RESUMO INTRODUÇÃO METODOLOGIA

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Valor da Cesta Básica aumenta em 12 cidades

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NÚCLEO DE ECONOMIA DO SINCOMÉRCIO: PESQUISA DA CESTA BÁSICA

NÚCLEO DE ECONOMIA DO SINCOMÉRCIO: PESQUISA DA CESTA BÁSICA

Pelo segundo mês consecutivo, valor da cesta básica recua em todas as capitais

Custo da cesta básica sobe em 20 capitais

Custo da Cesta básica tem comportamento diferenciado nas capitais pesquisadas

Cesta básica de Porto Alegre registra variação de 1,75% em março de 2015

Custo da cesta básica aumenta em todas as cidades

Valor da cesta básica aumenta em todas as capitais em 2016

Cesta Básica tem aumento em 12 cidades

Feijão, manteiga e leite elevam o custo da cesta básica

Cesta básica de Porto Alegre registra queda de 0,76% em maio

Custo da cesta básica tem comportamento diversificado nas capitais

NÚCLEO DE ECONOMIA DO SINCOMÉRCIO: PESQUISA DA CESTA BÁSICA

CESTA BÁSICA da cidade de Catalão-GO

Preço da cesta básica aumenta em 13 cidades

Preço da cesta básica diminui em quinze cidades

Custo da cesta tem comportamento diferente entre as capitais

Cesta básica diminui em 13 cidades

NÚCLEO DE ECONOMIA DO SINCOMÉRCIO: PESQUISA DA CESTA BÁSICA - JULHO/2017:

Conjunto de alimentos básicos tem queda em 11 cidades

Custo da cesta básica aumenta em 17 capitais

Cesta básica de Porto Alegre registra queda de 2,14% em dezembro

EVOLUÇÃO DOS PREÇOS DA CESTA BÁSICA FAMILIAR DO VALE DO PARAÍBA EM 2014

Cesta básica de Porto Alegre registra aumento de 4,35% em outubro de 2013

NÚCLEO DE ECONOMIA DO SINCOMÉRCIO: PESQUISA DA CESTA BÁSICA

Pelo segundo mês consecutivo, o preço da cesta básica aumenta em 17 cidades

Valor da cesta básica aumenta em todas as capitais em 2015

Custo da Cesta Básica aumenta em todas as cidades

Boletim Agosto Tabela 1 - Custo da Cesta Básica (em R$) nas cidades de Ilhéus e Itabuna, 2015 Mês Ilhéus Itabuna Gasto Mensal R$

Cesta básica aumenta em 15 cidades

Preço da cesta básica aumenta em 17 cidades

15 capitais apresentaram redução no custo da Cesta Básica

Novamente, cesta básica sobe em 11 capitais

Nove capitais têm queda no preço da cesta

CUSTO DA CESTA BÁSICA DE SÃO JOÃO DEL REI

Custo da cesta básica sobe em todas as capitais

PESQUISA DA CESTA BÁSICA DEZEMBRO DE 2017

PESQUISA DA CESTA BÁSICA FEVEREIRO DE 2018

PESQUISA DA CESTA BÁSICA MAIO DE 2018

Cesta básica de Porto Alegre registra variação de 1,43% em abril de 2016

Custo da cesta básica diminuiu em 13 capitais

Pelo segundo mês consecutivo, feijão, manteiga e leite elevam o custo da cesta básica

Valor da cesta básica aumenta em todas as capitais em 2013

Custo da cesta básica aumenta na maior parte das capitais

Cesta básica de Porto Alegre registra queda de 0,24% em julho de 2015

Onze capitais registram alta na cesta básica

CESTA BÁSICA do município de Catalão-GO

Preço da cesta sobe em 14 capitais

Custo da cesta básica diminuiu em 23 capitais

Cesta básica: Preços aumentam em 17 capitais

Pelo segundo mês consecutivo, custo da cesta básica aumenta em todas as capitais

Cesta básica: preços aumentam em 16 capitais

Cesta básica aumenta em quase todas as capitais

Custo da Cesta Básica aumenta em 17 cidades

Nove capitais têm queda no preço da cesta

Ano começa com alta no preço da cesta básica

Preço da carne sobe em todas as capitais

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CESTA BÁSICA ALIMENTAR Ração Essencial Mínima 13 PRODUTOS ESSENCIAIS

