PROVIMENTO N.º CGJ- 03/2010

Documentos relacionados
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ RESOLUÇÃO Nº 005/2008-GP.

INSTRUÇÃO NORMATIVA-TCU Nº 68, DE 25 DE OUTUBRO DE 2011

ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PROVIMENTO N. 23/2015-CM

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 5ª REGIÃO Gabinete da Presidência PROVIMENTO GP - 02, DE 24 DE JULHO DE 2012 *

ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PROVIMENTO N. 26/2014/CM

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

RESOLUÇÃO/PRESI DE 07 DE DEZEMBRO DE 2009.

RESOLUÇÃO Nº 273, de

PROVIMENTO Nº 38/2012. O Corregedor-Geral da Justiça do Estado de Mato Grosso, no uso de suas atribuições legais e regimentais,

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01 TCE-TO de 07 de março de Dispõe sobre o processo eletrônico no âmbito do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins.

DESPACHO PRESIDÊNCIA Nº 249/2015

ROTEIRO DA LEI DO PROCESSO ELETRÔNICO Ana Amelia Menna Barreto

RESOLUCAO TJ/OE Nº 16, de 30/11/2009 (ESTADUAL) DJERJ, ADM 60 (8) - 01/12/2009

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO

ATO TRT 17ª PRESI N.º 093/2010*

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO

PROVIMENTO CONJUNTO Nº 14, DE 02 DE DEZEMBRO DE 2014.

RESOLUÇÃO N 344, DE 25 DE MAIO DE 2007

Lei nº (DOE Data 23 de janeiro de 2012) A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu sanciono a seguinte lei:

NOVO PETICIONAMENTO ELETRÔNICO. Perguntas e Respostas

CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO. RESOLUÇÃO Nº 36, DE 6 DE ABRIL DE 2009 (Alterada pela Resolução nº 51, de 09 de março de 2010)

ATO CONJUNTO TRT GP-CRT N.º 8/2015

Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

CAPACITAÇÃO PROCESSO ELETRÔNICO

PROVIMENTO Nº 20, DE 09 DE OUTUBRO DE O CORREGEDOR GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO DE ALAGOAS, no uso de suas atribuições legais e regimentais,

PORTARIANº 032/2015-DF

Nova regulamentação do PJe na Justiça Trabalhista. O quê mudou?

ACESSO AO SISTEMA Por certificado digital Exceção - Ato urgente

RESOLUÇÃO Nº 740 /2013 (Revogada pela Resolução nº 780/2014)

RESOLUÇÃO Nº 149/2010. O Tribunal de Justiça do Estado do Acre, no uso das atribuições legais,

TRIBUNAL DE JUSTIÇA TRIBUNAL DO PLENO RESOLUÇÃO Nº 11, DE 28 DE MAIO DE DJe-CE de 31/05/2010 (nº 99, pág. 9)

irtualização de Processos Compreendendo o Processo Eletrônico na Prática DO PODER JUDICIÁRIO ALAGOANO

PROVIMENTO Nº 01/2012

Processo Eletrônico. Produto das revoluções tecnológicas; Consequência direta da EC 45/04; Princípios norteadores:

PORTARIA Nº 126, DE 12 DE MARÇO DE 2014.

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO PROVIMENTO Nº 09, DE 18 NOVEMBRO DE 2010.

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO PRESIDÊNCIA ATO Nº 342/SEJUD.GP, DE 27 DE JULHO DE 2010

RESOLUÇÃO N 124, DE 26 DE MAIO DE (Publicado no DOU, Seção 1, de 17/06/2015, pág. 70)

Estado do Piauí Tribunal de Contas

Superior Tribunal de Justiça

PROVIMENTO Nº CGJPE 13, de 13 de dezembro de funcionamento. O CORREGEDOR-GERAL DA JUSTIÇA, Desembargador Frederico Ricardo de

ATO NORMATIVO Nº 159, DE 09 DE DEZEMBRO DE 2014.

PROVIMENTO CONJUNTO N.º 007/2014 CGJ/CCI

PROVIMENTO Nº 148, DE 16 DE ABRIL DE (Ver Provimento n. 70, de DJMS, de )

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ

Justiça Federal Subseção Judiciária de Santa Maria.

