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O Altar dos Juramentos no Rito Escocês O Rito Escocês Antigo e Aceito original não possui Altar dos Juramentos, conforme explicação da Comissão de Liturgia e Ritualística do Supremo Conselho Jurisdição Sul dos Estados Unidos da América, o principal responsável pela PUREZA DO RITO no mundo. Portanto, no simbolismo, o Rito Escocês não tem Altar dos Juramentos especificamente para as três Grandes Luzes. Conforme todos os rituais desde 1834 até o início de 1890, não encontramos um Altar especificamente para as três Grandes Luzes, mas na década de 90 do século XIX já encontramos como bem expressa o ritual de Apr.'. do ano de 1898 na página 4, que diz: "Na frente da Mesa do Ven.'., no Or.'., fora do Dossel, fica o Altar dos Juramentos". Em instrução ministrada no dia 19 de abril de 1898, na Loja "Silêncio", Nº 81, do oriente do Rio de Janeiro e da jurisdição do Grande Oriente do Brasil, o Irm.'. GILBERTO GUILHERME DE FARIAS, membro efetivo do Supremo Conselho do Rito Escocês, disse: "O Altar dos Juramentos é uma continuação, uma extensão, do Altar do Ven.'. M.'.. E, continua, "... seria de todo conveniente que entre ambos não existisse espaço...", portanto, não é permitida a passagem entre o Altar do Ven.'. M.'. e o Altar dos Juramentos. Também o livro de atas do ano de 1845 da Loja "Educação e Moral", Nº 8, do oriente do Rio de Janeiro e da jurisdição do Grande Oriente do Brasil, nos diz: "O Ven.'. M.'. AGENOR FERREIRA DA SILVA, no seu Altar e de modo impecável abriu o L.'. da L.'., leu a passagem e no fim da sessão fechou com a mesma impecabilidade de como abriu". O pesquisador é obrigado a fazer uma análise para bem entender o que expressam certas passagens do ritual. Vemos na página 30 do ritual de 1857, o primeiro a ser impresso pelo GOB, o seguinte: "Ven.'. - Ir.'. Mest.'. de CCerim.'., conduzi o nosso novo amigo ao Trono". Quando chega ali, põe um joelho no chão (em terra), o Ven.'. lhe assenta a ponta da Espada na cabeça e realiza a sagração. Um outro ritual de 1897 diz que para se chegar ao altar dos Juramentos era necessário subir os três degraus onde fica o Ven.'. M.'.. Na verdade, o Irm.'. não pesquisador fica confundido, porque o ritual diz Mesa do Venerável, Trono e Altar dos Juramentos. Os IIrm.'. consideravam como Trono a Mesa do Ven.'., assim como ambos como Altar dos Juramentos. Mas isto tudo, em certos momentos, pois encontramos, também, eles chamando a Cadeira do Ven.'. de Trono. O Altar dos Juramentos foi criado numa justificativa de que a Mesa do Ven.'. ficava por demais atravancada de materiais. E aqui aproveito para dar mais um esclarecimento: o Livro era aberto e fechado sem a feitura do pálio, este que é originário do Rito de York. O verdadeiro Rito Escocês não tem pálio. Como acabamos de ver, a abertura e fechamento do Livro eram cerimônias simples. A maior justificativa para que o Altar se fixasse definitivamente no ocidente do Templo foi a justificativa de que ele representa a Mesa dos Holocaustos do Santuário Hebraico, onde os maçons depositam as INDOMINADAS PAIXÕES E SACRIFICAM OS APETITES MUNDANOS. Com a criação das Grandes Lojas em 1927, o Irm.'. Mário Behring retirou o Altar do Or.'. e colocou no Oc.'., numa imitação do Rito de York Americano. Mas o Grande Oriente do Brasil continuou usando o Altar dos Juramentos no Or.'., para, em 1981, também trazê-lo para o Oc.'.. O único rito praticado no Brasil que já nasceu usando o Altar dos Juramentos foi o Rito Brasileiro, já que fundado em 1914 e, se espelhando no Rito Escocês, criou o Altar, que até os dias de hoje, continua no Or.'. como é o caso do Rito Adonhiramita. OBS: ESTE TRABALHO NOS FOI ENVIADO POR E-MAIL PELO IR.. JOSÉ E. M..M.. Todos os direitos reservados a REI SALOMÃO - Artigos Maçônicos 2

O ensinamento do fogo. O membro de um grupo, sem aviso prévio, deixou de participar de suas atividades. Após algumas semanas, o líder decidiu visitá-la. Era uma noite muito fria. Ele encontrou o homem em casa, sozinho, sentado diante da lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor. Adivinhando a razão da visita, o homem deu as boas-vindas ao seu líder, conduziu-o a uma grande cadeira perto da lareira e ficou quieto, esperando. O líder acomodou-se confortavelmente no local indicado, sem dizer nada. No silêncio total que se formara, apenas contemplavam a dança das chamas em torno da lenha que ardia. Depois de alguns minutos, o líder examinou as brasas que se formaram. Cuidadosamente, escolheu uma delas, a mais incandescente de todas, empurrando-a para o lado. Voltou, então, a sentar-se, permanecendo silencioso e imóvel. O anfitrião prestava atenção a tudo fascinado e quieto. Lentamente, a chama da brasa solitária diminuía, até que houve um brilho momentâneo e seu fogo apagou-se de uma vez. Em pouco tempo, o que antes era uma festa de calor e de luz, não passava de um negro, frio e apagado pedaço de carvão, recoberto de uma espessa camada de fuligem acinzentada. Nenhuma palavra tinha sido dita desde o formal cumprimento inicial entre os dois. Antes de se preparar para sair, o líder manipulou novamente o carvão frio e o devolveu ao fogo. Quase que imediatamente, ele tornou a incandescer, alimentado pela luz e calor dos carvões ardentes em torno dele. Quando já havia alcançado a porta para partir, seu anfitrião disse: Obrigado pela visita e pela belíssima lição. Estou voltando ao convívio do grupo amanhã. Deus te abençoe! Autor:- Desconhecido Moral da história: Para nos, maçons, vale lembrar que fazemos parte da chama maior e que, longe do grupo, perdemos todo o brilho e poder de ação. E aos líderes, que somos responsáveis por manter acesa a chama de cada um e por promoverem a união entre seus membros, para que o fogo seja realmente forte, eficaz e duradouro. Autor:- Mario Fiorentino Todos os direitos reservados a REI SALOMÃO - Artigos Maçônicos 3

