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População Mundial. Geografia. 1º ano A população mundial encontra-se em maior parte concentrada na Ásia. A China, por exemplo, possui mais habitantes que todo o continente americano. A população mundial ultrapassou os sete bilhões de habitantes A população mundial já ultrapassou o patamar dos sete bilhões de pessoas e continua a aumentar. No entanto, a distribuição, as características, as práticas culturais, a diversidade étnica e muitos outros fatores são bastante variados ao longo das diferentes áreas do planeta. Ao todo são milhares de idiomas, etnias, tradições, culturas, religiões e outros, o que denota a diversidade marcante das sociedades de todo o globo terrestre. Em termos de distribuição, a população mundial encontra-se em maior parte concentrada no continente asiático, onde estão alguns dos países mais populosos do planeta, como a China e a Índia. Esses dois países, juntos, somam um total superior a dois bilhões e meio de pessoas. Assim, se somarmos com os demais países desse continente, temos um total de 4,4 bilhões de pessoas em 2014, segundo dados do Banco Mundial. Conceitos demográficos

Compreender os conceitos demográficos é fundamental para entender as dinâmicas populacionais A demografia ou Geografia da População é a área da ciência que se preocupa em estudar as dinâmicas e os processos populacionais. Para entender, por exemplo, a lógica atual da população brasileira é necessário, primeiramente, entender alguns conceitos básicos desse ramo do conhecimento. População absoluta: é o índice geral da população de um determinado local, seja de um país, estado, cidade ou região. Exemplo: a população absoluta do Brasil está estimada em 180 milhões de habitantes. Densidade demográfica: é a taxa que mede o número de pessoas em determinado espaço, geralmente medida em habitantes por quilômetro quadrado (hab/km²). Também é chamada de população relativa. Superpovoamento ou superpopulação: é quando o quantitativo populacional é maior do que os recursos sociais e econômicos existentes para a sua manutenção. Qual a diferença entre um local, populoso, densamente povoado e superpovoado? Um local densamente povoado é um local com muitos habitantes por metro quadrado, enquanto que um local populoso é um local com uma população muito grande em termos absolutos e um lugar superpovoado é caracterizado por não ter recursos suficientes para abastecer toda a sua população. Exemplo: o Brasil é populoso, porém não é densamente povoado. O Bangladesh não é populoso, porém superpovoado. O Japão é um país populoso, densamente povoado e não é superpovoado. Taxa de natalidade: é o número de nascimentos que acontecem em uma determinada área. Taxa de fecundidade: é o número de nascimentos bem sucedidos menos o número de óbitos em nascimentos.

Taxa de mortalidade: é o número de óbitos ocorridos em um determinado local. Crescimento natural ou vegetativo: é o crescimento populacional de uma localidade medido a partir da diminuição da taxa de natalidade pela taxa de mortalidade. Crescimento migratório: é a taxa de crescimento de um local medido a partir da diminuição da taxa de imigração (pessoas que chegam) pela taxa de emigração (pessoas que se mudam). Crescimento populacional ou demográfico: é a taxa de crescimento populacional calculada a partir da soma entre o crescimento natural e o crescimento migratório. Migração pendular: aquela realizada diariamente no cotidiano da população. Exemplo: ir ao trabalho e voltar. Migração sazonal: aquela que ocorre durante um determinado período, mas que também é temporária. Exemplo: viagem de férias. Migração definitiva: quando se trata de algum tipo de migração ou mudança de moradia definitiva. Êxodo rural: migração em massa da população do campo para a cidade durante um determinado período. Lembre-se que uma migração esporádica de campo para a cidade não é êxodo rural. Metropolização: é a migração em massa de pessoas de pequenas e médias cidades para grandes metrópoles ou regiões metropolitanas. Desmetropolização: é o processo contrário, em que a população migra em massa