VEGETAÇÃO. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 1

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Transcrição:

VEGETAÇÃO 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 1

1. Vocabulário Aciculifoliada: folha em forma de agulha, como a do pinheiro. A área de incidência são regiões de clima com invernos prolongados e rigorosos. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 2

Coriáceas: folhas grossas, pequenas e geralmente peludas, típicas das áreas de clima quente e com estação seca prolongada. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 3

Decíduas ou caducas: espécies vegetais que perdem folhas para enfrentar uma estação seca prolongada ou um inverno rigoroso. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 4

Densidade: número de espécies vegetais dividido pela área. A densidade é alta, como na floresta equatorial... 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 5

ou baixa, como nos desertos. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 6

Diversidade: número de espécies vegetais diferentes dividido pela área. A diversidade é alta, como na floresta equatorial... 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 7

ou baixa, como na floresta temperada. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 8

Estratificação: diversos tamanhos de uma formação vegetal. Existem os seguintes estratos: herbáceo: formado principalmente por gramíneas; 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 9

arbustivo: constituído por árvores de pequeno porte, até 15 metros; 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 10

arbóreo-arbustivo: constituído por árvores de médio porte, entre 15 e 20 metros; 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 11

arbóreo: constituído por árvores de grande porte, acima de 20 metros. Atlético 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 12

Latifoliada: folha larga e grande, típica das áreas onde a umidade do solo é elevada, como as regiões de clima equatorial e tropical. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 13

Liquens: associação entre fungos e algas. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 14

Mata galeria ou ciliar: vegetação que ocorre em áreas de menor declividade do relevo ou ao longo dos rios. No Brasil, é típica da área de cerrado e de campos. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 15

Perenifólia: espécie vegetal que mantém a folhagem todo o ano, embora ocorra uma renovação constante das folhas. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 16

Radicular: sinônimo de raiz. As raízes podem ser: 1. grandes e profundas, típicas das áreas quentes e úmidas (clima tropical), exemplo: savanas; 2. grandes e superficiais, típicas das áreas quentes e secas ou elevadas (climas desértico, semi-árido e de montanha), exemplo: caatinga; 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 17

3. aéreas ou pneumatóforas, típicas das áreas de mangues: 4. pequenas e superficiais, típicas das áreas quentes e secas (climas desértico, semi-árido e de montanha), exemplo: caatinga; 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 18

5. aquáticas, típicas das áreas alagadas, como os pântanos e a mata de igapó: 6. pequenas e superficiais, típicas das áreas quentes e secas (climas desértico, semi-árido e de montanha), exemplo: caatinga; 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 19

6. tabulares e superficiais, típicas das florestas equatoriais: 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 20

Súber ou cortiça: as espécies suberosas são típicas das áreas de climas quentes e secos e com invernos rigorosos. Seu papel é o de proteção da árvore contra o frio ou contra a queimada. O súber é um isolante térmico. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 21

2. Fatores físicos ou abióticos Correspondem aos fatores do meio físico que interferem nos vegetais. Entre os principais fatores abióticos, podem ser citados: 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 22

2.1 Umidade As espécies vegetais necessitam de diferentes quantidades de água e de diferentes substâncias dissolvidas na água. De acordo com esse critério, pode-se distinguir seis tipos básicos de vegetação: 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 23

Hidrófilas: vegetação que vive todo o ano, ou a maior parte dele, em meio aquático. As principais espécies são as taboas, lótus, vitória-régia e aguapé. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 24

Higrófilas: espécies vegetais que se desenvolvem em meio de grande umidade durante o ano. Como exemplo, tem-se a floresta equatorial. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 25

Xerófilas: vegetais típicos de áreas onde a umidade é pequena durante o ano. Como exemplo, tem-se os desertos e a caatinga. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 26

Mesófilas: espécies que necessitam de água em quantidade média durante o ano. Como exemplo, tem-se a floresta temperada e a mata com araucária. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 27

Tropófilas: espécies que se adaptam à variação sazonal da umidade, no caso, duas estações distintas: uma chuvosa e outra seca. Como exemplo tem-se o cerrado, a savana e a vegetação mediterrânea. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 28

Halófilas: espécies vegetais que vivem em meio salino, típicas das áreas litorâneas. Como exemplo, tem-se os mangues. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 29

2.2 Temperatura A temperatura e a variação anual da temperatura são fatores importantes para explicar a distribuição geográfica da vegetação. As espécies vegetais, em função de sua área de ocorrência, podem ser classificadas em: 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 30

