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RIO DE JANEIRO 4 A 7 DE SETEMBRO A participação em pelo menos três congressos organizados pelo CBO (Congresso Brasileiro de Oftalmologia e Congresso de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual) é uma das exigências para que os médicos que não frequentaram os cursos de especialização credenciados pela entidade possam obter o Título de Especialista em Oftalmologia. A Programação Científica do XVI Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual compreenderá a realização de 90 cursos, abrangendo todas as áreas da especialidade, num total de 182 horas/aula. Compreenderá também a realização de quatro painéis: retinopatia diabética, tomografia de coerência óptica, oclusões vasculares da retina e degeneração macular relacionada à idade. O evento contará ainda com duas espécies de simpósios: 30 deles estarão incluídos na programação geral e outros doze serão realizados sob a responsabilidade das sociedades de subespecialidades filiadas. Serão realizadas 26 sessões de apresentação de temas livres orais, quatro sessões de apresentação de temas livres em vídeo, além dos 233 trabalhos que foram apresentados em forma de pôsteres e que estarão expostos em área de destaque do Riocentro durante todo o congresso. A Comissão Científica do CBO e a Comissão Organizadora do Congresso trabalharam em harmonia para que a programação científica atendesse a todos os interesses. Do jovem em início da carreira ao super-especialista, todos enriquecerão com as exposições e os debates do evento, cuidadosamente preparado para ser uma grande e única oportunidade para a transmissão do conhecimento e da prática na Oftalmologia, declarou Riuitiro Yamane, um dos presidentes do XVI Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual. COMISSÃO EXECUTIVA DO XVI CONGRESSO BRASILEIRO Riuitiro Yamane e Yoshifume Yamane... presidentes Luiz Carlos Pereira Portes... vice-presidente Renato Luiz Nahoum Curi... secretário geral João Gabriel Costa... 1º secretário Antônio Luís Zangalli... tesoureiro Giovanni Colombini... 1º tesoureiro Visite a home page do congresso: www.cboprevcegueira04.com.br para conferir a programação, planejar sua estadia, verificar horário e roteiro dos ônibus e saber dos detalhes da programação social 19 Jota Zero 96.p65 19

Comissão Científica do CBO Elisabeto Ribeiro Gonçalves - presidente Ana Luisa Höfling-Lima Carlos Eduardo Leite Arieta Epaminondas Castelo Branco Neto Fernando César Abib Flávio Rezende Dias Geraldo Vicente de Almeida Hamilton Moreira Homero Gusmão de Almeida José Beniz Neto Maria de Lourdes Motta M. Villas Boas Márcio Bittar Nehemy Marcos Pereira de Ávila Miguel Ângelo Padilha Suel Abujamra Wagner Duarte Batista Comissão de Prevenção da Cegueira do CBO Newton Kara José - coordenador César Lipener Cláudio do Carmo Chaves Cleusa Coral Ghanem Flávio Antônio Romani Hamilton Moreira José Augusto Alves Ottaiano Luis Roberto Mendonça do Amaral Marco Antônio Rey de Faria Maria de Lourdes Veronese Rodrigues Maria Rosa Bet de Moraes e Silva Mário Luiz Ribeiro Monteiro Nilo Holzchuh Riuitiro Yamane Yoshifume Yamane Convidados Internacionais Christopher Girkin (EUA) Harold Katz (EUA) Kirk Packo (EUA) Miguel Burnier (Canadá) Rainald Duerksen (Paraguai) Richard Abbot (EUA) HOMENAGEM AOS 150 ANOS DO INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT O Instituto Benjamin Constant, que comemora neste mês de setembro seu sesquicentenário, será homenageado durante o XVI Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual, em simpósio especial a ser realizado em 04 de setembro às 9h00. Fundado como Instituto Imperial dos Meninos Cegos do Brasil, em 1854, com a proclamação da república teve seu nome alterado para Instituto Nacional e depois para Instituto Benjamin Constant. Foi a única instituição a ministrar ensino aos deficientes visuais no País até 1926. Foi a segunda escola para cegos do continente americano e a primeira governamental. A história do Instituto começa com José Alvares de Azevedo, jovem cego. Circunstâncias extremamente favoráveis levaram José Álvares a conhecer o médico Maximiliano Antônio de Lemos, que ficou impressionado com a inteligência do menino e conseguiu matriculá-lo na Instituition Nationale des