ATA DA PLENÁRIA DO 4º ENCONTRO DAS UNIDADES REGIONAIS DE GESTÃO JUDICIÁRIA DE PARTICIPAÇÃO DA 1ª INSTÂNCIA NA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO DE MINAS GERAIS: REGIÃO DO TRIÂNGULO MINEIRO E ALTO PARANAÍBA. Aos 19 dias do mês de setembro de 2013 realizou-se a Reunião Plenária do 4º Encontro das Unidades Regionais de Gestão Judiciária de Participação da 1ª Instância na Administração da Justiça do Trabalho de Minas Gerais Região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, tendo como Coordenador Regional o Juiz do Trabalho Dr. Marco Aurélio Marsiglia Treviso, com a presença dos demais Juízes Titulares e Substitutos (Auxiliares e do Quadro Móvel) que atuam nesta região. O Coordenador Regional, Juiz Marco Aurélio Marsiglia Treviso, saudou todos os presentes e declarou aberta a sessão. DIRETRIZES DE AÇÃO GERAIS: TEMA 1: Igualdade de tratamento entre primeira e segunda instância. 1.1. Valorização dos juízes de primeira instância. DA 01: Em razão do constante aumento do número de demandas, da gradativa implementação e cobrança de novas e maiores metas estratégicas pelo CNJ, em prol da melhoria e da eficiência da prestação jurisdicional, deve ser fixado o número mínimo de 02 assistentes por juiz (titular e substituto). DA 02: Com a criação e implementação gradativa do PJ-E, que implica na redução dos serviços secundários e acessórios da Secretaria da Vara, deve-se iniciar o remanejamento, qualificação e melhor aproveitamento dos servidores para a atividade-fim jurisdicional. DA 03: Direito à participação e voz do SINGESPA, através de um juiz representante de cada Unidade Regional ou do Coordenador Geral, na comissão instituída pelo TRT para tratar das questões envolvendo o auxílio-fixo, a sub-regionalização e os critérios de lotação e convocação de juízes integrantes do quadro móvel. DA 04: Igualdade e extensão dos benefícios concedidos aos
desembargadores para os juízes de primeiro grau, em razão do exercício da atividade jurisdicional. DA 05: Absoluto respeito ao direito de gozo das férias adquiridas pelos juízes. DA 06: Acessibilidade aos cursos presenciais no interior ou a partir do sistema de videoconferência. 1.2. Disciplina Judiciária. DA 07: Não se constitui em violação à disciplina judiciária as decisões proferidas pelos Juízes de 1o grau que estão calcadas no princípio do livre convencimento motivado, conforme artigo 93, inciso IX da CF. DA 08: É livre a expressão da atividade intelectual e científica, independentemente de censura ou de licença, nos termos do artigo 5o, inciso IX da CF, não constituindo violação à disciplina judiciária as decisões proferidas fora das hipóteses constitucionais de vinculação definidas pelo STF. DA 09: A vinculação dos juízes às decisões judiciais superiores, por ser uma exceção ao princípio do livre convencimento motivado, são restritas às hipóteses previstas nos artigos 102, parágrafo 2o e 103-A da CF. DA 10: Segundo o Ministro Celso de Mello, em manifestação na sessão plenária no julgamento da AP 470: Os Juízes do Supremo Tribunal Federal, tal como reconhecido por seu Presidente no pronunciamento que ora vem de fazer, têm a consciência de que o exercício do poder, em particular do poder jurisdicional, somente se legitimará com o diálogo, com o debate, com o respeito à alteridade, com a aceitação da diferença, com o acolhimento do pluralismo de ideias e com a coexistência harmoniosa entre as diversas correntes de ação e de pensamento. Dessa ilação tem-se que a disciplina judiciária, fora das hipóteses constitucionais, é incompatível com o exercício da atividade jurisdicional.
