AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL DAS DEFINIÇÕES

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Art. 2 Para os fins e efeitos desta Resolução são considerados os seguintes termos e respectivas definições:

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Transcrição:

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL RESOLUÇÃO N O, DE DE DE 2001 Estabelece, de forma atualizada e consolidada, as disposições relativas à conformidade dos níveis de tensão de energia elétrica O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL, no uso de suas atribuições regimentais, de acordo com deliberação da Diretoria, tendo em vista o disposto no art. 47 do Decreto n o 41.019, de 26 de fevereiro de 1957, com a redação dada pelo Decreto n o 97.280, de 16 de dezembro de 1988, no art. 6 o da Lei n o 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, nos 1 o e 2 o do art. 25 da Lei n o 9.074, de 7 de julho de 1995, no art. 2 o da Lei n o 9.427, de 26 de dezembro de 1996, nos incisos IV, XIV e XVI do art. 4 o, Anexo I, do Decreto n o 2.335, de 6 de outubro de 1997, e considerando que: é imprescindível para a conceituação de serviço adequado o estabelecimento dos níveis de tensão de energia elétrica, bem como a definição dos limites de variação das tensões a serem observadas pelas concessionárias de serviços públicos de energia elétrica; existe a necessidade de rever, atualizar e consolidar as disposições referentes à conformidade dos níveis de tensão de energia elétrica definidas na Portaria DNAEE n o 047, de 17 de abril de 1978; e compete à ANEEL regular os serviços de energia elétrica, expedindo os atos necessários ao cumprimento das normas estabelecidas pela legislação em vigor, estimulando a melhoria do serviço prestado e zelando, direta e indiretamente, pela sua boa qualidade, observando, no que couber, o disposto na legislação vigente de proteção e defesa do consumidor, resolve: Art. 1 o Estabelecer, na forma que se segue, as disposições atualizadas e consolidadas relativas à conformidade dos níveis de tensão, a serem observadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), concessionárias, permissionárias de serviços públicos de energia elétrica e consumidores livres. DAS DEFINIÇÕES Art. 2 o Para os fins e efeitos desta Resolução são adotadas as seguintes definições mais usuais: I - Amostra: unidades consumidoras selecionadas periodicamente pela ANEEL, obedecendo critério estatístico aleatório, que serão objeto de medição da conformidade dos níveis de tensão praticados pela concessionária ou permissionária; II - Concessionária ou Permissionária: agente titular de concessão ou permissão federal para prestar o serviço público de energia elétrica, referenciado, doravante, apenas pelo termo concessionária; III - Consumidor: pessoa física ou jurídica, ou comunhão de fato ou de direito, legalmente representada, que solicitar à concessionária o fornecimento de energia elétrica e assumir a responsabilidade pelo pagamento das faturas e pelas demais obrigações fixadas nas normas e regulamentos da ANEEL, assim vinculando-se aos contratos de fornecimento, de uso e de conexão ou de adesão, conforme cada caso; IV - Duração Relativa da Transgressão Máxima de Tensão Precária (DRP M ): percentual máximo de tempo admissível para as leituras de tensão, nas faixas de tensão precárias, no período de observação definido; V - Duração Relativa da Transgressão de Tensão Precária (DRP): indicador individual referente à duração relativa das leituras de tensão, nas faixas de tensão precárias, no período de observação definido, expresso em percentual;