Megatérmica: quando sua área climática apresenta médias anuais superiores a 15º C, como a floresta equatorial, tropical, cerrados etc. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 31

Mesotérmica: quando as espécies vegetais ocupam a área climática onde a temperatura varia de 12º a 15º C de média anual, como as florestas temperadas. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 32

Microtérmica: quando sua área climática apresenta médias anuais abaixo de 12º C, como a taiga e a tundra. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 33

2.3 Altitude A distribuição da vegetação em altitude segue uma ordem equivalente à distribuição em latitude. Assim, em uma montanha, localizada em uma área equatorial, ocorre, da base para o topo, desde uma floresta equatorial até uma vegetação semelhante à tundra polar. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 34

2.4 Solos Os solos influenciam e são influenciados pela vegetação. Por exemplo: sua manutenção depende da cobertura vegetal que o recobre e o protege contra a erosão. Os principais solos são: 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 35

Latossolos CLIMA Equatorial Tropical profundos porosos lixiviados laterizados pobres típicos das áreas quentes e úmidas VEGETAÇÃO Floresta equatorial Floresta tropical e savanas 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 36

Litossolos rasos pedregosos mineralizados típicos das áreas quentes e secas CLIMA VEGETAÇÃO Desértico Semi-árido Desértica Caatinga 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 37

Podzol ácidos pobres típicos das áreas temperadas CLIMA Continental VEGETAÇÃO Floresta de coníferas 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 38

Permafrost rasos pedregosos mineralizados típicos das áreas frias e secas Polar CLIMA VEGETAÇÃO Tundra 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 39

Hidromórficos profundos saturados de água pobres típicos das áreas quentes e úmidas CLIMA Equatorial Tropical VEGETAÇÃO Mangues 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 40

Löess profundos férteis ocorrem em vários climas CLIMA Continental Subtropical VEGETAÇÃO Campos 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 41

Tchernozion profundo fértil húmico típicos das áreas temperadas CLIMA Continental VEGETAÇÃO Campos 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 42

3. Formações vegetais Corresponde ao conjuntos de plantas que formam uma paisagem e caracterizam-se por uma fisionomia semelhante. Se em uma área geográfica restrita, ocorre mais de uma formação vegetal, denomina-se de formação complexa, como o Pantanal e a vegetação litorânea (praia, dunas, mangues, etc.) 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 43

3.1 Floresta Equatorial Ocorre nas áreas de baixas latitudes, onde predomina o clima quente e úmido, a exemplo da Amazônia, faixa centro-ocidental da África e Sudeste Asiático. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 44

Apresentam grande quantidade de lianas e epífitas. Suas folhas são perenes e latifoliadas. É uma formação vegetal heterogênea e de grande densidade. Apresenta uma estratificação completa, com árvores que podem atingir até 60 metros de altura. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 45

Epífitas: são vegetais que utilizam das árvores como suporte para seu crescimento, não sendo parasita. As principais espécies são as orquídeas e a bromélias. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 46

Lianas: são vegetais que utilizam das árvores como suporte para seu crescimento. As principais espécies de lianas são os cipós. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 47

A floresta amazônica pode ser dividida em três níveis, em função de suas características pedológicas, topográficas, climáticas e botânicas. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 48

3.1.1 Mata de terra firme Apresenta-se como a área de maior desenvolvimento fitogeográfico da floresta. A principal espécie é a castanheira. Além dela ocorrem o caucho, o acapu e a maçaranduba. Ocorre na área dos baixos platôs, região a salvo das inundações do R. Amazonas. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 49

3.1.2 Mata de várzea Formação vegetal relacionada à planície amazônica. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 50

Sofre inundações periódicas. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 51

Principais espécies são: seringueira, guaranazeiro e cacaueiro. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 52

3.1.3 Mata de igapó Apresenta uma baixa diversidade e densidade. Ocorre dentro da várzea, nas áreas deprimidas do relevo, onde a inundação é permanente. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 53

Apresenta espécies hidrófilas, como a vitória-régia. Além dela, tem-se o açaí e a piaçava. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 54

A ocupação humana desordenada na Região Norte, pelas frentes pioneiras agrícolas, pela mineração e pelo garimpo, produziram vários impactos ambientais à floresta amazônica. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 55

As projeções dessa ocupação mostram que a intensidade dos impactos tende a aumentar. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 56

O desmate, que primeira metade dos anos 90, havia reduzido percentualmente sua taxa anual em relação aos anos 80, voltou a aumentar na segunda metade da década passada. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 57