Jeunes Aveugles, de Paris, para onde se dirigiu em 1844, com dez anos de idade. A escola parisiense havia sido idealizada por Valentin Hauy e nela estudou o próprio Louis Braille. Ao regressar da França, em 1852, José Álvares de Azevedo iniciou uma campanha solitária para a criação de instituições de educação de cegos, através de artigos publicados nos jornais da corte. Ao mesmo tempo, passou a ministrar aulas particulares para deficientes visuais. Foi na condição de professor que se tornou amigo do médico da Câmara Imperial, José Francisco Xavier Sigaud, pai da cega Adéle Marie Louise Sigaud e uma das figuras mais marcantes e influentes da história da Medicina Brasileira Sigaud apresentou José Álvares de Azevedo ao Barão de Rio Bonito e posteriormente ao próprio Pedro II que, ao ver os dotes do talentoso cego em ler e escrever teria exclamado que a cegueira não é mais uma desgraça. Em janeiro de 1853, o Ministro Secretário de Estado dos Negócios do Império, Luiz Pedreira do Couto Ferraz, apresentou à Assembléia Geral Legislativa em maio daquele ano a proposta de criação de uma escola para pessoas cegas, com solicitação de um orçamento anual de 15 contos de réis e previsão para matrícula de 25 alunos. A proposta não foi apreciada, mas mesmo assim o ministro começou a providenciar, auxiliado por Álvares de Azevedo, a compra de materiais escolares para os futuros alunos provenientes de Paris. Em 12 de setembro de 1854, foi criado, pelo Decreto Imperial No. 1.428, o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, inaugurado 05 dias depois, sem a presença de Álvares de Azevedo, falecido em março daquele ano. A solenidade de 17 de setembro contou com a presença do Imperador, da Imperatriz e das mais altas autoridades da Corte. Seu primeiro diretor foi Sigaud. O Instituto tinha capacidade de 30 vagas, dez das quais totalmente gratuitas. José Francisco Xavier Sigaud foi diretor da instituição até 10 de novembro de 1856, quando faleceu. Foi substituído pelo Coselheiro Cláudio Luiz da Costa que, em 1861, montou uma tipografia para impressão em pontos salientes, tarefa atribuída ao artesão Nicolau Henrique Soares. O primeiro livro publicado em auto-relevo no Brasil foi a História Cronológica do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, escrito pelo próprio Cláudio Luiz da Costa, abrangendo, em três volumes, as duas primeiras administrações da instituição. Benjamin Constant Botelho de Magalhães começou a lecionar matemáti- 20 Jota Zero 96.p65 20

ca e ciências naturais no Instituto em 1861 e tornou-se seu terceiro diretor até novembro de 1889, quando assumiu a pasta do Ministério da Guerra da República recém proclamada. Dois anos depois, com sua morte, o governo republicano deu seu nome à escola. Depois de sete anos de sua fundação, o Instituto começou a executar trabalhos de impressão de livros em Braille, voltada exclusivamente para seus alunos. Os livros eram executados e encadernados de forma manual até 1939, quando entraram em funcionamento maquinas de esteriotipia em Braille. A gráfica funcionou de forma precária até 1945, quando mudou-se para um novo prédio. Em 1937, o Instituto Benjamin Constant foi fechado para término das obras de sua sede e só reabriu em 1944 para as atividades educacionais. Atualmente, o IBC desenvolve atividades na alfabetização Braille, artes em educação para deficientes visuais, treinamento para atividades cotidianas, baixa visão, capacitação em orientação e mobilidade, tratamento de dificuldades de aprendizagem, educação física adaptada para deficientes visuais, educação infantil, estimulação precoce, formação de docentes, tratamento de pacientes com múltiplas deficiências, produção de material didático e ensino de técnicas de leitura e escrita no sistema Braille. Em 1975, seu Serviço de Oftalmologia foi credenciado pelo CBO como Curso de Especialização. Classe de alfabetização Atendimento oftalmológico Imprensa Braille Biblioteca infantil Ensino Fundamental Oficina de cerâmica Programa educacional alternativo 21 Jota Zero 96.p65 21