VI - Duração Relativa da Transgressão Máxima de Tensão Crítica (DRC M ): percentual máximo de tempo admissível para as leituras de tensão, nas faixas de tensão críticas, no período de observação definido; VII - Duração Relativa da Transgressão de Tensão Crítica (DRC): indicador individual referente à duração relativa das leituras de tensão, nas faixas de tensão críticas, no período de observação definido, expresso em percentual; VIII Leitura Válida: valor de tensão obtido de leitura sem ocorrência de interrupção de energia elétrica no período de observação, limitado a 80% da Tensão Contratada. Abaixo de 80% será considerada como interrupção no fornecimento de energia elétrica. IX - Período de Observação: período de 168 (cento e sessenta e oito) horas a ser utilizado para a medição individual de tensão e de 72 (setenta e duas horas) para as medições amostrais de tensão. X - Ponto de Conexão: conjunto de equipamentos e materiais que se destinam a estabelecer a conexão elétrica entre dois sistemas; XI - Ponto de Entrega: de acordo com os artigos 9, 10 e 11 da resolução 456, de 29/11/00. XII - Proporção de Unidades Consumidoras com Tensão Crítica (PCC): percentual da amostra com transgressão de tensão crítica; XIV - Rede Básica: instalações de transmissão pertencentes ao Sistema Elétrico Interligado, identificadas segundo Resolução específica da ANEEL; XV - Tensão Contratada (TC): valor eficaz de tensão estabelecido em contrato específico, expresso em volts ou seu múltiplo; XV - Tensão de Atendimento (TA): valor eficaz de tensão no ponto de entrega ou de conexão, podendo ser classificada em adequada, precária ou crítica, de acordo com a leitura efetuada, expresso em volts ou seu múltiplo; XVI - Tensão Nominal (TN): valor eficaz de tensão pelo qual o sistema é designado, expresso em volts ou seu múltiplo. Para transmissão e subtransmissão em corrente alternada: 750 500 230 138 69 34,5 13,8 11,9 kv; Para distribuição primária de corrente alternada em redes públicas: 34,5 13,8 11,9 kv. Para distribuição secundária de corrente alternada em redes públicas: 380-220 e 220-127 volts em redes trifásicas e 440-220 e 254-127 volts em redes monofásicas. XVII - Tensão em Extinção (TE): valor de tensão nominal não mais padronizada e que se encontra em processo de extinção, expresso em volts ou seu múltiplo; XVIII - Tensão de Leitura (TL): valor eficaz de tensão obtido de medição por meio de equipamentos apropriados, expresso em volts ou seu múltiplo; XIX - Unidade Consumidora: conjunto de instalações e equipamentos elétricos caracterizado pelo recebimento de energia elétrica em um só ponto de entrega, com medição individualizada e correspondente a um único consumidor;

XX - Valor Líquido da Fatura: valor em moeda corrente resultante da aplicação das respectivas tarifas de fornecimento, sem incidência de impostos, sobre as componentes de consumo de energia elétrica ativa, de demanda de potência ativa, de uso do sistema, de consumo de energia elétrica e demanda de potência reativas excedentes; e XXI - Valor Normativo (VN): valor que limita o repasse para as tarifas de fornecimento dos preços livremente negociados na aquisição de energia elétrica, por parte das concessionárias e permissionárias, estabelecido segundo Resolução específica da ANEEL. XXII - Consumidor Livre: consumidores que têm a opção de escolher o seu fornecedor de energia elétrica, conforme Resolução Nº 264 de 13.08.1998 da ANEEL. Art. 3 o A conformidade dos níveis de tensão deve ser avaliada, nos pontos de conexão à Rede Básica, nos pontos de conexão entre concessionárias e nos pontos de entrega de energia às unidades consumidoras, por meio de indicadores que expressem os valores individuais e o coletivo. DA DETERMINAÇÃO DA TENSÃO CONTRATADA E DA FAIXA DE VARIAÇÃO DA TENSÃO Art. 4 o A tensão a ser contratada pela concessionária junto ao ONS deve ser a tensão nominal do sistema. Serão permitidas tensões contratadas entre 95% (noventa e cinco por cento) e 105% (cento e cinco por cento) da tensão nominal ou em extinção do sistema elétrico, mediante acordo entre as partes. Parágrafo 1. Para tensões nominais iguais ou maiores que 69 kv, a Tensão de Atendimento será classificada de acordo com as faixas de variação da tensão de leitura, conforme tabela abaixo: Classificação da Tensão de Atendimento (TA) Adequada Precária Crítica Faixa de variação da Tensão de Leitura (TL) em relação à Tensão Nominal (TN) 0,95 TC TL 1,05 TC 0,93 TC TL < 0,95 TC 0,80 TC TL < 0,93 TC ou TL > 1,05 TC Parágrafo 2 - Para tensões nominais iguais ou inferiores a 34,5 kv a Tensão de Atendimento, definida entre as partes, deverá ser compensada por patamares de carregamento, obedecendo os limites da tabela acima. Art. 5 o Para unidades consumidoras atendidas em tensão superior a 1 kv, o nível de tensão contratado com a concessionária ou ONS, no ponto de entrega ou de conexão, deve situar-se entre 95% (noventa e cinco por cento) e 105% (cento e cinco por cento) da tensão nominal do sistema elétrico. Parágrafo único. As Tensões de Atendimento nas unidades consumidoras, referidas no caput deste artigo, devem ser classificadas de acordo com as faixas de variação da tensão de leitura, conforme tabelas 1 e 2 constantes do Anexo desta Resolução. Art. 6 o Para unidades consumidoras atendidas em tensão igual ou inferior a 1 kv, as Tensões de Atendimento devem ser classificadas de acordo com as faixas de variação da tensão de leitura, conforme tabela 3 constante do Anexo desta Resolução. DOS INDICADORES INDIVIDUAIS

