classe de Comportamento Exemplar (em 1887), Grã-Cruz e Comendador da Ordem de Avis (em 1885 e 1861), Comendador e Cavaleiro da Ordem de Torre-e-Espada pelos serviços prestados nas praças de Valença, Caminha e Viana do Castelo (em 1847) e de N. Sr. a da Conceição de Vila Viçosa, pelo bom serviço que prestou na divisão naval que transportou a rainha D. Maria Pia, de Génova para Lisboa (1862 e 1843), Cavaleiro da Ordem de Cristo (1828) e da Ordem italiana de S. Maurício e S. Lázaro, etc. [1]. Assentou praça como Cadete da Marinha, em Setembro de 1825, embarcando na nau D. João VI para o Rio de Janeiro, Brasil, com a delegação presidida pelo Duque de Lafões, a prestar juramento de fidelidade ao novo rei de Portugal, D. Pedro IV, a 25-6-1828. Em 1828, matriculou-se no Curso de Matemática da Real Academia da Marinha. Regressou ao Reino da mesma nau, completando o seu curso em 1830, ano em que emigrou para Inglaterra, donde partiu para a ilha Terceira, Açores, em 1832 [2]. Fez parte da expedição organizada nos Açores contra D. Miguel, sendo um dos 7.500 bravos que desembarcou na praia do Mindelo, a 8-7-1832, entraram no Porto e, durante o aturado cerco, ocupou a bateria da Quinta da China em Quebrantões. Em 20-10-1832, foi promovido a 2º Tenente e nomeado comandante da Bateria das Virtudes e da Pedreira, até 14-12-1832. Mais tarde, comandando o brigue «Vouga» estacionado em Vigo, retomou às forças da Junta Revolucionária do Porto a praça de Valença, tendo antes defendido brilhantemente as praças de Caminha e de Viana dos Castelo, entre 15 a 17-2-1847. Aprisionado :: Neste pdf - página 3 de 10 ::

traiçoeiramente do seu comando pela guarnição «8 de Julho» que entrou no rio Douro, em 27-4-1847, quando desarmado saia dum compartimento da mesma embarcação, foi, com os restantes oficiais, encarcerado por ordem da Junta do Porto, na cadeia da Relação da mesma cidade, em 27-4-1847, sendo posto em liberdade em 27 ou 30-6-1847, após a dissolução da Junta Revolucionária. Recolheu ao vapor «Infante D. Luís», destinado a conduzir o Marechal Duque da Terceira e mais oficiais presos naquela cadeia, sendo depois absolvido em Conselho de Guerra, que requereu, em Agosto de 1847. (Itália, Turim, Casa Fotográfica Fratelli Bernieri Torino em 1862, Fotografia oval de 21 x 27cm) Figura 2 Comitiva portuguesa encarregue de trazer a Portugal a Rainha D. Maria Pia de Sabóia, para o seu casamento com o Rei D. Luís I, em 1862: Ao meio, D. Nuno José Severo Mendoça Rolim de Moura Barreto (1804-1875), 1º Duque de Loulé de juro e herdade, Presidente do Conselho; da esquerda para a direita, sentadas: D. Maria das Dores de Souza Coutinho (1813-1883), 1ª Condessa de Souza Coutinho; D. Maria Ana Luísa Filomena de Mendoça (1808-1866), 1ª Duquesa da Terceira, Camareira-mor da Rainha D. Maria Pia; D. Gabriela Isabel Corina de Souza Coutinho (1825-1895), 2ª Marquesa do Funchal; e D. Maria Eugénia Braamcamp de Mello Breyner (1837-1879), 1ª Marquesa de Souza Holstein; na 2ª fila de pé, da esquerda para a direita: D. Francisco de Sousa Holstein (1838-1878), 1º marquês de Sousa Holstein; Luís de Sousa Folque (1810-1914), Oficial às Ordens de D. Luís I; D. Pedro José Agostinho de Mendoça Rolim de Moura Barreto (1830-1909), 2º Duque de Loulé; Comandante Miguel Dantas; José Eduardo Magalhães Coutinho, médico (1815-1895); Francisco Soares Franco (1810-1885), 1º Visconde Soares Franco, Comandante da Divisão Naval; Joaquim Teixeira :: Neste pdf - página 4 de 10 ::