Neste primeiro ano que passamos aprendendo a desbastar a Pedra Bruta, aprendemos tanto, que seria impossível transcrevê-los neste momento. Dentre muitas coisas o que mais valeu foi a busca de uma sociedade íntegra e a Fraternidade verdadeira entre os IIr..e os homens, tudo isso não só em palavras mas, principalmente, em atos. a ventura, o engano e a iluminação. Aprendemos que dentro do homem se acham a morte e a vida, a dor e Nunca devemos esquecer que do pó viemos e ao pó retornaremos, e que nascemos para morrer. Em tudo temos os dois lados o Direito e o Esquerdo. O lado positivo e o negativo. O Direito é o lado do bem, o Esquerdo o lado dos pensamentos baixos. Quando aqui fomos iniciados tivemos os olhos vendados, representando o estado de ignorância e a cegueira do mundo profano e a cegueira dos sentidos no corpo físico. Foi-nos dado a luz e ministrados os primeiros ensinamentos, mas já podemos dar graças ao G.. A.. D.. U.. por esta oportunidade que nos foi dada na busca da luz verdadeira. No Oriente esta cabeça do homem; para onde pende a cabeça pende o corpo por isso que nos espelhamos no V.. M.. l º e 2 º VVig.. vêm como sustentáculos, como Força e Beleza. O significado da segunda viagem, quando ouvimos o tilintar de espadas, representa a luta do homem consigo mesmo, na busca da dominação da mente e dos maus pensamentos. Assim aprendemos a reforçar os nossos pensamentos positivos. Desta forma iniciamos o controle dos pensamentos negativos a exemplo da terceira viagem e a sobrepujança dos pensamentos positivos, dominando a parte negativa da nossa natureza. Todos os direitos reservados a REI SALOMÃO - Artigos Maçônicos 4

Aprendemos também a saborear o cálice da amargura, para que o amargor em nossa boca, se converta em doçura na boca dos homens, para que a verdade sempre triunfe. Aprendemos que ao fazermos o bem estamos recebendo carga positiva, segundo as leis cósmicas. Aprendemos a ver tudo nos três planos: Espiritual - Aritimético - Números Mental - Música - Som Físico - Geométrico - Figura - Forma Aprendemos que ser verdadeiro é mais fácil do que parece, que a melhor vingança contra o inimigo é desejar-lhe felicidade. Por isso Jesus disse : Ao receber um tapa numa face, ofereça-lhe a outra, porque a inimizade atrai cargas negativas, dificultando a nossa vida. Devemos zelar pelo bem estar da família, e de todos os seres necessitados, sem recompensa. Devemos sempre ver o lado bom das pessoas. Se somos patrão, devemos tratar nossos empregados como filhos; se governantes, devemos ser o pai de seu povo; se e súdito deve respeitar as leis; se e empregado deve cumprir seu dever. Não suficiente deixar de fazer danos aos outros, e necessário fazer o bem. Assim podemos chegar a ser um Maçom Construtor e não um MAÇOM COM ETIQUETA. Se assim não agirmos, podemos entrar na MAÇONARIA, porém nunca a MAÇONARIA entrara em nós. Pois a MAÇONARIA esta aberta para os valentes, que estão dispostos a desbastar a Pedra Bruta. Para finalizar queremos deixar a seguinte indagação: Em que se resume Todos os direitos reservados a REI SALOMÃO - Artigos Maçônicos 5

a UNIDADE, a DUALIDADE e a TRINDADE. É NECESSÁRIO, POIS QUE CADA MAÇOM SEJA UM PESQUISADOR E UM COMENTARISTA, NEM QUE O SEJA PARA SI. UM MAÇOM NÃO É UMA CRIANÇA OBRIGADA A DECORAR UM CATECISMO. UM MAÇOM É UM HOMEM LIVRE, UM HOMEM INSTRUÍDO, UM HOMEM CAPAZ DE PESQUISAR E DE ENCONTRAR A VERDADE TAL É A GRANDE FINALIDADE DA MAÇONARIA. O GRAU DE APRENDIZ Pretendemos traçar aqui algumas considerações relativas ao Grau de Aprendiz e à própria Maçonaria, visto ser o Grau de Aprendiz a base do edifício maçônico e, cada grau, uma melhor e mais aprofundada compreensão das doutrinas e da moral do primeiro grau. Partiremos de três perspectivas que se complementam: a da existência autêntica do maçom, a da Maçonaria como afirmação da liberdade, e a do maçom enquanto sujeito moral. A experiência vivida na Câmara de Reflexões e na própria Iniciação como um todo terá sido certamente para todos os irmãos uma oportunidade singular de fazer um balanço de nossa vida pregressa, do quanto são transitórios e pequenos nossos bens materiais e nossas aspirações mais corriqueiras, da falta de sentido da vida vazia e caótica, face à implacável possibilidade da morte, resumida num contundente sentimento: o da angústia. Essa angústia existencial decorre, entre outras coisas, da inapelável constatação de que somos finitos enquanto seres materiais, e de que desperdiçamos quase toda nossa vida em projetos e vaidades banais, movidos por aspirações egoístas e sem qualquer propósito mais relevante perante a família, a pátria ou a própria humanidade. Perante nossa própria consciência. Em oposição a essa existência inautêntica, caracterizada por uma certa embriaguez e entorpecimento da consciência, em que o homem, abandonado à própria sorte e ao acaso está literalmente jogado no mundo, a Maçonaria mostra-nos, sem retoques, uma verdade que fere... O Grau de Aprendiz é a própria afirmação da liberdade pela virtude, em oposição à escravidão voluntária dos vícios e das paixões, da vida caótica e da ausência do dever. É a afirmação da liberdade pelo exercício da vontade dirigida pela inteligência e movida pela virtude Todos os direitos reservados a REI SALOMÃO - Artigos Maçônicos 6