Belém, 26 de abril de JOSÉ DE ALENCAR Presidente

GOVERNO DE SERGIPE DECRETO Nº DE 03 DE FEVEREIRO DE 2014

PROVIMENTO CONJUNTO Nº 13, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2014.

PODER JUDICIÁRIO DA UNIÃO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO SECRETARIA DO TRIBUNAL PLENO RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 43/2012

INSTRUÇÃO NORMATIVA N 02/2009

PROVIMENTO CONJUNTO Nº 2/2015

CREDENCIAMENTO DO ADVOGADO AO PORTAL DO ADVOGADO - SERVIÇOS DO PROCESSO ELETRÔNICO

CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL, no uso das suas atribuições, e

RESOLUÇÃO Nº, DE DE 2010.

Conteúdo. Juízes Titulares das Varas Digitais COORDENADORIA DAS VARAS DIGITAIS JUIZ COORDENADOR: RICARDO GOMES FAÇANHA

Processo Judicial Eletrônico (PJe)

PERGUNTAS E RESPOSTAS

PODER JUDICIÁRIO EDITAL Nº RJ-EDT-2009/00002

PORTARIA DIREF Nº 068 DE 27 DE ABRIL DE 2015

PROVIMENTO Nº 09/2012/CGJUS/TO. A CORREGEDORA-GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO DO TOCANTINS, no uso de suas atribuições legais e regimentais,

Dispõe sobre a recepção, pelos Oficiais de Registro Civil das Pessoas Naturais, de indicações

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

ATO CONJUNTO PGJ-CGMP N. 02/2014

Conselho Nacional de Justiça

autoridade consular brasileira competente, quando homologação de sentença estrangeira: (...) IV - estar autenticada pelo cônsul brasileiro e

INFORMATIVO CONTÁBIL/FISCAL OCB/ES Nº 05/2015

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 07 DE 30/05/2014 (DJE 04/06/2014)

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01/2015 R E S O L V E:

CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO. (Alterada pelas Resoluções nº 65/2011 e 98/2013) RESOLUÇÃO Nº 20, DE 28 DE MAIO DE 2007.

Conselho da Justiça Federal

Gabinete da Presidência Praça Marechal Deodoro, 319, Centro CEP.: , Maceió-AL FONE:(82) PRESIDENCIA@TJ.AL.GOV.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO BIBLIOTECA

ATOS JUDICIAIS COLEGIADOS Módulo integrante do Sistema RUPE

NOR - PRO BAIXA DE BENS MÓVEIS EM DECORRÊNCIA DE EXTRAVIO OU DANO ADMINISTRAÇÃO DIRETA

Conselho Nacional de Justiça Corregedoria PROVIMENTO Nº 12

MANUAL DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA MNPJ

e) a necessidade de otimizar a gestão documental, eliminando o arquivamento permanente de documentos em papel, resolve:

Ato TRT GP nº 096/2009 (Implementa o Processo Administrativo Eletrônico) Seg, 11 de maio de :49 - Última atualização Qui, 02 de maio de 2013

TESTE CONHECIMENTO ESPECÍFICOS

LAI e PAD OGU MAIO

III Códigos relativos às audiências de conciliação (correspondentes ao código 970 do CNJ):

PODER J II DlCIARIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Corregedoria Gerai da Justiça Processo n 2573/ pág. no 1

ATO Nº 303/2015. O DESEMBARGADOR-PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 7ª REGIÃO, no uso de suas atribuições legais e regimentais,

ATO Nº 195/2011. O PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 7ª REGIÃO, no uso de suas atribuições legais e regimentais,

Novo Guia de uso rápido do PROJUDI

RESOLUÇÃO Nº 15, DE 16 DE JUNHO DE 2015.