DA 11: Nos votos vencidos reside a semente das grandes transformações (Ministro Celso de Mello). 1.3. Segurança institucional. DA 12: O(s) segurança(s) armado(s) deverá(ão) continuar em atividade enquanto o juiz estiver nas dependências da Vara, independentemente do horário de atendimento ao público. DA 13: Deverá o TRT providenciar perante os órgãos competentes a instalação de câmeras de monitoramento da Polícia Militar, decorrente do Programa Olho Vivo, nas imediações dos prédios da Justiça do Trabalho. DA 14: Deverá o TRT custear cursos voltados para a segurança dos magistrados, notadamente no interior. Temática 2. DA 15: É ilícita a exigência de prolatar decisões, em procedimento sumaríssimo, durante as férias, pelos seguintes motivos: a) retira do juiz do descanso; b) coloca em risco de adoecimento o juiz (fazer ligação com o estudo sobre organização do trabalho); c) retira do juiz o direito fundamental e social ao lazer e dignidade, na condição de trabalhador. Assim, o prazo de sentença para fins de sumaríssimo também deve ficar suspenso, durante as férias do juiz. Temática 3. Alterações a serem propostas para o regimento interno. DA 16: A proposta de que seja alterado o art. 146 do RI de forma que não só os desembargadores, mas também o coordenador geral do SINGESPA possa propor a edição, revisão ou o cancelamento de súmula à Comissão de Jurisprudência. DA 17: A proposta é que seja alterada a redação do 1º do art 187 do Regimento Interno para que o Coordenador Geral do SINGESPA
também possa submeter as propostas acaso rejeitadas à Deliberação do Pleno. DA 18: Imediato cumprimento do artigo 10 da Resolução 63 do CSJT que determina a atuação de dois magistrados por Vara do Trabalho. DA 19: Disponibilização de assistentes para todos os magistrados (titulares e substitutos); DA 20: Agilização do desenvolvimento de sistema informatizado que possibilite a transparência e a observância de critérios objetivos, como a antiguidade, para as convocações dos magistrados substitutos, com atualização e apresentação em tempo real; DA 21: Suspensão de convocações de magistrados de 1º grau para substituição no 2º grau, salvo nas hipóteses legais, de forma a não prejudicar a produtividade e sobrecarregar os juízes de 1ª instância. DA 22: Adoção de critérios objetivos nas convocações de magistrados para substituição no 2º grau. DA 23: Cumprimento fiel das normas para remoção de servidores, refutando ingerências mediante requisição, sem a anuência do magistrado, e a devida recomposição do quadro; DA 24: Implementação da remoção global para os servidores, observados os critérios objetivos previstos na Lei 8.112/90, como medida de moralidade, eficiência, transparência e agilização administrativa. Aprovada por maioria. DA 25: Alteração regimental para que se inclua oficialmente a função administrativa de diretoria do foro, com gratificação para os que a exercem, como medida de garantia de importante conquista e
valorização da dedicação específica de magistrado indicado mediante critérios objetivos; DA 26: Alteração regimental que inclua oficialmente o SINGESPA e a função de seu Coordenador Geral na estrutura do Tribunal, como garantia de importante conquista institucional e valorização para a 1ª. Instância; DA 27: Alteração regimental que oficialize o sistema de remoção global para os magistrados. DA 28: Adoção de mecanismos para que todos os magistrados possam votar de forma direta nas eleições para os cargos de administração do Tribunal e direção da Escola Judicial, como medida de democracia participativa, transparência, acessibilidade e gestão administrativa; DA 29: Manutenção da pauta humanizada ou pauta de referência, como garantia de saúde física e mental para os magistrados e qualidade na prestação jurisdicional, respeitada a autonomia do juiz na gestão da pauta; Temática 4. A URGE, por unanimidade, é a contra a proposta apresentada, em virtude dos seguintes óbices: a) fere o princípio do juiz natural; b) o juiz diretor de foro não está investido de jurisdição, porque exerce atividade meramente administrativa; c) não seria possível contar com juiz auxiliar, porque não há número suficiente para tanto; d) nas Varas do interior onde há foro, o juiz diretor acumula funções administrativas e funções jurisdicionais da Vara do Trabalho em que é titular, o que inviabiliza a coordenação e homologação dos processos de outras Varas, sob pena de comprometer, ainda, o trabalho que realiza em sua própria Vara; e) haverá um aumento no número de instruções e consequentemente julgamentos, sobrecarregando ainda mais o juiz, porque o número de audiências a serem realizadas continuará o mesmo; f) não há compreensão nem campo ideal para diminuir o número de audiências diárias; g) fisicamente será inviável ao juiz realizar o mesmo número de audiências que atualmente são feitas.
Temática 5. DA 30: Proposta de alteração: readequação das Unidades Regionais, para que a divisão das cidades coincida com as regiões que serão criadas para fins de lotação de juízes substitutos, como também para o sistema de plantão, possibilitando a melhor divisão geográfica das cidades. DA 31: Proposta de alteração no sentido de que o município de Bom Despacho passe a pertencer à URGE da região SUL ou da Região Metropolitana. Ao final, foi reconduzido ao cargo para continuar como Coordenador Regional da UTA, o Dr. Marco Aurélio Marsiglia Treviso. Para tanto, restou aprovado o pagamento de diárias, que são necessárias para o pagamento de despesas de alimentação e hospedagem, ao Juiz Coordenador da UTA, todas as vezes que for necessário seu deslocamento até Belo Horizonte para participar das reuniões do SINGESPA, considerando que é o único juiz, entre todos os coordenadores regionais, que é substituto, embora esteja atuando, desde Abril de 2008, como auxiliar junto à 2ª Vara do Trabalho de Uberlândia. As diárias deverão ser pagas nos mesmos moldes e valores pagos aos demais juízes coordenadores das outras Unidades Regionais deste Tribunal. E, para constar, eu Antônio Fernandes, Secretário dos Trabalhos, lavrei a presente Ata, a qual depois de lida e achada conforme vai assinada pelo Juiz Marco Aurélio Marsiglia Treviso, Coordenador Regional. ORIGINAL ASSINADO Juiz Marco Aurélio Marsiglia Treviso Coordenador Regional de Gestão Judiciária e de Participação na 1ª Instância na Administração da Justiça UTA. ORIGINAL ASSINADO Antônio Fernandes Secretário do 3º Encontro Regional.