Art. 7 o Quando solicitada medição de tensão pelo cliente, a concessionária deverá apurar, no ponto de entrega ou de conexão, conforme o caso, os seguintes indicadores individuais: I - Duração Relativa da Transgressão de Tensão Precária (DRP), utilizando a seguinte fórmula: nlp DRP = x100 [%] N II - Duração Relativa da Transgressão de Tensão Crítica (DRC), utilizando a seguinte fórmula: nlc DRC = N x100 [%] onde: nlp = número de leituras situadas nas faixas precárias; nlc = número de leituras situadas nas faixas críticas; e N = número de leituras válidas a cada 10 (dez) minutos no período de observação, sendo 1.008 para atendimento às reclamações de clientes e 432 para atendimento às medições amostrais. Parágrafo único: Serão admitidas como válidas as medições com variações de N menores que 5%. DO INDICADOR COLETIVO Art. 8 o A concessionária deve apurar, trimestralmente, de acordo com a dimensão da amostra em que se enquadra, conforme tabela constante do art. 10, o seguinte indicador coletivo: fórmula: Proporção de Unidades Consumidoras com Tensão Crítica (PCC), utilizando a seguinte onde: CC PCC = CA x100 [%] CA = total mensal de unidades consumidoras objeto de medição; CC = total de unidades consumidoras com leituras situadas na faixa crítica. DO REGISTRO DOS DADOS DE MEDIÇÕES AMOSTRAIS Art. 9 o A partir de janeiro de 2003 os indicadores devem ser apurados por meio de procedimentos auditáveis que contemplem desde a medição da tensão até a transformação dos respectivos dados em indicadores. 1 o Os dados relativos à leitura das tensões, devem ser disponibilizados por um período mínimo de 5 (cinco) anos, para fins de fiscalização da ANEEL, contendo, no mínimo, as seguintes informações: I - identificação da unidade consumidora ou do ponto de conexão medido; II - período de observação utilizado (ano, mês, dia, hora e minuto inicial e final); e III - valores dos indicadores apurados.

2 o Esses dados devem estar disponibilizados em meio magnético ou ótico, de forma a permitir fácil acesso e interpretação das informações pelos agentes de fiscalização. DOS CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO AMOSTRAL Art. 10. A concessionária deve enviar anualmente à ANEEL, até 30 de setembro, as informações, a seguir indicadas, relativas ao cadastro de todas as unidades consumidoras atendidas em tensão inferior a 69 kv: I - número ou código de referência da unidade consumidora; II - nome do conjunto ao qual pertence a unidade consumidora, conforme Resolução ANEEL n o 024/2000, ou outra que a substitua; e III - classe e subclasse da unidade consumidora, conforme Resolução ANEEL n o 456/2000, ou outra que a substitua. 1 o Até 31 de outubro de cada ano a ANEEL definirá, com base no cadastro a que se refere o caput deste artigo, as unidades consumidoras da amostra para fins de medição. 2 o A relação das unidades consumidoras da amostra definida será enviada trimestralmente às concessionárias, com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias em relação à data de início das medições, acrescida de uma margem de segurança para contornar eventuais problemas de cadastro ou impossibilidade de medição. seguinte: 3 o As medições trimestrais abrangerão, no mínimo, a dimensão da amostra definida na tabela Número total de unidades consumidoras da Concessionária (N) Tabela da Dimensão da Amostra Trimestral Dimensão da amostra (Unidades consumidoras) Dimensão da amostra com a margem de segurança (Unidades consumidoras) N 30.000 36 40 30.001 N 100.000 60 66 100.001 N 300.000 84 92 300.001 N 600.000 120 132 600.001 N 1.200.000 135 149 1.200.001 N 2.000.000 210 231 2.000.001 N 3.000.000 270 297 N 3.000.001 300 330 DO ENVIO DOS INDICADORES Art. 11. A partir de janeiro de 2003, a concessionária deverá enviar à ANEEL, trimestralmente, até o último dia útil do mês subseqüente à apuração, os indicadores individuais e o coletivo obtidos da medição amostral. Parágrafo único. Os indicadores individuais ( DRP e DRC ) deverão ser identificados por unidade consumidora e vinculados às coordenadas geográficas do ponto de derivação da rede da concessionária, desde que disponível. Também deverá ser informado o ponto de medição. DOS PRAZOS PARA REGULARIZAÇÃO DOS NÍVEIS DE TENSÃO

