Pesquisa Histórico Cultural Região Cacaueira do Sul da Bahia* Durval Libânio Netto Mello 1. Claudio Lyrio 2,3. Elvio Menezes 3

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Transcrição:

Pesquisa Histórico Cultural Região Cacaueira do Sul da Bahia* Durval Libânio Netto Mello 1 Claudio Lyrio 2,3 Elvio Menezes 3 Este trabalho tem como objetivo demonstrar que o Sul da Bahia possui reputação como uma região geográfica produtora de cacau, do ponto de vista histórico cultural. As comprovações são inúmeras de que a região sul da Bahia tem a sua imagem totalmente associada (vinculada) com o cultivo do cacau. De fato o cacau ganhou destaque nacionalmente e internacionalmente quando introduzido e explorado(cultivado) no sul da Bahia, onde encontrou as condições naturais favoráveis (clima e solo) para se expandir. Recentemente o escritor francês Alfred Conesa, em seu livro Du Cacao e Des Hommes: Voyage dansle monde du chocolate, dedicou um capitulo ao Sul da Bahia, intitulado Sud de Bahia: La ruée l orducacao (Sul da Bahia a corrida ao ouro do cacau) (Conesa, 2012). Nos dias atuais, a região é responsável por 70 a 80% da produção brasileira e é o principal polo de produção da cacauicultura nacional, setor cuja trajetória teve importante participação na economia e na política brasileira em décadas anteriores. A força do cultivo da cacauicultura na região foi tamanha, que não somente influenciou a cultura regional em sua forma de ser (pensar e agir), de produzir e comercializar, assim como inspirou diversas obras literárias, definidas como ficção da realidade por Cardoso (2006) que descreveram o momento sócio- cultural e econômico vivido nas diversas épocas, como também enfatizam a caracterização destarelação território e produto, o terroir do cacau.e pela dimensão que a literatura regional alcançou a mesma se torna prova inequívoca da reputação do Sul da Bahia como região produtora de cacau e com características muito próprias. As obras e autores mais marcantes, estão todos ligados a cacauicultura e retratam todo o inconsciente coletivo associada a cultura regional. Podemos citar os seguintes autores e obras: 1) Jorge Amado, romancista nascido na região do cacau, autor de obras que descrevem uma cronologia dacacauicultura na região. Obras: Cacau (1933), Terras do sem fim (1942), São Jorge dos Ilhéus (1944),Gabriela, cravo e canela (1958), Tocaia Grande (1983) e O Menino Grapiúna (1996).

2) Adonias Filho, jornalista e critico literário, nascido em Itajuípe Bahia, autor de obras importantes na caracterizaçãoe valorização da Civilização Baiana do Cacau. Obras: Memórias de Lázaro (1952), Corpo Vivo (1962),Sul da Bahia: Chão de Cacau (1976). 3) Cyro de Matos, Itabunense, nascido em 1939, além de escritor é advogado e jornalista. Seu trabalho, que transitaentre a prosa e a poesia vem conquistando diversos prêmios literários. Obras: Os Brabos (1970), O Feitodo Fruto (1997). Livros de poesias: Cantiga Grapiúna (1981), No Lado Azul da Canção (1985), Lavrador Inventivo(1985), Vinte Poemas do Rio (1985), Viagrária (1988), A Casa Verde (1988), e Cancioneiro do Cacau (1997), noqual o escritor recria a saga do cacau com os seus mistérios, desde as sua origem até os nossos dias. 4) Euclides Neto, nascido em Ubaíra, BA, era advogado, romancista, contista e ensaísta, pesquisador da culturagrapiúna. Obras: Dicionareco das Roças de Cacau e Arredores (1997), no qual o autor inventarioutermos usados pelos lavradores do cacau onde busca preservar a fala de vozes anônimas, de acordo com Simões(1998,p. 127) constitui- se em expressão do imaginário de uma região. É precioso resgate e memória de uma cultura em transformação; e o Tempo é Chegado (2001). Seus escritos estão, em sua maioria, ligados aos temasdas Terras do Cacau, proporcionando, desse modo, preservar a cultura local. 5) Sosígenes Costa, nascido em Belmonte, Bahia, poeta e também cronista, de vocabulário requintado que oaproxima dos parnasianos, tornou- se conhecido através de seus sonetos crepusculares de inspiração empaisagens de Belmonte, é autor de Iararana, escrito por volta de 1933, é um longo poema narrativo consagrado aocacau, onde Sosígenes cria um mito de origem do cacau do Sul da Bahia. Dentre muitos outros autores e obras, algo marcante da força da cultura do cacau na região foi a teledramaturgianacional, com a tele novela Renascer de Benedito Ruy Barbosa, transmitida pela rede Globo de Televisão no anode 1993, aonde conta a saga de um produtor rural na construção de sua fazenda, assim demonstrado a culturaregional e a importância do cultivo do cacau para a mesma. Do ponto de vista histórico os primeiros municípios citados na literatura como pertencentes a região cacaueira do Sul da Bahia estavam Belmonte e Canavieiras, mais especificamente Cerqueira e Silva (1835) em seu livro Memórias históricas e politicas da província da Bahia volumes 1 e 2, já se refere as capitanias de Porto Seguro e Ilhéus como comarcas do Sul da Bahia (Cerqueira e Silva, 1835). Já Manoel Pinto de Souza Dantas em 1866 já fazia referencia a presença de cacau nas bacias do Rio Pardo, Jequitinhonha e Rio das Contas (Dantas, 1866) e Azambuja (1873) intitulava seu relatório como:

