A Glória de Deus no Sofrimento Humano.

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Transcrição:

Sermões que edificam: A Glória de Deus no Sofrimento Humano. Série: Sermões que Edificam. A Glória de Deus no Sofrimento Humano. Uma Breve Exposição de João Capítulo 9. Pr. João França. Shabbath Cristão, 15 de Fevereiro de 2015. Primeira Igreja Presbiteriana de Piripiri PI. www.ipdepiripiri.blogspot.com

Rev. João Ricardo Ferreira de França. DEDICATÓRIA Aos que foram feridos em nome de Deus. E que receberam a falsa mensagem de que o sofrimento não glorifica a Deus. 2

Sermões que edificam: A Glória de Deus no Sofrimento Humano SUMÁRIO INTRODUÇÃO:... 4 I O SOFRIMENTO NEM SEMPRE É RESULTADO DE UM PECADO ESPECÍFICO... 4 II O SOFRIMENTO TEM COMO FINALIDADE A GLÓRIA DE DEUS.... 5 III ALIVIAR O SOFRIMENTO DO OUTRO É UMA FORMA DE GLORIFICAR A DEUS.... 6 IV QUANDO O SOFRIMENTO É CESSADO PROVOCAM-SE DIVERSAS REAÇÕES... 7 1. Surpresa... 7 2. Dúvida:... 7 V O SOFRIMENTO CESSADO DEVE NOS LEVAR A CRISTO.... 7 CONCLUSÃO... 8 3

Rev. João Ricardo Ferreira de França. A GLÓRIA DE DEUS NO SOFRIMENTO HUMANO INTRODUÇÃO: Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus. É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. Dito isso, cuspiu na terra e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego, dizendo-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado). Ele foi, lavou-se e voltou vendo. Então, os vizinhos e os que dantes o conheciam de vista, como mendigo, perguntavam: Não é este o que estava assentado pedindo esmolas? Uns diziam: É ele. Outros: Não, mas se parece com ele. Ele mesmo, porém, dizia: Sou eu. Perguntaram-lhe, pois: Como te foram abertos os olhos? Respondeu ele: O homem chamado Jesus fez lodo, untou-me os olhos e disse-me: Vai ao tanque de Siloé e lava-te. Então, fui, lavei-me e estou vendo. Disseram-lhe, pois: Onde está ele? Respondeu: Não sei. Ouvindo Jesus que o tinham expulsado, encontrando-o, lhe perguntou: Crês tu no Filho do Homem? Ele respondeu e disse: Quem é, Senhor, para que eu nele creia? E Jesus lhe disse: Já o tens visto, e é o que fala contigo. Então, afirmou ele: Creio, Senhor; e o adorou. Prosseguiu Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não vêem vejam, e os que vêem se tornem cegos. Alguns dentre os fariseus que estavam perto dele perguntaram-lhe: Acaso, também nós somos cegos? Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado. João 9.1-12,35-41 ARA Às vezes as calamidades se abatem em nossa vida. Ficamos olhando e vendo tudo o que ocorre ao nosso redor, e queremos encontrar um culpado. Alguém que seja tido como responsável por tudo que sofremos! Esse texto nos mostra um pouco disso. Todavia, antes de tudo precisamos considerar que o sofrimento pode ser visto com o uma forma pela qual Deus pode ser glorificado vejamos: I O SOFRIMENTO NEM SEMPRE É RESULTADO DE UM PECADO ESPECÍFICO. (vs.1-3a) Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais... (João 9.1-3A) A primeira verdade que nós aprendemos no nosso texto é que nem sempre o sofrimento é resultado de algum pecado específico; muitas pessoas pensam que o mal que sofrem é por causa de algum pecado específico, ou mesmo, é alguma maldição hereditária! Há pessoas que ensinam que o sofrimento que os filhos passam é fruto de seu pecado. E parece-nos que os discípulos de Jesus pensavam assim. Pensavam que o sofrimento daquele cego foi por causa de algum pecado de seus pais, ou mesmo do próprio cego isso nós chamamos de teologia da retribuição. A procura por um responsável pelo sofrimento é a sina do homem ao longo de toda 4

