REGULAMENTO DO PROGRAMA DE INCENTIVO À PRODUTIVIDADE ACADÊMICA PIPA DA FMUSP Art. 1º. O Programa de Incentivo à Produtividade Acadêmica (PIPA), sob gerenciamento e responsabilidade da Comissão de Pesquisa (CPq) da FMUSP, tem por objetivo incentivar as atividades de pesquisa em saúde desenvolvidas em regime de dedicação integral à docência e à pesquisa (RDIDP) por docentes pertencentes ao quadro funcional desta unidade de ensino. Art. 2º. O Programa consistirá na concessão de bolsas de pesquisa anuais, com pagamentos mensais, outorgadas de forma diferenciada mediante avaliação de desempenho individual, segundo critérios previamente estabelecidos e divulgados, baseados estritamente no mérito, que permitam a classificação em diferentes níveis. Art. 3º. Podem candidatar-se ao Programa apenas os docentes pertencentes ao quadro funcional da FMUSP, em RDIDP, com autorização para exercício de atividades simultâneas emitida pela Comissão Especial de Regime de Trabalho (CERT). 1º. Será admitido no PIPA, apenas o docente que exercer essas atividades simultâneas de consultoria/assessoria restritas e exclusivas à Fundação Faculdade de Medicina (FFM). 2º. Extraordinariamente, o docente que exercer outra atividade, fora do âmbito da FFM, devidamente autorizado por decisão reitoral, poderá solicitar sua permanência/ingresso no Programa. Tais solicitações serão analisadas e avaliadas caso a caso pela CPq/FMUSP. 3º. Docentes que, no período de inscrição, estejam em processo de mudança de regime de trabalho para RDIDP junto à CERT, poderão inscrever-se e deverão aguardar a publicação do ingresso no regime para serem admitidos no programa. O pagamento da bolsa só será efetuado mediante apresentação da autorização da CERT, válida para o período correspondente, sem direito ao recebimento de quaisquer valores retroativos. Art. 4º. O período de inscrições, com duração mínima de trinta dias, é estipulado pela CPq/FMUSP, que o comunica a todos os docentes em RDIDP por meio de ofício ou correio eletrônico.
1º. A comunicação de abertura do período de inscrições informará a pontuação mínima a ser alcançada pelo candidato inscrito para que possa participar do programa. 2º. Não serão recebidas inscrições após o término do período estipulado. 3º. Haverá um único processo de avaliação de desempenho por ano. Art. 5º. A inscrição efetuar-se-á mediante a entrega dos seguintes documentos: I formulário de inscrição, impresso, assinado e devidamente preenchido, acompanhado da documentação comprobatória da avaliação de desempenho; II cópia da autorização para exercício simultâneo de atividades emitida pela CERT, dentro do prazo de validade, ou cópia do protocolo de encaminhamento da solicitação para CERT (nos casos de renovação da solicitação ou ingresso recente na carreira docente); III declaração assinada pelo candidato, de que não exerce nem exercerá, durante o período em que estiver inscrito no PIPA, qualquer outro cargo, ocupação, função ou atividade, mesmo que não remunerada, de caráter público ou particular, a não ser nos casos expressamente autorizados pela CPq/FMUSP. 1º. O formulário de inscrição, assim como o Manual de Orientações para o Preenchimento do Formulário de Avaliação de Desempenho, orientando o docente quanto aos tipos de documentos a serem apresentados e a chefia responsável por emiti-los, ficarão disponíveis no sítio eletrônico da FMUSP, durante todo o período de inscrições. 2º. A documentação comprobatória da avaliação de desempenho deverá corresponder ao período total a ser avaliado, quando tratar-se de primeira inscrição, ou ao último ano, no caso de renovação. Art. 6º. A avaliação de desempenho para a concessão da bolsa efetuar-se-á pela média dos últimos cinco anos ou ainda, como definido no Art. 6º parágrafo 2º. 1º. Também serão avaliados pela média dos últimos cinco anos os docentes do quadro funcional da FMUSP que tenham ingressado em RDIDP depois desse período, assim como os que, tendo ingressado no quadro funcional da FMUSP posteriormente a esse período, mantiveram, durante os últimos cinco anos, vínculo funcional ou empregatício com o Sistema HCFMUSP e ou as fundações de apoio.