para cidades menores, sobretudo as cidades médias. relação entre o número de pessoas e a quantidade de recursos disponíveis para alimentá-las e satisfazer o seu nível de consumo sempre foi motivo de grande preocupação. Afinal, os recursos naturais disponíveis serão capazes de, no futuro, atender aos sucessivos crescimentos populacionais? Essas questões já foram há muito tempo formuladas, e diferentes respostas surgiram. Trata-se das teorias demográficas, também chamadas de teorias do crescimento demográfico. A primeira delas foi a proposta por Thomas Malthus, conhecida como Malthusianismo. Malthusianismo Thomas Robert Malthus (1766-1834), economista liberal e historiador inglês, elaborou ao final do século XVIII uma teoria populacional que apontava para o desequilíbrio existente entre os crescimentos demográficos e a disponibilidade de recursos na Terra. Em seu livro Ensaio sobre o princípio da população, ele

afirmava categoricamente que o planeta, em pouco tempo, não seria capaz de atender ao número de habitantes existentes. De acordo com a Teoria Malthusiana, as populações aceleravam sempre o seu ritmo de crescimento, que seguia a linha de uma progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, 256, ), enquanto a disponibilidade de recursos e de alimentos aumentaria conforme uma progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, ), sendo menor, portanto. Como solução, Malthus apontava para o controle moral da população. Em virtude de sua filiação religiosa, ele era contra a adoção de qualquer tipo de método contraceptivo, dizendo que os casais só deveriam procriar caso houvesse condições para sustentar seus filhos. Além disso, Malthus também dizia que os trabalhadores mais pobres deveriam apenas receber o mínimo para o seu sustento, pois acreditava que a melhoria nas condições sociais elevaria ainda mais o número de nascimentos. Apesar de suas previsões serem fundamentadas em dados demográficos de sua época, Malthus errou em subestimar os avanços tecnológicos nos processos de produção, que fizeram com que a oferta de recursos e alimentos se ampliasse muito acima do previsto. Além disso, observa-se atualmente que a tendência é que as sociedades mais desenvolvidas gerem menos filhos, ao contrário do que o economista inglês imaginava. Teoria reformista ou marxista Muitas contestações foram feitas ao pensamento de Malthus, frequentemente acusado de legitimar os efeitos perversos da economia capitalista sobre a desigualdade social e favorecer os ideais da burguesia. Afinal, a teoria malthusiana sugeria que a miséria e a disseminação de doenças, catástrofes e guerras ajudariam a conter o crescimento populacional acentuado. O socialista utópico do século XIX, Pierre-Joseph Proudhon, afirmava: Há somente um homem excedente na Terra: Malthus. E nessa mesma linha seguiam muitos teóricos que acreditavam que a desigualdade na relação entre recursos naturais, alimentos e o crescimento populacional não estava no número de habitantes, mas na distribuição de renda. Em geral, muitas dessas ideias aproximavam-se dos ideais defendidos por Karl Marx, sendo então relacionadas com o que se chamou de Teoria Marxista ou Reformista da população. Assim, para essa concepção, não é o controle moral da população o necessário para combater a ocorrência da fome e da miséria, mas a adoção de políticas sociais de combate à pobreza, com a aplicação de leis trabalhistas que assegurem

a melhoria na renda do trabalhador. A democratização dos meios sociais e de produção também é considerada uma estratégia nesse mesmo sentido. Teoria neomalthusiana Logo após o final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os principais países desenvolvidos do mundo iniciaram um processo de explosão demográfica, com um aumento rápido e repentino de sua população. Da mesma forma, nos anos seguintes, muitos países subdesenvolvidos (incluindo o Brasil) passaram pelo mesmo processo, sobretudo porque nesses países, com históricos de altas natalidades e mortalidades, o número de óbitos foi reduzido e a expectativa de vida, elevada. Por isso, a população do planeta novamente