objetivando a edificação moral e espiritual da humanidade, iluminada pelo Grande Arquiteto do Universo, cuja sublime presença o maçom aprende a vivenciar em todo seu esplendor e intensidade. A liberdade, todavia, impõe-nos deveres tão pesados que se os fracos e os ambiciosos pudessem compreende-la, jamais desejariam possuí-la, pois ela implica numa responsabilidade direta do homem em relação a toda humanidade, a cada decisão e em cada escolha ou atitude, pois todos os nossos atos, criando o homem que queremos, criam, simultaneamente, uma imagem do homem tal como julgamos que ele deveria ser. O uso da liberdade, sem negá-la aos nossos semelhantes, fazendo de nossas ações um modelo para toda a humanidade, impõe-nos uma inevitável questão: o que aconteceria se todo mundo fizesse como nós? O Grau de Aprendiz através de seus mistérios e alegorias, é o alicerce para que o maçom possa ser capaz de responder de forma positiva a essa inquietante questão. Essa resposta, porém, não se dará baseada apenas na exterioridade do Direito, cujas normas dependem de uma codificação formal e oficial (as leis) e de um aparato policial e judiciário para assegurar seu cumprimento, sem que tenhamos necessariamente uma convicção íntima de sua validade. O maçom responderá por sua liberdade baseado principalmente na sua consciência do dever moral, forjada desde o Grau de Aprendiz, de acordo com as virtudes teologais da fé, da esperança e da caridade; das virtudes cardeais da temperança, da justiça, da coragem e da prudência, consciência a qual o maçom intimamente adere de forma livre e espontânea. Ao desbastar a pedra bruta, o maçom constrói-se enquanto sujeito moral consciente de seu dever de construtor social compromissado com o trabalho de tornar feliz a humanidade, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo respeito à autoridade e à crença de cada um. Convicto da moral baseada no amor ao próximo, o maçom tem em si sempre viva a presença do Grande Arquiteto do Universo, a despertar-lhe, no uso de sua liberdade, o sentimento de solidariedade capaz de sustentar a verdadeira fraternidade entre os irmãos, entre os povos e entre a humanidade. Assim, saído do caos e das trevas da ignorância profana, o Aprendiz aos poucos liberta-se das ilusões com seus pensamentos, vontade e desejos purificados, submete ao crivo de sua razão os sublimes princípios da Maçonaria Universal, empunhando o maço e o cinzel de sua consciência, desbastando sua pedra bruta e, com o auxílio do Grande Arquiteto do Universo, poderá, então, iniciado na ciência maçônica, arrojar-se na edificação de templos à virtude, cavando masmorras ao vício, sustentando-se na sabedoria, na força e na beleza, sem iludir-se com a riqueza, o conhecimento e a violência profanas. Que o Grande Arquiteto do Universo nos ilumine e guarde, sempre... Todos os direitos reservados a REI SALOMÃO - Artigos Maçônicos 7

O HOMEM CONSTRUINDO O HOMEM Desde o primeiro.momento de sua existência na terra, o homem foi dotado de qualidades suficientes para impor a si mesmo condições cada vez melhores em seu habitat. Nas eras pré-históricas entre os animais, começou a ser distinguido como ser superior em todos os aspectos. Recorrendo à história, é fascinante e, ao mesmo tempo, trágica a evolução do homem. Fascinante pela sua inteligência, sempre buscando meios de defesa, de conforto, de se aperfeiçoar com novas invenções, de século para século, cada vez mais complexas. Trágico porque, paralelo a infinitas criações, o homem teve e continua tendo muito de destruição, através do progresso desregrado ou de guerras que, de século para século, tornam-se mais rigorosas. Olhando ainda para a história vemos que ela foi escrita com violência, com sangue. A história antiga é uma sucessão de construções e destruíções; e assim vem caminhando até os nossos tempos. E me pergunto: - O homem evoluiu? O homem de hoje não será o mesmo de antigamente? Estamos no século XX e já tivemos duas grandes guerras - as duas neste século. Foram sangrentas, cruéis. A última culminou com a bomba atômica, que destruiu milhares e milhares de vidas preciosas. E continuo a me perguntar: Antigamente o homem era menos cruel? Não vazava o olho do inimigo, as lanças trespassavam os corpos? Mas em nossos dias, o homem, em termos de violência, de matar, tem mais requintes. Com uma simples bomba aniquila todo o nosso planeta. Portanto, o homem no passar dos tempos vem se tornando mais violento - só que hoje e mais sofisticado. O Templo de Jerusalém foi destruído enquanto Jesus pregava a justiça, a igualdade e a fraternidade, como se fosse um bom maçom. Decorridos séculos, o homem evoluiu tanto que, nas duas grandes guerras, quantos templos foram bombardeados, quantos museus, quantas obras importantes da engenharia se tornaram pó e escombros? Hoje, um outro mal talvez mais grave ainda, porque mais profundo vai invadindo a humanidade. A começar pela terrível troca de valores entre os povos mais evoluídos e entre os Todos os direitos reservados a REI SALOMÃO - Artigos Maçônicos 8

homens chamados mais civilizados. E uma espécie de desintegração, de decomposição, de apodrecimento do próprio homem. Os maiores sábios e mais eminentes moralistas, entre aqueles que crêem na primazia do espírito sobre a matéria, acham-se unanimemente inquietos. A própria humanidade já começa a compreender a importância desse perigo. Por suas extraordinárias realizações, o mundo moderno é prodigiosamente grande e belo. O homem, orgulhoso de seu poder sobre a matéria e sobre a vida, parece dominá-lo cada dia melhor. Ora, na medida em que o homem vai se apoderando do universo, pela ciência e pela técnica, vai também perdendo o domínio do seu universo interior A medida que penetra no mistério dos mundos, tanto dos infinitamente grandes como dos pequenos, perde-se nos seus próprios mistérios. Pretende dirigir o universo e não sabe dirigir a si mesmo. Domestica a matéria mas, quando libertado de sua tirania, deveria viver mais intensamente o espírito - e a matéria aperfeiçoada volta-se contra ele. E eis que se torna seu escravo e é o espírito que agora agoniza... Se o homem perder o espírito, perderá tudo. Sem a primazia do espírito não haverá mais homem. E porque a idéia nasce do espírito e, então, a matéria se organiza sob a mão do homem, e sua construção prossegue através dos tempos. O espírito engendra o plano - e a cidade surge da terra e a máquina sai da fábrica, o espírito concebe a beleza - e o mármore se torna estátua, as cordas cantam, as cores se harmonizam. O espírito voa ao encontro de outro espírito e palpita o amor, os homens se unem e a humanidade cresce. Mas quando o espírito se deteriora, o homem corre perigo, pois a carne de seu amor, a máquina que construiu, a cidade que ergueu, o mundo que edificou, voltam-se contra ele e esmagam-no. De novo a matéria lhe escapa e nem há mais homem. Tudo tem de ser feito. Assim, as civilizações caíram, uma após outra. De todas as que sucederam, desde o inicio da história, poucas sucumbiram a golpes exteriores. A maior parte teve a si como o próprio carrasco, minadas interiormente por um lento apodrecimento. Todos nós nos orgulhamos de nossa civilização ocidental. Foi para salvá-la que participamos da maior matança que o mundo jamais conheceu antes - dezenas de milhões de homens morreram e outras dezenas de milhões sofreram atrozmente. Para salvaguardá-la que as nações se armaram com forças capazes de devastar continentes inteiros. Todos os direitos reservados a REI SALOMÃO - Artigos Maçônicos 9

