Cesta básica sobe em todas as capitais

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Transcrição:

1 São Paulo, 04 de setembro de 2007. NOTA À IMPRENSA Cesta básica sobe em todas as capitais Todas as 16 capitais onde o DIEESE Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos realiza mensalmente, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, apresentaram, em agosto, aumento no preço do conjunto de gêneros alimentícios essenciais. Natal (9,62%), Fortaleza (8,18%), Belo Horizonte (8,14%) e Salvador (6,56%) foram as cidades com maiores elevações. Ainda que em Porto Alegre tenha se verificado uma das menores variações (alta de 2,70%), a capital gaúcha continuou a ter o maior custo para a cesta básica (R$ 206,39). São Paulo (R$ 193,04), Rio de Janeiro (R$ 182,14) e Florianópolis (R$ 180,63) vieram a seguir. As cestas com menor custo foram encontradas em Fortaleza (R$ 141,53), Salvador (R$ 146,93) e Recife (R$ 149,26). Com base no valor apurado para a cesta em Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria ser suficiente para cobrir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima que o salário mínimo necessário deveria corresponder, em agosto, a R$ 1.733,88, 4,56 vezes o mínimo vigente, de R$ 380,00. Em julho, o valor do salário mínimo necessário era bem menor, situando-se em R$ 1.688,35, e correspondia a 4,44 vezes o mínimo em vigor. Variações acumuladas Entre janeiro e agosto de 2007, também houve elevação no preço dos gêneros essenciais em todas as capitais. As maiores altas ocorreram em Natal (15,52%), João Pessoa (12,97%), Recife (12,96%) e Porto Alegre (10,83%). Os menores aumentos acumulados foram apurados em Goiânia (2,20%), Belo Horizonte (2,39%), Brasília (2,54%) e Belém (2,85%).

2 Em 12 meses de setembro de 2006 a agosto último foram verificadas altas em todas as capitais, sempre com aumentos que superaram a correção realizada no salário mínimo este ano (8,57%). As elevações mais expressivas ocorreram em Natal (23,85%), Porto Alegre (20,19%) e Rio de Janeiro (17,34%), enquanto os menores aumentos foram anotados em Brasília (9,05%), Fortaleza (9,32%), Belo Horizonte (9,58%) e Salvador (9,85%). TABELA Pesquisa Nacional da Cesta Básica Custo e variação da cesta básica em dezesseis capitais Brasil Agosto 2007 Capital Variação Mensal Valor da Cesta Porcentagem do Salário Tempo de Trabalho Variação no ano (%) Variação Anual (%) (%) (R$) Mínimo Líquido Natal 9,62 162,56 46,32 94h 07min 15,52 23,85 Fortaleza 8,18 141,53 40,33 81h 56min 6,48 9,32 Belo Horizonte 8,14 175,59 50,04 101h 39min 2,39 9,58 Salvador 6,56 146,93 41,87 85h 04min 8,99 9,85 Aracaju 5,48 150,82 42,98 87h 19min 9,60 14,16 João Pessoa 5,36 151,24 43,10 87h 34min 12,97 13,52 Vitória 5,19 172,55 49,17 99h 54min 9,09 16,85 Belém 4,57 161,64 46,06 93h 35min 2,85 11,06 Florianópolis 4,25 180,63 51,47 104h 35min 7,14 13,68 Recife 4,03 149,26 42,53 86h 25min 12,96 14,05 Curitiba 3,83 174,28 49,66 100h 54min 3,75 12,82 São Paulo 3,24 193,04 55,01 111h 46min 6,04 13,81 Porto Alegre 2,70 206,39 58,81 119h 29min 10,83 20,19 Rio de Janeiro 2,49 182,14 51,90 105h 27min 6,27 17,34 Brasília 2,27 176,21 50,21 102h 01min 2,54 9,05 Goiânia 2,26 155,79 44,39 90h 12min 2,20 11,20 Fonte: DIEESE Jornada de trabalho O aumento apurado no custo da cesta básica, em todas as cidades pesquisadas, fez com que crescesse, também, o tempo de trabalho necessário para a aquisição dos gêneros essenciais, na média das 16 capitais. Assim, o trabalhador que ganha salário mínimo, teve que cumprir, em agosto, uma jornada de 97 horas e 00 minuto para realizar a mesma compra que, em julho, exigia 92 horas e 37 minutos. Há um ano o comprometimento também era bem inferior ao atual e correspondia a 92 horas e 33 minutos.