NÚCLEO DE ECONOMIA DO SINCOMÉRCIO: PESQUISA DA CESTA BÁSICA MARÇO/2017

Boletim Julho Tabela 1 - Custo da Cesta Básica (em R$) nas cidades de Ilhéus e Itabuna, 2015 Mês Ilhéus Itabuna Gasto Mensal R$

Custo da cesta básica tem alta em 13 capitais e redução em 14

Cesta básica de Porto Alegre registra variação de 3,87% em maio de 2016

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CESTA BÁSICA ALIMENTAR Ração Essencial Mínima 13 PRODUTOS ESSENCIAIS

ISSN: % Últimos 12 meses Jul/17-Jul/18. % Ano 2018 Jan-Jul/18 GRUPO/ SUBGRUPOS/ CLASSES. % Jul/18

Valor da cesta básica aumenta em 15 capitais

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Cesta básica tem retração em 13 de 20 capitais pesquisadas

Custo da Cesta Básica oscila nas capitais do Brasil

Custo da cesta básica tem comportamento diferenciado nas capitais do país

Custo da cesta básica diminuiu na maior parte das capitais pesquisadas

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Transcrição:

Título do Trabalho: Um estudo de caso sobre a variação dos preços dos produtos da cesta básica de Bambuí-MG Autor (es): Frederico Leocádio Ferreira, Caroline Passatore Inácio Xavier, Myriam Angélica Dornelas e Érik Dominik Campos Palavras-chave: Preço, variação, mercado Campus: Bambuí Área do Conhecimento (CNPq): Administração RESUMO Visando a importância de se mensurar o valor de uma cesta básica de determinada região, almejando maior consideração acerca das suas particularidades e necessidades, o presente trabalho tem como objetivo geral analisar o valor da cesta básica no município de Bambuí-MG, buscando especificamente analisar os fatores que causaram a variação nos preços dos produtos que a compõe no período de dezembro de 2013 a novembro de 2015. Utilizando-se da Pesquisa de Orçamentos Familiares realizada por Dominik et al. em 2014, coletas mensais de preços foram realizadas em oito supermercados distribuídos geograficamente pelo município, onde foi possível o cálculo do valor da cesta básica no período de dezembro de 2013 a novembro de 2015. Por meio de uma pesquisa bibliográfica, foi possível conhecer os motivos que levaram à variação nos preços dos produtos que mais ou menos influenciaram na alteração do preço da cesta. Chegou-se a conclusão de que vários fatores, tanto externos de mercado, como alta do dólar e ações governamentais, quanto fatores naturais, como o clima, e de que o município estudado segue as oscilações de mercado, não havendo práticas ilegais de mercado. INTRODUÇÃO Em boletim datado de janeiro de 2016, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (DIEESE) tratou sobre a política de valorização do salário mínimo, que subia de R$780,00 para R$880,00. Segundo o órgão, era possível comprar 2,14 cestas básicas com um salário mínimo, o maior valor desde 1995. Porém, a metodologia utilizada leva em consideração um trabalhador adulto apenas, e a cesta utilizada fora a estabelecida pelo Decreto-Lei nº 399 de abril de 1938 (DIEESE, 2009), com apenas 13 produtos alimentícios. Visando a abrangência de uma amostra de núcleos familiares de até 04 pessoas, levando com consideração as particularidades e necessidades dessa amostra, contemplando renda de até 03 salários mínimos, fora adotada a cesta básica e metodologia criada por Dominik et al. (2015) com a Pesquisa de Orçamentos familiares, financiada pelo Instituto Federal de Minas Gerais IFMG. A cesta supramencionada foi construída por meio de uma Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) realizada em 2014, e possui 50 itens, dentre eles alimentação, higiene pessoal e limpeza. Assim, o presente resumo tem como objetivo geral analisar o valor da cesta básica no município de Bambuí-MG, buscando especificamente analisar os fatores que causaram a variação nos preços dos produtos que mais ou menos influenciaram na alteração do preço da cesta no período de dezembro de 2013 a novembro de 2015. METODOLOGIA Uma pesquisa de campo foi realizada em oito supermercados, aos dias 20 de cada mês, especificamente, durante 24 meses. Esses estabelecimentos foram distribuídos geograficamente de modo a contemplar todos os bairros do município, onde coletava-se os preços dos produtos que compunham a cesta básica restrita do município de Bambuí-MG, contabilizando 50 produtos, divididos nos grupos: Alimentos, Higiene Pessoal e Limpeza. Para fins de pesquisa, destacou-se os produtos que mais influenciaram a variação do índice de variação da cesta básica de Bambuí (IVCB-Bambuí). Foi realizada uma pesquisa bibliográfica em boletins eletrônicos mensais de instituições como o Centro de Pesquisas Econômicas Avançadas (CEPEA ESALQ USP), Confederação nacional da agricultura e pecuária (CNA), Companhia Nacional do Abastecimento (CONAB), Fundação da agricultura e