Sermões que edificam: A Glória de Deus no Sofrimento Humano história da raça humana. Os amigos de Jó queriam encontrar uma explicação para o seu sofrimento, e sugeriram que o motivo de tanto sofrimento na vida de Jó era porque ele havia pecado. Aqui neste texto Jesus responde a pergunta dos discípulos de uma forma inusitada: Nem ele pecou, nem seus pais.... É claro que Jesus não está negando a doutrina da depravação total, ou do pecado original do gênero humano, uma vez que é ensino cristalino do evangelho que os homens são escravos do pecado (João 8.32-34); que estão mortos em seus delitos e pecados (Efésios 2.1). Então, o que Cristo está ensinando aqui? Está nos ensinando que não devemos achar ou culpar alguém por causa de nosso sofrimento. O sofrimento nem sempre é por causa de algum pecado especifico; embora, todo o sofrimento existente seja consequência daquela primeira transgressão de Adão [ Romanos 5.12-14], não figura aqui, neste texto, a ideia de que o sofrimento deste cego é fruto de algum pecado específico. II O SOFRIMENTO TEM COMO FINALIDADE A GLÓRIA DE DEUS. (vs.3b) [...] mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus. (João 9.3B ARA). É muito difícil olhar para o sofrimento sob esta perspectiva. Como assim? O sofrimento glorifica a Deus? Sim. Tudo o que somos, e o que passamos nesta vida visam à glória de Deus. Alguns crentes do passado perguntaram: Qual o fim [propósito] supremo e principal do homem? em outras palavras para quê o homem foi trazido à existência? e a resposta que deram foi a seguinte: O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus; e gozá-lo plena e eternamente 1. Jesus aqui nos oferece uma alternativa para o nosso sofrimento. Antes de nos concentrarmos em nossa dor, em nosso problema, em nossa dificuldade, deveríamos antes de tudo olhar isso como uma oportunidade de glorificar a Deus pelo que ele tem feito por nós! É claro que as as obras de Deus neste texto tem o sentido da ação de Deus e de como ele é glorificado no seu modo de agir na vida deste cego. Aquele rapaz veio ao mundo com um propósito específico para que as obras de Deus se manifestem nele. Para que Deus fosse glorificado por meio de sua vida. 5 1 Breve Catecismo de Westminster pergunta 1.

Rev. João Ricardo Ferreira de França. III ALIVIAR O SOFRIMENTO DO OUTRO É UMA FORMA DE GLORIFICAR A DEUS. (vs.4-7) É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. Dito isso, cuspiu na terra e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego, dizendo-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado). Ele foi, lavou-se e voltou vendo. (João 9.4-7 ARA) O desejo para aliviar o sofrimento do cego e resolver o problema foi latente em Cristo. Ele compara sua obra de compaixão a um dia brilhante todos nós trabalhamos de dia [ um horário adequado para o trabalho ]. É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. [vs 4]. A urgência da obra de Deus é presente aqui. Cristo veio fazer a vontade de Deus neste mundo e naquele momento Deus desejava restaurar a vida daquele cego de nascença! O sofrimento a- lheio é uma forma de demonstrarmos compaixão e misericórdia pela dor que o outro sofre; por isso, existe essa urgência de Cristo. O senhor Jesus sabe que aquele garoto está em profundas trevas, em profunda escuridão, então, o redentor diz: Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. (João 9.5 ARA). Ele veio para abrir os olhos dos cegos! O mundo vive em uma cegueira espiritual e precisa da compaixão dos homens que conhecem redentor, que tenham coragem de apresentar a luz do mundo que sem dúvida é Cristo! Para aliviar o sofrimento humano não basta apenas ter compaixão. Não basta sentir a dor, não bastar sentir dentro da alma e ficar calado. É necessário agir. Foi o que Cristo fez, ele se moveu em direção àquele que sofre. Dito isso, cuspiu na terra e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego, dizendo-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado). Ele foi, lavouse e voltou vendo. (João 9.6-7 ARA) Aqui temos um emblema de alguém que se compadece do sofrimento humano. De alguém que se move para aliviar a dor dos que sofrem. Cristo milagrosamente cura este jovem. Fazendo lodo com a saliva e aplicando aos olhos do cego, e posteriormente, manda-o a um tanque chamado de Siloé que é muito interessante, por meio daquela ação o senhor Jesus estava dizendo que ele era o enviando. O que veio para aliviar a dor dos que sofrem. 6