Art. 12. Quando o indicador DRP superar o valor de DRP M, este definido conforme art. 27 desta Resolução, a concessionária deverá adotar providências para o retorno da tensão à condição adequada, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, a partir da data de término das leituras. Este prazo será reduzido para 90 (noventa) dias num prazo de 05 (cinco) anos.. JUSTIFICATIVA: Após a execução da obra, necessitamos de 07 (sete) dias para medição e outros 03 (três) dias para comunicar o resultado da medição. Assim, dos 90 (noventa) dias solicitados, no mínimo, 10 (dez) dias estão sendo gastos por providências que deverão ser tomadas após a regularização do nível de tensão para o cliente. Art. 13. Quando constatada a existência de DRC superior ao valor de DRC M, a concessionária deverá adotar providências para o retorno da tensão à condição adequada, no prazo de 60 (sessenta) dias, a partir da data de término das leituras. Este prazo será reduzido para 45 (quarenta e cinco) dias num prazo de 05 (cinco) anos. JUSTIFICATIVA: Após a execução da obra, necessitamos de 07 (sete) dias para medição e outros 03 (três) dias para comunicar o resultado da medição. Assim, dos 45 (quarenta e cinco) dias solicitados, no mínimo, 10 (dez) dias estão sendo gastos por providências que deverão ser tomadas após a regularização do nível de tensão para o cliente. Art. 14. As situações com impossibilidade de solução nos prazos estabelecidos nos arts. 12 e 13 deverão ser relatadas formalmente à ANEEL, com a indicação das providências necessárias e do prazo de conclusão. Art. 15. A comprovação da regularização do nível de tensão deverá ser verificada por nova medição e o resultado comunicado, por escrito, ao consumidor solicitante. DO REGISTRO DOS DADOS DE MEDIÇÕES SOLICITADAS Art. 16. Quando solicitada medição de tensão pelo consumidor, a concessionária deverá manter registros em sistema informatizado, contendo, no mínimo, os seguintes dados: I - número de protocolo; II - data da solicitação da medição; III - data do aviso ao solicitante sobre a realização da medição de tensão; IV - período da medição; V - valores apurados de DRP e/ou DRC, quando houver; VI - valores máximo e mínimo das tensões de leitura; VII - histograma de tensão e tabela de medição; VIII - valor de serviço pago pelo consumidor, quando houver; IX - providências para a normalização e data de conclusão, quando houver; X - período da nova medição, quando houver; XI - data da comunicação, ao consumidor, do resultado da apuração e dos prazos de normalização, quando houver; e XII - valor da restituição e mês de pagamento, quando houver.

Parágrafo único. Os dados deverão estar disponibilizados por um período mínimo de 5 (cinco) anos, para fins de fiscalização da ANEEL e consulta dos consumidores. DA MEDIÇÃO Art. 17. Quando o consumidor solicitar a medição do nível de tensão, a concessionária deverá proceder de acordo com os seguintes critérios: I informar o consumidor, antes do início da medição, quanto ao direito do mesmo acompanhar o serviço; II informar ao consumidor, por escrito, o resultado da medição, no prazo de 30 (trinta) dias a partir da solicitação. Art. 18. As tensões de leitura serão obtidas utilizando equipamentos de medição de acordo com os requisitos mínimos e critérios estabelecidos nos Arts. 21 e 22 desta Resolução. Art. 19. Quando solicitada pelo consumidor, a medição de tensão deve corresponder ao tipo de ligação da unidade consumidora - monofásica, bifásica ou trifásica - preferencialmente entre todas as fases e o neutro, ou entre todas as fases, quando o neutro não estiver disponível. Art. 20. No caso de medição por método amostral, admite-se que a mesma seja realizada entre uma fase e o neutro. Parágrafo único: Inexistindo o neutro, a medição deverá ser realizada entre duas fases. DOS REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO Art. 21. As medições de tensão devem ser realizadas utilizando-se equipamentos com as seguintes características: I - taxa de amostragem mínima de 16 amostras por ciclo; e II - conversor A/D (Analógico/Digital) do sinal de tensão de, no mínimo, 12 bits. Parágrafo único: Os equipamentos existentes nas concessionárias, com taxa amostral menor que a recomendada, poderão ser utilizados até o final da sua vida útil, ou pelos próximos 05 (cinco) anos, após a edição desta resolução. JUSTIFICATIVA: As concessionárias brasileiras possuem aproximadamente 10.000 (dez mil) equipamentos com taxas de amostragem menores que 64 amostras por ciclo. Para a certificação da qualidade da tensão em regime transitório os equipamentos atualmente recomendados pelo ONS para avaliação de Variações Momentâneas de Tensão (VMT) são com taxa amostral de 16 amostras por ciclo. Art. 22. O equipamento de medição deverá permitir o cálculo dos valores eficazes de tensão utilizando intervalos de medição de 10 (dez) minutos, com janelas fixas e consecutivas de 15 ciclos, e apresentar as seguintes informações: I valores calculados dos indicadores individuais; II - tabela de medição; e III - histograma de tensão. SUGESTÃO: Anexar à resolução um exemplo de como deve ser apresentado o resultado da medição, de forma a padronizar esta analise e apresentação para todas as concessionárias brasileiras.

