INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 002 IN-02-ACW

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Transcrição:

1 NATAL - RIO GRANDE DO NORTE ACADEMIA CORONEL WALTERLER CNPJ Nº 08.314.434/0001-78 Reconhecida como de Utilidade Pública pela Lei nº. 8.932, de 29.12.06 PERDÕE OS SEUS INIMIGOS, MAS NUNCA ESQUEÇA O NOME DELES INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 002 IN-02-ACW Do Inquérito Policial Militar EMENTA: Dispõe sobre a formalização de Inquérito Policial Militar e dá outras providencias. Art. 1º O Inquérito Policial Militar (IPM) é a apuração sumária de fato, que, nos termos legais, configure crime militar, e de sua autoria. Tem o caráter de instrução provisória, cuja finalidade precípua é a de ministrar elementos necessários à propositura da ação penal. Princípios Gerais do Direito Art. 2º. O IPM além das normas estabelecidas no direito positivado obedece, entre outros, aos seguintes princípios gerais do Direito: I - Princípio da Obrigatoriedade: Em se registrando fatos que, em tese, configure crime militar previsto no Código Penal Militar, é obrigatória a instauração de IPM, sob pena de responsabilidade; II - Princípio da Indisponibilidade: Instaurado o IPM não pode ser sobrestado ou arquivado na corporação. Modos por que pode ser iniciado Art. 3º. O IPM é iniciado mediante portaria: a) de ofício, pela autoridade militar em cujo âmbito de sua circunscrição haja ocorrido a infração penal, atendida a hierarquia do infrator; b) por determinação ou delegação da autoridade militar superior que, em caso de urgência, poderá ser feita por via telegráfica ou radiotelefônica e confirmada, posteriormente, por ofício; c) em virtude de requisição do Ministério Público; d) por decisão do Juiz Auditor; e) a requerimento da parte ofendida ou de quem legalmente a represente, ou em virtude de representação devidamente autorizada de quem tenha conhecimento de infração penal, cuja repressão caiba à Justiça Militar; f) quando, de sindicância feita em âmbito de jurisdição militar, resulte indício da existência de infração penal militar.

g) em decorrência de Auto de Prisão em Flagrante de Delito Militar. Encarregado do IPM Art. 4º. Será encarregado do IPM, sempre que possível oficial de posto não inferior ao de Capitão, observado o grau hierárquico e antiguidade do indiciado. Indícios contra oficial de posto superior ou mais antigo Parágrafo único. Se no curso do IPM o seu encarregado verificar a existência de indícios contra oficial de posto superior ao seu ou mais antigo, fará conclusos os autos a autoridade delegante para imediata substituição, nos termos do 2 do art. 7º do CPPM. Escrivão do inquérito Art. 5º. A designação de escrivão para o IPM caberá ao respectivo encarregado, recaindo em oficial subalterno, se o indiciado for oficial, e em sargento ou subtenente, nos demais casos. 1º. O escrivão prestará compromisso de manter o sigilo do inquérito e de cumprir fielmente as determinações deste de seu encarregado, no exercício da função. 2º. Em sendo insuficiente o efetivo de graduados para atendimento da demanda, poderá ser designado para as funções de escrivão ad hoc, qualquer militar e até mesmo civil servidor público lotado na Polícia Militar, nos termos do art. 5º, da CF/88 e art. 245, 5º do CPP Militar, aplicado por analogia. Sigilo do Inquérito Art. 6º. O IPM é sigiloso; mas seu encarregado deve permitir que dele tome conhecimento o advogado do indiciado, nos termos da Lei nº 8.906 de 4 de julho de 1994 (EOAB) e da Súmula Vinculante n٥ 14 do Supremo Tribunal Federal. Formação do inquérito Art. 7º. O encarregado do IPM deverá, para a formação deste: a) tomar as medidas previstas no art. 12 do CPPM, se ainda não o tiverem sido; b) ouvir o ofendido; c) ouvir o indiciado; d) ouvir testemunhas; e) proceder a reconhecimento de pessoas e coisas, e acareações; f) determinar que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outros exames e perícias, se necessário for; g) proceder a buscas e apreensões, nos termos dos arts. 172 a 184 e 185 a 189 do CPP Militar; 2

