APELO E CONVITE A SEGUI-L O...

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Transcrição:

«APELO E CONVITE A SEGUI-L O...» A liturgia do próximo domingo sugere que Deus conta connosco para intervir no mundo, para transformar e salvar o mundo; e convida-nos a responder a esse chamamento com disponibilidade e com radicalidade, no dom total de nós mesmos às exigências do Reino. A 1ª leitura apresenta-nos um Deus que, para actuar no mundo e na história, pede a ajuda dos homens; Eliseu (discípulo de Elias) é o homem que escuta o chamamento de Deus, corta radicalmente com o passado e parte generosamente ao encontro dos projectos que Deus tem para ele. A 2ª leitura diz ao discípulo que o caminho do amor, da entrega, do dom da vida, é um caminho de libertação. Responder ao chamamento de Cristo, identificar-se com Ele e aceitar dar-se por amor, é nascer para a vida nova da liberdade. O Evangelho apresenta o caminho do discípulo como um caminho de exigência, de radicalidade, de entrega total e irrevogável ao Reino. Sugere, também, que esse caminho deve ser percorrido no amor e na entrega, mas sem fanatismos nem fundamentalismos, no respeito absoluto pelas opções dos outros. LEITURA I Leitura do Primeiro Livro dos Reis «1 Reis 19, 16b.19-21» "Eliseu levantou-se e seguiu Elias" {Jo 19, 37}" Naqueles dias, disse o Senhor a Elias: «Ungirás Eliseu, filho de Safat, de Abel-Meola, como profeta em teu lugar». Elias pôs-se a caminho e encontrou Eliseu, filho de Safat, que andava a lavrar com doze juntas de bois e guiava a décima segunda. Elias passou junto dele e lançou sobre ele a sua capa. Então Eliseu abandonou os bois, correu atrás de Elias e disse-lhe: LITURGIA DA PALAVRA

«Deixa-me ir abraçar meu pai e minha mãe; depois irei contigo». Elias respondeu: «Vai e volta, porque eu já fiz o que devia». Eliseu afastou-se, tomou uma junta de bois e matou-a; com a madeira do arado assou a carne, que deu a comer à sua gente. Depois levantou-se e seguiu Elias, ficando ao seu serviço. Palavra do Senhor LEITURA II Leitura da Epístola do Apóstolo São Paulo aos Gálatas «Gal 5, 1.13-18» Fostes chamados à liberdade" Irmãos: Foi para a verdadeira liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permanecei firmes e não torneis a sujeitar-vos ao jugo da escravidão. Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Contudo, não abuseis da liberdade como pretexto para viverdes segundo a carne; mas, pela caridade, colocai-vos ao serviço uns dos outros, porque toda a Lei se resume nesta palavra: «Amarás o teu próximo como a ti mesmo». Se vós, porém, vos mordeis e devorais mutuamente, tende cuidado, que acabareis por destruir-vos uns aos outros. Por isso vos digo: Deixai-vos conduzir pelo Espírito e não satisfareis os desejos da carne. Na verdade, a carne tem desejos contrários aos do Espírito, e o Espírito desejos contrários aos da carne. São dois princípios antagónicos e por isso não fazeis o que quereis. Mas se vos deixais guiar pelo Espírito, não estais sujeitos à Lei de Moisés. Palavra do Senhor. EVANGELHO Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas «Lc 9, 51-62» "Tomou a decisão de Se dirigir a Jerusalém. Seguir-Te-ei para onde quer que fores" Aproximando-se os dias de Jesus ser levado deste mundo, Ele tomou a decisão de Se dirigir a Jerusalém e mandou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram numa povoação de samaritanos,

a fim de Lhe prepararem hospedagem. Mas aquela gente não O quis receber, porque ia a caminho de Jerusalém. Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram a Jesus: «Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu que os destrua?» Mas Jesus voltou-se e repreendeu-os. E seguiram para outra povoação. Pelo caminho, alguém disse a Jesus: «Seguir-Te-ei para onde quer que fores». Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm as suas tocas e as aves do céu os seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça». Depois disse a outro: «Segue-Me». Ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai». Disse-lhe Jesus: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos; tu, vai anunciar o reino de Deus». Disse-Lhe ainda outro: «Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me ir primeiro despedir-me da minha família». Jesus respondeu-lhe: «Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de Deus». Palavra da Salvação REFLEXÃO HOMILÉTICA Não há coisa mais radical e louca que ser cristão; não há maior aventura... Pena é que os cristãos estejam a perder essa percepção e o Evangelho muitas vezes apareça como algo certinho, cómodo e domesticado. Tantas vezes considerouse que para ser um bom cristão bastaria ser bem comportado! Ora, não é isto que a Palavra do Senhor nos ensina! Jesus durante toda a sua vida caminhou para o Pai, teve no Pai a Sua única meta, pelo Pai e o seu Reino, fez loucuras. Por isso, já no capítulo nove do seu evangelho, São Lucas no-l O apresenta subindo para Jerusalém, para a Sua partida para o Pai: Aproximando-se os dias de Jesus ser levado deste mundo, Ele tomou a decisão de Se dirigir a Jerusalém. À letra, são Lucas diz: ele voltou decididamente o rosto para Jerusalém... Este é o caminho de Cristo: ir subindo até a Cidade Santa, e de Jerusalém, para o Pai, atravessando o mistério da paixão, da cruz e da morte, para chegar à ressurreição. Ele vai à nossa frente, no caminho, o Seu caminho. E desafia-nos a segui-l O. Quem quiser ser Seu discípulo, deve segui-l O neste caminho! Basta recordar o domingo passado: deixar tudo... renunciar-se... tomar a cruz de cada dia... e segui-l O. Hoje, no caminho, Ele previne-nos: As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça. E exige que coloquemos tudo abaixo d Ele, até pai e mãe... É assim que Jesus quer os Seus discípulos: totalmente comprometidos com Ele, absolutamente! E afirma claramente: Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de Deus. Jesus é tão claro! Ele exige tanto de nós porque só Ele nos pode dar tudo: o sentido da vida, o amor de Deus, a paz verdadeira e perene e a vitória sobre a morte. Ele revela-nos e dá-nos um Deus que é todo amor, todo carinho, todo perdão, todo piedade, um Deus que é o rochedo da nossa existência. Mas, também, um Deus exigentíssimo! Não se pode ser cristão a meio termo! São Paulo, na segunda leitura de hoje, exprime muito bem esta realidade: Cristo libertou-