O BRASIL (E O IBC) NAS PARAOLÍMPIADAS Ana Carolina Custódio, da equipe de goalball Anderson Fonseca, que pratica futebol de salão Rodrigo Machado - natação Sandro Laina, também da equipe de futebol de salão Hilário Moreira, Atletismo Entre 17 a 28 de setembro de 2004, duas semanas após o término das Olimpíadas de 2004, Atenas será a sede das Paraolímpiadas, o segundo maior evento esportivo do mundo, do qual participarão 4.000 atletas paraolímpicos de 130 países. Embora não tenham a mesma divulgação e o mesmo grau de patrocínio comercial de sua congênere para atletas não portadores de deficiência, as Paraolimpíadas são disputadas a cada quatro anos, nos mesmos locais onde são realizadas as Olimpíadas, usando a mesma estrutura montada para os atletas olímpicos. São 19 modalidades em disputa por atletas portadores de deficiências, divididos em categorias funcionais de acordo com a limitação de cada um, para que haja equilíbrio. Embora já se promovessem atividades esportivas para portadores de deficiência, principalmente na Inglaterra, nos Estados Unidos e na Alemanha, foi em 1948 que este conceito ganhou caráter oficial, com a realização dos Jogos de Stoke Mandeville. Em 1960, em Roma, Antonio Maglio, diretor do Centro de Lesionados Medulares de Ostia, na Itália, propôs que os Jogos Internacionais de Stoke Mandeville se realizassem naquele ano na capital italiana, imediatamente após a XVI Olimpíada, e nas mesmas instalações. Os Jogos Paraolímpicos, com a denominação de Olimpíadas dos Portadores de Deficiência reuniram 400 esportistas em cadeira de rodas, de 23 países. A competição teve todo o apoio das autoridades italianas. O Papa João XXIII recebeu os participantes em audiência privada. A partir deste ano então, com as exceções provocadas por problemas administrativos de países anfitriões, os Jogos Paraolímpicos se realizam na mesma cidade e nas mesmas instalações das Olimpíadas. A primeira representação brasileira numa paraolímpiada ocorreu em 1972, na cidade de Heidelberg, na Alemanha. Desde então, a presença brasileira nestas competições vem se ampliando. Em Atenas, o País estará representado por 99 atletas, que defendem e treinam em 45 entidades dedicadas ao trabalho com pessoas portadoras de deficiências, entre as quais figuram o Instituto Benjamin Constant (com três atletas) e a Caixa Escolar do Instituto Benjamin Constant (com dois). Os atletas brasileiros competirão em 13 modalidades esportivas: atletismo (17 esportistas), basquete em cadeira de rodas (12), ciclismo (1), Esgrima (1), Futebol de 5 (10), futebol de 7 (12), goalball (6), halterofismo (3), hipismo paraolímpico (1), Judô (7), natação (21), tênis de mesa (6) e tênis em cadeira de rodas (2). A expectativa do Comitê Paraolímpico Brasileiro é terminar entre os 20 melhores. Em Sydney-2000, o Brasil ficou no 24º posto com 22 medalhas seis de ouro. Kleber Veríssimo, diretor do Comitê Paraolímpico Brasileiro, diz que o Brasil deve ganhar dez ou 11 ouros em setembro. O país tem campeões paraolímpicos e destaques mundiais. Na seletiva, o nadador Clodoaldo Silva bateu dois recordes, e a lançadora de disco Roseane Santos, um. O Instituto Benjamin Constant estará representado por Anderson Dias da Fonseca e Sandro Laina Soares, que participam da equipe brasileira de futebol de 5 e Ana Carolina Custódio, integrante da equipe de Goalball, modalidade esportiva na qual 3 jogadores, vendados, de cada lado da quadra tentam lançar uma bola com guizos no gol do adversário e defender as que o adversário manda. Não é um jogo de contato. A Caixa Escolar do Instituto Benjamin Constant, por sua vez, terá como representantes Hilário Moreira Neto, da equipe de atletismo (que terá como atleta guia Fábio Dias Oliveira) e Rodrigo Machado de Souza Ribeiro, da equipe de natação. 22 Jota Zero 96.p65 22

Antônio Carlos da Silva é professor adjunto do Departamento de Fisiologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e integrante da Comissão de Avaliação do Comitê Paraolímpico Brasileiro no trabalho de Apoio Científico ao Esporte de Alto Rendimento do esporte paraolímpico, que envolve a parte médica, esportiva, fisiológica do exercício, psicólogica, bio-mecânica é vários outros aspectos relacionados ao aumento do rendimento das equipes técnicas que vão disputar a paraolímpiada. O trabalho da Comissão de Avaliação do Comitê Paraolímpico é patrocinado pela Unimed e pelas Loterias da Caixa Econômica Federal. Carlos da Silva afirma que em algumas modalidades, como