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO SECRETARIA DO TRIBUNAL PLENO TRIBUNAL PLENO

Transcrição:

PROVIMENTO N.º CGJ- 03/2010 Disciplina a implantação e estabelece normas para o funcionamento do processo judicial eletrônico nas unidades jurisdicionais do Poder Judiciário do Estado do Bahia. A DESEMBARGADORA TELMA BRITTO, CORREGEDORA-GERAL A JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso das suas atribuições, em especial daquelas previstas no art. 88 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, Considerando o que dispõe a Lei Federal nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006 sobre a informatização do processo judicial, bem como as orientações e recomendações do Conselho Nacional de Justiça; Considerando que para proporcionar maior agilidade e eficiência à tramitação dos processos, melhorar a qualidade do serviço jurisdicional prestado e ampliar o acesso do cidadão à justiça estadual faz-se imprescindível a efetiva implementação do processo eletrônico como conveniente ao bom e regular funcionamento dos serviços que são objeto da atividade do Poder Judiciário, cuja disciplina e fiscalização competem à Corregedoria Geral da Justiça; Considerando ainda, que a implantação do processo eletrônico proporcionará expressiva redução de custos e o aumento da produtividade e da eficiência da prestação jurisdicional; Considerando, por fim, os resultados já obtidos com a implantação do processo judicial eletrônico nas Turmas Recursais, nos Juizados Especiais Cíveis do Consumidor e nos Juizados Especiais de Apoio do Consumidor da Comarca da Capital, RESOLVE: Art. 1º - Disciplinar, na forma da Lei 11.419/2006, a implantação e o uso, graduais, do meio eletrônico na tramitação de processos judiciais, na comunicação de atos e na transmissão de peças processuais cíveis e criminais. SEÇÃO I DA IMPLANTAÇÃO DO PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO

Art. 2º O processo eletrônico funcionará exclusivamente através de programas de computador desenvolvidos pelo Conselho Nacional de Justiça ou em estrita consonância com as normas de uniformização e parametrização por ele estabelecidas. Art. 3º Os autos do processo eletrônico serão integralmente digitais, sendo do usuário a responsabilidade pela inserção de documentos no sistema, cuja autenticidade e integridade serão garantidas pela utilização de certificação digital, nos termos do artigo 1º, 2º, inciso III, letras "a" e "b", da Lei nº 11.419/2006. Art. 4º O sistema de processo judicial eletrônico será alimentado diretamente por magistrados, representantes do Ministério Público, advogados, servidores da justiça e autoridades policiais e servidores do sistema administrativo de execução penal, cujo cadastramento eletrônico será efetivado pela unidade administrativa respectiva do Tribunal de Justiça do Estado do Bahia. Parágrafo único. A chave privada de certificação digital e a senha de acesso ao Sistema são de uso pessoal e intransferível, sendo de responsabilidade do titular sua guarda e sigilo, e somente serão obtidas após seu comparecimento pessoal munido de documento de identificação, contendo fotografia, cuja cópia ficará retida, e assinatura do termo de adesão ao Sistema. Art. 5º Cada unidade judiciária em que o processo eletrônico esteja em funcionamento contará com equipamento de auto-atendimento e servidores da justiça capacitados para reduzir a termo, eletronicamente, o pedido ou reclamação das partes. Art. 6º As petições iniciais, formalizadas através de advogados, deverão ser protocolizadas eletronicamente por seus subscritores, quando ocorrerá automática distribuição, observada, inclusive, a prevenção. 1º Na hipótese dos procedimentos disciplinados pela Lei nº 7.210/84 e 9.099/95, comparecendo a parte desacompanhada de advogado, a distribuição da petição inicial e a juntada de documentos serão efetivadas por servidor da justiça, após digitalizada a atermação assinada pelo requerente. 2º Todos os atos processuais a cargo das partes deverão ser protocolizados eletronicamente, com autenticação garantida através do sistema de certificação digital. 3º As partes poderão apresentar, de forma excepcional, petições iniciais e demais documentos em meio físico ou em mídia eletrônica, tais como pen drive e CD-DVD, diretamente ao setor de atendimento da unidade judiciária, quando serão digitalizados e inseridos no Sistema de processo judicial eletrônico.