nos para a verdadeira liberdade de uma vida nova, vida na graça de Deus, vida impulsionada pelo Espírito do Ressuscitado. É esta a liberdade do discípulo de Jesus; uma liberdade diversa do conceito de liberdade que o mundo apregoa. O cristão é livre não porque faz o que quer; mas é livre porque quer somente a vontade de Deus manifestada em Cristo: Foi para a liberdade que Cristo nos libertou! E, aí, o Apóstolo previne-nos: não abuseis da liberdade como pretexto para viverdes segundo a carne. Carne é tudo quanto pertence ao homem velho, tudo quanto manifesta o velho egoísmo de uma vida centrada em si mesmo e não em Deus, que se dá em Cristo Jesus! Carne é tudo aquilo que é lógica deste mundo e não lógica do Evangelho! Pode ser a lógica da ganância, da sensualidade e da imoralidade, da religião interesseira à procura de milagres, curas e benefícios materiais... tudo isso é carne: a descrença, a impiedade, a vulgaridade e o comodismo no modo de viver... Há, portanto, dois modos de construir a nossa existência. Um, segundo a carne, isto é, segundo o homem velho, com o seu modo de pensar, com a sua razão entregue a si mesma, com uma lógica meramente humana e, muitas vezes, pecaminosa. O outro, a vida segundo o Espírito do Ressuscitado. É a vida do cristão que, impulsionado e sustentado pelo Espírito, abre-se para Deus, superar-se a si mesmo e o seu modo meramente humano de pensar, e caminha incessantemente para Cristo, até alcançar a estatura do homem novo, o estado do Homem Perfeito, à medida da estatura de Cristo (Ef 4,13). A medida e o ideal de vida do cristão não podem ser os apresentados pela moda e pelo pensamento dominante do mundo atual. O nosso caminho é Cristo, o nosso critério é Cristo, a nossa medida é Cristo, o nosso modo de viver deve ser o de Cristo! O grande desafio dos cristãos de hoje é redescobrirem que a sua vida, o seu modo de ser e de agir devem ser diferentes, simplesmente porque eles são discípulos de Jesus! Mas isto só é possível quando encontramos de verdade o Senhor nas nossas vidas, quando nos encantamos por Ele, quando somos invadidos pelo seu amor. Reparemos que no evangelho de hoje e de sempre o cristianismo nasce de um encontro no caminho... um encontro marcante e transformador com Jesus. Só esta experiência é capaz de nos fazer entrar no caminho e aceitar as exigências do Senhor. Por outras palavras: o cristão, ou é um amigo de Cristo ou não é cristão; ou tem uma experiência de amizade com o Senhor ou jamais O vai compreender de facto. É preciso insistir nisso, mais que nunca: o cristianismo não é uma doutrina, não é uma moral, não é uma ideologia, não é uma proposta política de justiça social para o mundo! Tudo isso é secundário! O que nos faz cristãos, é ter sido encontrados por Cristo no caminho, ter sido seduzidos por Ele e tê-lo seguido, dizendo, meio responsáveis, meio loucos; Senhor, seguir-te-ei para onde quer que fores. Que o Senhor nos conceda a graça de nos apaixonarmos por Ele, a graça de O seguirmos no caminho do Mestre, a graça de O testemunharmos com a carne da nossa vida de cada dia, como os nossos irmãos de há dois mil anos atrás, quando Ele encetou o caminho de Jerusalém, para a cruz e a ressurreição. Terça-feira, XXI-VI-MMXV {Avelino Seixas} Dia litúrgico de São Luís Gonzaga, religioso, +1591

São Luís Gonzaga nasceu em Mântua, Itália, em 1568 e morreu com 23 anos de idade, em 1591. É o patrono da Juventude, e o seu corpo repousa na Igreja de Santo Inácio, em Roma. Recebeu educação esmerada e frequentou os ambientes mais sofisticados da alta nobreza italiana: Corte dos Médici, em Florença; Corte de Mântua; Corte de Habsburgos, em Madrid. Foi pajem do príncipe Diego, filho de Filipe II. Para surpresa de todos, optou pela vida religiosa, derrubando por terra os interesses nele depositados pelo pai. Finalmente conseguiu realizar o seu ideal: entrar para a Companhia de Jesus. Entretanto, viveu ali apenas seis anos. Morreu mártir da caridade ao serviço daqueles atacados pela peste, em Roma, a 21 de Junho de 1591. A 21 de Julho de 1604 a mãe pôde venerar como Beato a Luís, seu filho primogénito. Deixou a coroa de Marquês, fez-lhe Deus presente a coroa dos Santos. Morreu aos 24 anos. Foi canonizado por Bento XIII em 1724 e pelo mesmo Papa dado como Padroeiro à Juventude que estuda.