Elaborado por José Carlos de Andrade Visto Aprovado por Leandro Eduardo Souza Visto CONTROLE DE REVISÃO Revisão Data Item Natureza das alterações 0 30/03/2012 - Emissão inicial 1 OBJETIVO Definir as diretrizes e parâmetros necessários para informar a maneira correta e segura de se fazer a atividade de Lançamento e Fusão de Cabo de Fibra Óptica, assim como os Fatores de Riscos, Riscos, Conseqüências e Controles relativos à Segurança e Saúde Ocupacional durante a execução das atividades desta tarefa. Destinado aos projetos que adotam cabos ópticos dielétricos subterrâneos para instalação em rede de dutos de aço galvanizado a quente, diretamente enterrados, que visando garantir ao usuário alta confiabilidade na transmissão de canais de voz, comunicação de dados, telefonia, entre outros. A construção dos cabos atende aos requisitos mínimos estabelecidos por normas, que garantem a confiabilidade e durabilidade do sistema. 2 APLICAÇÃO Execução dos serviços de interligações elétricas nas áreas OFF-SITE, compreendendo análise de consistência do projeto, interligações de redes elétricas, de instrumentação, de telecomunicações, de iluminação viária, e malha de aterramento, lançamentos de cabos elétricos e ópticos, testes e certificação, assistência técnica e as-built do serviço nas dependências da Refinaria Abreu e Lima (RNEST). 3 NORMAS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA NR 10: Instalações e serviços em eletricidade; N 1600: Construção, montagem e condicionamento de rede elétrica; Arquivo Digital: Página 1 de 7
Norma EIA/TIA 569-B (Commercial Building Telecommunications Wiring Standard) Norma EIA/TIA 607 (Commercial Building Grounding / Bonding Requirements) define os requisitos de aterramento. Norma EIA/TIA Bulletin TSB-67 detalha como testar e certificar cabeamentos UTP instalados. ABNT para cabeamento metálico UTP e para cabeamento ótico 4 RESPONSABILIDADE 4.1 Do Gerente da Construção Administrar e assegurar os recursos e meios necessários para correta realização dos processos. 4.2 Dos Executantes Executar o lançamento de cabos ópticos conforme procedimento e normas aplicáveis a este procedimento. 4.3 Do Controle da Qualidade Controlar as características do processo de acordo com os parâmetros indicado no procedimento. Efetuar inspeção e registro através das medidas a serem registradas no anexo 1 deste procedimento. 4.4 Do Gerente do C.Q. Administrar a adequada aplicação do procedimento. Aprovar os registros e relatórios pertinentes. 5 DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS D.I.O Distribuidor Ótico F.O Fibra Ótica UTP Cabo par trançado Lance do Cabo - Comprimento de cabo de emenda a emenda. Arquivo Digital: Página 2 de 7
Puxamento do Cabo - Parte do lançamento que compreende o desbobinamento do cabo até a sua chegada a outra extremidade do cabo. Lançamento Mecânico - Método de lançamento onde a tração do puxamento é fornecida por um guincho. Lançamento Manual - Método de lançamento onde a tração do puxamento é fornecida por um grupo de artifícios; Lançamento Unidirecional - Método de lançamento onde todo o lance do cabo óptico é puxado em um único sentido, podendo ser mecânico ou manual. Lançamento Bidirecional - Método de lançamento onde o lance do cabo óptico é dividido em duas partes, podendo as mesmas serem puxadas mecânica e/ou manualmente. 6 CONDIÇÕES GERAIS 6.1 Infra-estrutura de rede ótica A infra-estrutura de rede ótica representa o conjunto de componentes necessários ao encaminhamento e passagem dos cabos óticos, aérea ou subterrâneo, para interligações de redes locais para tráfego de aplicações multimídia, voz, dados e imagem. 6.2 Lançamento de cabos óticos subterrâneo: Para lançamento de cabos óticos subterrâneo, deverão ser obedecidos os seguintes critérios: - Os cabos óticos subterrâneo deverão ser identificados em todas as caixas de passagens existentes; - Em cada caixa de passagem deverá ser deixado uma sobra de 5 metros para facilitar as emendas, fusões em caso de quebra por acidentes ; - Família de cabos ópticos indicados preferencialmente para instalação subterrânea no interior de linhas de dutos ou sub-dutos, são cabos ópticos CFOA-X-ARD-W armados com fita de aço corrugado para proteção contra o ataque de roedores, formados por tubos loose, de núcleo geleado, disponíveis de 02 a 144 fibras, em fibras monomodo do tipo Standard (G652B), Low Water Peak (G652D) ou ainda NZD-Non Zero Dispersion (G655). 6.3 Lançamentos de cabos óticos aéreo Arquivo Digital: Página 3 de 7