h) tomar as medidas necessárias destinadas à proteção de testemunhas, peritos ou do ofendido, quando coactos ou ameaçados de coação que lhes tolha a liberdade de depor, ou a independência para a realização de perícias ou exames. Do Boletim de Vida Pregressa e Boletim Individual Art. 8º. No IPM o Boletim de Vida Pregressa e o Boletim Individual previstos no Inquérito Policial comum, são substituídos pelo Extrato de Assentamentos Funcionais do indiciado, nos termos do art. 391 do CPP Militar. Do Reconhecimento e da Acareação Art. 9º. No reconhecimento de pessoas ou coisas deverão ser rigorosamente observados os requisitos contemplados nos arts. 368 e seguintes do CPP Militar. Parágrafo único. Na impossibilidade de efetivação do reconhecimento pessoal, poderá ser feito o reconhecimento fotográfico. Art. 10. A acareação somente deverá ser realizada quando fundamental para o esclarecimento de divergências sobre fatos ou circunstâncias relevantes acerca do delito que se apura, com observância as disposições contidas no art. 365 e seguintes do CPPM. Da Busca Domiciliar Art. 11. A busca domiciliar ou em repartições públicas ou privadas, somente deverá ser realizada mediante autorização judicial. 1º. Ao representar perante o Juiz Auditor pela expedição de mandado de busca e apreensão, o encarregado do IPM deverá fazê-lo de forma fundamentada, indicando o local onde será cumprido, o nome do morador ou sua alcunha, os motivos e os fins da diligência. 2º. Após a realização da busca, mesmo quando a diligência resultar negativa, será lavrado circunstanciado auto pelo executor, que o assinará juntamente com as duas testemunhas convocadas para o ato. 3º. Cópia de eventuais apreensões realizadas deverá ser fornecida ao detentor do material apreendido. Art. 12. Em ocorrendo a necessidade de se proceder a busca em unidades da corporação, o encarregado do IPM oficiará a Chefia do EMG solicitando a indicação de um oficial para acompanhar a diligência. Reconstituição dos fatos Art. 13. Para verificar a possibilidade de haver sido a infração praticada de determinado modo, o encarregado do IPM poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública, nem atente contra a hierarquia ou a disciplina militar. Dos Exames e das Perícias em Geral 3

Art. 14. Deverá ser requisitado exame pericial sempre que a infração deixar vestígios, em face do disposto no art. 328 do CPPM. Parágrafo único. Na impossibilidade de realização de perícia direta, deverá ser requisitada a indireta, nos termos do art. 342 do CPPM. Art. 15. Em princípio todas as perícias devem ser realizadas pelo Instituto Médico-Legal ou outros órgãos públicos especializados. Art. 16. Os peritos não-oficiais serão nomeados pelo encarregado dentre os militares ou civis detentores de habilitação técnica relacionada com o objeto da perícia, sob compromisso, observando-se o disposto no art. 129 e seguintes do CPPM. Da Carta Precatória Art. 17. A carta precatória será expedida através de ofício, com observância ao disposto no art. 283 e seguintes do CPPM.. Sobrestamento do inquérito Art. 18. Sobrestar significa não prosseguir; parar; deter-se. Não cabe o sobrestamento no IPM, onde o prazo de conclusão é corrido, tem previsão em lei. Somente diante de situações anormais é que esse prazo poderá ser ignorado ou por decisão judicial, o que deverá ser consignado nos autos. Assistência de procurador Art. 19. Em se tratando da apuração de fato delituoso de excepcional importância ou de difícil elucidação, o encarregado do IPM poderá solicitar assistência ao Ministério Público castrense. Prisão preventiva e menagem. Solicitação Art. 20. Se entender necessário a prisão preventiva ou de menagem do indiciado, o encarregado do IPM solicitará a Justiça Militar, motivada e fundamentadamente, nos termos do art. 254 e 264, do CPP Militar, respectivamente. Das Requisições e Intimações Art. 21. O chamamento de pessoas para a prática de atos investigatórios será formalizado através de requisição ou de intimação. Parágrafo único. Os militares e os funcionários públicos civis serão requisitados diretamente ao comandante ou chefe da repartição em que servirem. Os demais cidadãos serão convidados diretamente em seus endereços. Em ambos os casos, mediante ofício, com indicação do dia e hora marcados para a audiência. Art. 22. Não haverá requisição ou intimação no caso das pessoas relacionadas no art. 350 do CPP Militar, devendo ser expedido ofício a autoridade a ser ouvida, solicitando que marque dia, hora e local para a inquirição. 4