de Carvalho, oficiais da embarcação Bartolomeu Dias; e Inácio Júlio de Sampaio de Pina Freire, 2º Visconde de Lançada (1831-) No final da década de 1840, desempenha as funções de Vogal da Comissão encarregada da organização da Escola Naval (por portaria de 8-10-1847) e também da comissão encarregada de propor os meios para a emancipação dos escravos (por portaria de 25-4-1848). Em 4-1-1850, teve guia na corveta «Íris», como comandante para a estação Naval de Macau e Goa, até 4-11-1853. De 25-11-1851 a 18-4-1852, acumula o comando da corveta «Íris» com a direcção do Arsenal de Goa. Em 16-4-1859, foi nomeado para o vapor «Mindelo», para conduzir tropa à Madeira, até 10-11-1859. Por portaria de 11-11-1859, foi nomeado 1º Ajudante da Inspecção do Arsenal da Marinha, até 13-8-1862. Em 14-8-1862, como Capitão de Mar-e-Guerra, foi nomeado para embarcar na corveta «Estefânia», com o objectivo de ir buscar a Princesa D. Maria Pia de Sabóia, a Génova, e de levar o 1º Duque de Saldanha, a Roma. A 3-9-1862, Francisco Soares Franco foi nomeado comandante da Divisão Naval, tomando para Ajudante de Ordens o primeiro-tenente João Ribeiro Viana, composta pelas corvetas «Bartolomeu Dias», «Estefânia» (onde embarcara Andrada Pinto) e «Sagres». Dois dias depois, Soares Franco, recebia do Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar as instruções para a viagem, em que se determinava que a esquadra deveria largar a 14, após ter recebido a bordo o 2º Marquês de Loulé previamente nomeado Comissário Plenipotenciário do rei D. Luís junto de Vítor Manuel II e mais comitiva, chegando a Génova ao fim da tarde de 20. No dia 29-9-1862, deu-se o regresso a Lisboa da rainha D. Maria Pia, na corveta «D. Estefânia», composta, além dos navios de guerra portugueses, pela esquadra italiana das fragatas «Maria Adelaide», «Duque de Génova» e «Garibaldi», sob o comando do Vice-Almirante Conde de Albini. A esquadra que conduzia a Rainha D. Maria Pia chegou a Lisboa a 5-10-1862. A corveta «Bartolomeu Dias», tendo a seu bordo a soberana portuguesa, fundeou em frente de Belém. Apenas no dia seguinte (6-10-1862), a rainha D. Maria Pia, desembarca do navio de guerra, tendo uma recepção no pavilhão do Terreiro do Paço, seguindo os régios noivos para a igreja de S. Domingos em Lisboa, onde se verificou o casamento por palavras presentes [3]. Durante o ano de 1862 e 1863, fez parte como vogal das comissões incumbidas de propor um novo sistema de vigilância e polícia nos portos e costas do Reino (por decreto de 10-6-1862) e vogal da comissão incumbida de formular o regulamento para a execução do decreto de 20-10-1863, que criara uma medalha militar (por portaria de 27-10-1863), exercendo também as funções de vogal suplente da Secção da Marinha do Supremo Conselho de Justiça Militar (por decreto de 8 ou 10-4-1863 até 26-11-1868). Por portaria de 6 ou 15-6-1864, embarcou na nau «Vasco da Gama», como comandante :: Neste pdf - página 5 de 10 ::

