ESTABELECIMENTO IN VITRO

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Transcrição:

ESTABELECIMENTO IN VITRO DE CANA-DE-AÇÚCAR. Paulo Sérgio Gomes da Rocha 1 ; Antonio Sergio do Amaral 1 ; Amito José Teixeira 1, Mayara Luana Coser Zonin 2 ; Sergio Delmar dos Anjos 3. INTRODUÇÃO O estabelecimento in vitro é uma das fases da micropropagação que tem como objetivo estabelecer in vitro os explantes para os subseqüentes experimentos de multiplicação, enraizamento ou produção de mudas. Um dos principais problemas desta fase de cultivo é a contaminação dos explantes por diversos microrganismos (fungos, bactérias e vírus), principalmente as contaminações causadas por fungos e bactérias endógenas, que sendo de crescimento lento, se difundem sobre os explantes após o material estar estabelecido ou em fase de multiplicação (COUTO et al., 2004). Outro fator que pode dificultar a fase de estabelecimento é a oxidação dos explantes, ou seja, a liberação dos compostos fenólicos no meio de cultura, através das células lesionadas pelo corte. Em alguns casos, além do escurecimento provocado no meio de cultura, tais compostos podem causar toxidez, inibir o crescimento e ocasionar a morte do explante (GRATTAPAGLIA; MACHADO, 1998). Algumas técnicas podem ser utilizadas eficientemente no controle da oxidação, entre estas se destaca o uso de substâncias anti-oxidantes como ácido ascórbico, carvão ativado, formulação de meio de cultura mais diluído e o cultivo dos explantes no escuro por um período máximo de uma semana. Entretanto, o uso de carvão ativado no meio de cultura poderá dificultar a identificação de contaminação causada por bactéria (SILVA, 2003). Dentre as diversas variedades de cana-de-açúcar utilizadas, a RB925345 destaca-se por possuir elevada produtividade agrícola com alta estabilidade de toneladas de colmo por hectare (TCH), crescimento rápido e hábito ereto. Em relação à suscetibilidade a doenças, apresenta suscetibilidade ao carvão (Sporisorium scitamineum), especialmente em ambientes desfavoráveis e moderada suscetibilidade a estrias vermelhas (Acidovorax avenae subsp. avenae) em ambiente de alta fertilidade. 1 Eng. Agr., Dr. Professor do curso de Agronomia/ URI- Campus Erechim. E-mail: rocha@uricer.edu.br 2 Acadêmico de Agronomia/URI-Campus Erechim. E-mail: giovani_bols@hotmail.com 3 Eng. Agr., Dr. Pesquisador/Embrapa Clima Temperado. E-mail: sergio.anjos@cpact.embrapa.br

O presente trabalho teve como objetivo avaliar a porcentagem de contaminação na fase de estabelecimento in vitro da cana-de-açúcar variedade RB925345. MATERIAL E MÉTODOS Para estabelecimento in vitro foram usadas ápice caulinar com aproximadamente 2 cm retirados de cana-de-açúcar com 10 meses de idade (Figura 1). Para a desinfestação dos explantes de cana-de-açúcar foi utilizado álcool 70 %, por 30 s, em seguida os materiais vegetais foram colocados em um Becker contendo solução de hipoclorito 1,5 % por 15 min. Após, realizou-se o tríplice enxague com água destilada autoclavada (Figura 2). Figura 1. Segmento retirados da planta matriz de cana-de-açúcar para extração do ápice caulinar, ano. Local/RS. Figura 2. Aspecto dos explantes submetidos à desinfestação e retirada do ápice caulinar Os explantes foram inoculados em frascos 40 ml de meio de cultura MS e ¾ MS