pecuária de Minas Gerais (FAEMG), Procon de São Paulo (Procon-SP), para compreender melhor o comportamento desses produtos, em comparação com sua cultura a nível nacional e/ou regional. RESULTADOS E DISCUSSÃO Para fins de análise, neste item buscou-se mensurar a participação dos grupos (alimentício, de limpeza e higiene pessoal) na variação do Índice de Variação da cesta básica (IVCB) durante o período pesquisado (Novembro de 2013 a Novembro de 2014 e Novembro de 2014 a Novembro de 2015, separadamente). Porém, para melhor detalhamento do grupo alimentício, o mesmo foi subdividido em: Hortaliças (incluindo feijão e arroz, que mesmo fazendo parte dos cereais foram inclusos neste grupo para melhor análise), processados, carnes e derivados e leite e derivados; e procurou-se agrupar os grupos limpeza e higiene pessoal em um só. Nos dois anos de pesquisa, notou-se uma maior participação do subgrupo Hortaliças na variação do índice de cesta básica de Bambuí, representando 40,71% das variações no período, seguido pelo subgrupo Processados com 25,64%, Limpeza e Higiene com 21,79% de participação, Carnes e derivados com 8,01% e Leite e derivados com 3,85%. Uma melhor visualização dos dados é possível no Gráfico 1. GRÁFICO 1: Participação dos grupos coletados no IVCB do período de dez/2013 a Nov/2014. 45,00 40,00 35,00 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 Leite e derivados Carnes e derivados Processados Hortaliças Limpeza e higiene Com esses dados, procurou-se saber, no período de dezembro de 2013 a novembro de 2014, qual o produto que mais contribuiu com as variações do IVCB ao longo dos anos. Chegou-se ao Gráfico 2, comparando as porcentagens que mais e menos contribuíram no período. Percebe-se uma grande participação do tomate, da cebola, do repolho, do fubá e da lâmina de barbear. O tomate foi de grande variação durante o período pesquisado (5,38%), influenciado por fatores como o clima, amadurecimento precoce dos frutos, baixa oferta devido à redução de área cultivável, entre outros fatores que permitiram tal variação, com o preço variando em sua maioria para cima (HORTIFRUTTI, 2013, 2014). O mesmo acontecendo com o repolho (4,62%) e a cebola (4,62%), que também foi fortemente influenciada pelo clima, que reduziu a produtividade durante o ano, tendo como consequência uma variação positiva na maior parte do período analisado (HORTIFRUTTI, 2013, 2014).