A atividade agrícola não considera os solos pobres e lixiviados, e que ocasionalmente apresentam crostas lateríticas (cangas). Assim que ocorre o desgaste do húmus, camada orgânica fértil que recobre o solo, este entra em exaustão, levando à formação de áreas erodidas. A maioria da área desmatada é voltada para a formação de pastagens, a extração da madeira e pela atividade mineradora. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 58

As queimadas freqüentes contribuem para o desequilíbrio ambiental, causando a extinção de espécies e para o aumento do efeito estufa. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 59

3.2 Floresta tropical Ocupa parcela significativa do Brasil. É uma formação que se caracteriza por: grande densidade e diversidade; folhas latifoliadas e perenes; estratificação completa. De acordo com sua localização e diferenciações do meio e da fisionomia, a floresta tropical é dividida em dois tipos: 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 60

3.2.1 Floresta tropical do interior Ocorre entre a mata atlântica e o cerrado. É área do clima do tropical, fato que explica a presença de algumas espécies semi-caducas. Também denominada de floresta semi-úmida. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 61

Podem ser observadas manchas isoladas nas encostas do Espinhaço, no Vale do Rio Doce, etc. Sua degradação é intensa, devido à elevada densidade demográfica da área e à agricultura. As principais espécies são a peroba, o cedro e as orquídeas. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 62

3.2.2 Mata atlântica A proximidade com o litoral, fator que aumenta a umidade, garante uma vegetação sempre verde e perene. A grande densidade populacional e a atividade agrícola mais intensiva degradaram, violentamente, a mata atlântica. Ocorre próxima ao litoral, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. As principais espécies são o pau-brasil, o jacarandá, o cedro, entre outras. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 63

Veja no mapa a seguir, a situação da mata atlântica, no que diz respeito a área desmatada. Algumas manchas podem ser ainda observadas no litoral sul baiano e nas encostas íngremes da Serra do Mar, no Rio, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 64

... e nos dias atuais. Situação da mata atlântica quando da descoberta do Brasil 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 65

A degradação em São Paulo é mais intensa que no resto do Brasil. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 66

3.3 Savanas e cerrados Aparecem na faixa intertropical. Na área do clima tropical, com duas estações: uma chuvosa e outra seca. O nome genérico é savana. No Brasil, ela é denominada de cerrado. Ocorre principalmente no Brasil central, como mostra o mapa a seguir. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 67

A principal área de ocorrência do cerrado é o Centro-Oeste. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 68

Apresenta de alta diversidade e baixa densidade. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 69

As folhas são coriáceas e algumas espécies são semidecíduas. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 70

Apresenta dois estratos: um herbáceo, descontínuo, formando tufos, e outro arbóreo-arbustivo. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 71

Os troncos são tortuosos e suberosos. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 72

As raízes são grandes. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 73

O cerrado apresenta-se com três variações fisionômicas: 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 74

o campo cerrado, onde domina o estrato herbáceo; 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 75

o cerrado, propriamente dito; 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 76

o cerradão, onde predomina o estrato arbóreo. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 77

Além das matas galerias, é comum no cerrado, a presença das veredas. Uma presença marcante no cerrado são as matas ciliares ou galerias. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 78

Veredas são alinhamentos de palmeiras meio de uma mata tropical, típicas do cerrado. Indicam a presença de nascentes de rios e olhos d água. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 79

As principais espécies de palmeiras são os buritis e as macaúbas. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 80

O aproveitamento básico do cerrado é a criação extensiva de bovinos. Na década de 60 o cerrado começou a ser ocupado pela lavoura de exportação e, desenvolveu, consideravelmente, as culturas da soja, do café e do trigo. Tornando-se, assim, uma das principais áreas produtoras de grãos do Brasil. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 81

Queimadas extensas para limpar o solo ou para fabricação do carvão são as principais agressões. A ocupação do cerrado pelas frentes pioneiras agrícolas é realizada de forma desordenada e predatória. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 82

No norte de Minas surgem os primeiros núcleos de desertificações, trazendo grandes problemas para área. A produção de carvão vegetal, a partir do cerrado, devasta extensas áreas, principalmente em Minas e Goiás. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 83

3.4 Campos Ocorrem no clima continental e nas áreas de transição para a zona térmica temperada. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 84