2º. Caso o período de trabalho do candidato na FMUSP ou no Sistema HCFMUSP / fundações de apoio seja inferior a cinco anos, haverá duas formas de avaliação: a) avaliação relativa apenas ao período de vínculo efetivo à FMUSP ou ao Sistema HCFMUSP / fundações de apoio, caso esse período seja igual ou superior a 1 ano; b) avaliação apenas da produção científica (artigos, livros e capítulos de livros) do candidato, durante os últimos cinco anos, caso o período de vínculo efetivo à FMUSP ou ao Sistema HCFMUSP / fundações de apoio seja inferior a 1 ano. Art. 7º. A revisão da pontuação atribuída ao candidato pode ser solicitada em até sete dias após a divulgação da avaliação. 1º. Quando tratar-se de renovação da inscrição no programa, somente poderá ser revista a pontuação referente ao último ano de avaliação. 2º. Não serão objeto de revisão as avaliações já efetuadas em anos anteriores. Art. 8º. As pontuações de corte para classificar os docentes, segundo os grupos a serem contemplados, serão publicadas após o julgamento dos pedidos de revisão e a homologação dos resultados definitivos da avaliação. Art. 9º. Cabe à Subcomissão de Incentivo à Produtividade Acadêmica PIPA, composta por quatro membros da Comissão de Pesquisa, rever os critérios vigentes de avaliação e propor possíveis alterações, consultados os Órgãos Colegiados do Sistema HCFMUSP, para deliberação da Congregação. Art. 10. O docente que ingressar no PIPA firmará contrato, com vigência de doze meses, com a Fundação Faculdade de Medicina (FFM), que se responsabilizará pela elaboração e emissão dos contratos. 1º. A celebração do Termo de Outorga não gerará qualquer vínculo empregatício entre o Bolsista/pesquisador e a FFM, tampouco gerará qualquer tipo de direito ou indenização ao bolsista perante a FFM. 2º. Todas as decisões para concessão, interrupção, cessação ou extinção da bolsa de pesquisa será de inteira responsabilidade da Comissão de Pesquisa da FMUSP, nos termos do presente Regulamento, não cabendo ao bolsista requerer perante a FFM quais direitos ou mesmo qualquer tipo de recurso contra decisões emanadas pela Comissão.
Art. 11. O pagamento da bolsa será feito mediante depósito bancário, com previsão para o dia 10 de cada mês. Art. 12. O valor das bolsas será diferenciado conforme os níveis em que forem agrupados os docentes, segundo a pontuação que lhes for atribuída na avaliação de desempenho. Parágrafo único. O agrupamento dos docentes segundo os níveis permanecerá vigente por todo o ano, independentemente dos desligamentos previstos no artigo 14. Art. 13. Qualquer mudança de regime de trabalho, afastamento s/ prejuízo dos vencimentos, licença do RDIDP e aposentadoria devem ser imediatamente comunicadas à CPq/FMUSP, para que as devidas providências sejam tomadas. 1º. O docente que obtiver a autorização da CERT, para prestar serviços de consultorias, permanecerá no programa, desde que comunique por escrito à CPq/FMUSP. 2º. O docente em RDIDP que tiver autorização para exercício de atividades simultâneas com termo final durante o ano de vigência da bolsa, deverá encaminhar à CPq/FMUSP o protocolo de solicitação da referida autorização e, assim que possível, cópia do parecer CERT. 3º. A ausência de apresentação da documentação acima implicará a suspensão da bolsa do docente, até que seja regularizada a situação junto à CERT. Durante o período da suspensão, o docente não receberá quaisquer valores relacionados com o Programa, que também não serão pagos de forma retroativa. Art. 14. Uma vez no programa, o docente somente será desligado nas seguintes condições: I mudança no regime de trabalho; II aposentadoria; III licença ou afastamento não regulamentado pela CERT; IV descumprimento do RDIDP; V solicitação de desligamento do próprio interessado; VI falta de regularização junto à CERT (autorização para exercício simultâneo de atividades); VII falta julgada como grave pela CPq/FMUSP (descumprimento ao assinalado na declaração do art. 5º, III, ou qualquer fraude que afete a concessão da bolsa).
Parágrafo único. O desligamento do programa acarretará o dever de restituir à FFM quaisquer valores recebidos irregularmente, o que poderá ser promovido mediante ação judicial. Art. 15. Os casos omissos serão avaliados pela CPq/FMUSP.