GRÁFICO 2: Produtos que mais ou menos contribuíram com as variações do IVCB no período de dez/13 a nov/14. 6,00% 5,00% 4,00% 3,00% 2,00% 1,00% 0,00% O fubá (4,62%), por ser um alimento processado, fica à mercê de sua matéria-prima milho, que durante o ano sofreu quedas devido à alta produtividade (CEPEA/ESALQ, 2014), alta demanda (ressaltando a renovação do estoque de commoditties no período) (ESTADO DE MINAS, 2014), onde a oferta só foi reduzida em alguns meses devido ao clima que desfavoreceu o plantio (CEPEA/ESALQ, 2014). A lâmina de barbear (4,62%), por sua vez, possui a seguinte peculiaridade: a existência do prestobarba, seu produto substituto e com o preço um pouco maior que o seu, porém ofertado com muito mais usualidade que a lâmina, logo quando ocorria a ausência de tal produto, o preço do prestobarba era coletado, justificando suas variações. Os produtos que menos contribuíram foram o macarrão, o caldo de galinha, biscoito de maisena, shampoo, farinha de trigo e café, todos contribuindo apenas 0,77% para a variação do IVCB no período. Fechado esse período, procurou-se fazer a mesma análise, porém do ano seguinte de pesquisa, o que corresponde ao período de Dezembro de 2014 a Novembro de 2015. Percebeu-se nesse ano uma maior participação da laranja e da batata na variação do IVCB no período, e o aumento da participação do tomate, ainda figurando com posição de destaque. Enquanto que, dentre os produtos que menos participaram dessa variação, em grande relevância, estão o macarrão, o pão de sal, o sabão em barra, o creme dental, a carne de primeira e o queijo. O tomate, como no período anterior, foi também muito afetado pelo clima seco, ocasionando baixa oferta, chegando a ser considerado o vilão do Índice de preços ao consumidor amplo de Belo Horizonte (ESTADO DE MINAS ECONOMIA, 2015), frutos com qualidade inferior ou com doenças e pragas e amadurecimento precoce (HORTIFRUTTI, 2015). Porém, percebe-se que o clima também ajudou o fruto em determinada época do ano, graças a ocorrência do El-Niño, trazendo chuvas e temperaturas mais amenas (HORTIFRUTTI, 2015). A alta do dólar também influenciou o fruto ao longo do ano, encarecendo os custos de produção e, com isso, visando pagar esses custos, aumentando a produção e a oferta (HORTIFRUTTI, 2015). Percebe-se também no período a diminuição da demanda industrial, que em determinado momento da análise, fez com que o preço caísse no mercado, devido ao aumento da oferta (HORTIFRUTTI, 2015). No que concerne à batata, o clima foi um grande divisor de águas durante o período, influenciando negativamente (clima seco e sem chuvas, que favoreceu o aumento de pragas e doenças, como a pinta preta, debilitando a qualidade da leguminosa e diminuindo sua oferta) ou positivamente (safra das águas no sudeste, com alto índice pluviométrico) (HORTIFRUTTI, 2015). Porém, no geral, o clima fez com que a produtividade

fosse reduzida, reduzindo a oferta e, consigo, aumentando os preços, ocorrendo inclusive ações promocionais nos estabelecimentos pesquisados. O período analisado não foi muito suscetível a laranja. Com clima seco diminuindo a qualidade do fruto, custos altos fazendo com que os investimentos caíssem (HORTIFRUTTI, 2014,2015), baixa oferta, fez com que ações promocionais fossem realizadas nos postos de venda, além do comércio de frutos com qualidade inferior e preços inferiores. Dos produtos que menos participaram da variação do IVCB no período analisado, estão o macarrão, o pão de sal, o sabão em barra, o creme dental, a carne de primeira e o queijo, como pode ser visualizado no Gráfico 3. GRÁFICO 3: Produtos que mais ou menos contribuíram com as variações do IVCB no período de dez/14 a nov/15. 5,00% 4,50% 4,00% 3,50% 3,00% 2,50% 2,00% 1,50% 1,00% 0,50% 0,00% Finalizado esse período, procurou-se saber quais produtos mais ou menos participaram e contribuíram para a variação do IVCB no período analisado, sendo eles o tomate, a laranja, a cebola, a batata, o repolho, a cenoura e a abóbora os que mais influenciaram; e o biscoito de maisena, o pão de sal, o creme dental e o queijo os que menos influenciaram, como pode ser observado no Gráfico 4. Analisando todo o período de dezembro de 2013 a novembro de 2015, percebeu-se a existência de fatores que contribuíram mais ou menos para que ocorressem o aumento ou diminuição dos preços dos produtos da cesta básica, influenciando assim na variação do IVCB. Os fatores que mais afetaram foram o clima (afetando tanto negativamente quanto positivamente), variações de oferta e demanda de mercado, variações causadas pelos períodos das safras (início, meio, fim e entressafra), ações promocionais, qualidade, lotes e falta de opção de coleta. Além de outros que afetaram em menor escala, ou mesmo em grande escala, porém indiretamente, como a alta do dólar, aumento ou diminuição de exportações, variação da demanda e oferta industrial, festividades, entre outros.