da Escola Prática de Artilharia Naval, até 14-9-1865. Por guia de 15-9-1865, foi nomeado comandante da fragata «D. Fernando» e da Escola Prática de Artilharia Naval, até 1-5-1866. Figura 3 Fragata D. Fernando Por decreto de 28-4- ou 8-5-1866, foi nomeado Intendente da Marinha da cidade do Porto e chefe do Departamento Marítimo do Norte, até 4-11-1869. Por decreto de 28-10 ou 5-11-1869, foi nomeado Superintendente do Arsenal da Marinha e presidiu à comissão, nomeada no mês seguinte, para formular um regulamento para aquele estabelecimento do Estado, por decreto de 19-11-1869. Por portaria de 2-3-1871, foi nomeado para inspeccionar os navios de guerra surtos no rio Tejo. Por portaria de 23-5-1871, foi nomeado vogal da comissão encarregada de propor os meios de realizar os transportes dos vapores e lanchas construídos em Inglaterra, com destino da Moçambique. :: Neste pdf - página 6 de 10 ::

Por portaria de 18-6-1872, presidiu à comissão encarregada de propor a reforma do Serviço da Contabilidade da Marinha, com referência às contas dos responsáveis a bordo dos navios de guerra e nos Depósitos do Arsenal da Marinha, comissão que foi dissolvida a 8-10-1873. Por decreto de 4 ou 14-10-1873, foi nomeado vogal do Supremo Conselho de Justiça Militar e, em 1-9-1875, foi vogal do Tribunal Superior de Guerra e Marinha, na conformidade do 2 do artigo 165 do Código de Justiça Militar, até 17-9-1885. Por portaria de 5-6-1879, esteve incumbido de inspeccionar o Arsenal da Marinha, a Cordoaria Nacional e outros estabelecimentos dessa dependência, segundo o disposto no decreto de 30-6-1869. Por decreto de 17-9-1885, ascende ao posto de Vice-Almirante e foi nomeado Comandante Geral da Armada, sendo exonerado deste cargo por decreto de 15-2-1890. Por decreto de 30-9-1885, foi nomeado vogal da Junta Consultiva da Marinha e do Conselho de Instrução Naval, sendo exonerado deste cargo por portaria de 22-2-1890. Por portaria de 29-1-1886, foi nomeado presidente da comissão para examinar o roteiro das costas e portos do Continente, formulado pelo 1º Tenente António Artur Baldaque da Silva. Por portaria de 13-4-1886, foi nomeado presidente da comissão encarregada de formar o novo plano de uniformes para a Armada. Por decreto de 4-6-1886, foi nomeado vogal da comissão para redigir um projecto de Código de Justiça Militar destinado à Armada. Por portaria de 19-10-1886, foi nomeado presidente da comissão encarregada de apresentar um projecto de reorganização do pessoal e material da Marinha de Guerra, comissão que foi dissolvida por portaria de 26-10-1888. Por decreto de 24-7-1889, foi nomeado vogal da comissão incumbida de habilitar o Governo com os elementos necessários para formular um programa em que se definissem, quanto possível, as condições necessárias para satisfazer as casas construtoras de novos navios de guerra e dos estabelecimentos de reparação e mais tarde de dar o seu parecer sobre as propostas apresentadas [4]. Por decreto de 27-2-1890, foi reformado no posto de Vice-Almirante, conforme o que dispunham os 1 e 2 do artigo 10º e 14º da carta de lei de 22-8-1887 e do artigo 11 da carta de lei de 18-7-1889 e soldo anual de 2.160.000 réis, por decreto de 27-2-1890. Por decreto de 8-5-1890, foram-lhe conservadas as honras de Ajudante-de-Campo de D. Carlos I, honra que já gozava no tempo de D. Luís I, Rei de Portugal [5]. Como parlamentar, Joaquim José de Andrada Pinto foi eleito par do reino, por duas vezes, por estar englobado na categoria 6ª (General de Divisão ou Vice-Almirante) da lei de 3-5-1878: a primeira, em 2-12-1885, pelo colégio eleitoral de Faro, tomando posse a 12-1-1886; e a segunda, nas eleições de 30-3-1887, pelo distrito de Portalegre, tomando posse a 18-4-1887. Não fez qualquer intervenção na câmara dos Pares, mas pertenceu e presidiu à Comissão da Marinha, nos anos de 1886 e 1887 [6]. :: Neste pdf - página 7 de 10 ::