(MURASHIGE & SKOOG, 1962), suplementado com 30 g L -1 de sacarose, 100 mg L -1 de mioinositol e o ph foi ajustado para 5,8 antes da adição de 7,0 g L -1 de ágar. Os frascos com o meio de cultura foram previamente esterilizados em autoclave durante 20 min a 120 ºC. Após a inoculação dos explantes, o material foi colocado em ambiente escuro com temperatura de 25 + 1 ºC, por sete dias. Passado esse tempo, o material foi transferido para sala de crescimento com 16 h de fotoperíodo, com fluxo de fótons de 25 µmol m -2 s -1 e mesma temperatura. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com 20 repetições por tratamento, sendo a unidade experimental, em cada repetição, composta um tubos de ensaio contendo um explante sobre 8 ml de meio de cultura MS. As variáveis analisadas ao final de 45 dias de cultivo foram: percentagem de contaminação (bacteriana e fúngica), percentagem de estabelecimento, tamanho médio da brotação formada e percentagem de oxidação. RESULTADOS E DISCUSSÃO A porcentagem de estabelecimento in vitro da cana-de-açúcar pode ser considerada adequada, pois foram obtidos 96,5 % de explantes estabelecidos (Figura 3 e Tabela 1). Quanto a concentração dos sais do meio de cultura não houve diferença para as variáveis avaliadas. Em relação a porcentagem de contaminação, não se verificou contaminação por bactéria. Já, a contaminação causada por fungos alcançou 3,5% dos explantes, podendo ser considerada baixa (Figura 3 e Tabela 1). Isto possibilita inferir que a concentração de hipoclorito de sódio (1,5 %) associada ao tempo de 15 min são adequados para a desinfestação dos segmentos de cana-de-açúcar para o isolamento do ápice caulinar. Em relação a porcentagem de oxidação dos explantes, esta foi nula. De modo geral, a oxidação dos explantes durante a fase de estabelecimento in vitro está relacionada com as espécies vegetais e também com o tamanho do explante, pois quanto menor o explante maior será a probabilidade de oxidação.

Figura 3. Aspecto do explante de cana-de-açúcar variedade RB925345 contaminada por fungo e brotações formadas a partir de ápice caulinar em meio MS. CONCLUSÃO Tabela 1 Porcentagem de estabelecimento, contaminação (fúngica e bacteriana) e oxidação em explantes de cana-de-açúcar variedade RB925345 cultivado em meio MS e ¾ MS. Variáveis avaliadas Tipo de meio de cultura Média (%) MS MS ¾ % Contaminação bacteriana 0,0a 0,0a 0,0 % Contaminação fúngica 3,8a 3,1a 3,5 % Oxidação 0,0a 0,0a 0,00 % Estabelecimento 96,1a 96,9a 96,5 *Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Duncan ao nível de 5% de probabilidade. CONCLUSÕES Para as condições usadas no presente trabalho, a porcentagem de contaminação pode ser considerada baixa, pois a mesma foi inferior a 5 %. REFERÊNCIAS COUTO, M.; OLIVEIRA, R.P.; FORTES, G.R.L. Multiplicação in vitro dos porta-enxertos de Prunus sp. Barrier e Cadman. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.26, n.1, p.5-7, 2004. GRATTAPAGLIA, D.; MACHADO, M.A. Micropropagação. In: TORRES, A.C.; CALDAS, L.S.; BUSO, J.A. Cultura de tecidos e transformação genética de plantas. Brasília: Embrapa SPI / Embrapa CNPH, 1998. v.1, p.183 260.

MURASHIGE, T.; SKOOG, F. A revised medium for rapid growth and biossay with tobacco tissue cultures. Physiologia Plantarum, Copenhagen, v.15, p.473-497, 1962. SILVA, A.L.; ROGALSK, M.; MORAES, L.K.A.; FESBILINO, C; CRESTANI, L.; GUERRA, M.P. Estabelecimento e multiplicação in vitro de porta-enxertos de Prunus sp. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.25, n.2, p.297-300, 2003. SILVA, S.D.A.; GOMES, C.B.; UENO, B.; NAVA, D.E.; ALMEIDA, I.R.; THEISEN, G.; DUTRA, L.F.; VERISSIMO, M.A.A. Recomendação de variedades de cana-de-açúcar para o estado do Rio Grande do Sul. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2012. 22p. (Comunicado Técnico, 292).