Recebem nomes diferentes, de acordo com sua área de ocorrência. É uma formação herbácea, podendo ser contínua ou não, de grande densidade e diversidade. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 85

as estepes da Europa, Rússia e África, sendo que esta última é seca, de área semi-árida. as pradarias dos Estados Unidos e Canadá; os pampas argentinos e uruguaios e do sul do Brasil; As principais áreas campestres são: 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 86

Campanha Gaúcha, no sul do país, é a principal área de ocorrência da formação campestre do Brasil; No Brasil, recebem várias denominações, dependendo da posição geográfica e do ambiente em que se encontram: 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 87

os campos de altitude ou rupestres do Sudeste, que ocorrem nas partes elevadas do Planalto Oriental e; 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 88

e os campos de inundação da ilha do Marajó. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 89

3.5 Desertos e semi-desertos Ocorrem em áreas de clima quente e com estação seca prolongada. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 90

Os principais desertos do mundo estão localizados próximos aos trópicos, o Saara, o Kalahari, Namíbia etc. A vegetação é rara e espaçada, constituída por tufos de gramíneas e pequenos arbustos. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 91

A vegetação desértica assume vários tipos de fisionomias de acordo com sua área de ocorrência. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 92

A escassez de chuvas impõe o xeromorfismo, isto é, adaptações que o vegetal adquire em função do ambiente seco. Entre elas, tem-se: 1. presença de espinhos; 2. perda de folhas; 3. raízes grandes; 4. caules suculentos e, 5. presença da queratina. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 93

Típica do clima semi-árido do Sertão nordestino, norte de Minas e Vale do Médio Jequitinhonha. No Brasil ocorre uma formação semi-desértica, denominada de caatinga. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 94

Sua densidade é baixa e a diversidade é alta. Apresenta dois estratos: um herbáceo descontínuo e outro, arbóreo-arbustivo. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 95

As folhas são coriáceas e caducas. As raízes são grandes e superficiais. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 96

As principais espécies são: xique-xique, facheiro e mandacaru. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 97

3.6 Vegetação mediterrânea Localiza-se no sul da Europa, norte e sul da África, no litoral do Chile e da Califórnia e sul e sudoeste da Austrália. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 98

Desde o império romano encontra-se degradada. As espécies apresentam indícios xeromórficos, em função das chuvas caírem no inverno. Também pode ser denominada de maquis e garrigues. É uma formação arbórea-arbustiva, com tufos descontínuos de gramíneas. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 99

3.7 Florestas temperadas Localizam-se na área dos climas oceânico e continental. Ocorrem, principalmente, na Europa ocidental, no noroeste dos Estados Unidos e sudoeste do Canadá. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 100

As espécies são de alto porte e decíduas. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 101

É de baixa diversidade e densidade. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 102

Ela cedeu lugar à agricultura comercial e aos espaços urbanizados. Por se localizar nas áreas de maior desenvolvimento econômico do mundo, essa formação vegetal já foi bastante dizimada. As principais espécies são os carvalhos, as faias e os bordos. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 103

3.8 Florestas de coníferas Também pode ser denominada de taiga. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 104

É a formação vegetal que ocupa a maior área do planeta. Localiza-se na porção setentrional do Canadá, Europa e Rússia, áreas de clima continental e subpolar. Por essa razão, alguns autores a denomina de floresta boreal. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 105

É uma vegetação homogênea e com baixa densidade. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 106

As principais espécies são os pinheiros e os abetos. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 107

As folhas são aciculifoliadas e perenes. Apresenta um contorno superior uniforme, as copas são cônicas, e somente com o estrato arbóreo. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 108

Os solos são pobres, ácidos e com pouco húmus. São denominados de podzol. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 109

É a principal fonte de madeira mole do mundo, e seu destino é a fabricação do papel. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 110

Essas áreas correspondem, respectivamente, aos climas subtropical e tropical de altitude. No Brasil ocorre, também, uma floresta de coníferas: a mata com araucária. A mata ocorre nas partes mais elevadas do Planalto Meridional, Primeiro e Segundo Planalto, e nas partes mais elevadas do Planalto Oriental, na Região Sudeste. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 111

É uma vegetação remanescente, dita como fóssil, atestando o vestígio de um antigo frio que ocorreu na área em eras geológicas passadas. É uma formação que dizem ser homogênea e aberta, com o domínio do estrato arbóreo e arbustivo. A principal espécie é o pinheiro-do-paraná, a Araucaria angustifolia, além dele ocorrem a erva-mate, a canela, a imbuia e outras. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 112