começou a crescer, por isso as teorias de Malthus ganharam um novo eco entre muitos pensadores e governantes. O Neomalthusianismo é, pois, a retomada desse pensamento, com diferenças no que diz respeito às formas de controle do crescimento populacional. Para o neomalthusianismo, as populações, sobretudo as de baixa renda, deveriam ter os seus índices de natalidade controlados. Para isso, a difusão dos métodos contraceptivos tornou-se fundamental. Em alguns países, governos adotaram medidas de esterilização em massa sobre pessoas pobres, além de distribuírem anticoncepcionais gratuitamente e promover campanhas de conscientização. Difundem-se, até os dias atuais, muitas campanhas ou imagens publicitárias com o modelo ideal de família formado pelos pais e dois filhos apenas. Transição demográfica A concepção da transição demográfica é uma proposição mais atual que afirma que todos os países, cedo ou tarde, apresentarão padrões gerais no que diz respeito à ordem do crescimento demográfico. A transição demográfica considera que a explosão demográfica é um fenômeno transitório, geralmente causado pelo desenvolvimento econômico e social das nações, o que resulta na queda imediata das taxas de mortalidade, o que eleva o número de habitantes. Por outro lado, a natalidade também diminui, mas em um ritmo mais lento, o que faz com que a explosão demográfica inicial seja substituída gradativamente por uma diminuição no ritmo de crescimento do número de habitantes. Foi assim, por exemplo, que ocorreu na Europa, que hoje apresenta baixíssimos crescimentos populacionais. No Brasil também não foi diferente, pois a população aumentou rapidamente ao longo do século XX, mas teve seu crescimento

diminuído nas últimas décadas. O principal efeito disso e também o principal motivo de preocupações é o envelhecimento populacional. O Brasil, até pouco tempo atrás, era considerado um país jovem, com boa parte da população com média de idades baixas. Atualmente, passou a ser considerado um país adulto, com potencial para tornar-se um país idoso nas próximas décadas. Na Europa, o envelhecimento populacional já é uma realidade, o que ocasiona uma série de problemas relacionados com a previdência social e com a diminuição da PEA (população economicamente ativa). Ironicamente, no continente europeu, o problema atual é exatamente o contrário imaginado por Malthus, pois não é o crescimento acelerado da população a principal tônica da questão, mas o crescimento moderado além da conta. Em países como França e Alemanha, políticas de incentivos à natalidade são realizadas, incluindo o pagamento de bolsas e benefícios para casais que tiverem um terceiro filho. Exercício de revisão 1- O crescimento sem precedentes da população mundial nos últimos 50 anos, até alcançar 7 bilhões de pessoas neste ano, reavivou as preocupações sobre a chegada de uma grande crise demográfica. David Lam, economista da Universidade de Michigan, explicou nesta sexta-feira que, apesar do crescimento da população, o planeta foi capaz de produzir alimentos suficientes para reduzir as crises de fome e a pobreza. No entanto, ainda há preocupações sobre uma possível crise demográfica no planeta, disse ele em discurso para especialistas em uma associação sobre estudos da população nos Estados Unidos [ ]. Último Segundo, 02 nov. 2011. Disponível em: <http://ultimosegundo.ig.com.br>. Adaptado. A teoria demográfica que se preocupa em apontar o desequilíbrio negativo entre o crescimento demográfico e a produção de alimentos é a: a) reformista b) desenvolvimentista c) malthusiana d) explosão demográfica e) agrodemográfica 2- [...] Agora começa a ganhar fôlego no meio acadêmico a escola dos neomalthusianos. Eles acham que a armadilha agora é gente demais vivendo num meio ambiente degradado demais. Em 2050, prevê-se, seremos 9,2 bilhões de pessoas ou 2,5 bilhões a mais do que hoje. Revista Veja, ed. 2062, maio de 2008. Adaptado. Os neomalthusianos, mencionados pelo texto, temem o rápido crescimento populacional frente à capacidade da sociedade e do planeta em lidar com esse crescimento, da mesma forma que pensava Thomas Malthus. No entanto, diferentemente do malthusianismo clássico, o neomalthusianismo: a) impede que qualquer tipo de controle populacional seja implementado pelo Estado em termos de políticas públicas. b) defende a difusão de métodos contraceptivos, planejamento familiar e outras medidas de redução da natalidade. c) apregoa o retorno do crescimento das taxas da mortalidade como mal necessário frente à explosão demográfica

