REGULAMENTO DO CARTÃO BRANCO FAIRPLAY Associação de Futebol de Setúbal
REGULAMENTO DO CARTÃO BRANCO FAIRPLAY Associação de Futebol de Setúbal 1. A conduta de acordo com o espírito do Fairplay é essencial para a promoção do sucesso e desenvolvimento do desporto, neste caso, o futebol. O objetivo das atividades em favor do Fairplay é favorecer o espírito desportivo, assim como o comportamento cavalheiresco dos jogadores, agentes desportivos e espectadores para incremento do prazer de todos eles no jogo. A definição do Fairplay abrange todas as pessoas ligadas ao desporto de forma a: Mostrar conhecimento pelas leis do jogo. Motivar a crença de que o jogo pode ser jogado com prazer e de uma forma positiva. Motivar o comportamento correcto dentro e fora do campo em relação ao adversário (tanto pelos jogadores como por outros agentes desportivos) seja qual for o resultado. 2. No esforço de promover o Fairplay a Associação de Futebol de Setúbal, em colaboração com a CAJAP Confederação das Associações de Juízes e Árbitros de Portugal, a APAF Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, o PNED Plano Nacional de Ética no Desporto, com o apoio da Coca-Cola, instituem o Cartão Branco/Fairplay e os prémios Fairplay. 3. As entidades acima referidas acreditam nos valores do Fairplay e por forma a reconhecer, destacar e recompensar as atitudes e comportamentos de Fairplay criaram o Cartão Branco/Fairplay. Todos ambicionamos que o futebol seja cada vez mais um desporto de valores, no qual a formação dos seus jogadores supere a mera competição futebolística. 4. Numa primeira fase, no decorrer da época desportiva 2014/15, o Cartão Branco/ Fairplay bem como a atribuição dos referidos prémios serão aplicados em todos os jogos das fases finais dos campeonatos distritais de futebol de 7 (sub 10,11,12 e 13) e Futsal (Infantis e Benjamins) da Associação de Futebol de Setúbal. 5. Cabe exclusivamente ao árbitro a mostragem do Cartão Branco/Fairplay, seguindo o seu próprio critério, sempre que durante o jogo se observe uma ação ou comportamento merecedora da mesma. 2
6. Tendo em conta o Código de Ética Desportiva, deverão ser merecedores da exibição do Cartão Branco/Fairplay, todas as ações que observem as referidas condutas. I. Praticantes Desportivos a) Respeitar as regras do jogo/competição. b) Recusar e denunciar a fraude ou manipulação de resultados, defendendo sempre a verdade desportiva. c) Dar sempre o melhor na competição, independentemente do adversário. d) Considerar os adversários desportivos como parceiros e não como inimigos, tratando-os com educação e cortesia. e) Respeitar o seu próprio corpo, bem como o dos adversários, preservando-os de qualquer ofensa à sua integridade física e mental. f) Repudiar a dopagem sob qualquer forma, protegendo desse modo a sua saúde e preservando a verdade desportiva. g) Reconhecer o valor dos adversários e felicitá-los quando eles ganham o jogo/competição. Não procurar desculpas ou guardar rancor pelo facto de ter sido derrotado mas, pelo contrário, saber utilizar a derrota como fator de melhoria. h) Aprender a vencer: manter na alegria da vitória, a humildade e a simplicidade reconhecendo em cada uma delas o esforço dos vencidos. i) Respeitar os outros agentes desportivos (dirigentes, treinadores, árbitros e juízes, etc.) e público/espetadores, em todas as circunstâncias e momentos, nas competições ou fora delas, tratando-os de forma respeitosa e cortês. Ser correcto e respeitador para com as entidades que prestem os serviços desportivos. j) Lembrar-se que à medida que vão obtendo melhores resultados maiores serão as suas obrigações quanto à salvaguarda dos princípios do espírito desportivo, pois tornar-se-ão um exemplo público de ética para todos, sobretudo para os mais jovens. k) Conhecer e cumprir o Código de Ética Desportiva e demais regulamentos de ética e fair play que regem a sua modalidade. II. Os Treinadores a) Respeitar, por todas as formas e em todos os momentos, e de modo igual, os praticantes que estejam sob a sua alçada, preservando a saúde, a integridade física e mental dos mesmos. b) Fomentar o desportivismo entre os praticantes, incluindo nos próprios treinos. c) Respeitar as regras técnicas do desporto e contribuir para a sua melhoria qualitativa. d) Recusar e denunciar a fraude ou manipulação de resultados, defendendo sempre a verdade desportiva. e) Considerar os seus colegas de atividade como um parceiro no que respeita ao desenvolvimento das modalidades desportivas que treinam. f) Fomentar a saudável relação entre todos os colegas de classe. g) Constituir um modelo ético para todos, sobretudo para os mais jovens. h) Fomentar, em todos os escalões etários, os valores éticos subjacentes ao desporto e à vida. 3