Sem dúvida, nossa civilização está em perigo, mas não tanto em suas fronteiras geográficas, mas nas próprias fronteiras do coração humano. O verme que corrói seu interior e se fortifica inexoravelmente é alimentado pelas facilidades do mundo moderno, que oferecem ao corpo as delícias e, ao espírito, o orgulho do poder. Agora, estamos recolhendo seus frutos, cujo sinal, entre outros, é uma moralidade discutível. Nos países desenvolvidos, ela adquire as proporções de um verdadeiro flagelo. O crescente progresso das doenças mentais, dos desequilíbrios de toda espécie, oferecem-nos uma trágica ficha da saúde do homem moderno. O mundo moderno é extraordinário. Não temos o direito de frear seu fulgurante progresso, bem como temos o dever de trabalhar para esse progresso. Nosso labor, no entanto, será em vão se, paralelamente, não trabalharmos para desenvolver no homem a consciência de seu espírito. E preciso refazer o homem para que o homem refaça o universo na ordem do amor. Quanto maiores forem as facilidades, mais o homem terá necessidade de luz para compreender que estas facilidades são apenas meios para atingir um fim mais elevado. Precisará de mais força interior para não se apegar a elas, mais necessidade de amor terá a fim de não capitalizá-las em seu próprio benefício e em detrimento de seus irmãos. Nós homens precisamos nos lembrar da existência do Grande Arquiteto do Universo, que emana nossas forças vitais para nossa subsistência, com amor, fraternidade e liberdade. Todos os direitos reservados a REI SALOMÃO - Artigos Maçônicos 10

O Mestre (Publicado na revista O Pensamento - mai/jun/99) Sem saber o que fazer vagava o Mestre despreocupado por entre a obra quando se deparou com um Aprendiz que, concentrado, examinava uma pedra ainda não totalmente desbastada. Querendo mostrar sua força e sua autoridade, dirigiu-se ao obreiro: - Aprendiz, a tua pedra não está devidamente desbastada. Acaso pensas em dá-la como acabada? - Mas, Mestre esta pedra... - Não será negligenciando nas tuas tarefas que um dia pretendes chegar onde hoje estou. Não penses que o mestrado é conseguido sem sacrifícios e pouco trabalho. - Mas, Mestre, eu... - Não me parece que os ensinamentos tenham sido por ti bem assimilados. Vede o estado em que se encontra esta pedra. Toda disforme e cheia de imperfeições. Já imaginastes as conseqüências que acarretaria o seu assentamento na obra? Por certo não iria se encaixar convenientemente e, além disso, colocaria em risco o próprio andamento da construção - Mas, Mestre, eu gostaria de... - Não me interrompas enquanto falo. Um aprendiz deve saber comportar-se diante de seu Mestre. Não estou gostando do teu comportamento nem de teu jeito desleixado de trabalhar. Olha só esse avental, todo sujo, e essas ferramentas em péssimo estado de conservação. Agora olha para mim. Vê meus paramentos, imaculados, e meus utensílios de trabalho perfeitamente conservados, como novos. Não te serve de lição ver tão gritante comparação? Acaso não te sirvo de exemplo? E vamos deixar de conversa; trata de trabalhar que o tempo é curto. Como castigo, para que não sejas tão negligente, deverás terminar o desbaste desta pedra, mesmo no teu horário de descanso. - Mas, Mestre, eu gostaria de explicar que... - Não irei perder mais meu tempo contigo! Faze o que determinei e estamos conversados! Afastando-se, o Mestre sai satisfeito e orgulhoso por ter sido severo e demonstrado sua autoridade, deixando o aprendiz matutando: - Puxa vida! Eu queria explicar ao Mestre que esta pedra está aqui desde quando ELE ERA APRENDIZ E, NA PRESSA DE AUMENTAR O SEU SALÁRIO, NÃO A DESBASTOU CONVENIENTEMENTE. Todas as minhas pedras foram aproveitadas na obra, razão pela qual meu avental está sujo e minhas ferramentas desgastadas pelo uso. Além disso, estou no meu horário de descanso e aproveitava o tempo para concluir o desbaste desta pedra que está aqui desde a promoção do Mestre. Todos os direitos reservados a REI SALOMÃO - Artigos Maçônicos 11

O Mestre deve ter razão e deve estar muito preocupado com seus afazeres para se importar com uma simples pedra bruta. O melhor mesmo é terminar esta pedra e deixá-la pronta para o polimento. Pensando melhor, não seria mais conveniente eu deixar esta pedra, que não é minha, de lado e preocupar-me em aumentar meu salário e ser igual ao Meu Mestre? Na excelente obra de René Guenon: Os Símbolos da Ciência Sagrada extraímos estas conclusões: Um dos símbolos comuns ao Cristianismo e à Maçonaria é o triângulo no qual está inscrito o Tetragrama hebraico ou algumas vezes apenas o Iod, primeira letra do Tetragrama, que pode ser considerado como a sua abreviação. Na Maçonaria esse triângulo é com frequência chamado de deita, pois a letra grega assim denominada, tem na verdade a forma triangular, mas não pensamos que se deva ver nesse paralelo, qualquer indicação quanto as origens dos símbolos em questão; além disso é evidente que a significação é essencialmente ternária, enquanto que o deita grego, apesar de sua forma, corresponde pela ordem alfabética e pelo seu valor numérico. Por vezes o próprio Iod é substituído por um olho, que, em geral, é designado como o OLHO QUE TUDO VÊ (The All-Seeing Eye). A semelhança de forma entre o Iod e o olho de fato prestar-se a uma assimilação, que tem aliás inúmeras significações e sobre as quais talvez seja interessante oferecer algumas indicações. Em primeiro lugar, podemos notar que o triângulo ocupa sempre urna posição central, na Maçonaria está expressamente colocado entre o Sol e a Lua, disso resulta que o olho contido no triângulo deveria ser representado sob a forma de um olho comum, direito ou esquerdo, pois, na verdade, são o Sol e Lua que correspondem respectivamente ao olho direito e ao olho esquerdo Todos os direitos reservados a REI SALOMÃO - Artigos Maçônicos 12

do Homem Universal, na medida que este se identifica como Macrocosmo, mais particularmente em conexão com o simbolismo maçônico, e é bom notar que os olhos são na verdade os luzeiros que iluminam o microcosmo. Para que o simbolismo seja inteiramente correto, esse olho deveria ser frontal ou central isto é : O Terceiro Olho, cuja semelhança com o Iod é ainda mais admirável. É de fato, esse Terceiro Olho que Tudo Vê na perfeita simultaneidade do eterno presente. Do ponto de vista do Tríplice Tempo a Lua e o olho esquerdo correspondem ao passado, o Sol o olho direito, ao futuro, e o Terceiro Olho ao presente, isto é ao instante indivisível entre o passado e o futuro, é o como um reflexo da eternidade do tempo. Nas igrejas cristãs, em que está figurado, esse triângulo fica normalmente colocado acima do altar; como este além disso, é encimado pela cruz, o conjunto da cruz e do triângulo reproduz de modo curioso o símbolo alquímico do enxofre. A figura do Cristo Glorioso, no seu interior, aparece desse modo identificada ao Purusha no Olho na tradição hindu. A expressão lnsânul-ayn ( O homem do olho ) empregada no árabe para designar a pupila ( ou menina ) do olho, refere-se ao mesmo simbolismo. Todos os direitos reservados a REI SALOMÃO - Artigos Maçônicos 13