GRÁFICO 4: Produtos que mais ou menos contribuíram com as variações do IVCB no período de dez/13 a nov/15. 6,00% 5,00% 4,00% 3,00% 2,00% 1,00% 0,00% O clima pode ser muito benéfico com a produção, assim como pode ser o causador de muitos problemas, como a diminuição da produção, aumento de doenças e pragas e diminuição da qualidade, o que pode fazer com que o produto se valorize ou desvalorize, dependendo da qualidade comercializada do item. O valor do dólar foi de grande influência também, ao aumentar o custo de produção de alguns produtos, trazendo a necessidade do aumento de oferta para cobrir esses custos, gerando assim um recuo em alguns preços. Essa alta também foi causadora do aumento da exportação, e com isso, aumento da demanda, gerando aumento nos preços (quando não existia uma oferta para suprir essa demanda) ou uma diminuição (quando se aumenta a demanda e aumenta também a oferta) (HORTIFRUTTI, 2013, 2014, 2015; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA IBGE, 2014; FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS FAEMG, 2014; ESTADO DE MINAS ECONOMIA, 2015). TABELA 7: Fatores que influenciaram os preços dos produtos da cesta básica de Bambuí no período de dezembro de 2013 a novembro de 2015. Fator F/P Fator F/P Clima (afeta negativamente) 59 Medidas governamentais 3 Variações da oferta e demanda consumidores 36 Volume de estoque alto 3 Ações promocionais 35 Reposição estoque commodities/indústrias 2 Clima (afeta positivamente) 21 Maior custo de produção 2 Lotes antigos 20 Descarte de aves 1 Qualidade baixa 20 Época de abastecimento 1 Variações da safra (colheita, pico, final e entre) 20 Menor custo de produção 1 Falta de opção 17 Quedas sucessivas de preços 1 Investimentos 7 Safra das águas 1 Variações da oferta e demanda indústria 7 lotes com preço em alta 1 Alta do dólar 6 Manutenção de fecularias 1 Exportações 5 Vazio Sanitário 1 Festividades/ quaresma/ férias escolares 4 Produtores locais 1 novos entrantes 4

Na tabela foram listados, de acordo com o material coletado no período de dezembro de 2013 a novembro de 2015, os motivos que fizeram com que ocorresse as variações nos preços dos produtos que compunham a cesta básica de Bambuí, e a frequência de participação (F/P) com o que foram os pivôs dessa alteração. CONCLUSÕES Durante os dois anos de pesquisa foi possível acompanhar as variações dos produtos da cesta básica de Bambuí, e constatar a influência tanto de fatores externos de mercado, como a alta do dólar, aumento de exportações, ações governamentais, diminuição da demanda, diminuição de investimentos, aumento do custo de produção, diminuição da demanda industrial, vazio sanitário; quanto de fatores naturais como o clima, que influencia na quantidade produzida, na qualidade do produto e no montante de investimentos. Percebe-se que a economia bambuiense segue as oscilações de mercado, não havendo práticas ilegais de comércio, porém nota-se alguns gargalos no abastecimento e fornecimento de produtos, talvez fruto de uma estratégia mal definida. Uma pesquisa acerca desses problemas é necessária, para entender melhor o comportamento dos estabelecimentos pesquisados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CEPEA. Agromensal Milho CEPEA/ESALQ. Disponível em: <http://cepea.esalq.usp.br/agromensal/2014/01_janeiro/milho.htm> Acesso em: Janeiro 2016. CEPEA/ESALQ. Agromensal Milho CEPEA/ESALQ. Disponível em: <http://www.cepea.esalq.usp.br/agromensal/2014/06_junho/milho.htm> Acesso em: Janeiro 2016. CEPEA/ESALQ/USP. Revista Hortifrutti Brasil: Abril/2014. Disponível em: <http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/133/full.pdf> Acesso em: Janeiro 2016. CEPEA/ESALQ/USP. Revista Hortifrutti Brasil: Abril/2015. Disponível em: <http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/144/full.pdf> Acesso em: Janeiro 2016. CEPEA/ESALQ/USP. Revista Hortifrutti Brasil: Agosto/2014. Disponível em: <http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/137/full.pdf> Acesso em: Janeiro 2016. CEPEA/ESALQ/USP. Revista Hortifrutti Brasil: Agosto/2015. Disponível em: <http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/148/full.pdf> Acesso em: Janeiro 2016. CEPEA/ESALQ/USP. Revista Hortifrutti Brasil: Anuário 2013. Disponível em: <http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/130/full.pdf> Acesso em: Janeiro 2016. CEPEA/ESALQ/USP. Revista Hortifrutti Brasil: Anuário 2014. Disponível em: <http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/141/full.pdf> Acesso em: Janeiro 2016. CEPEA/ESALQ/USP. Revista Hortifrutti Brasil: Fevereiro/2014. Disponível em: <http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/131/full.pdf> Acesso em: Janeiro 2016. CEPEA/ESALQ/USP. Revista Hortifrutti Brasil: Fevereiro/2015. Disponível em: <http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/142/full.pdf> Acesso em: Janeiro 2016. CEPEA/ESALQ/USP. Revista Hortifrutti Brasil: Julho/2014. Disponível em: <http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/136/full.pdf> Acesso em: Janeiro 2016. CEPEA/ESALQ/USP. Revista Hortifrutti Brasil: Junho/2015. Disponível em: <http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/146/full.pdf> Acesso em: Janeiro 2016.