Parágrafo único. O equipamento deverá expurgar os registros de leituras de tensão quando houver interrupção de energia elétrica. DA RESTITUIÇÃO PELO SERVIÇO INADEQUADO Art. 23. A partir de 1 o de janeiro de 2004, expirados os prazos estabelecidos nos arts. 12 13 e 14 desta Resolução e detectada a não regularização dos níveis de tensão, será calculado um valor a ser restituído a quem tiver sido submetido ao serviço inadequado, de acordo com a fórmula a seguir: onde: Valor DRP DRP 100 DRC DRC 100 M M = k1 + k2 C M k1 = 1; k2 = 2; DRP = valor do DRP expresso em %, sempre que superior ao DRP M ; DRP M = valor do DRP M expresso em %; DRC = valor do DRC expresso em %, sempre que superior ao DRC M ; DRC M = valor do DRC M expresso em %; C M = média aritmética do valor líquido das faturas mensais referentes aos 3 (três) meses anteriores à apuração. 1 o Os critérios de restituição definidos no caput deste artigo também se aplicam ao ONS e às transmissoras. JUSTIFICATIVA: Não há porque eximir de responsabilidade as empresas de transmissão e o ONS pela qualidade do produto que chega às distribuidoras de energia elétrica. 2 o No caso de consumidor livre, para o cálculo do C M devem ser consideradas as parcelas correspondentes ao faturamento do Contrato de Uso do Sistema de Distribuição - CUSD. 3 o Na ausência do histórico de consumo da unidade consumidora, relativo aos últimos 3 (três) meses, deverá ser considerada, para o cálculo do C M, a média do valor líquido das faturas pagas nos últimos 2 (dois) meses, ou, na ausência dessas, considerar o último valor pago pelo consumo medido. 4 o O valor da restituição deverá ser creditado na fatura de energia elétrica, ou do uso do sistema de distribuição, do mês subseqüente à constatação do não cumprimento dos prazos citados nos artigos 12 e 13, salvo os casos previstos no artigo 14, que dependerá de manifestação da ANEEL. 5 o Quando as medições de tensão forem obtidas de ligações trifásicas ou bifásicas, considerar-se-á para efeito de transgressão dos indicadores, a fase que apresentar, na seguinte ordem, os registros abaixo: I - DRC, ou maior valor de DRC; ou II - DRP, ou maior valor de DRP. 6 o A restituição deverá ser mantida enquanto o indicador DRP for superior à DRP M ou o indicador DRC for superior a DRC M, limitada em 1% (um por cento) do faturamento médio mensal da concessionária nos últimos 12 (doze) meses. DÚVIDA: O limite de 1% é aplicado à somatória de todas as multas anuais de tensão? 7 o A critério da concessionária, no caso de inadimplência do consumidor, o valor da restituição poderá ser utilizado na compensação de débitos vencidos.