O PAINEL DA LOJA DE APRENDIZ NO REAA A origem da palavra painel provém do espanhol, significando pano. De acordo com o Aurélio, este também é relevo arquitetônico em forma de moldura, Tracing Board pelos Ingleses, para Prancheta, sendo esta uma Jóia Imóvel definido como quadro, pintura, retábulo, sobre um pano. Denominado por identificar a Tábua de Delinear ou da Loja. Na antiguidade, quando inexistiam rituais específicos, qualquer local que oferecesse alguma privacidade podia ser usado para constituir uma Loja, onde podiam ser desenhados símbolos maçônicos no piso, com carvão ou giz, do respectivo grau que esta Oficina iria trabalhar, da mesma forma que faziam os Cristãos dos primeiros séculos, quando desenhavam a Cruz onde se reuniam. Estes locais podiam ser um Galpão, Grutas ou mesmo ao ar livre. Os símbolos desenhados ou riscados no solo, era menos ou mais perfeito e dependia apenas da habilidade de quem os traçava, sintetizando nestes símbolos toda idéia que dele pudessem surgir em sua interpretação. Os principais símbolos desenhados estavam diretamente ligados a construção, à saber, Compasso, Esquadro, Régua, Nível e Prumo. Estes símbolos eram traçados somente pelo Maçom que fosse designado para compor a Loja e caracterizava as principais tarefas dos operários e assim, surgiram com Símbolos característicos. Em alguns Ritos, eram usados desenhos bordados em pano, que eram desenrolados no início dos trabalhos e recolhidos no encerramento das sessões. Da mesma forma, os desenhos eram totalmente apagados, não deixando quaisquer vestígios que pudessem ser notados por quem estivesse de passagem por estes locais. Mais tarde foram surgindo os símbolos reais, ou seja, quando os Maçons Operários passaram a deixar suas ferramentas no piso, deixando de haver a necessidade de traçar os desenhos no piso. Nesta época, obviamente, não existia o Livro Sagrado ou Livro da Lei, pois os Livros eram manuscritos por não haver uma imprensa e estes livros estavam foram do alcance dos operários. Em substituição, supostamente, deveria haver algum elemento que sintetizava a figura do Sagrado, sobre o qual eram prestados os juramentos. Este período da história da Maçonaria não esta registrada, pois apenas a tradição transmitida oralmente é que nos dá certeza da existência destas Lojas primitivas. Esta fase foi superada quando a partir do momento que foi definido que as reuniões passariam à ser realizadas nas tabernas, ou seja, devidamente a coberto. Autores da antiguidade, como Lionel Vibert, citado por Nicola Aslan em seu dicionário, referem a Loja como um alpendre coberto de palha, isto em 1321. Mais tarde, em 1277, Knoop e Jones publicaram que tinham sido construídas, para os trabalhos da edificação da abadia de Vale Royal, duas Lojas erigidas paras os operários, para que este executassem seus trabalhos privativos. A informação certa é que em 1772, a Grande Loja da Inglaterra, ordenou a construção do Freemasons s Hall, concluída em 1776, onde foi erigida a primeira Loja com Templo fixo. Todos os direitos reservados a REI SALOMÃO - Artigos Maçônicos 14

Por sua vez, o Grande Oriente da França, no ano de 1788, proibia que Lojas Maçônicas se reunissem em tabernas. De 1776 a 1820, nessas Lojas a coberto, ainda era mantida a tradição de desenhar os símbolos característicos, da Maçonaria Operativa, no piso da Loja. John Harris compôs o primeiro Quadro fixo, o que veio substituir, os desenhos que eram feitos no piso. Este quadro era simples, de pano e sem qualquer moldura, ele era desenrolado à frente do altar, depois da abertura do Livro da Lei. Posteriormente este Quadro, passou a ter uma moldura e a ser chamado de Painel como é conhecido e adotado hoje por nossas Lojas Simbólicas, que de acordo com o Rito apresenta aspectos diferentes. Nas Lojas Maçônicas, especialmente as Simbólicas, cada um dos três Graus possui um painel próprio. O Painel da Loja de Aprendiz do Rito Escocês Antigo e Aceito, comporta duas COLUNAS, encimadas por romãs, enquadrando um pórtico à qual conduzem 3 (três) degraus e encimado pelo Delta Luminoso. Vê-se também três janelas, uma pedra bruta, uma pedra cúbica, a prancha de traçar, o maço e o cinzel, o esquadro e o compasso, o nível e o prumo, as COLUNAS J e B, o Sol, a Lua, as estrelas, uma corda de 7 nós e a orla dentada emoldurando o Painel do Grau com quatro borlas nas extremidades, que passarei a descrevê-lo em seu significado. AS ROMÃS As romãs estão postas em cima dos capitéis das COLUNAS J e B, sendo três em cada uma delas, apresentando um corte frontal que revela seus grãos. Sendo que este fruto representa a Família Maçônica Universal, cujos membros estão ligados harmonicamente pelo espírito de união, inspirados na ordem e na fraternidade. Os diversos autores dizem que em todos os tempos, a romã foi um símbolo de fecundidade, de abundancia e de vida ; os grãos de romã, reunidos em uma polpa transparente, simbolizam os Maçons unidos entre si por um ideal comum. O PÓRTICO E O DELTA LUMINOSO Simbolicamente representa a porta de entrada para atingir a perfeição e o conhecimento da verdade. A entrada do Mundo Profano para o Mundo Maçônico, simbolizado pelo pórtico, tem a porta do Templo encimada pelo Delta Luminoso. Este triangulo, como polígono perfeito, resume o simbolismo maçônico, pois representa o Todo e abrange o Cosmos, tendo ao centro o misterioso YOD, simbolizando o olho e o centro e a parte vital do Todo. Este ponto é geométrico, astronômico, filosófico, esotérico, enfim, a origem do tudo. Representando ainda que a Loja esta sob o olhar protetor do G\A\D\U\. Ao transpor o portal do Templo, que representa o Universo, o Aprendiz torna-se apto, pelo estudo, pelo trabalho e pela prática dos ensinamentos do grau, a tornar-se um verdadeiro Maçom. OS DEGRAUS A passagem do Mundo Profano para O Mundo Maçônico não pode ser realizada diretamente e estes degraus representam simbolicamente as etapas a que se deve submeter o Iniciado, ou seja, os três degraus representam sucessivamente, o plano físico ou material, plano intermediário, chamado de astral, e por último o plano psíquico ou mental. Esses três degraus correspondem à divisão ternária do ser humano em Corpo, Alma e Espírito. Sendo necessário que o Aprendiz busque a sua libertação das mazelas do Mundo Profano e desta forma consiga desbastar a pedra bruta e transformá-la em pedra polida, para sua ascensão moral e espiritual. Todos os direitos reservados a REI SALOMÃO - Artigos Maçônicos 15