Para lançamento de cabos óticos entre postes, a fibra ótica deve ser dotada de elementos de sustentação que permitem a instalação diretamente nos postes e torres da linha de distribuição ou transmissão da rede elétrica. A família de cabos utilizada em Linhas de Transmissão áreas estão sujeitas a condições ambientais muito severas. Estes cabos ópticos auto-sustentados para longos vãos com cargas de operação de 10 ou 20 kn, totalmente dielétricos, formados por tubos loose, de núcleo seco, disponíveis de 02 a 72 fibras, em fibras monomodo do tipo Standard (G652B), Low Water Peak (G652D) ou ainda NZD-Non Zero Dispersion (G655). 7 PREPARATIVOS Antes de começar as atividades de lançamento dos cabos F.O, os seguintes passos deverão ser seguidos: Analisar o projeto de instalação do cabo óptico; Verificar toda a rota do cabo e condições do lançamento; Verificar a quantidade e lances do cabo; Confirmar o duto que será utilizado para lançamento da F.O; Verificar a rede de dutos está desobstruída e limpa; Verificar tipo e capacidades dos cabos; Avaliar a capacidade máxima de puxamento por lance; Verificar necessidade de esgotamento das caixas de passagem subterrâneas; Definir a posição de localização da bobina; Com a bobina devidamente protegida contra água e poeira, realizar o teste de continuidade e atenuações das fibras pelo método de retroespalhamento, utilizando reflectômetro óptico (OTDR). 8 INSTALAÇÃO DO CABO F.O A escolha do melhor método de instalação do cabo será em função dos levantamentos preliminares executados na rota. 8.1 Lançamento manual com bobina fixa: Arquivo Digital: Página 4 de 7
A bobina deve ser colocada sobre cavaletes, no ponto que fique próximo a caixa de passagem e alinhada com o duto indicado no projeto de instalação; O cabo deve ser puxado no sentido da parte mais baixa da bobina e guiado manualmente até a entrada no eletroduto; A partir das extremidades dos cabos colocar camisa de puxamento fechada; No outro ponto definido pelo instalador, será efetuada a instalação do dispositivo para puxamento dos cabos, o lançamento pode ser executado manual ou mecanicamente. O esforço de tração não deve ser superior ao máximo permitido, conforme as características do cabo. 8.2 Lançamento mecânico com bobina fixa A bobina deve ser colocada sobre cavaletes, no ponto que fique próximo a caixa de passagem e alinhada com o duto indicado no projeto de instalação; O cabo deve ser puxado no sentido da parte mais baixa da bobina e guiado por roldanas até a entrada no eletroduto; A partir das extremidades dos cabos colocar camisa de puxamento fechada; No outro ponto definido pelo instalador, será efetuada a instalação do guincho com partida e parada controlada para puxamento dos cabos; O esforço de tração não deve ser superior ao máximo permitido, conforme as características do cabo. 9 ACESSORIOS E EQUIPAMENTOS PARA INSTALAÇÃO DE CABOS Guincho estacionário fixo Dispositivos de guiamento Fita isolante Reflectômetro Alicate universal Argola de puxamento Elo Destorcedor cilíndrico Buquilha Arquivo Digital: Página 5 de 7
Camisa de puxamento Mandril Patesca ou moitão Sapatilha tipo C Corda com diâmetro 13mm Bomba d água Radio transceptor 10 INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA Para garantir uma proteção efetiva contra eventuais danos a estrutura do cabo óptico, é necessário que no momento do transporte e armazenagem, todas as condições e características da embalagem de fábrica, estejam intactas. As principiais características a serem observadas são: O Cabo deve estar com suas pontas firmemente amarradas as bobinas; O ripamento de fechamento da bobina deve estar intacto; Cada lance terá a identificação na bobina correspondente; Armazenar em local e posição que não gerem riscos de acidentes. Durante a instalação deve-se: Garantir a segurança do cabo, no momento do posicionamento da bobina, seguindo os procedimentos indicados; A extremidade livre do cabo deverá ser solta da flange da bobina após a fixação da mesma no equipamento de lançamento ou quando a extremidade tiver que ser preparada; Não tracionar o cabo óptico acima da carga máxima indicada; Evitar quedas de ferramentas ou outros objetos sobre o cabo óptico. 11 FUSÃO FIBRA ÓPTICA Identificar o tipo do cabo óptico (Multimodo 50µm/62,5µm ou Monomodo), e selecionar na Máquina de Fusão. Arquivo Digital: Página 6 de 7
Organizar o cabo óptico dentro do painel. Retirar a proteção plástica (PVC) do cabo de fibra óptica utilizando ferramenta específica (Roletador). Retirar a proteção Kevlar do cabo de fibra óptica. Fixar o cabo dentro do DIO ou Terminador Óptico. O cabo com tubo loose devera ser retirado utilizando ferramenta específica (Roletador). Efetuar a limpeza da fibra óptica com álcool isopropílico. Colocar a proteção de emenda termocontrátil nas fibras ópticas. Preparar a fibra óptica normalmente e aplicar o teste de arco, para reconhecimento do tipo de fibra selecionado anteriormente na máquina de fusão. Preparar a fibra óptica no fiber holder e efetuar a decapagem e limpeza da mesma. Efetuar a clivagem das fibras ópticas para fusão. Posicionar o fiber holder na máquina de fusão e executar a fusão. Verificar a estimativa de atenuação e efetuar o teste de tração na fibra óptica. Posicionar o protetor centralizado no ponto de fusão da fibra óptica. Colocar o conjunto, proteção de emenda (tubete) e fibra óptica no forno para a contração do tubete garantindo a proteção mecânica do ponto de fusão. Acomodar a fibra óptica no DIO ou Terminador Óptico. Arquivo Digital: Página 7 de 7