d) considera a necessidade de se impor um controle da moral da população, em que os casais só devem procriar se tiverem condições financeiras. e) afirma que a única saída para a explosão demográfica é a migração em massa das regiões povoadas para áreas desabitadas. 3- A transição demográfica é um dos fenômenos estruturais que ameaçam os Estados Sociais desde a segunda metade do século passado. Embora se cuide de um fenômeno universal, recebendo o influxo das condições históricas dos diferentes países e regiões, ele se manifesta de formas não lineares e assimétricas. Há uma tendência de ocorrer de forma diferente nos países desenvolvidos, nos países em desenvolvimento e no chamado terceiro mundo. VAZ, P. P. B. Situação cíclica desafia políticas públicas preventivas. Consultor Jurídico. Disponível em: <http://www.conjur.com.br>. Acesso em: 13 abr. 2015. A teoria da transição demográfica citada pelo trecho acima diz respeito: a) ao quadro efêmero do crescimento demográfico b) ao combate às políticas de controle de natalidade c) ao crescimento não previsível da população mundial d) aos processos de expansão demográfica e migração internacional e) à correlação entre força de trabalho disponível e a demanda necessária 4-Os países ricos, em função de sua renda mais elevada e consequente nível de consumo, são responsáveis por mais da metade do aumento da utilização de recursos naturais. A população dos países mais pobres do mundo paga, proporcionalmente, o preço mais elevado pela poluição e degradação das terras, das florestas, dos rios e dos oceanos, que constituem o seu sustento. Uma criança que nascer hoje em Nova lorque, Paris ou Londres vai consumir, gastar e poluir mais durante a sua vida do que 50 crianças em um país 'em desenvolvimento'." (Adapt.) Relatório do Desenvolvimento Humano/ PNUD, 1998. Baseando-se nos princípios explicativos das teorias demográficas, o texto acima: a) Concorda com a teoria Reformista, que atribui ao excesso populacional a causa da miséria no mundo, constituindo uma ameaça aos recursos naturais necessários à sobrevivência humana. b) Comprova a teoria Neomalthusiana, que defende a necessidade de controlar a natalidade nos países pobres para que eles possam atingir os níveis de desenvolvimento e consumo dos países ricos. c) Nega a teoria Malthusiana, que defende a elevação do padrão de vida e de consumo nos países pobres, entendendo a fecundidade como uma variável independente a ser controlada. d) Nega a teoria Neomalthusiana, que identifica uma população numerosa como principal causa do desemprego, pobreza e esgotamento dos recursos naturais. e) Comprova a teoria Malthusiana, que associa crescimento populacional e esgotamento dos recursos naturais, defendendo a necessidade de reformas socioeconômicas para preservá-los. 5-As previsões catastrofistas dos neomalthusianos sobre o crescimento demográfico e sua pressão sobre os recursos naturais não se confirmaram, notadamente, porque: a) o processo de globalização permitiu o acesso voluntário e universal a meios contraceptivos eficazes, impactando, sobretudo, os países em desenvolvimento. b) a nova onda de revolução verde, propiciada pela introdução dos transgênicos, afastou a ameaça de fome epidêmica nos países mais pobres. c) as ações governamentais e a urbanização implicaram forte queda nas taxas de natalidade, exceto em países muçulmanos e da África Subsaariana, entre outros. d) o estilo de vida consumista, maior responsável pela degradação dos recursos naturais, vem sendo superado desde a Conferência Rio-92. e) os fluxos migratórios de países pobres para aqueles ricos que têm crescimento vegetativo negativo compensaram a pressão sobre os recursos naturais.

