Constituição e Processo
Constituição e Processo Flávia Moreira Guimarães Pessoa (organizadora) EVOCATI Aracaju/ 2014
CONSELHO EDITORIAL ADÉLIA MOREIRA PESSOA (UFS) AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO (UFS) CARLA EUGÊNIA CALDAS BARROS (UFS) CARLOS HENRIQUE BEZERRA LEITE (UFES) CONSTANÇA TEREZINHA MARCONDES CESAR (UFS) DENIS BORGES BARBOSA (UERJ) DIRLEY DA CUNHA JÚNIOR (UFBA) EDILTON MEIRELES (UFBA) EDUARDO LIMA DE MATOS (UFS) FERNANDA DUARTE LOPES LUCAS DA SILVA (UGF) FLÁVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA (UFS) HERON SANTANA (UFBA) JOSÉ HENRIQUE MOUTA ARAÚJO (UFPA) LEONARDO JOSÉ CARNEIRO DA CUNHA (UFPE) MARIA AUXILIADORA MINAHIM (UFBA) MANUEL DAVID MASSENO (Portugal) MANOEL JORGE E SILVA NETO (UFBA) RODOLFO MÁRIO VEIGA PAMPLONA FILHO (UFBA) SAULO JOSÉ CASALI BAHIA (UFBA) SÉRGIO TORRES TEIXEIRA (UFPE) WELBER BARRAL (UFSC) WILLIS SANTIAGO GUERRA FILHO (UCAM) PESSOA, Flávia Moreira Guimarães (Organizadora). Constituição e Processo Inclui bibliografia. ISBN 978-85-99921-18-0 CDU 342 1. Processo 2. Direitos Fundamentais. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. A violação dos direitos do autor (Lei n.o 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal. Depósito legal na Biblioteca Nacional conforme Lei n.o 10.994, de 14 de dezembro de 2004. Impresso no Brasil Printed in Brazil
APRESENTAÇÃO O presente livro é fruto dos trabalhos desenvolvidos no âmbito da Disciplina Constituição e Processo do Mestrado em Direito da Universidade Federal de Sergipe. De forma específica, é o resultado das reflexões das turmas que ingressaram nos anos de 2011, 2012 e 2013 naquele curso. A coletânea busca fomentar o debate sobre a Hermenêutica Constitucional Concretizadora dos Direitos Fundamentais. Esse, aliás, é o grupo de pesquisa filiado ao CNPQ que lidero na UFS e do qual participam diversos alunos das três turmas. O livro abrange tanto o direito constitucional processual quanto o direito processual constitucional, ou seja, analisa tanto os princípios processuais inseridos na constituição quanto a jurisdição constitucional. Na primeira parte, relativa ao direito constitucional processual, objetiva-se trazer a discussão principalmente os mais relevantes direitos fundamentais processuais, em especial o Devido Processo Legal, Contraditório e Ampla Defesa, Acesso a Justiça, Livre Convencimento Motivado, Duplo Grau de Jurisdição, Duração Razoável do Processo e Publicidade. A coletânea compreende quatro trabalhos sobre o Devido Processo Legal. Alexandre Albagli Oliveira publica artigo Preliminar nas Ações de improbidade administrativa e o devido processo legal. Já Fernando Luís Lopes Dantas aborda O devido processo legal e o processo de demarcação dos terrenos de Marinha. Paulo Roberto Fonseca Barbosa, por seu turno, analisa O devido processo legal e sua função de concretizar a dignidade da pessoa humana pela via do Direito Penal Mínimo no Brasil. Ainda sobre o mesmo princípio, Gustavo Silva Borges analisa o Amicus Curiae e o
Devido Processo legal: legitimação das decisões judiciais. Sobre o contraditório e ampla defesa, a obra traz seis artigos. Lorena Costa Ribeiro escreve sobre O principio do contraditório e algumas práticas para sua realização. Carolina Pereira Barreto aborda O princípio do contraditório e da ampla defesa no processo administrativo disciplinar. Sob o viés de Processo Penal, Marcelo Rocha Mesquita publica Novação da tese defensiva na tréplica no procedimento do júri: contraditório versus plenitude de defesa. Anderson Clei Santos escreve sobre a Lei 10792/2003: um caso de desvelar tardio da essência do conteúdo jurídico-constitucional do principio do contraditório e da ampla defesa. Ainda sobre o tema, Andrea Carla Vera Lins publica sobre O direito fundamental de acesso à informação e o contraditório: uma análise nas demandas judiciais, enquanto Patrícia Cunha Paz Barreto de Carvalho analisa o Contraditório e o direito constitucional à prova. O acesso a justiça e a inafastabilidade da jurisdição são objeto de sete artigos. Layanna Maria Santiago Andrade escreve sobre os Novos desafios do acesso a justiça. Brielly Santana de Melo escreve sobre o Acesso à Justiça e Habes Data: caso de contradição ou consonância entre as normas constitucionais?. Já Cecília Nogueira Guimarães escreve sobre Acesso a Justiça: uma reflexão da aplicabilidade ao idoso.. Ainda, Denise Martins Moura Silva escreve sobre Acesso a Justiça no manejo do processo judicial Por sua vez, Patrícia Verônica Carvalho Sobral de Souza escreve sobre processo administrativo disciplinar, sob a égide da lei 8112/90 e a inafastabilidade da jurisdição. Já Ermelino Costa Cerqueira escreve sobre O acesso à Justiça no Direito de resposta e o PLS 141/11 Por fim, Samira dos Santos Daud escreve sobre A exigência da prestação de fiança, caução ou depósito para a concessão de liminares em mandado de segurança, a partir da Lei 12016/2009 e o princípio do acesso a justiça O livre convencimento motivado é estudado em quatro artigos. Adriana Maria Celestino Menêses escreve sobre As Clausulas