Art. 7º Nas audiências realizadas, quando oportunizado o oferecimento de defesa, o juiz poderá determinar a inserção eletrônica dos documentos que reputar relevantes, dentre os apresentados pelas partes, ou determinar o registro do seu conteúdo de forma resumida em ata, restituindo-se os documentos à parte que os apresentou, ao final daquele ato processual. Art. 8º Tratando-se de procedimento criminal, o Termo Circunstanciado de Ocorrência -TCO e quaisquer outros documentos ou autos de investigação ou de procedimento disciplinar serão transmitidos pela autoridade policial ou administrativa, diretamente, ao respectivo juízo através do sistema de processo judicial eletrônico. Parágrafo único. A Gerência de Informática, ou órgão equivalente, oferecerá orientação e suporte técnico necessário ao órgão de Informática das Secretarias de Estado da Segurança Pública e da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos no sentido da implantação e disseminação do sistema de processo judicial eletrônico no âmbito dos serviços afetos àquelas Secretarias, especialmente na digitalização de todo o procedimento referente ao Termo Circunstanciado de Ocorrência TCO, autos de investigação, autos de processo disciplinar administrativo e documentos outros necessários ao bom e regular andamento dos processos. Art. 9º. As citações e intimações dos usuários cadastrados serão feitas, preferencialmente, de forma eletrônica, nos termos dos artigos 5º, 6º e 9º da Lei 11.419/2006. 1º Os advogados e os representantes do Ministério Público com atuação no respectivo juízo, cadastrados no Sistema, serão obrigatoriamente intimados por meio eletrônico. 2º Não sendo a parte cadastrada no Sistema, a citação se dará na forma tradicional, constando do mandado ou carta, além dos requisitos previstos na legislação, a advertência de que o advogado deverá efetivar o cadastramento no Sistema, bem como o endereço em que poderá fazê-lo 3º As cartas precatórias serão emitidas e cumpridas eletronicamente, na forma prevista no artigo 7º da Lei 11.419/2006, podendo ocorrer o processamento e cumprimento pelo método tradicional, em caso de impossibilidade técnica, e, após o retorno do juízo deprecado, digitalizadas em suas peças essenciais. Art. 10. A digitalização e a preservação dos documentos deverão observar o previsto na Lei nº 11.419/2006. Art. 11. Uma vez implantado o processo eletrônico, as unidades judiciárias somente admitirão o ajuizamento de causas e todos os atos processuais subseqüentes pelo sistema, inclusive aqueles advindos das autoridades policiais e administrativas do âmbito da execução penal.

Parágrafo único. Nos Juizados Especiais os processos em tramitação até a data da efetiva implantação do processo eletrônico continuarão tramitando em autos físicos, salvo autorização expressa da Corregedoria Geral da Justiça. Art. 12. Para garantia da segurança de acesso e de integridade do funcionamento do sistema, será mantido um ambiente apartado de desenvolvimento e de treinamento. SEÇÃO II DO ACESSO E DA CONSULTA AO PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO Art. 13. - O acesso ao sistema para fins de movimentação processual pelos usuários, previamente credenciados, será viabilizado através da Internet, e estará disponível ininterruptamente, aos sábados, domingos e feriados, inclusive. Parágrafo único - A consulta aos processos judiciais eletrônicos pelo público em geral será permitida de modo ininterrupto, independentemente de utilização de senhas, excepcionados os casos declarados como segredo de justiça. SEÇÃO III DOS USUÁRIOS DO PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO E DO CREDENCIAMENTO Art. 15. - Para fins de movimentação processual, os usuários do processo judicial eletrônico classificam-se em internos e externos. 1º - Os usuários internos compreendem os magistrados, os servidores e auxiliares da Justiça. 2º - Consideram-se usuários externos as partes, os advogados, os defensores públicos, os membros do Ministério Público, os delegados de polícia, os diretores de estabelecimentos penais, os peritos, os intérpretes, dentre outros. Art. 16. - O acesso ao sistema será vinculado à natureza da atividade do usuário e dependerá de prévio e obrigatório credenciamento. 1º - Será atribuída ao credenciado uma identificação através de código e senha pessoal e intransferível, de modo a preservar o sigilo e a autenticidade das comunicações. 2º - Será mantido um cadastro único para o credenciamento dos usuários, o qual só será ativado com o seu comparecimento à sede da Unidade Jurisdicional, munido de identificação profissional, ocasião em que assinará o termo de credenciamento e de adesão ao sistema, realizando-se a identificação presencial do interessado, nos termos do 1º do art. 2º da Lei Federal nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006.