CEPEA/ESALQ/USP. Revista Hortifrutti Brasil: Maio/2014. Disponível em: <http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/134/full.pdf> Acesso em: Janeiro 2016. CEPEA/ESALQ/USP. Revista Hortifrutti Brasil: Maio/2015. Disponível em: <http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/145/full.pdf> Acesso em: Janeiro 2016. CEPEA/ESALQ/USP. Revista Hortifrutti Brasil: Março/2014. Disponível em: <http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/132/full.pdf> Acesso em: Janeiro 2016. CEPEA/ESALQ/USP. Revista Hortifrutti Brasil: Março/2015. Disponível em: <http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/143/full.pdf> Acesso em: Janeiro 2016. CEPEA/ESALQ/USP. Revista Hortifrutti Brasil: Novembro/2015. Disponível em: <http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/151/full.pdf> Acesso em: Janeiro 2016. CEPEA/ESALQ/USP. Revista Hortifrutti Brasil: Outubro/2014. Disponível em: <http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/139/full.pdf> Acesso em: Janeiro 2016. CEPEA/ESALQ/USP. Revista Hortifrutti Brasil: Outubro/2015. Disponível em: <http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/150/full.pdf> Acesso em: Janeiro 2016 CEPEA/ESALQ/USP. Revista Hortifrutti Brasil: Setembro/2015. Disponível em: <http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/149/full.pdf> Acesso em: Janeiro 2016. ESTADO DE MINAS. IPCA tem alta de 1,07% em janeiro na Grande BH; mais que o dobro em dezembro. Disponível em: <http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2015/02/07/ internas_economia,615801/ipca-tem-alta-de-1-07-em-janeiro-na-grande-bh-mais-que-o-dobro-de-de.shtml> Acesso em: Janeiro 2016. ESTADO DE MINAS. Mudança de cenários favorece preços de commodities. Disponível em: < http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/colunistas/dylan-della-pasqua/2014/03/14/mudanca-de-cenario-favoreceprecos-das-commodities.htm> Acesso em: Dezembro/2015. FAEMG. Burocracia aumenta drama dos atingidos pela seca. Disponível em: <http://www.faemg.org.br/noticia.aspx?code=6639&contentversion=c&show=all> Acesso em: Janeiro 2016. FAEMG. Preços em alta no Ceasa Minas. Disponível em: < http://www.sistemafaemg.org.br /Noticia.aspx?Code=6990&Portal=1&PortalNews=1&ParentCode=139&ParentPath=None&ContentVersion=R&Show=all > Acesso em: Janeiro 2016. FERREIRA, Frederico Leocádio; PASSATORE, Caroline; DOMINIK, Érik Campos; DORNELAS, Myriam Angélica. Demonstração da metodologia de cálculo do índice de variação de cesta básica no município de Bambuí-MG. In: JORNADA CIENTÍFICA, 8. 2015, Instituto Federal de Minas Gerais, campus Bambuí. Anais. Bambuí: IFMG, 2015. IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Índices nacionais de preço ao consumidor: Junho 2014. Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/home/estatistica /indicadores/precos/inpc_ipca/ipcainpc_201406comentarios.pdf> Acesso em: Janeiro 2016. Participação em Congressos, publicações e/ou pedidos de proteção intelectual: Artigo completo submetido à Revista Nacional de Economia Doméstica (OIKOS Viçosa).