A mata encontra-se bastante degradada, em função de dois aspectos: 1. a elevada taxa de ocupação do solo no sul do país; 2. e a exploração de vegetais com valor comercial, como o pinheiro, utilizado no fabricação do papel e a imbuia empregada na indústria de móveis. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 113

Apresenta um ciclo vegetativo curto, isto é, os vegetais crescem, florescem e frutificam rapidamente. É uma formação vegetal de baixo porte, do tipo herbácea. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 114

3.9 Tundra Ocorre predominantemente no hemisfério norte, na porção setentrional do Canadá, Europa e Rússia. Sua área é a do clima polar. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 115

Os solos permanecem congelados a maior parte do ano, não se prestando à atividade agrícola. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 116

Suas principais espécies são os musgos e liquens. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 117

3.10 Vegetação litorânea É uma formação complexa, onde aparecem a vegetação de praia, dunas e de mangues. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 118

Dessas formações, a de maior destaque, são os mangues. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 119

As principais características dos mangues são: 1. espécies latifoliadas e perenes; 2. raízes aéreas ou pneumatófaras; 3. grande densidade e diversidade. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 120

Devido à grande quantidade de material em decomposição, há uma elevada atividade microbiana, que por sua vez, é base da cadeia alimentar, daí os mangues considerados como berçários para a vida flúvio-marinha. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 121

Os mangues vêm sendo destruídos pela expansão urbana e industrial, seja pela construção de loteamentos clandestinos, seja por aterramentos. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 122

3.11 Complexo do Pantanal Ocupa a porção ocidental da Região Centro-Oeste, área de clima tropical. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 123

É considerada uma formação complexa, pois na área ocorrem diversas formações vegetais. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 124

As formações vegetais apresentam a seguinte distribuição: na área de alagamento tem-se campos de inundação e na área não alagada tem- se cerrado, campos, floresta equatorial, etc. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 125

Com a expansão da economia do Sudeste em direção ao Centro-Oeste, a construção de rodovias e ferrovias foi intensificada. Os garimpos clandestinos de ouro provocam o assoreamento dos rios e contaminam o meio com mercúrio. Por ser uma área plana, as estradas foram construídas acima do nível da planície, criando, assim, barragens para o escoamento das águas. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 126

3.12 Mata dos cocais Ocupa os estados do Maranhão e do Piauí. Apresenta vários tipos climáticos: 1. Equatorial: oeste do Maranhão; 2. Tropical: leste do Maranhão; 3. Semi-árido: Piauí. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 127

Por se localizar entre a floresta equatorial e à caatinga, é denominada de mata de transição. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 128

As principais espécies são as carnaúbas e os babaçus. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 129

Da carnaúba extrai-se a cera, utilizada indústria automobilística e nas casas. na Do babaçu extrai-se o óleo, matéria prima para a fabricação de centenas de produtos, além de ser fonte alternativa de energia. O extrativismo do babaçu e da carnaúba emprega um grande número de pessoas, adquirindo, assim, uma grande importância na economia regional. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 130

4. Desmatamento É um dos mais sérios problemas atuais, sobretudo nos países subdesenvolvidos, porque grande parte do 1º Mundo já devastou suas florestas, em detrimento do seu desenvolvimento econômico. Cerca de 11 a 15 milhões de hectares são desmatados por ano, área maior que a Áustria. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 131

As florestas tropicais ocupam 7% da Terra, mas possuem: 1. mais da metade das espécies vegetais e animais; 2. 80% dos insetos; 3. 90% dos macacos e 4. 50% dos produtos agrícolas são originários delas. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 132

Os motivos para a devastação são vários: 1. o crescente comércio internacional de madeiras; 2. a prática de sistemas agrícolas como a agricultura itinerante; 3. o consumo de lenha e carvão vegetal; 4. a busca do lucro com a pecuária. tradicionais, 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 133

Dentre as citam-se: conseqüências do desmatamento 1. a degradação dos solos, com o conseqüente aumento da carga sólida dos rios; 2. alterações climáticas, com o agravamento do risco de secas e inundações; 3. aumento do processo de desertificação; 4. redução das reservas hídricas; 5. alterações no ciclo do carbono. 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 134

No Brasil, o processo desmatamento é recente, porém intenso, principalmente no cerrado e na floresta equatorial: 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 135

Entretanto, desde o início da colonização do país, existe a degradação. As áreas mais degradadas são: 1. campos da Campanha 2. caatinga 3. mata com araucária 4. mata atlântica 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 136

FIM 1/6/2009 Professor: Carlos Dias 137