RESOLUÇÃO Nº, de maio de 2010.

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CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO Gabinete do Conselheiro Adilson Gurgel de Castro RESOLUÇÃO Nº, de maio de 2010. Propõe a alteração da Resolução nº 42, de 16 de junho de 2009, que dispõe sobre a concessão de estágio a estudantes no âmbito do Ministério Público dos Estados e da União. O CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO, no exercício da competência fixada no artigo 130-A, parágrafo 2º, inciso II, da Constituição Federal, e com arrimo no artigo 19 do Regimento Interno; CONSIDERANDO a existência da Resolução nº 42 de 2009, do Conselho Nacional do Ministério Público, que em seu artigo 7º, inciso I, estatui ser requisito mínimo para a concessão de estágio, dentre outros requisitos, a existência de convênio com as Instituições de Ensino, devidamente registradas nos órgãos competentes, onde deverão constar todas as condições acordadas para a realização dos estágios; CONSIDERANDO que, à luz do art. 7º, inciso I, art. 8º, parágrafo único e art. 9º, inciso I, todos da Lei 11.788/2008, o termo de compromisso firmado entre educando, parte concedente do estágio e instituição de ensino é o instrumento obrigatório exigido pela lei, e não o convênio, celebrado entre a instituição de ensino e os entes públicos ou privados concedentes do estágio; RESOLVE: Art. 1º. Retirar a palavra preferencialmente do caput do art. 18, que passa a ter a seguinte redação: Art. 18. Ato Administrativo, em cada Ministério Público, regulamentará o processo de credenciamento de estudantes visando a participação em programa de estágio, o qual dar-se-á através de seleção pública. Art. 2º. Inserir o parágrafo segundo ao art. 18 - renumerando-se o atual parágrafo segundo em terceiro - nos seguintes termos: Art. 18. (...) Parágrafo 2º. Neste edital deverá ser concedido o prazo de 15 (quinze) dias para que todas as Instituições de Ensino interessadas possam celebrar o

convênio previsto no inciso I do art. 7º. Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Brasília (DF), de maio de 2010. Roberto Monteiro Gurgel Santos Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público

CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO Gabinete do Conselheiro Adilson Gurgel de Castro JUSTIFICATIVA A presente proposta reforça a necessidade de aprimoramento do texto atual da Resolução CNMP nº 42, de 16 de junho de 2009, que dispõe sobre a concessão de estágio a estudantes no âmbito do Ministério Público dos Estados e da União. A lei de Estágios (Lei nº 11.788/2008, de 25 de setembro de 2009) FACULTA (e não obriga) às instituições de ensino superior (IES) celebrar convênio com entes públicos e privados concedentes de estágio. Transcreve-se a seguir a disposição da mencionada lei: Art. 8 º É facultado às instituições de ensino celebrar com entes públicos e privados convênio de concessão de estágio, nos quais se explicitem o processo educativo compreendido nas atividades programadas para seus educandos e as condições de que tratam os arts. 6 o a 14 desta Lei. Parágrafo único. A celebração de convênio de concessão de estágio entre a instituição de ensino e a parte concedente não dispensa a celebração do termo de compromisso de que trata o inciso II do caput do art. 3 o desta Lei. Esse convênio não dispensa a celebração do termo de compromisso de que trata o inciso II do caput do art. 3º da referida lei entre educando, parte concedente do estágio e instituição de ensino. Também o art. 7º, inciso I e o art. 9º, inciso I, todos da Lei 11.788/2008, corroboram a necessidade da celebração do termo de compromisso (e não de se celebrar convênio) entre educando, parte concedente do estágio e instituição de ensino, sendo o instrumento obrigatório exigido pela lei, e não o convênio, ressalvada a prescindibilidade de termo de compromisso prévio para a participação

de seus estudantes em processo seletivo, devendo o termo ser levado a efeito somente ao tempo do ato de investidura do estudante junto ao órgão concedente. Com isso, verifica-se que não se pode restringir a participação em processo seletivo para ingresso em programa de estágio de estudantes matriculados em Instituições de Ensino não conveniadas com a unidade do Ministério Público. Reforce-se que a Lei nº 11.788 não há qualquer exigência quanto à necessidade de celebração de prévio convênio entre a instituição de ensino e os entes públicos ou privados concedentes do estágio. Ao contrário, à luz do art. 8º, trata-se a celebração de convênio de simples faculdade às instituições de ensino, sendo imprescindível tão somente o termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino, o qual deve ser firmado ao tempo do ato de investidura do estudante no órgão concedente. Entretanto, o inciso I do art. 7º da Resolução CNMP nº 42/2009, estatui ser requisito mínimo para a concessão de estágio, dentre outros requisitos, a existência de convênio com as Instituições de Ensino, devidamente registradas nos órgãos competentes, onde deverão constar todas as condições acordadas para a realização dos estágios. Na esteira do já exposto, a redação do dispositivo acima mencionado deve ser alterada à medida em que exige celebração de convênio para a concessão de estágio. Dessa forma, proponho alteração do art. 18 da Resolução CNMP nº 42/2009, que estabelece critérios para os atos administrativos dos Ministérios Públicos regulamentarem o processo de credenciamento de estudantes, através de seleção pública, para acrescentar-lhe um parágrafo - que passaria a ser o segundo - renumerando-se, então, o atual parágrafo segundo em terceiro. Acatando a sugestão do conselheiro Mario Luiz Bonsaglia, proponho, também, a retirada do advérbio preferencialmente do caput do art. 18 a fim de que o processo de credenciamento de estudantes visando a participação em programa

de estágio seja feito somente por seleção pública. Com isso, o dispositivo passa a ter a redação sugerida no art. 1º da proposta de alteração de resolução. Brasília, 12 de maio de 2010. ADILSON GURGEL DE CASTRO Conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público