Figura 4 Sala do Senado, segundo o projecto do arquitecto Jean Francois Colson, que foi inaugurada em 1867 Casou a 3-4-1856, com Maria Júlia Leopoldina de Andrade Calvet (* em Lisboa a 6-1-1819, em Lisboa a 3-3-1910), filha de António Maria José Calvet (1759-1820), Cônsul Geral de Portugal no Porto de Trieste, e de Maria Benedita de Seixas e Andrade, de quem foram filhos: Joaquim de Andrada Pinto (* Mercês, Lisboa a 27-1-1859, em Anjos, Lisboa a 28-3-1939); António de Andrada Pinto (* Mercês, Lisboa a 15-11-1860, em Rio de Mouro, Sintra a 25-8-1916), que casou em S. ta Maria de Belém, Lisboa, a 22-5-1888, com Maria Domingas de Portugal de Queirós (* em S. Sebastião da Pedreira, Lisboa a 7-7-1868, em 18-7-1918); e Maria do Carmo de Andrada Pinto (* Mercês, Lisboa a 16-7-1864, em Anjos, Lisboa a 4-7-1951). Bibliografia Fontes Primárias Manuscritas e não publicadas :: Neste pdf - página 8 de 10 ::

Arquivo do Ministério da Defesa Nacional Marinha: Biblioteca Central da Marinha Arquivo Central: Livros Mestres dos Officiaes da Marinha Militar: A/4/200/201/202; B/204 e Ref. 1/180 Joaquim José de Andrada Pinto; documentação Avulsa: Caixa 766 (1825-1894); 1º Livro de Oficciaes Reformados, 2484. Fontes Secundárias Monografias BENEVIDES, Francisco de Fonseca Rainhas de Portugal, Tomo II, Lisboa: Thipographia Castro Irmão, 1879. ESTATÍSTICA do Pariato Português desde a sua fundação até 31 de Dezembro de 1909, Lisboa: Imprensa Nacional, 1910. GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Lisboa-Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, Vol. II, 19--. MÓNICA, Maria Filomena Dicionário Biográfico Parlamentar, vol. III, Lisboa: Assembleia da República: Imprensa de Ciências Sociais-Casa da Moeda, 2004-2006. * cf. Mestre em Ciência Política e Relações Internacionais pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Licenciatura em História pela Universidade Autónoma de Lisboa Luís de Camões, em 1990. Curso de Especialização em Ciências Documentais, na opção de Documentação e Biblioteca pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, entre 1998-2000. Sócio do Instituto Português de Heráldica e da Associação Portuguesa de Genealogia. Documentalista e bibliotecário do sector audiovisual. [1] cf. Andrada Pinto (Joaquim José de in GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Lisboa-Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, Vol. II, 19--, pp. 526-527. [2] cf. Maria Filomena Mónica Dicionário Biográfico Parlamentar, vol. III, Lisboa: :: Neste pdf - página 9 de 10 ::

Assembleia da República: Imprensa de Ciências Sociais-Casa da Moeda, 2004-2006, pp. 341-342. [3] cf. Francisco de Fonseca Benevides Rainhas de Portugal, Tomo II, Lisboa: Thipographia Castro Irmão, 1879, p. 334. [4] cf. Arquivo do Ministério da Defesa Nacional Marinha: Biblioteca Central da Marinha Arquivo Central, Joaquim José de Andrada Pinto, Livros Mestres dos Officiaes da Marinha Militar: A/4/200/201/202; B/204 e Ref. 1/180 e documentação Avulsa: Caixa 766 (1825--1894). [5] cf. Arquivo do Ministério da Defesa Nacional Marinha: Biblioteca Central da Marinha Arquivo Central, Joaquim José de Andrada Pinto, 1º Livro de Oficciaes Reformados, 2484. [6] cf. Estatística do Pariato Português desde a sua fundação até 31 de Dezembro de 1909, Lisboa: Imprensa Nacional, 1910, pp. 29 e 31. :: Neste pdf - página 10 de 10 ::