3 Quando se considera o percentual do salário mínimo líquido comprometido com a aquisição - após o desconto da parcela referente à Previdência Social verifica-se que, em agosto, 47,74% do valor recebido eram empregados na compra dos mesmos itens que no mês anterior exigiam 45,58%. Em agosto do ano passado eram necessários 45,55%. Comportamento dos preços A maior parte dos produtos que compõem a cesta básica manteve, em agosto, comportamento altista na maioria das capitais pesquisadas. Na comparação com igual mês no ano passado a elevação é ainda mais intensa, com oito itens registrando aumento em todas as localidades onde os preços são acompanhados. Esta elevação supera o reajuste concedido ao salário mínimo, em todas as capitais, 12 delas com alta superior a 11%. O tomate destacou-se por haver subido em todas as 16 cidades pesquisadas tanto na comparação mensal quanto anual, com variações bastante expressivas. Em relação a julho, os destaques foram Vitória (58,33%), Belo Horizonte (44,17%), Fortaleza (36,97%) e Natal (35,85%). Apenas Rio de Janeiro (8,88%) e Goiânia (7,27%) tiveram variação inferior a 10,0%. Em 12 meses, as elevações chegaram a superar 100,0%, em cinco capitais: Vitória (187,88%), Recife (147,22%), Rio de Janeiro (121,69%), João Pessoa (117,05%) e Natal (109,71%). Apenas em Belém (4,10%), o aumento foi contido. A seca, que vem ocorrendo em regiões produtoras provocou elevação nos custos e é a principal causa para o encarecimento do produto. O leite subiu em 15 localidades em agosto e nas 16 cidades pesquisadas quando se considera o comportamento anual. Dentre os aumentos apurados no último mês, os mais significativos ocorreram em Salvador (28,97%), Aracaju (21,49%) e Natal (15,00%). A única taxa negativa foi apurada em Belo Horizonte (-1,42%), enquanto Porto Alegre registrou variação de 0,69%. Em relação a agosto de 2006, as principais altas foram verificadas na capital gaúcha (53,43%), Vitória (40,00%), Curitiba (39,74%) e Florianópolis (30,07%). A menor variação foi apurada em Belém (8,86%). Após um longo período com preços relativamente estáveis, o leite apresentou, nos últimos meses, aumentos expressivos, causados pelo período de entressafra acentuada pela escassez de chuvas e pelo crescimento da demanda interna e externa, além de haver ocorrido abate de matrizes. A carne, item de maior peso na cesta básica, teve alta, em agosto, em 13 cidades, com os movimentos mais fortes verificados em Belo Horizonte (10,30%), Belém (7,80%) e