3º- No termo de credenciamento será consignado que o usuário apôs sua senha no sistema, constando ainda declaração da ciência do seu caráter de pessoalidade e de intransferibilidade, responsabilizando-se por sua adequada utilização, guarda e sigilo. 4º- Em caso de perda ou esquecimento da senha, o usuário poderá deslocar-se à sede da Unidade Jurisdicional onde procedeu ao primeiro credenciamento, munido de identificação profissional, para ser providenciado novo cadastro de senha. 5º- A Unidade Jurisdicional, após efetuar o credenciamento, deverá encaminhar os documentos juntamente com o termo de credenciamento ao órgão responsável que manterá, sob sua guarda e responsabilidade, arquivo centralizado. 6º - O credenciamento do usuário interno consistirá na sua vinculação institucional através de seu número de matrícula. 7º - Em caso de desvinculação do usuário interno, deverá de imediato ser procedido seu descredenciamento, por meio de informação prestada pelo Diretor de Secretaria à Gerência de Informática ou órgão equivalente. 8º - A exclusão do usuário externo será feita mediante requerimento formal na sede da Unidade Jurisdicional onde foi efetuado o credenciamento respectivo. 9º - O credenciamento eletrônico e o cadastro dos usuários externos terão validade para todas as Comarcas do Estado da Bahia onde o sistema de processo judicial eletrônico estiver implantado. Art. 17. - Para o substabelecimento de procuração ou a inclusão de novo procurador judicial será exigido o prévio e obrigatório credenciamento do advogado. 1º - Em caso de substabelecimento sem reserva de poderes para advogado não credenciado, o Juiz do feito virtual intimará o substabelecido a fim de proceder ao seu credenciamento, dentro do prazo que determinar. 2º - Não atendida a providência referida no parágrafo anterior, a parte será cientificada, pessoalmente, a fim de que constitua novo procurador entro do prazo estabelecido pelo Juiz, quando receberá o processo no estado em que se encontrar. SEÇÃO IV DA MOVIMENTAÇÃO DO PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO

Art. 18. - Os autos do processo judicial eletrônico serão total ou parcialmente digitais, sendo ônus de cada usuário a inserção de documentos nos processos, cuja autenticidade e origem serão garantidas através do sistema de segurança eletrônica, nos termos do 1º do art. 12 da Lei Federal nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Parágrafo único - O Juiz do feito virtual poderá determinar a exclusão ou indisponibilidade de peças indevidamente juntadas aos autos. Art. 19. - A distribuição das petições iniciais e dos documentos que as acompanharem, a juntada da contestação, dos recursos e das petições em geral, todos em formato digital, serão protocolizados eletronicamente pelo sistema de processo judicial digital, através da rede mundial de computadores. 1º - Os arquivos digitais deverão, obrigatoriamente, e sob pena de não recebimento, ser enviados e gravados respeitando os limites de tamanho e formato determinados pelos requisitos técnicos do sistema. 2º - A origem e a autenticidade dos atos processuais a cargo das partes serão garantidas através do sistema de segurança eletrônica, nos termos da Lei Federal nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006. 3º - Quando a parte comparecer diretamente à sede da Unidade Judiciária sem advogado, a distribuição da petição inicial e a juntada de documentos serão feitas por servidor. Art. 20. - No momento da distribuição eletrônica, os documentos essenciais à propositura da ação deverão ser digitalizados, convertidos para um dos formatos previstos no 1º do artigo anterior e encaminhados através do sistema de processo judicial eletrônico, juntamente com a petição inicial. 1º Os documentos cuja digitalização seja tecnicamente inviável, devido ao grande volume ou por motivo de ilegibilidade, deverão ser apresentados à Secretaria da Unidade Jurisdicional no prazo de 10 (dez) dias, contados do envio da petição eletrônica comunicando o fato, os quais serão devolvidos à parte após o trânsito em julgado. 2º Aplica-se o quanto determinado no parágrafo anterior quando o documento for um título executivo extrajudicial ou outro documento cuja relevância à instrução do processo justifique seu depósito em Juízo. 3º Respeitadas as exceções à publicidade, pode qualquer interessado requerer cópia dos documentos depositados, quando viável, fornecendo os meios necessários, inclusive mídia para gravação dos arquivos digitais. Art. 21. - A resposta será apresentada, quando for o caso, em audiência de instrução e julgamento, em meio digital, para imediata inserção no processo, sob responsabilidade exclusiva do requerido quanto à eventual danificação ou