Relatorio sobre as colonias ao sul da provincia da Bahia: apresentado ao Ministério da agricultura, commercio e obras publicas pelo commissario do governo imperial, o conselheiro Bernardo Augusto Nascentes de Azambuja, em 28 de dezembro de 1873 Demonstrando claramente as referencias históricas ao Sul da Bahia como uma região geográfica, fato que vai ser depois largamente utilizado por diversos autores ao longo da história.além disso é comum muitos autores se referirem a região como sul baiana. No livro de Adonias Filho, Sul da Bahia: Chão de Cacau esta ligação e reconhecimento do Sul da Bahia como uma região tradicionalmente produtora de Cacau é consagrada. Em 1920 o censo agrícola do estado da Bahia apontava os municípios produtores de cacau como sendo Barra do Rio de Contas (Itacaré), Belmonte, Camamu, Canavieiras, Ilhéus, Itabuna, Maraú, Santarém (Ituberá), Una e Valença (Diniz e Duarte, 1983), todos localizados ao Sul de Salvador capital do Estado, Segundo o pesquisador Diretor Técnico do Instituto de Cacau da Bahia Gregório GregorivitchBondar em 1923, a cronologia histórica com que houveram os plantios de cacau no Sul da Bahia começa por Cannavieiras em 1746 até a saída do cacau dos vales e tabuleiros para outeiros e serras e assinala o cultivo nos vales de Una, Porto Seguro (Buranhém), Prado (Jucuruçu), Alcobaça (Itanhém) e Peruíbe e que as primeiras plantações em Mucuri acontecem em 1890 (Bondar, 1923). Ainda Bondar (1938) relata que Balthazar da Silva Lisbôa ouvidor da comarca de Ilheos, escreve de Cayru que se deve introduzir o cacáo nos terrenos da comarca até cannavieiras e cita os municípios produtores de cacau por ordem de importância como sendo: Ilheos (Ilhéus)e Itabuna, Barra do Rio das Contas (Itacaré), Cannavieiras (Canavieiras), Belmonte, Jequié, Santarém (Ituberá), Camamu, Una, Marahú (Maraú), Prado, Taperoá, Mucury (Mucuri), Valença, Caravellas (Caravelas), Nilo Peçanha e Alcobaça (Bondar, 1938). Faz referencia ao Sul da Bahia como região em seu mapa Ensaio do MappaGeologico do Sul Bahiano (Bondar, 1938) onde aparecem todos os municípios citados. Já o Geográfo Milton Santos que em 1955 escreveo livro a Zona do Cacau (Santos, 1955), cita que a porção do território baiano que mais se presta à produção de cacau quase se confunde os seus limites com a parte sul do mesmo estado (Santos, 1955) e aponta 19 municípios como pertencentes a Zona Cacaueira da Bahia comosendo: Alcobaça, Belmonte, Boa Nova, Camamu, Canavieiras, Caravelas, Ilhéus, Ipiaú, Itabuna, Itacaré, Ituberá, Jequié, Maraú, Mucuri, Mutuipe, Nilo Peçanha, Porto Seguro, Poções, Prado, Santa Cruz de Cabrália, Ubaitaba e Una, lembrando que alguns destes municípios deram origem a outros como Gandu, Wenceslau Guimarães, Camacan, Santa Luzia, Barro Preto, etc. O trabalho de diagnóstico socioeconômico realizada em colaboração entre o IICA e a CEPLAC no ano de 1976,cita 89 municípios como pertencentes a Região Cacaueira da Bahia, se referindo no texto por várias vezes ao Sul da Bahia e região sul baiana (Diniz; Duarte, 1976), porém os autores colocam que apesar de alguns dos 89 municípios não produzirem cacau estes estão sob a influência da economia cacaueira. Dos 89 municípios da chamada Grande Região Cacaueira ou região SUDESTE da Bahia como é classificada no diagnóstico, o anuário estatístico da CEPLAC de 1972, pouco anterior ao diagnóstico, cita 71 municípios como produtores de cacau, este número é corroborado por Da Silva (1990):