AS JANELAS Três janelas estão representadas no Painel da Loja de Aprendiz, a primeira a Oriente, a segunda ao Meio-Dia e a terceira a Ocidente; nenhuma janela se abre para o Norte. Essas três janelas são cobertas por uma rede. Essa rede que protege as aberturas lembra que o trabalho dos obreiros é subtraído à curiosidade do profano, cujo olhar não pode penetrar no Templo, da mesma forma que o Maçom deve olhar a vã agitação da rua. Pois a seu redor tudo esta fechado, mas nem por isso, espiritualmente, ele deve determinar o movimento do mundo sensível encarado do ponto de vista em que se encontra. Nos antigos rituais maçônicos fazem menção a três janelas no grau de Aprendiz. Tendo como base as três portas do Templo de Salomão (Bíblia I Livro dos Reis, VII, 4 e 5), sabe-se portanto, que o Templo se abria para Leste e para Oeste, como na maioria das catedrais. Desse modo, o Templo era iluminado pelo Sol ao alvorecer. A janela do Oriente traz a doçura da aurora, sua renovação de atividade; ao Meio-Dia, a força e o calor; a do Ocidente dá uma luz que, a medida que se torna mas fraca, convida ao repouso. O Norte, escuro, como não recebe nenhuma luz, não precisa de janela. Porque os trabalhos do Maçons simbolicamente, começam ao Meio-Dia e terminam a Meia-Noite. Começam ao Meio-Dia, quando o Sol brilha com toda a sua força no Templo. Os Aprendizes são colocados ao Norte porque têm necessidade de serem esclarecidos; eles recebem assim toda a luz da janela do Meio-Dia, Os companheiros, colocados ao Meio-Dia, precisam de menos luz e a sombra provocada pela parede do Templo ainda permite que sejam iluminados suficientemente, enquanto o Venerável e seus oficiais recebem, de frente, apenas a luz do crepúsculo. Em contrapartida, os Vigilantes são alertados desde a aurora pela luz que os atinge em cheio. PEDRA BRUTA A direita do Painel do Aprendiz figura a pedra bruta, que simboliza as imperfeições do espírito e do coração que o Maçom deve se esforçar para corrigir. O Aprendiz, pela sua iniciação maçônica, que representa um novo nascimento, reencontra o estado da natureza; ele se liberta das mazelas do mundo profano e passa por um processo de purificação, onde reencontra a liberdade de pensamento. Esta nova etapa em sua vida, tem como objetivo principal a sua transformação, e este se dá através do trabalho do desbaste de sua própria pedra bruta, com os instrumentos que lhe são fornecidos, visando tornar esta justa e perfeita em todas as suas medidas e forma. Ela é vista como a matéria-prima! existente para a elaboração da Obra. Simboliza a matéria apta a ser trabalhada; simboliza o meio para atingir o fim sagrado da transmutação do Ser. PEDRA CÚBICA A Pedra Cúbica, o hexaedro, é a obra-prima que o Aprendiz deve realizar. Materialmente, é difícil, com o Maço, o Cinzel e o Esquadro, realizar um Cubo perfeito que a primeira vista não parece tal. A Pedra Cúbica da Painel do Aprendiz é encimada por uma pirâmide quadrangular e se chama Pedra Angular Pontiaguda. Essa pedra, sobre o qual os Companheiros devem afiar seus instrumentos, simboliza o progresso que eles devem fazer na instituição e em seus relacionamentos com os Irmãos. Em sua interpretação moral, a Pedra Cúbica é também a pedra angular do templo imaterial construído à filosofia; é também o emblema da alma que aspira subir até a sua fonte. É terminado em pirâmide, símbolo do fogo, para que aí sejam inscritos os números sagrados. Para desbastá-la, é preciso fazer uso do compasso, do esquadro, do nível, do fio de prumo, instrumentos que representam para nosso espírito as ciências, cuja perfeição vem do Alto. Todos os direitos reservados a REI SALOMÃO - Artigos Maçônicos 16

A PRANCHA DE TRAÇAR A Prancha de Traçar é um retângulo sobre o qual são indicados os esquemas que constituem a chave do alfabeto maçônico. A Maçonaria, em seu simbolismo, chama o papel sobre o qual se escreve de Prancha de Traçar e substituir o verbo escrever pela expressão traçar uma prancha. A Prancha de Traçar está ligada ao Grau de Mestre Maçom, como a Pedra Cúbica ao Grau de Companheiro Maçom e a Pedra Bruta ao Grau de Aprendiz Maçom. Por que, é sobre a Prancha de Traçar que o Mestre estabelece seus planos; mas o Aprendiz e o Companheiro não devem ignorar seu uso e devem exercitar-se esboçando ai suas idéias. Esse é o motivo pelo qual esse símbolo já figura no Painel do Aprendiz. MAÇO E CINZEL Instrumentos do Aprendiz, são apresentados no Painel de forma unida, portanto essa associação indica a vontade e a inteligência, a força e o talento, a ciência e a arte, a força física e a força intelectual, quando aplicadas em doses certas, permitem que a Pedra Bruta se transforme em Pedra Polida. O Maço simboliza a vontade do Aprendiz. Não é uma massa metálica, pesada e brutal, pois a vontade não deve ser nem obstinação, nem teimosia. Ela deve ser apenas firme e perseverante. Mas o homem não pode agir diretamente sobre a Matéria; o Cinzel servirá, então, de intermediário. Este deverá ser amolado freqüentemente, isto é, deverá rever continuamente os conhecimentos adquiridos. Não deixá-los embotar. O Maço age de forma descontínua. Isso mostra que o esforço não pode ser perseguido sem interrupção e, por outro lado, que uma pressão contínua sobre o Cinzel tirar-lhe-ia toda a sua precisão. COMPASSO E ESQUADRO Estas duas ferramentas unidas no Painel do Aprendiz, representam a justa medida, que deve presidir a todas as nossas ações, que não podem se afastar da Justiça e nem da retidão, que regem todos os atos dos Maçons. Representando ainda o signo mais conhecido, pelo qual se identifica a Maçonaria universalmente. O Esquadro é usado pelo Aprendiz como seu único e verdadeiro signo, marcando-o a cada passo que dá no decorrer de sua marcha em direção ao Altar. Também na posição de Ordem do Grau de Aprendiz, está ostentando quatro Esquadros, que representam astronomicamente quatro cortes nos diâmetros do circulo zodiacal, dividindo em quatro partes que correspondem cada uma delas à respectiva estação do ano de conformidade com a inclinação do Sol em sua carreira. O Compasso é considerado um Símbolo da espiritualidade e do conhecimento humano. Sendo visto como Símbolo da espiritualidade, sua posição sobre o Livro da Lei varia conforme o Grau. No Grau de Aprendiz, ele está embaixo do Esquadro, indicando que existe, por enquanto, a predominância da Matéria sobre o Espírito. A abertura indica o nível de conhecimento humano, sendo esta limitada ao máximo de 90º, isto é, ¼ do conhecimento. A sua Simbologia ainda é muito mais variada, podendo ser entendido como símbolo da Justiça, com a qual devam ser medidos os atos humanos. Simboliza a exatidão da pesquisa e ainda pode ser visto como símbolo da imparcialidade e infalibilidade do Todo-Poderoso. NÍVEL E PRUMO O NÍVEL como instrumento simbólico da igualdade, tem uma tradição muito importante e uma força muito grande dentro da Simbólica Maçônica. Como parte do triangulo, um dos tripés que sustentam toda a estrutura filosófica de nossa Ordem, ele é o emblema de um dos maiores princípios da Maçonaria. Aquele que foi emprestado para a Declaração Universal dos Direitos do Homem, aquele que considera todo os homens iguais, independentemente de crenças religiosas, credos políticos, raças ou condição social. É o NÍVEL que nos faz tratarmo-nos de Irmãos, e, em nossos Templos, sentarmos lado a lado, patrão e empregado, pai e filho, General e Tenente, rico e pobre, sem nenhuma pretensão O PRUMO, conhecido como perpendicular no passado, é o símbolo da retidão, da Justiça e da Equidade. Também simboliza o equilíbrio. Se o NIVEL simboliza a Igualdade entre os homens, o PRUMO significa que o Todos os direitos reservados a REI SALOMÃO - Artigos Maçônicos 17