qualquer problema relativo à integridade da gravação no meio apresentado (disquete, pen drive etc.). Parágrafo único - O advogado do réu deverá proceder ao prévio e obrigatório credenciamento, a fim de que possa atuar no processo judicial eletrônico. Art. 22. - Na audiência de instrução e julgamento, as partes poderão indicar os documentos com os quais pretendem provar o direito alegado, podendo o Juiz determinar a inserção eletrônica daqueles que reputar relevantes ou determinar que seja certificado em ata, de forma resumida, o seu conteúdo. 1º - Em qualquer dos casos, os documentos serão restituídos, ao final da audiência, à parte que os produziu, cabendo ao seu detentor a preservação, até o trânsito em julgado da sentença ou, quando admitida, até o final do prazo para interposição de ação rescisória. 2º - Excepcionalmente, poderá o Juiz determinar a retenção de todos os documentos, ou de parte deles, até o trânsito em julgado a sentença ou, quando admitida, até o final do prazo para interposição de ação rescisória. Art. 23. - Consideram-se realizados os atos processuais por meio eletrônico no dia e hora do seu recebimento pelo sistema de processo judicial eletrônico. 1º - Quando a petição eletrônica for enviada para atender prazo processual, serão consideradas tempestivas as que tiverem sido transmitidas até as 24:00 (vinte e quatro) horas de seu último dia. 2º - Incumbe ao usuário observar o horário estabelecido como base para o recebimento, como sendo o do Observatório Nacional, devendo atender ao fuso horário vigente na sede do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. 3º - Não serão considerados, para efeito de tempestividade, o horário da conexão do usuário à Internet, o horário do acesso ao sítio do Tribunal, tampouco os horários consignados nos equipamentos do remetente e da Unidade destinatária, mas o de recebimento no Órgão Unidade do Poder Judiciário do Estado do Bahia. 4º Na hipótese indisponibilidade do sistema de processo judicial eletrônico por motivo técnico que impeça a prática do ato no termo final do prazo, este fica automaticamente prorrogado para o primeiro dia útil seguinte à resolução do problema. 5º O Órgão responsável pelo Sistema deverá certificar a sua indisponibilidade, quando requerido, fazendo constar o período de indisponibilidade, sempre que possível.

6º Quando a indisponibilidade inviabilizar a realização de atos processuais, os mesmos deverão ser realizados por outro meio, sendo posteriormente registrados no sistema, fazendo constar a data da sua efetiva realização e a data da sua produção nos autos digitais. Art. 24. - O uso inadequado do sistema de processo judicial eletrônico que venha a causar prejuízo às partes ou à atividade jurisdicional importa em bloqueio do cadastramento do usuário, a ser determinado pela autoridade judiciária competente. Art. 25. - Os atos essenciais à dilação probatória produzida em audiência de instrução e julgamento deverão ser anexados ao processo judicial eletrônico. Art. 26. As partes serão consideradas cientes, desde logo, dos atos praticados na audiência, não se aplicando, para a abertura de quaisquer prazos, a carência de 10 (dez) dias a que se refere o 3º do art. 5º da Lei Federal nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 27. - Quando houver produção de prova pericial, o perito deverá estar credenciado como usuário externo do processo judicial eletrônico, por cujo intermédio receberá intimações e enviará o laudo. Art. 28. - Todas as citações, intimações e notificações dos usuários credenciados serão feitas por meio eletrônico, em portal próprio, dispensando-se a publicação no órgão oficial, conforme o art. 5º, caput, da Lei Federal nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006. 1º - Os usuários externos credenciados no sistema serão obrigatoriamente intimados por meio eletrônico, salvo quando, por motivo técnico, for inviável. Neste caso, incide o 2º do art. 9º da Lei Federal nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006. 2º - A comunicação eletrônica dos atos processuais dar-se-á de acordo com as regras estabelecidas no Capítulo II da Lei Federal nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 29. - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, ficando convalidados os atos já praticados no sistema CNJ - PROJUDI e no sistema e-jus Execuções Penais desde que tenham atingido sua finalidade e não tenha havido prejuízo para as partes. Corregedoria Geral da Justiça, 04 de fevereiro de 2010. TELMA BRITTO CORREGEDORA-GERAL DA JUSTIÇA