Aiquara, Alcobaça, Almadina, Aurelino Leal, Barra do Rocha, Barro Preto, Belmonte, Boa Nova, Buerarema, Caatiba, Camacan, Camamú, Canavieiras, Coaraci, Cravolândia, Dário Meira, Firmino Alves, Floresta Azul, Gandú, Gongogi, Guaratinga, Ibicaraí, Ibicuí, Ibirapitanga, Ibirataia, Iguaí, Ilhéus, Ipiaú, Itabuna, Itacaré, Itagi, Itagibá, Itagimirim, Itajú do Colônia, Itajuípe, Itamaraju, Itamari, Itambé, Itapé, Itapebi, Itapetinga, Itapitanga, Itororó, Ituberá, Jaguaquara, Jequié, Jiquiriçá, Jitaúna, Laje, Maraú, Mascote, Mucuri, Mutuípe, Nilo Peçanha, Nova Canaã, Nova Viçosa, Pau Brasil, Poções, Porto Seguro, Potiraguá, Prado, Santa Cruz Cabrália, Santa Cruz da Vitória, Taperoá, Teolândia, Ubaitaba, Ubatã, Una, Uruçuca, Valença, Wenceslau Guimarães. Nenhum destes municípios estão localizados na chamada região do recôncavo da Bahia, e todos eles se localizam ao Sul de Salvador no bioma mata atlântica, o que corrobora com a visão de Santos (1955) que a região cacaueira da Bahia está localizada entre as serras interioranas e o litoral e seus limites quase se confundem com o Sul do Estado. Referências Bibliográficas: Azambuja, B. A. N de;relatório sobre as colônias ao sul da província da Bahia: apresentado ao Ministério da agricultura, comércio e obras publicas pelo comissário do governo imperial.typographia Nacional, 1873, 149 páginas. Bondar, G. G. Terras de Cacau no Estado da Bahia. Correio Agrícola, v.1 n. 11, P.293 304, 1923.. A cultura de cacao na Bahia. Instituto de cacao da Bahia. Boletim Technico, n. 1, Emprezagraphica da "Revista dos Tribunaes", 1938, Original de Universidade do Texas, 205 p. CARDOSO, J, B. Literatura do Cacau: Ficção, Ideologia e Realidade em Adonias Filho, Euclides Neto, James Amado, Jorge Amado. Editus, Ilhéus, 2006, p.198. CEPLAC. Anuário Estatístico do cacau, v, 1 1972 brasília, CEPLAC. 1984. V. ilust. Anual suspensa 1974-1977 1. Estatística Anuário I. CEPLAC.

CONESA, A. Du Cacao& Des Hommes: Voyage dansle monde du chocolate. Edição: NouvellesPressesduLanguedoc, 2012, 281 p. Da Silva, L. F; Ocupação Espacial do Cacau e Potencialidade Agrícola da Região Cacaueira Baiana. In: A Crise da Região Cacaueira e o Futuro das Regiões Produtoras. UESC, Ilhéus, 1990, 16 p. Dantas, M.P.S. Relatório Apresentado à Assembleia Legislativa Provincial da Bahia. Tipographia de Tourinho &C.Bahia, 1866, 107 p. Diniz, J. A. F, Duarte, A. C. A região cacaueira da Bahia. Recife, SUDENE- CPR- DIV. POL. Espacial, 1983. 298p. il. (Brasil. SUDENE. Estudos Regionais. 10) Matos, L. C. V de., Processo produtivo do setor agropecuário. In: Diagnóstico Sócio- Econômico da Região Cacaueira. Rio de Janeiro, IICA/CEPLAC, 1976. 124p. Santos, M. A Zona do Cacau. Introdução ao Estudo Geográfico. Salvador. Artes Gráficas. 1955 SEI Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia. www.sei.ba.gov.br (http://sim.sei.ba.gov.br/sim/tabelas.wsp#) acessado em 16 de novembro de 2013. * Versão atualizada do artigo publicado na Revista Cacau e cultura, número 02. 1- Professor IF Baiano / Presidente Instituto Cabruca (IC) 2- Bolsista FAPESB/IF Baiano 3- Programa Agregando Valores Instituto Cabruca Agradecimentos: A Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado da Bahia FAPESB pelo apoio no desenvolvimento desta pesquisa.