Gerais no sistema de Direito Processual civil brasileiro um novo enfoque no julgamento de questões de direito fundamental. O livre convencimento motivado enquanto direito fundamental processual e a utilização das máximas de experiência no projeto do novo código de processo civil. é o titulo do artigo que publico em parceria com Alessandro de Araújo Guimarães. Já Alexandre Campos Melo escreve sobre o Artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal e a necessidade de justificação legitimação das decisões judiciais. Por fim, Lara Freire Bezerra de Sant Anna, publica o artigo Ofensa ao princípio da legalidade enquanto questão constitucional: da necessária revisão da súmula 636 do STF. O duplo grau de jurisdição, por seu turno, é objeto de três trabalhos. O primeiro com o titulo O princípio do duplo grau de jurisdição e o efeito devolutivo em profundidade: até aonde podem ir os tribunais?. Por sua vez, Ana Paula Machado Costa Meneses escreve sobre O duplo grau de jurisdição: aspectos relevantes. Por fim, Haroldo Luiz Rigo da Silva e Artêmio Barbosa de Resende escrevem sobre A sentença de mérito e o julgamento com salto de instancia. A duração razoável do Processo vem abordada por Cleide Alves Messias no artigo O novo código de processo civil à luz do princípio da duração razoável do processo e também por Diogo de Calasans Melo Andrade, no artigo A duração razoável do processo e os instrumentos que o julgador deve utilizar-se para tornar o processo mais célere. Já o princípio da publicidade vem analisado no artigo de Augusto Carlos Cavalcante Melo, O princípio da publicidade e a lei de acesso a informação na perspectiva do direito fundamental ao sigilo de dados pessoais. Por fim, os dois últimos artigos do livro debruçam-se sobre o assim chamado Direito Processual Constitucional, ou seja, a jurisdição constitucional. Assim, Silvio Roberto Oliveira Amorim
Junior escreve sobre Controle de constitucionalidade politico exercido pelo Poder Judiciário e Vilma Leite Machado Amorim procede a análise Dos direitos fundamentais e da dignidade da pessoa humana. Eis, assim, o conteúdo deste livro, que promete estimular o debate da comunidade acadêmica e dos operadores do direito sobre a concretização dos direitos fundamentais como um todo, e os processuais de forma bem detalhada. Flávia Moreira Guimarães Pessoa Professora Adjunta da Universidade Federal de Sergipe, Juíza do Trabalho titular da 4 Vara do Trabalho de Aracaju. Diretora da Escola Associativa da Magistratura do Trabalho da 20 Região. Coordenadora da Escola Judicial da Magistratura do Trabalho do TRT da 20 Região. Diretora Cultural da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 20 Região. Doutora em Direito Público pela Universidade Federal da Bahia. Mestre em Direito, Estado e Cidadania pela Universidade Gama Filho/RJ. Especialista em Direito Processual pela Universidade Federal de Santa Catarina.
Sumário AS CLÁUSULAS GERAIS NO SISTEMA DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL BRASILEIRO UM NOVO ENFOQUE NO JULGAMENTO DE QUESTÕES DE DIREITO FUNDAMENTAL. Adriana Maria Celestino Menêses 13 O LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO ENQUANTO DIREITO FUNDAMENTAL PROCESSUAL E A UTILIZAÇÃO DAS MÁXIMAS DE EXPERIÊNCIA NO PROJETO DO NOVO CÓDICO DE PROCESSO CIVIL Alessandro de Araújo Guimarães Flávia Moreira Guimarães Pessoa 35 A FASE PRELIMINAR NAS AÇÕES DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA E O DEVIDO PROCESSO LEGAL Alexandre Albagli Oliveira 53 O ARTIGO 93, INCISO IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E A NECESSIDADE DE JUSTIFICAÇÃO-LEGITIMAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS Alexandre Campos Melo 73 A LEI 10.792/2003: UM CASO DE DESVELAR TARDIO DA ESSÊNCIA DO CONTEÚDO JURÍDICO-CONSTITUCIONAL DO PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA Anderson Clei Santos 91 O DIREITO FUNDAMENTAL DE ACESSO À INFORMAÇÃO E O CONTRADITÓRIO: UMA ANALISE NAS DEMANDAS JUDICIAIS DE SAÚDE. Andrea Carla Veras Lins 115 O PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E O EFEITO
DEVOLUTIVO EM PROFUNDIDADE: ATÉ AONDE PODEM IR OS TRIBUNAIS? Anna Catharina Fraga Machado 141 O DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO ASPECTOS RELEVANTES Ana Paula Machado Costa Meneses 163 O PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE E A LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO NA PERSPECTIVA DO DIREITO FUNDAMENTAL AO SIGILO DE DADOS PESSOAIS Augusto Carlos Cavalcante Melo 183 ACESSO À JUSTICA E HABEAS DATA: CASO DE CONTRADIÇÃO OU CONSONÂNCIA ENTRE AS NORMAS CONSTITUCIONAIS? Brielly Santana de Melo 205 O PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA NO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR Carolina Pereira Barreto 227 ACESSO À JUSTIÇA: UMA REFLEXÃO DA APLICABILIDADE AO IDOSO Cecília Nogueira Guimarães 257 O NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL À LUZ DO PRINCÍPIO DA DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO Cleide Alves Messias 287 ACESSO À JUSTIÇA NO MANEJO DO PROCESSO JUDICIAL Denise Martins Moura Silva 307 A DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO E OS INSTRUMENTOS QUE O JULGADOR DEVE UTILIZAR-SE PARA TORNAR O PROCESSO MAIS