por exemplo arco e flecha e nos esportes coletivos como o futebol, o goalboll, que é um esporte só para cegos e deficientes visuais, a avaliação oftalmológica adquire grande importância, já que pode determinar a categoria em que o atleta vai competir. Em alguns casos, há a necessidade do atleta ter uma acuidade visual boa, dentro da normalidade, quando não é o caso de deficiente visual. Entretanto, não existe um grupo trabalhando especificamente com os cuidados oftalmológicos dentro da equipe paraolímpica, declara. Em casos de deficientes visuais a avaliação mede a questão do equilíbrio e a coordenação dos movimentos sobre a esteira rolante. Ressalta também que existem orientações gerais para evitar situações de impacto para atletas que sofreram cirurgias oculares e a preocupação de evitar a ingestão rápida de líquidos por parte dos glaucomatosos, já que o rápido aumento do volume sanguíneo pode resultar em aumento perigoso da pressão intra-ocular. O médico explica que os atletas paraolímpicos são agrupados de acordo com a capacidade funcional remanescente. Muitas vezes existe um atleta com dois membros comprometidos competindo com outro que tem três membros comprometidos, ou com nenhum membro comprometido. Como existe um critério funcional de classificação para agrupar os atletas, existem muitas provas nas paraolímpiadas e o número de atletas é muito grande. As pessoas precisam lembrar que o fato do indivíduo ter alguma deficiência não muda tanto as coisas na cabeça. É um indivíduo que tem as mesmas necessidades, inclusive de esporte, competição e bagunça. Os esportes para portadores de deficiências é uma competição, com suas virtudes e defeitos. Tem por missão promover uma conscientização das pessoas portadoras de deficiência de que são capazes de fazer alguma coisa e, por outro lado, conscientizar a população em geral que a pessoa portadora de alguma deficiência é capaz de ser produtiva e deve ser incluída, e não marginalizada como frequentemente acontece, conclue Antônio Carlos da Silva. Antônio Carlos da Silva Atletas paraolímpicos brasileiros em trabalho de avaliação 23 Jota Zero 96.p65 23

MOBILIZAÇÃO PROFISSIONAL E m 06 de setembro, das 12hs. às 14hs., em horário exclusivo, será realizada a Sessão de Mobilização Profissional, durante a qual será apresentado um relatório detalhado do Projeto Pequenos Olhares e feito o agradecimento aos oftalmologistas que participaram voluntariamente da iniciativa. Nesta sessão também serão debatidas as gestões do CBO no Congresso Nacional para impedir a legalização da optometria como atividade aberta a profissionais sem formação médica ligados ao comercio óptico e as negociações com o Ministério da Saúde para a implementação de planos de grande envergadura visando multiplicar a assistência oftalmológica à população brasileira. Brasília), Nelson Louzada (coordenador da Comissão de Honorários Médicos) e Marco Antônio Becker (vicepresidente do CFM e presidente do CREMERS). Elisabeto Ribeiro Gonçalves e Clário Chaves O coordenador da Comissão de Ensino do CBO, Paulo Augusto de Arruda Mello, o secretário geral da entidade, Walter Takahashi e o presidente Elisabeto Ribeiro Gonçalves ENSINO talmologia credenciados pelo CBO que prestam a Prova Nacional serão dois pontos de destaque das discussões que envolverão a Comissão de Ensino do CBO, a Diretoria e o Conselho Deliberativo da entidade. A pauta dos debates referentes ao São assuntos que interessam a todos os colegas e a sessão será uma oportunidade única para aumentarmos a união entre os oftalmologistas e sua entidade maior nas lutas em defesa da saúde ocular da população e pela valorização da especialidade, avalia o presidente do CBO, Elisabeto Ribeiro Gonçalves. A Sessão de Mobilização Profissional do XVI Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual terá como palestrantes, além do presidente do CBO, Cláudio do Carmo Chaves (coordenador da Comissão de Defesa Profissional), Marcos Ávila (coordenador do CBO- O s resultados obtidos com a unificação da Prova Nacional de Oftalmologia e do Exame de Habilitação ao Título de Especialista em Oftalmologia e a implantação da prova prática para os alunos dos cursos de especialização em ofensino da Oftalmologia em nosso País a ser cumprida durante o