4 Natal (7,17%). Em 12 meses, 15 localidades registraram elevação, lideradas por Belém (26,05%), Porto Alegre (23,72%) e São Paulo (14,64%). Em João Pessoa a correção foi mais modesta (3,97%) e em Belo Horizonte houve queda (-5,19%). A forte demanda internacional, agravada por problemas sanitários na Inglaterra, pela entressafra e pela forte seca foram as principais causas do encarecimento da carne. O feijão também teve aumento em 13 cidades na comparação mensal. Curitiba (13,83%), Belo Horizonte (11,74%), Rio de Janeiro (10,66%) e Fortaleza (10,16%) destacaram-se, enquanto três localidades apresentaram recuo: Salvador (-4,98%), João Pessoa (-0,95%) e Recife (-0,34%). Em 12 meses, o DIEESE apurou aumento em 12 capitais, em particular em Belo Horizonte (43,50%), São Paulo (28,46%), Recife (23,39%) e Aracaju (20,11%). As reduções foram constatadas no Rio de Janeiro (-3,50%), Florianópolis (-5,97%), Brasília (-7,08%) e Vitória (-12,35%). A quebra das safrinhas por falta de chuva, que normalmente repõe o estoque, foi responsável pela elevação verificada. O preço do pão também subiu, em agosto, em 13 localidades, em especial em João Pessoa (6,93%) e Recife (5,07%), enquanto foram observadas retrações no Rio de Janeiro (-1,04%), Brasília (-1,07%) e Vitória (-2,86%). No período anual, o produto encareceu em todas as capitais, particularmente em Natal (21,78%), Belém (13,68%), Rio de Janeiro (11,48%) e João Pessoa (10,51%). São Paulo (1,62%), Belo Horizonte (1,60%) e Goiânia (0,19%) apresentaram as menores taxas. A queda na produção de trigo no Brasil obrigou a realização de maiores importações. Apesar de o dólar estar barato, o produto tem forte demanda internacional o que mantém seu preço elevado e encarece os derivados internamente. O óleo de soja registrou aumento em 13 localidades, em agosto, com destaque para Fortaleza (9,45%) e Belo Horizonte (7,28%). Em Recife e João Pessoa houve estabilidade e a única redução foi verificada em Salvador (-2,82%). Em comparação a agosto do ano passado, o produto teve alta em todas as capitais, com variações entre 14,36%, em Salvador a 23,60%, em Fortaleza. A grande demanda internacional elevou o preço da soja (e seus derivados) tanto no mercado interno quanto externo. Nove capitais registraram, em agosto, recuo no preço do açúcar, com destaque para João Pessoa (-14,29%) e Fortaleza (-10,24%). Em Brasília e Belém, não houve alteração. Das cinco localidades com alta, a maior ocorreu em Natal (8,72%). Na comparação anual, o açúcar é o único produto cujo preço caiu em todas as capitais, com as maiores quedas

5 apuradas em Goiânia (-44,78%) e João Pessoa (-41,62%) e a menor em Aracaju (-3,39%). A cana está em plena safra e com aumento de produção, dois fatores que determinaram a retração no preço. A batata apresentou queda no preço em sete das nove capitais da região Centro-Sul onde seu preço é pesquisado. As maiores reduções ocorreram em Goiânia (-16,24%) e Belo Horizonte (-11,51%). Aumentos foram apurados em Florianópolis (5,51%) e Curitiba (3,03%). No período anual, todas as nove cidades apresentaram alta, a mais significativa no Rio de Janeiro (52,22%). São Paulo Na capital paulista, a cesta básica subiu, em agosto, 3,24%, com seu preço ficando em R$ 193,04. Neste ano, o aumento chega a 6,04%, enquanto em 12 meses corresponde a 13,81%. Apenas três, dos 13 produtos que compõem a cesta básica do paulistano, registraram queda em agosto: açúcar refinado (-5,30%), batata (-4,91%) e café em pó (-0,13%). Entre os outros itens, a maior alta ocorreu no tomate (17,32%). Os outros aumentos foram: feijão carioquinha (5,65%), leite in natura tipo C (4,57%), carne bovina de primeira (3,60%), farinha de trigo (2,35%), óleo de soja (1,92%), pão francês (1,21%), arroz agulhinha tipo 2 (0,70%), banana nanica (0,47%) e manteiga (0,08%). Na comparação com agosto de 2006, apenas o açúcar teve queda (-23,78%) e houve estabilidade no preço da banana. Para os demais, alguns aumentos foram muito significativos: tomate (41,89%), feijão (28,46%), batata (27,05%), leite (26,19%), café (20,88%), óleo de soja (15,22%), carne (14,64%) e farinha (13,48%), enquanto manteiga (8,14%), arroz (4,38%) e pão (1,62%) apresentaram altas mais contidas. Em agosto, o trabalhador paulistano que ganha salário mínimo precisou cumprir uma jornada de 111 horas e 46 minutos para adquirir os mesmos itens que, em julho, exigiam a realização de 108 horas e 15 minutos. Em agosto de 2006 eram necessárias 106 horas e 37 minutos. Na comparação entre o custo da cesta e o valor do salário mínimo líquido (após desconto da parcela da Previdência), também se verifica a mesma correlação. Em agosto, a

6 compra da cesta básica comprometia 55,01%, ao passo que em julho eram necessários 53,28% do valor recebido. Em agosto de 2006, o percentual comprometido (52,48%) era bem menor que o atual, já que a alta anual da cesta básica (13,81%) foi bem superior ao reajuste do salário mínimo, em abril passado, de 8,57%.