i) Opor-se à utilização de quaisquer substâncias ou métodos proibidos que melhorem artificialmente o desempenho dos praticantes, nos termos das regras antidopagem aplicáveis, e à utilização de métodos que não estejam em conformidade com a ética médica ou com dados científicos consistentes. j) Não praticar atos que possam prejudicar a saúde e o bem-estar do praticante, bem como avaliar, e ter em conta as etapas de crescimento e o seu estado de desenvolvimento, procurando assegurar uma adequada nutrição, tempos de lazer e de recuperação e uma integração do sistema com as actividades escolares e sociais. k) Cumprirem o Código de Ética Desportiva e demais regulamentos de ética e fair play que regem a sua modalidade. III. Os Dirigentes ou Gestores Desportivos a) Não efetuar, sob qualquer forma, declarações depreciativas do mérito e do valor, das demais associações ou sociedades desportivas, seus dirigentes, praticantes, treinadores, árbitros ou outros agentes desportivos. b) Fomentar e louvar, anualmente, as boas práticas e as condutas éticas de outros dirigentes/gestores, praticantes, treinadores, árbitros e demais agentes desportivos bem como dos sócios/adeptos das associações ou sociedades desportivas que dirigem/gerem. c) Adotar uma atitude pro ativa no âmbito da luta contra a dopagem, atuando de uma forma preventiva, divulgando os direitos e deveres dos praticantes e do seu pessoal de apoio, bem como recusar exercer pressões sobre os profissionais (médicos ou outros) com o intuito de melhoria do rendimento desportivo dos praticantes e das suas equipas. d) Respeitar as regras técnicas do jogo, contribuindo para a sua divulgação, conhecimento e melhoria qualitativa. e) Respeitar as decisões desportivas dos árbitros/juízes/cronometristas e demais aplicadores das leis do jogo. f) Não praticar atos ou omitir ações, tais como prestar declarações públicas, que propiciem ou constituam meios que incentivem ou favoreçam a prática de atos atentatórios do espírito desportivo, contra qualquer agente desportivo. g) Inibir-se de valorizar excessivamente, sobretudo, nos escalões mais jovens, a atribuição e ostentação de títulos como objetivo primário ou essencial de qualquer jogo/competição desportiva. h) Em articulação com os treinadores não permitir treinos, práticas e regras que possam prejudicar a saúde e o bem-estar do praticante, bem como avaliar, e ter em conta as etapas de crescimento e o seu estado de desenvolvimento, procurando assegurar uma adequada nutrição, tempos de lazer e de recuperação e uma integração do sistema com as actividades escolares e sociais. i) Recusar e denunciar a fraude ou manipulação de resultados, defendendo sempre a verdade desportiva. l) Cumprir os Códigos de Ética Desportiva e demais regulamentos de ética e fair play que regem a sua modalidade. 4 7. Em cada partida, não há limite de mostragem do Cartão Branco/Fairplay. Pode o mesmo ser mostrado tantas vezes quantas o árbitro considerar necessárias, a qualquer dos agentes desportivos envolvidos, bem como o público assistente.
8. O árbitro apenas pode mostrar o Cartão Branco/Fairplay quando o jogo estiver parado. A mostragem do Cartão Branco/Fairplay não deverá interferir no decurso normal da partida, nem deve alterar a duração do jogo, pelo que deverá ser realizada e explicada da forma simples e rápida. 9. O árbitro deverá registar todas as mostragens do Cartão Branco/Fairplay no modelo 142 Ficha de Jogo no item: Observações do árbitro. Tal como acontece com os cartões amarelos e vermelhos, o registo deverá conter o nome da equipa/jogador/técnico/membro da assistência (neste último caso indicando a equipa pela qual torce) e o motivo inerente à mostragem do Cartão Branco/ Fairplay. 10. As ações merecedoras da mostragem do Cartão Branco/Fairplay que tenham ocorrido antes ou após o jogo deverão também constar da Ficha de Jogo, não sendo necessário ao árbitro, nestes casos, exibir o Cartão Branco/Fairplay. 11. O árbitro deverá ainda, na Ficha de Jogo, avaliar o comportamento do público, nomeadamente através dos seguintes critérios: a) Incitamentos verbais efetuados de forma correta e ordeira. b) Reconhecer e aceitar o melhor jogo praticado pela equipa adversária. c) Transmitir aos jogadores o sentido e a razão de ser do desporto, bem como os seus valores, na ótica da essência do ser humano e do que o desporto representa nas relações humanas, familiares e sociais. d) Respeitarem as decisões desportivas dos árbitros/juízes/cronometristas e outros aplicadores das leis do jogo, treinadores, dirigentes e demais agentes desportivos. e) Compreender e fazer compreender aos jogadores a necessidade de, nas competições ou fora delas, praticarem os valores éticos. f) Incutir aos jogadores o espírito de que a essência do desporto não está na atribuição e ostentação de títulos, mas sim na ideia de que a prática desportiva constitui um excelente contributo para a melhoria da saúde e formação cívica dos mesmos. g) Divulgar e valorizar os bons exemplos ocorridos no desporto e na vida. h) Ter uma relação correta e cooperante com o público das outras equipas. 12. Serão atribuídos, no final dos referidos campeonatos, os seguintes prémios: a) O Prémio Fairplay para a equipa que tenha recebido mais cartões. b) Caso exista empate, serão atribuídos prémios a todos os vencedores do Prémio Fairplay. 5
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