evento, prevê também discussões sobre a manutenção por mais um ano da suspensão de credenciamento de novos cursos de especialização pelo CBO e do aumento do número de vagas dos cursos já credenciados e mudanças nos mecanismos de fiscalização e confirmação do credenciamento dos cursos que já têm esta condição. Por fim, durante o congresso haverá o lançamento oficial do Curso de Educação Continuada à Distância em Oftalmologia, ambicioso projeto do CBO fruto da parceria da entidade com a Alcon Laboratórios (veja matéria na página $). A apresentação pública e a distribuição dos primeiros exemplares dos CD s que integram esse curso será também a oportunidade para o aprofundamento das discussões sobre a revalidação periódica do Título de Especialista em Oftalmologia e dos mecanismos necessários para a implantação desta revalidação. 24 Jota Zero 96.p65 24

TRABALHOS CIENTÍFICOS PREMIADOS Prêmio Conselho Brasileiro de Oftalmologia Alterações na barreira hemato-aquosa após uso de análogos da prostaglandina em pacientes pseudofácicos e afácicos - Enyr Saran Arcieri, Alessandro Santana, Fabiano N. Rocha, Gustavo L. Guapo e Vital Paulino Costa Instituições: Universidade Estadual de Campinas UNICAMP (SP) e Universidade Federal de Uberlândia (MG) Prêmio Oftalmologia Cirúrgica Análise de sobrevida do transplante de limbo e conjuntiva e membrana amniótica para reconstrução da superfície ocular na deficiência límbica total - Myrna Separião dos Santos, José Álvaro Pereira Gomes, Ana Luísa Höfling- Lima, Luiz Vicente Rizzo e Rubens Belfort Junior Instituição: Universidade Federal de São Paulo UNIFESP/EPM (SP) Prêmio Oftalmologia Clínica Localização e freqüência das alterações de campo visual no glaucoma primário de ângulo aberto na estratégia SITA - Vanessa Cristina Ruegger Nascimento, Niro Kasahara, Ralph Cohen e Geraldo Vicente de Almeida Instituição: Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (SP) Prêmio Pesquisa Básica Estudo sobre a aplicabilidade de adesivos biológicos à reinserção de músculo ocular externo em coelhos - Parte II - Beatriz Simões Corrêa e Harley Edson Amaral Bicas Instituição: Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo Ribeirão Preto (SP) Prêmio Prevenção da Cegueira Utilização de recursos ópticos e equipamentos por escolares com deficiência visual - Rita de Cássia Ietto Montilha, Edméa Rita Temporini, Maria Inês Rubo Souza Nobre e Newton Kara José Instituição: Universidade Estadual de Campinas UNICAMP (SP) Prêmio Trabalho Internacional Desenvolvimento de sistema intravítreo de liberação controlada de drogas - Paulo Augusto de Arruda Mello Filho, Signe Varner, Dilek Guven, Nathan Beeley e Eugene de Juan Instituição: Doheny Vision Research Center - Los Angeles (Califórnia, EUA) Prêmio Regional Centro-Oeste Análogos das prostaglandinas diminuem a sensibilidade do teste provocativo da ibopamina no glaucoma - Leopoldo Magacho, Marcelus L. Costa, Francisco E. Lima, Bernardo Magacho e Marcos Pereira de Ávila Instituição: Centro de Referência em Oftalmologia - Universidade Federal de Goiás (GO) Prêmio Regional Nordeste Alterações topográficas e biométricas após retinopexia avaliadas com auxílio de topógrafo Orbscan - Frederico Alexandre Fernandes, Stuart Handerson Rodrigues da Costa e Carlos Alexandre Amorin Garcia Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte (RN) Prêmio Regional Norte Perfil de atendimento oftalmológico dos pacientes atendidos nos Centros de Atenção Integral à Melhor Idade (CAIMIS) em Manaus - José Cavalcanti Campos Júnior, Leonardo Bastos Bivar, Dennis Marcelo de Souza Ramos e Carlos Eduardo Suarez Sicchar Instituição: Centros de Atenção Integral à Melhor Idade - CAIMIS (AM) Prêmio Regional Sudeste Conjuntivite lenhosa: uma deficiência de plasminogênio tipo I - Patrícia Contarini, Mônica Oliveira, Katrin Tefs, Volker Schuster e Telma Gadelha Instituição: clínica particular da Dra. Patrícia Contarini (RJ) Prêmio Regional Sul Avaliação dos fatores maternos na retinopatia da prematuridade em prematuros nascidos na Maternidade Darcy Vargas de 1992 a 1999 - Joinville - SC - Lígia Beatriz Bonotto, Ana Tereza Ramos Moreira e Denise Siqueira Carvalho Instituições: Universidade Federal do Paraná (PR) e Maternidade Darcy Vargas (SC) 25 Jota Zero 96.p65 25