Sermões que edificam: A Glória de Deus no Sofrimento Humano 7 É nosso dever como cristãos aliviar o sofrimento dos que passam por dores, dores das perdas, da morte, do divórcio, das drogas e muitos outros sofrimentos, o que se precisa é de um coração marcado pela compaixão pulsando no coração dos que se professam ser seguidores de Cristo. IV QUANDO O SOFRIMENTO É CESSADO PROVOCAM-SE DIVERSAS REAÇÕES (Vs. 9-12) Quando o sofrimento é cessado gera muitas reações, umas positivas outras negativas, mas sempre há alguma reação. Quais reações podem gerar a restauração de uma pessoa? 1. Surpresa Então, os vizinhos e os que dantes o conheciam de vista, como mendigo, perguntavam: Não é este o que estava assentado pedindo esmolas? Uns diziam: É ele. Outros: Não, mas se parece com ele. Ele mesmo, porém, dizia: Sou eu. (João 9.8-9 ARA). A restauração de alguém por vezes é vista com surpresa. Nossa! Fulano está mudado, vejam como ele está diferente, nem parece àquela pessoa cabisbaixa de outro dia, mas agora tá super diferente. A surpresa é tanta que a falta de certeza quer dominar o coração. O cego reafirma e diz sim sou eu mesmo que fui restaurado. 2. Dúvida: Perguntaram-lhe, pois: Como te foram abertos os olhos? Respondeu ele: O homem chamado Jesus fez lodo, untou-me os olhos e disse-me: Vai ao tanque de Siloé e lava-te. Então, fui, laveime e estou vendo. Disseram-lhe, pois: Onde está ele? Respondeu: Não sei. (João 9.10-12 ARA) Mas também surgem dúvidas. Será mesmo? Será que houve mudança mesmo? Como ocorreu com o cego pedinte ocorre conosco. Quando somos restaurados, quando o nosso sofrimento cessa pessoas duvidam que tenha sido uma mudança radical proporcionada pelo Senhor Jesus. Precisamos estar prontos para este tipo de reação. V O SOFRIMENTO CESSADO DEVE NOS LEVAR A CRISTO. (VS.35-41) Este é o último aspecto a ser considerado em nosso texto. Os fariseus por não compreenderem a ação graciosa de Deus na vida do garoto o excomungaram do sinédrio. Cristo procura-o; e confronta-o: Crês tu no Filho do Homem? Ele respondeu e disse: Quem é, Senhor, para que eu nele creia? E Jesus lhe disse: Já o tens visto, e é o que fala contigo. Então, afirmou ele: Creio, Senhor; e o adorou.(vs.35-38)

Rev. João Ricardo Ferreira de França. Precisamos confrontar os homens para que eles refletiam sobre quem aquele que pode restaurá-los, ou mesmo aquele que os restaurou! Aquele Jovem havia sido curado por Cristo, mas precisava crer nele. Aqui temos algo importante: A cura e a restauração, não significam nada se nós não corrermos para Cristo a nossa luz, o nosso guia, o nosso redentor! Uma vez reconhecendo a glória de Cristo precisamos nos render e adorá-lo! Os fariseus ignorando esta verdade são condenados por não enxergarem Cristo como redentor de suas vidas. Prosseguiu Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não vêem vejam, e os que vêem se tornem cegos. Alguns dentre os fariseus que estavam perto dele perguntaram-lhe: Acaso, também nós somos cegos? Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado. (vs. 9.39-41 ). CONCLUSÃO: 1. O sofrimento nem sempre é fruto de um pecado específico, muitas vezes sofremos porque transgredimos a lei de Deus, e isto é um fato, mas às vezes o nosso sofrimento deve ser para cumprir um propósito maior. 2. Devemos aprender a glorificar a Deus no meio do sofrimento e das tribulações consiste em uma grande oportunidade de aprender mais de Deus, e assim, glorificá-lo. 3. Devemos ser agentes da graça para aqueles que sofrem, estender a mão, ajudar e socorrer quando estiver em nosso alcance é nosso dever. 4. O sofrimento é uma forma pela qual podemos nos aproximar do Senhor Jesus Cristo, crendo nele, tendo-o como único e suficiente salvador, sabendo que toda a restauração de nossa vida só é possível por causa dele. 8

Sermões que edificam: A Glória de Deus no Sofrimento Humano INFORMAÇÕES SOBRE O AUTOR: O autor é Ministro da Palavra pela Igreja Presbiteriana do Brasil. Formado em Teologia Reformada pelo Seminário Presbiteriano do Norte (SPN) em Recife PE. Foi professor de línguas bíblicas (Grego e Hebraico) no Seminário Presbiteriano Fundamentalista do Brasil (SPFB) em Recife - PE. É o fundador do Centro de Estudos Presbiteriano. Atualmente é pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Piripiri PI. É casado com Géssica Araújo Soares Nascimento de França e tem um filho chamado Lucas Luis Nascimento de França. Contatos: E-mail: jrcalvino9@hotmail.com / joaoricardoferreiradefranca@hotmail.com Fones: (89) 9930-6717 [número Tim] 9