Maçom deve possuir uma retidão de julgamento seja essa ligação em grau de parentesco ou amizade. A perpendicular é também o símbolo de profundidade e de conhecimento. Quando p Aprendiz completa o seu tempo e após apresentar seu trabalho sobre o Grau, diz-se que está apto para passar da Perpendicular ao Nível. AS COLUNAS B e J As COLUNAS B e J de nossa Loja, representam as COLUNAS que ficavam no Átrio do Templo de Salomão e não pertencem à divisão clássica arquitetônica. A COLUNA B ou Booz (Hebraico BOAZ), isto é, - na força, representa a generação; revela a estabilidade ponderada e deve ser branca. As duas palavras reunidas significam, portanto: Deus estabeleceu na força, solidamente, o templo e a religião de que ele é o centro. A Bíblia nos diz, que as duas COLUNAS de bronze, foram erigidas à entrada do Templo de Salomão, uma à direita, sob o nome de Jachin, e a outra à esquerda, sob o nome de Booz. Jamais houve qualquer contestação sobre o sexo simbólico dessas duas COLUNAS, a primeira delas suficientemente caracterizada como masculina pelo Iod inicial que a designa comumente. Com efeito, essa letra hebraica corresponde à masculinidade por excelência. Beth, a segunda letra do alfabeto hebraico, por outro lado, é considerada como essencialmente feminina, porque seu nome quer dizer casa, habitação, de onde a idéia de receptáculo, de caverna, de útero, etc. A COLUNA J é, portanto, masculino-ativa, e a COLUNA B feminino-passiva. O simbolismo das cores exige, conseqüentemente, que a primeira seja vermelha e a segunda branca ou negra. A palavra Jachin, em hebraico, escreve-se com as letras Iod, Caph, Iod, Nun. Para evitar erro na pronúncia, escreve-se às vezes Jakin. A palavra Booz escreve-se com as letras Beth, Aïn (letra que não pode ser traduzida foneticamente senão por uma aspiração sonora, pelo espírito forte do grego), Zaïn. Muitas vezes escreve-se Booz em lugar de Boaz; no entanto, esta última ortografia está mais de acordo com o hebraico. A Bíblia é formal: ela coloca Jachin à direita e Boaz à esquerda, o que está conforme com o simbolismo tradicional e universal. O Rito Escocês coloca as duas COLUNAS desse modo, mas o Rito Francês inverteu as respectivas posições: ele coloca Jachín à esquerda e Boaz á direita, sendo que nada justifica essa mudança, nem mesmo o fato de essas COLUNAS terem sido transportadas do exterior para o interior do Templo. Maçonicamente o Sol corresponde à COLUNA J e a Lua corresponde à COLUNA B e lhes são atribuídas as seguintes cores: Vermelho à COLUNA J, Branco ou Preto à COLUNA B, correspondendo assim ao Ativo e ao Passivo. Se nos ativermos ao texto bíblico, as duas COLUNAS eram de bronze e ambas da cor natural desse metal. Para diferenciá-las, decidiu-se lhes adicionar as cores e tal decisão é arbitrária e discutível. O lugar das COLUNAS varia de acordo com o lugar em que se coloca o observador: na frente ou atrás. Para a maioria dos símbolos, é preciso considerar o observador na sua frente. É fácil notar que a cor branca corresponde perfeitamente à Sabedoria, à Graça e à Vitória; a cor vermelha, à Inteligência, ao Rigor e à Glória, enquanto que o azul está em harmonia com a Coroa, a Beleza, o Fundamento; o negro corresponde ao Reino. Assim, portanto, ao lado direito (positivo) atribuímos a cor branca, ao lado esquerdo (passivo), a cor vermelha; no centro, a cor azul (neutra) e, na base, a cor negra (matéria). Atribuindo o Branco à COLUNA da direita e, conseqüentemente, a Jachin, respeitamos o símbolo solar, atribuído a essa COLUNA, já que a luz do Sol é branca. As três cores: azul, branco e vermelho figura na bandeira francesa. Todos os direitos reservados a REI SALOMÃO - Artigos Maçônicos 18