5 Parágrafo único. Em caso da necessidade da oitiva de pessoas de que trata este artigo, fica facultado ao encarregado elaborar os quesitos a serem respondidos e remeter a autoridade solicitando as respostas. Inquirição durante o dia Art. 23. As testemunhas e o indiciado, exceto caso de urgência inadiável, que constará da respectiva assentada, devem ser ouvidos durante o dia, em período que medeie entre as sete e as dezoito horas. Inquirição. Assentada de início, interrupção e encerramento Art. 24. O escrivão lavrará assentada do dia e hora do início das inquirições ou depoimentos; e, da mesma forma, do seu encerramento ou interrupções, no final daquele período. Inquirição. Limite de tempo Art. 25. A testemunha não será inquirida por mais de quatro horas consecutivas, sendo-lhe facultado o descanso de meia hora, sempre que tiver de prestar declarações além daquele termo. Art. 26. O depoimento que não ficar concluído às dezoito horas será encerrado, para prosseguir no dia seguinte, em hora determinada pelo encarregado do IPM. Não sendo útil o dia seguinte, a inquirição poderá ser adiada para o primeiro dia que o for, salvo caso de urgência. Prazos para terminação do inquérito Art. 27. O IPM deverá terminar dentro em vinte dias, se o indiciado estiver preso, contado esse prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão; ou no prazo de quarenta dias, quando o indiciado estiver solto, contados a partir da data em que se instaurar o inquérito. Prorrogação de prazo 1º. Este último prazo poderá ser prorrogado por mais vinte dias pela autoridade designante, desde que não estejam concluídos exames ou perícias já iniciados, ou haja necessidade de diligência, indispensáveis à elucidação do fato. Diligências não concluídas até o inquérito 2º. Não haverá mais prorrogação, além da prevista no 1º, salvo dificuldade insuperável, a juízo do Comandante Geral da Polícia Militar. Os laudos de perícias ou exames não concluídos nessa prorrogação, bem como os documentos colhidos depois dela, serão posteriormente remetidos a Auditoria Militar, para a juntada ao processo. Ainda, no seu relatório, poderá o encarregado do IPM indicar, mencionando, se possível, o lugar onde se encontram as testemunhas que deixaram de ser ouvidas, por qualquer impedimento. Reunião e ordem das peças de inquérito Art. 28. Todas as peças do IPM serão, por ordem cronológica, reunidas num só processado e dactilografado, em espaço dois, com as folhas numeradas e rubricadas, pelo escrivão.

6 Parágrafo único. Recomendamos que o encarregado do IPM rubrique todas as folhas do IPM no lado direito, parte inferior das folha. Relatório Art. 29. O IPM será encerrado com minucioso relatório, em que o seu encarregado mencionará as diligências feitas, as pessoas ouvidas e os resultados obtidos, com indicação do dia, hora e lugar onde ocorreu o fato delituoso. Em conclusão, dirá se há infração disciplinar a punir ou indício de crime, pronunciando-se, neste último caso, justificadamente, sobre a conveniência da prisão preventiva do indiciado, nos termos legais. Solução Art. 30. No caso de ter sido delegada a atribuição para a abertura do inquérito, o seu encarregado enviá-lo-á à autoridade de que recebeu a delegação, para que lhe homologue ou não a solução, aplique penalidade, no caso de ter sido apurada infração disciplinar, ou determine novas diligências, se as julgar necessárias. Parágrafo único. Em sendo apurada infração disciplinar deverá ser instaurado Processo Sumário Administrativo Militar (PSAM), assegurando ao transgressor a ampla defesa e o contraditório. Advocação Art. 31. Discordando da solução dada ao inquérito, a autoridade que o delegou poderá avocá-lo e dar solução diferente, motivada e fundamentadamente. Remessa do inquérito à Auditoria Militar Parágrafo único. Os autos do IPM serão remetidos a Auditoria Militar, através do Cartório competente. Arquivamento de inquérito. Proibição Art. 32. A autoridade militar não poderá mandar arquivar autos de inquérito, embora conclusivo da inexistência de crime ou de inimputabilidade do indiciado. Instauração de novo inquérito Parágrafo único. O arquivamento de IPM não obsta a instauração de outro, se novas provas aparecerem em relação ao fato, ao indiciado ou a terceira pessoa, ressalvados o caso julgado e os casos de extinção da punibilidade. Das disposições finais Art. 33. A presente Instrução Normativa entrará em vigor na data de sua publicação ficando revogadas todas as disposições em contrário.

7 ACW em Natal/RN, em 3 de outubro de 2009 Alexandre Wagner Monteiro dos Santos CORREGEDOR GERAL José Walterler dos Santos Silva COMANDANTE GERAL