6-governo francês irá pagar uma licença de 750 euros (cerca de R$ 2.050,00) por mês durante um ano a famílias que decidirem ter um terceiro filho, anunciou ontem o primeiro ministro do país, Dominique Villepin. Folha de S. Paulo, 23/09/2005. Folha mundo, p. A-16. A medida anunciada pelo governo francês está diretamente relacionada: a) à política anti-imigração (xenófoba) e de purificação racial adotada pela França nas últimas décadas. b) às elevadas taxas de natalidade verificadas no país e em toda a Europa. c) à sobrecarga no sistema de previdência social francês, em que um número cada vez menor de jovens precisa sustentar um número cada vez maior de aposentados. d) à aproximação do governo francês com as ideias da Igreja Católica, que proíbe o uso de métodos contraceptivos não naturais. e) à ideia imperialista de que o poderio econômico de uma nação está diretamente ligado ao tamanho de sua população. 7-O quadro abaixo nos mostra a taxa de crescimento natural da população brasileira no século XX: Analisando os dados, podemos caracterizar o período entre: a) 1920 e 1960, como de crescimento do planejamento familiar. b) 1950 e 1970, como de nítida explosão demográfica. c) 1960 e 1980, como de crescimento da taxa de fertilidade. d) 1970 e 1990, como de decréscimo da densidade demográfica. e) 1980 e 2000, como de estabilização do crescimento demográfico. 8-Existem duas formas principais de se abordar o quantitativo populacional em um espaço. De um lado temos as taxas de, que representam o número de habitantes por quilômetro quadrado; de outro, temos as taxas de, que estão relacionais ao número de habitantes independente do tamanho do território. A alternativa que completa corretamente as lacunas acima é: a) densidade demográfica e superpovoamento b) crescimento vegetativo e população absoluta c) população local e população geral d) densidade demográfica e população absoluta e) crescimento vegetativo e população geral. 9- O aumento populacional acentuado, após a Segunda Guerra Mundial, despertou a preocupação no mundo científico, principalmente com a questão da alimentação dessa população, o que geraria o caos em um futuro próximo. Dessa forma, várias teorias demográficas foram formuladas, como a malthusiana, a neomalthusiana e a reformista. Em relação a essas teorias, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir. ( ) Na teoria malthusiana, os casamentos deveriam ser cada vez mais tardios e condicionados à capacidade econômica para sustentar as famílias; a relação sexual seria praticada exclusivamente com fins de procriação. ( ) Na teoria malthusiana, há a pregação de um alerta para os riscos ambientais decorrentes do crescimento exagerado da população, a qual exercerá cada vez mais pressão sobre os recursos naturais,

particularmente nos ecossistemas equatoriais e tropicais, colocando em prática a ideia de desenvolvimento sustentável. ( ) Na teoria neomalthusiana, houve defesa de programas rígidos e oficiais de controle de natalidade, os quais foram chamados de planejamento familiar. Por meio de campanhas, que perduram até os dias atuais, os governantes incentivaram o uso de métodos contraceptivos. ( ) Na teoria reformista, houve a sustentação de que a população cresce em progressão geométrica e a produção de alimentos cresce em progressão aritmética; dessa forma, a humanidade estaria condenada a um grande ciclo de miséria devido à falta de alimentos para todos. ( ) Na teoria reformista, as famílias dos países subdesenvolvidos iriam aderir espontaneamente ao controle de natalidade devido à elevação dos níveis educacionais e da qualidade de vida decorrentes de transformações socioeconômicas. Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta. a) V, V, F, V, F. b) V, F, V, F, V. c) V, F, F, V, V. d) F, V, F, F, V. e) F, F, V, V, F. 10- Fases do Modelo de Transição Demográfica ÁVILA, R. I.; MACHADO, A. M. Transição demográfica brasileira: desafios e oportunidades na educação, no mercado de trabalho e na produtividade. Porto Alegre: Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser, 2015. (p. 5). Disponível em: <http://www.fee.rs.gov.br/textos-paradiscussao>. Acesso em: 03 nov. 2015. A análise do modelo de transição demográfica permite afirmar que na a) fase 1 os altos índices de natalidade são determinados pelo processo acelerado de urbanização. b) fase 2 há uma significativa queda nas taxas de mortalidade, devido ao que ficou conhecido como revolução sanitária. c) fase 3 o crescimento vegetativo se torna alto, provocando o fenômeno da explosão demográfica. d) fase 3 a diminuição da natalidade está ligada ao incremento de jovens no mercado de trabalho e à manutenção de um modelo familiar patriarcal. e) fase 4 o crescimento vegetativo se torna negativo, obrigando o país a adotar medidas de controle de natalidade. 11-

(www.pelicanocartum.net) A charge ironiza uma das variáveis que compõem o cálculo do Índice de Desenvolvimento Humano proposto pela Organização das Nações Unidas, a saber, a) a renda, pela referência ao dia em que as personagens almoçaram. b) a expectativa de vida, pela alusão ao condicionamento físico da personagem que move o carrinho. c) a renda, pela referência aos objetos de alto valor agregado que as personagens carregam. d) a escolaridade, pela alusão à língua portuguesa empregada em sua forma padrão pelas personagens. e) a mobilidade, pela referência ao meio de transporte utilizado pelas personagens. 12- Cerca de 805 milhões de pessoas no mundo, uma em cada nove, sofrem de fome, de acordo com um novo relatório das Nações Unidas divulgado hoje [16/09/2014]. O relatório é publicado anualmente pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o Programa Mundial de Alimentos (PAM). http://www.fao.org/news/story/pt/item/243923/icode/ Sobre a fome no mundo atual, é correto afirmar: a) O aumento global do número de pessoas com fome registrado na última década é um dos resultados mais perversos do processo de globalização em curso. b) Na África subsaariana, mais de uma em cada quatro pessoas permanecem cronicamente desnutridas, enquanto na Ásia, região mais populosa do mundo, vive a maioria dos desnutridos. c) Nos países em desenvolvimento, inexistem estratégias de combate à fome ou redes de proteção social para os mais vulneráveis, pois eles não possuem estruturas estatais capazes de atuar nesse sentido. d) Crises econômicas sequenciais, baixa produtividade agrícola e pobreza explicam por que a América Latina é a região do planeta que mais padece de insegurança alimentar. e) Entre todos os países em desenvolvimento, apenas o Brasil vai atingir a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) de zerar os casos de fome até 2015. 13- A batalha para alimentar toda a humanidade acabou. Nas próximas décadas, centenas de milhões de pessoas vão morrer de fome, apesar de qualquer plano de emergência iniciado agora. A esta altura, nada pode impedir o aumento substancial da mortalidade mundial." (Paul Ehrlich, The Population Bomb, 1968). O trecho acima enquadra-se no contexto do neomalthusianismo, que floresceu entre as décadas de 1960 e 1970. Sobre esse ideário, assinale a alternativa correta. a) Em decorrência do neomalthusianismo a China implantou a política do filho único, em 1979, e seus resultados foram pouco expressivos. O país estuda, hoje, a possibilidade de recrudescimento dessa política. b) O neomalthusianismo surgiu após a Segunda Guerra Mundial, pois neste período a população mundial cresceu bastante em virtude da redução das taxas de mortalidade e de natalidade. c) O neomalthusianismo incorpora, além de preocupações alimentares, preocupações com os impactos ambientais da superpopulação.

d) O neomalthusianismo ressuscitou as ideias de Thomas Robert Malthus, segundo o qual a escassez de alimentos, induzida pelo excedente populacional, provocaria uma revolução tecnológica para evitar a fome global. e) O perigo apontado pelos neomalthusianos realmente ocorreu, pois nosso planeta já conta com mais de 7 bilhões de habitantes e requer urgente controle populacional. Gabarito 1-C 2-B 3-A 4-D 5-C 6-C 7-B 8-D 9-B 10-B 11-A 12-B 13-C