A COLUNA J devia, portanto, ser branca e a COLUNA B vermelha; o azul é a cor do Céu e do Templo, da Abóbada Estrelada. A Maçonaria dá precisamente a cor branca a seus mais altos graus; a cor vermelha a seus graus intermediários e a cor azul a seus primeiros graus, cujos participantes, antes de qualquer coisa, devem praticar a tolerância. As duas COLUNAS, assinalam os limites do Mundo criado, os limites do mundo profano, de que a Vida e a Morte são a contradição extrema de um simbolismo que tende para um equilíbrio que jamais será conseguido. As forças construtivas não podem agir senão quando as forças destrutivas tiverem terminado sua tarefa. Essas forças opostas são necessárias uma à outra. Não se pode conceber a COLUNA J sem a COLUNA B, o calor sem o frio, a luz sem as trevas, etc. O SOL E A LUA Representam o antagonismo da natureza dia e noite, afirmação e negação, claro e escuro, presente na vida maçônica do Aprendiz, ensinando o equilíbrio pela consciência dos contrários. O Sol é o vitalizador essencial, a fonte da luz e da vida, tanto dos animais como dos vegetais, nasce no Oriente, de onde vieram os ensinamentos da arte real. A Lua, representa o amor, o princípio passivo e o feminino, simboliza a constância e a obediência, levanta-se quando o Sol se deita e reina sobre as estrelas, não com sua própria luz, mas refletindo a luz solar. O Sol, ativo, fica à esquerda, e a Lua, passiva, fica à direita do Painel. Na Loja os trabalhos são abertos simbolicamente ao Meio-Dia, quando o Sol esta em Zênite, e fechados à Meia-Noite, quando ele está no Nadir; nesse momento, supõe-se que a Lua esteja em seu pleno esplendor. AS ESTRELAS Simbolicamente representam a universalidade da Maçonaria, mas ressaltando na forma irregular em que são distribuídas, que os Maçons, espalhados por todos os continentes, devem, como construtores sociais, distribuir a luz de seus conhecimentos àqueles que ainda estão cegos e privados do conhecimento da Verdade. CORDA DE 7 NÓS As cordas na Maçonaria possuem várias interpretações de acordo com o número de nós. Quando em número de sete, representam as artes liberais (as que um homem livre podia exercer sem decair de seus concidadãos, por oposição às artes mecânicas ou manuais, destinadas aos escravos na antiguidade) a saber: Gramática, Retórica, Lógica, Aritmética, Geometria, Música e Astronomia. Seu entrelaçamento simboliza também o segredo que deve rodear nossos mistérios. Sua extensão circular e sem descontinuidade indica que o império da Maçonaria, ou o reino da Virtude, compreende o Universo no símbolo de cada uma de nossas Lojas. ORLA DENTADA Possui numerosas interpretações simbólicas, mostra-nos o princípio da atração universal, simbolizado no Amor. Representa, com seus múltiplos dentes, os planetas que gravitam em torno do Sol; os povos reunidos entorno de um chefe; os filhos reunidos em volta dos pais, enfim, os Maçons unidos e reunidos no seio da Loja, cujos ensinamentos e cuja Moral aprendem, para espalhá-los aos quatro ventos do Orbe Terrestre. Todos os direitos reservados a REI SALOMÃO - Artigos Maçônicos 19

QUATRO BORLAS Símbolo que também possui varias interpretações. Para a Escola Autêntica simbolizam a temperança, energia, prudência e justiça. Para a Escola Mística a fé, a esperança, a caridade e a discrição. Para a Escola Oculta as borlas representam a terra, a água, o ar e o fogo. CONCLUSÕES Para estudarmos o Painel da Loja de Aprendiz, seus símbolos, seus ensinamentos e a diagramação do próprio Painel, que se traduz no sentido simbólico da distribuição destes Símbolos sobre o Painel, o Aprendiz deverá aprender a separar o sentido literal, figurativo e oculto de cada Símbolo, para poder entender e compreender a forma harmoniosa que estes símbolos foram dispostos no Painel. O sentido literal é aquele que encontramos nas antigas escrituras da Maçonaria Operativa e que foram incorporados na Maçonaria Especulativa, apenas no sentido figurativo e simbólico de seus instrumentos que ornamentam a Loja. O sentido figurado é este que foi estudado neste trabalho. Pois pude notar que encontramos variações nas versões destes painéis e diversas interpretações diferentes, de acordo com a Escola que este ou aquele autor esta ligado; o que nos leva à crer que podem haver diversas formas de interpretações, mais profundas ou mais superficiais, dependendo apenas do grau de conhecimento e aprofundamento no estudo que forem feitos para desvelar o significado destes símbolos. O sentido oculto da disposição dos símbolos no Painel, leva o Aprendiz a entender melhor o sentido dos trabalhos do Rito e os ensinamentos nele contidos. Além de entender melhor o próprio funcionamento da Loja. BIBLIOGRAFIA : Ritual de Ap\M\ R\E\A\A\ Grande Oriente Paulista Edição 2002 Novo dicionário da Língua Portuguesa Aurélio Buarque de Holanda Ferreira Folha de S. Paulo Os painéis da Loja de Aprendiz Rizzardo Da Camino Ed. Maçônica A Trolha O Aprendiz Maçom Rizzardo Da Camino Ed. Madras Revista A Trolha nº 201 Trabalho : O Simbolismo do Esquadro e do Compasso - Ir\ José César B. De Souza páginas 39 à 41 Ed. Maçônica A Trolha Revista A Trolha nº 193 Trabalho : A Simbologia Maçônica do Painel de Aprendiz - Ir\ Alcides Pereira Filho páginas 38 à 41 Ed. Maçônica A Trolha Ritualista Maçônica Rizzardo Da Camino Ed. Madras Simbologia Maçônica dos Painéis Almir Sant anna Cruz - Ed. Maçônica A Trolha Todos os direitos reservados a REI SALOMÃO - Artigos Maçônicos 20

O PAINEL DO GRAU DE APRENDIZ NO RITO ADONHIRAMITA 1 - Pequeno Histórico - "Painel", do castelhano, significa "pano"; o nosso Aurélio, define o vocábulo como: quadro, pintura, retábulo; relevo arquitetônico em forma de moldura, sobre um plano. - Em resumo, é um "quadro" que os ingleses denominam de "Tracing Board", ou seja, a conhecida "tábua de delinear" ou a simples "prancheta", jóia imóvel da Loja. - Primitivamente, quando inexistiam Rituais específicos, os Maçons quando se reuniam, desenhavam no piso do local, com carvão, alguns Símbolos Maçônicos, assim como os cristãos desenhavam a Cruz, em seus encontros escondidos. - Nos locais onde não havia piso, como nas grutas, nos galpões e mesmo ao ar livre, esses Símbolos eram "riscados" no solo. - O fato de a mão do desenhista ou gravador, criar os Símbolos, já estava demonstrando um poder da mente ser materializada em desenho, surgindo, ao passar dos tempos, uma série de Símbolos que expressavam o desenvolvimento da Idéia. - Esses desenhos eram, por ocasião do encerramento das Sessões, "apagados", sem deixar vestígios. - Em alguns Ritos, esses desenhos apresentavam se "bordados" em panos, que eram desenrolados ao início dos trabalhos e recolhidos ao encerramento. Todos os direitos reservados a REI SALOMÃO - Artigos Maçônicos 21