8 o Quando da respectiva revisão periódica tarifária, a ANEEL poderá estabelecer valores de k1 e k2 diferentes para cada concessionária, limitado a 2 (dois), levando em consideração o desempenho da empresa. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS Art. 24. A partir da publicação desta Resolução e até dezembro de 2003, os prazos para a regularização dos níveis de tensão deverão obedecer àqueles estabelecidos na Portaria DNAEE n o 047, de 17 de abril de 1978. Parágrafo único. As concessionárias que possuírem contrato de concessão estabelecendo prazos inferiores aos definidos no caput deste artigo, deverão obedecer os prazos dos respectivos contratos, até dezembro de 2003. Art. 25. A partir de 1 o de janeiro de 2003, a concessionária deverá informar, na fatura de energia elétrica de todas as unidades consumidoras, o valor da Tensão Contratada e os limites adequados, expressos em Volts (V). Art. 26. O valor final da DRP M deverá ser de 5%. Art. 27. O valor final da DRC M deverá ser de 2%. SUGESTÕES: As metas anuais e os prazos para atingir os valores finais de DRP M e DRC M deverão ser estabelecidas para cada concessionária; Poderão ser estabelecidas metas diferenciadas para clientes urbanos e rurais. Art 28. Em casos de manobras para transferência de carga, ou defeito em equipamento, com duração inferior a 05 (cinco) dias, prevalecerão os limites precários. Art 29. As disposições da presente resolução não se aplicam em casos de: Variações Momentâneas de Tensão ocasionadas por defeitos, manobras, alterações bruscas de cargas ou perturbações similares; Regime de racionalização de energia; Racionamento decretado por lei; Alteração das condições elétricas da rede básica para atender a situações sistêmicas, com duração superior a 05 (cinco) dias; Quando o nível de tensão já se encontrar em fase de correção, devido à reclamação existente de outro cliente. Art 30. Os clientes optantes, ligados em Média Tensão e faturados em Baixa Tensão deverão ser considerados como clientes de Baixa Tensão. Art. 31. Revogam-se as Portarias DNAEE n o 047, de 17 de abril de 1978, permanecendo os 1 o e 2 o do art. 3 o em vigência até dezembro de 2002, a Portaria DNAEE n o 091, de 8 de setembro de 1990, n o 4, de 10 de janeiro de 1989 e demais disposições em contrário. Art 32. Revogam-se as cláusulas dos Contratos de Concessão, referentes à tensão em regime permanente, prevalecendo o previsto nesta resolução.

Art. 33. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. JOSÉ MÁRIO MIRANDA ABDO

ANEXO À RESOLUÇÃO N O, DE DE DE 2001 (Tabela 1) Tensão Nominal igual ou superior a 230 kv Classificação da Tensão de Atendimento (TA) Adequada Precária Crítica Faixa de variação da Tensão de Leitura (TL) em relação à Tensão Contratada (TC) 0,95 TC TL 1,05 TC 0,93 TC TL < 0,95 TC TL < 0,93 TC ou TL > 1,05 TC (Tabela 2) Tensão Nominal superior a 1 kv e inferior a 230 kv Classificação da Tensão de Atendimento (TA) Adequada Precária Crítica Faixa de variação da Tensão de Leitura (TL) em relação à Tensão Contratada (TC) 0,925 TC TL 1,05 TC 0,90 TC TL < 0,925 TC 0,80 TC < TL < 0,90 TC ou TL >1,05 TC (Tabela 3) Tensão Nominal igual ou inferior a 1 kv (Passar valores para Volts) Tensão Nominal (TN) Ligação Trifásica Monofásica Volts 220 / 127 380 / 220 254 / 127 440 / 220 Tensão em Extinção(TE) Ligação Trifásica 4 Fios Monofásica Volts TENSÕES NOMINAIS PADRONIZADAS Faixa de Valores Adequados das Tensões de Leitura (TL) em relação à TN 0,91 TN TL 1,04 TN Faixa de Valores Adequados das Tensões de Leitura (TL) em relação à TN 208/120 0,94 TN TL 1,10 TN 230/115 0,92 TN TL 1,05 TN 240/120 0,90 TN TL 1,04 TN Faixa de Valores Precários das Tensões de Leitura (TL) em relação à TN 0,86 TN TL < 0,91 TN ou 1,04 TN < TL 1,06 TN TENSÕES EM EXTINÇÃO Faixa de Valores Precários das Tensões de Leitura (TL) em relação à TN 0,91 TN TL < 0, 94 TN ou 1,10 TN < TL 1,12 TN 0,90 TN TL < 0,92 TN ou 1,05 TN < TL 1,10 TN 0,86 TN TL < 0,90 TN ou 1,04 TN < TL 1,06 TN Faixa de Valores Críticos das Tensões de Leitura (TL) em relação à TN TL < 0,86 TN ou TL > 1,06 TN Faixa de Valores Críticos das Tensões de Leitura (TL) em relação à TN TL < 0,91 TN ou TL > 1,12 TN TL < 0,90 TN ou TL > 1,10 TN TL < 0,86 TN ou TL > 1,06 TN